Luís Montenegro
Luís Montenegro | |
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Fotografia oficial de Luís Montenegro | |
119.º Primeiro-Ministro de Portugal | |
No cargo | |
Período | 2 de abril de 2024 até à atualidade |
Presidente | Marcelo Rebelo de Sousa |
Antecessor(a) | António Costa |
Presidente do Partido Social Democrata | |
No cargo | |
Período | 1 de julho de 2022[1] até à atualidade |
Antecessor(a) | Rui Rio |
Presidente do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República | |
Período | 29 de junho de 2011 até 19 de julho de 2017[1] |
Legislaturas | XIII Legislatura XII Legislatura |
Deputado na Assembleia da República pelo Distrito de Aveiro | |
Período | 4 de abril de 2002 até 5 de abril de 2018 |
Legislaturas | XIII Legislatura XII Legislatura XI Legislatura X Legislatura IX Legislatura |
Dados pessoais | |
Nome completo | Luís Filipe Montenegro Cardoso de Morais Esteves |
Nascimento | 16 de fevereiro de 1973 (51 anos) Porto, Portugal |
Partido | Partido Social Democrata |
Profissão | Advogado |
Luís Filipe Montenegro Cardoso de Morais Esteves (Porto, 16 de fevereiro de 1973), geralmente conhecido como Luís Montenegro, é um advogado e político português. É o 119º Primeiro-Ministro da República Portuguesa, desde 2 de abril de 2024, liderando o XXIV Governo. É também o Presidente do Partido Social Democrata desde 1 de julho[1] de 2022.[2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Luís Montenegro nasceu no Porto. Casado com Carla Montenegro (técnica superior de educação numa IPSS em Espinho, que se dedica a realização de projetos junto de comunidades vulneráveis ao risco social)[4], tem dois filhos.[5]
É advogado no Porto, licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa (Centro Regional do Porto), e pós-graduado em Direito da Proteção de Dados Pessoais, pela mesma universidade.
Foi presidente da Assembleia Geral de duas grandes empresas portuguesas, quer em termos de volume de negócios quer em termos de capacidade empregadora: uma no setor do comércio de eletrodomésticos, a Rádio Popular, a outra operadora nos setores da indústria metalomecânica e do turismo, o Grupo Ferpinta.
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Em termos autárquicos, foi membro e presidente da Assembleia Municipal e vereador na Câmara Municipal de Espinho, e desempenhou as funções de deputado na Assembleia Metropolitana do Porto.
Na Assembleia da República foi vice-presidente e presidente do Grupo Parlamentar do PSD, membro de várias comissões parlamentares, presidente da Subcomissão de Administração Interna, membro da Delegação Portuguesa à Assembleia Parlamentar da NATO, coordenador do grupo parlamentar do PSD na Comissão de Assuntos Constitucionais e na Comissão de Defesa Nacional.
Em 2008, foi noticiado que tinha sido iniciado na maçonaria, na Loja Mozart, pertencente à Grande Loja Legal de Portugal. No entanto, a sua iniciação nunca foi formalizada em qualquer documento da Grande Loja Legal de Portugal. Luís Montenegro nega ser maçon ou ter qualquer ligação à maçonaria.[6][7][8]
Foi eleito presidente da bancada parlamentar do PSD em junho de 2011, após a vitória relativa do PSD de Pedro Passos Coelho nas legislativas de 2011. Em outubro de 2015, foi novamente eleito líder da bancada parlamentar, após a coligação Portugal à Frente (PSD-CDS) ter vencido as eleições legislativas de 2015, mas sem obter a maioria dos votos válidos nem eleger deputados suficientes para formar uma maioria parlamentar, tendo então o Partido Socialista estabelecido Declarações Conjuntas com os partidos à sua esquerda para formar uma maioria parlamentar,[9] crismada por Paulo Portas como “Geringonça”. Ocupou esse cargo durante a XIII Legislatura, em que o governo do país estava entregue à Coligação PSD-CDS, e na XII legislatura, até anunciar a sua saída do Parlamento em junho de 2017.[10]
Durante o Governo de Pedro Passos Coelho, Luís Montenegro foi o porta-voz do governo no Parlamento.[11]
Em janeiro de 2020, candidatou-se à liderança do PSD, contra o então presidente Rui Rio, e contra Miguel Pinto Luz. Conseguiu levar as eleições para uma inédita segunda volta, após nenhum dos candidatos ter obtido mais de 50% dos votos. Na segunda volta, saiu derrotado para Rui Rio, por só dois mil votos de diferença.[12]
Após o PSD ter obtido um mau resultado nas legislativas de 2022, o então líder Rui Rio anunciou que sairia do partido e que desencadearia eleições para eleger um novo presidente.[13] Anunciou a sua candidatura a 6 de abril de 2022, na sede do partido.[14] Pouco mais de duas semanas depois, entrava outro candidato na corrida, o ex-ministro Jorge Moreira da Silva.[15]
As eleições foram a 28 de maio de 2022, acabando por ser eleito líder do partido com uma vitória esmagadora sobre Jorge Moreira da Silva.[16]
Presidente do Partido Social Democrata
[editar | editar código-fonte]Tomou posse no 40.º congresso do PSD, nos dias 1, 2 e 3 de julho de 2022, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.[17]
Em setembro de 2022 começou com o projeto "Sentir Portugal", passando uma semana de cada mês num distrito do país.[18]
A liderança de Montenegro conseguiu voltar a unir o partido, que, após a saída de Pedro Passos Coelho, em 2018, estava em permanentes lutas internas, principalmente durante a liderança de Rui Rio.[19]
Luís Montenegro apresentou um programa para a habitação, controlar a inflação, acolhimento/integração regulada de imigrantes, baixa de impostos, etc.[20]
No dia 14 de abril de 2023, Montenegro excluiu, numa entrevista à CNN Portugal, o Chega de qualquer tipo de acordo com um governo do PSD, desfazendo um tabu que durou mais de 9 meses.[21] Essa posição foi reforçada no dia 26 de abril de 2023, no Conselho Nacional do partido, em que Luís Montenegro referiu o seguinte:
Nós no PSD, nunca governámos, nem vamos governar, nem com o apoio da extrema-esquerda nem com o apoio da extrema-direita.
Numa referência direta ao Chega, Montenegro enterrou o assunto, recusando qualquer tipo de acordo com o Chega.[22]
Antes das eleições legislativas antecipadas, em relação a fazer uma coligação ou acordos de governo com o Chega, Montenegro disse uma frase que se tornaria célebre:
Não é não!
O assunto ficou assim definitivamente encerrado. A vitória eleitoral da Aliança Democrática, a 10 de março de 2024, reafirmou a sua posição.[23]
Resultados eleitorais
[editar | editar código-fonte]Eleições legislativas
[editar | editar código-fonte]Data | Partido | Circulo eleitoral | Posição | Cl. | Votos | % | +/- | Status | Notas | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2002 | PPD/PSD | Aveiro | 8.º (em 15) | 1.º | 170 774 | 46,33 / 100,00 |
Eleito | |||
2005 | 4.º (em 15) | 2.º | 139 062 | 35,66 / 100,00 |
10,67 | Eleito | ||||
2009 | 7.º (em 16) | 1.º | 134 971 | 34,56 / 100,00 |
1,10 | Eleito | ||||
2011 | 2.º (em 16) | 1.º | 170 857 | 44,45 / 100,00 |
9,89 | Eleito | Líder do Grupo Parlamentar do PSD | |||
2015 | PàF (PPD/PSD.CDS-PP) | 1.º (em 16) | 1.º | 177 185 | 48,14 / 100,00 |
Eleito | Líder do Grupo Parlamentar do PSD Renunciou ao mandato em 2018. | |||
2024 | AD (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) | Lisboa | 1.º (em 48) | 2.º | 356 542 | 27,03 / 100,00 |
Eleito | Presidente do PSD. Primeiro-Ministro. |
Eleições autárquicas
[editar | editar código-fonte]Câmara Municipal
[editar | editar código-fonte]Data | Partido | Concelho | Posição | Cl. | Votos | % | +/- | Status | Notas | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2005 | PPD/PSD.CDS-PP | Espinho | 1.º (em 7) | 2.º | 7 784 | 37,97 / 100,00 |
Eleito | Vereador sem pelouro |
Eleições diretas do PSD
[editar | editar código-fonte]Data | 1ª Volta | 2ª Volta | Status | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Cl. | Votos | % | +/- | Cl. | Votos | % | +/- | ||
2020 | 2.º | 13 137 | 41,26 / 100,00 |
2.º | 15 086 | 46,79 / 100,00 |
5,53 | Não eleito | |
2022 | 1.º | 18 852 | 72,48 / 100,00 |
Eleito |
Referências
- ↑ a b c «Luís Montenegro, PSD»
- ↑ http://www.gppsd.pt/deputados.asp?id=5
- ↑ ECO (28 de maio de 2022). «Luís Montenegro é o novo líder do PSD». ECO. Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Fidalgo, Vanessa. «Tudo o que se sabe sobre a nova 'primeira-dama' do País». Vidas/ CM. Consultado em 30 de maio de 2024
- ↑ Pereira, Diogo Teixeira. «Luís Montenegro. O "matemático" que nem sempre soube fazer contas». Observador. Consultado em 30 de maio de 2022
- ↑ Fernando Esteves (17 de janeiro de 2019). «WHATSAPP-CHECK: Luís Montenegro pertenceu à poderosa loja maçónica Mozart?». Polígrafo. Consultado em 25 de dezembro de 2023
- ↑ Fernando Esteves (17 de janeiro de 2019). «Uma reflexão em nome da verdade». Polígrafo. Consultado em 25 de dezembro de 2023
- ↑ Sara Beatriz Monteiro (15 de janeiro de 2019). «"Não sou maçon nem tenho nenhuma ligação à maçonaria"». TSF. Consultado em 25 de dezembro de 2023
- ↑ «Coligação PSD/CDS vence legislativas sem maioria». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 29 de maio de 2022
- ↑ «Biografia». Luís Montenegro - Acreditar. Consultado em 29 de maio de 2022
- ↑ Biografia (parlamento.pt)
- ↑ «Eleições diretas do Partido Social Democrata (Portugal) de 2020». Wikipédia, a enciclopédia livre. 2 de abril de 2022. Consultado em 29 de maio de 2022
- ↑ «Rio acena com saída. ″Não vejo como posso ser útil com maioria absoluta do PS″». www.dn.pt. Consultado em 30 de maio de 2022
- ↑ Carrapatoso, Miguel Santos. «Luís Montenegro: "Sou candidato ao PSD para ser primeiro-ministro"». Observador. Consultado em 30 de maio de 2022
- ↑ ECO (14 de abril de 2022). «Jorge Moreira da Silva demite-se da OCDE e confirma candidatura à liderança do PSD». ECO. Consultado em 30 de maio de 2022
- ↑ ECO (28 de maio de 2022). «Luís Montenegro é o novo líder do PSD». ECO. Consultado em 29 de maio de 2022
- ↑ «ELEIÇÕES DIRETAS | 40.º CONGRESSO». PSD. Consultado em 29 de maio de 2022
- ↑ "A máquina laranja está de volta": Luís Montenegro e PSD fazem-se à estrada, consultado em 9 de setembro de 2022
- ↑ Antunes, Rui Pedro. «Como Montenegro uniu o partido em três atos: a paz para a fotografia, a fórmula Barroso e o neo-passismo». Observador. Consultado em 15 de abril de 2023
- ↑ https://www.psd.pt/sites/default/files/2023-02/Um-Novo-Caminho-para-a-Habitacao.pdf
- ↑ «Montenegro afasta pela primeira vez formar Governo com Chega». www.jn.pt. Consultado em 15 de abril de 2023
- ↑ Carrapatoso, Miguel Santos. «Montenegro: "Não vamos governar com o apoio da extrema-direita"». Observador. Consultado em 27 de abril de 2023
- ↑ Jornal de Negócios (27 de Setembro de 2024). «Montenegro diz que "não é não" e exclui Chega de "acordo político de governação"»
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