Constantino II
Constantino II | |
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Imperador Romano | |
Estátua de Constantino II. | |
Reinado | 1 de março de 317 - 337 (como césar no Ocidente sob o seu pai); 337 - 340 (imperador com Constâncio II e Constante I, sobre a Gália, Hispânia, e Britânia, em 340 em disputa com Constante); |
Antecessor(a) | Constantino I |
Sucessor(a) | Constâncio II e Constante I |
Nascimento | 316 |
Arles (atual França) | |
Morte | 340 (24 anos) |
Aquileia (atual Itália) | |
Nome completo | |
Flavius Claudius Constantinus | |
Dinastia | Constantiniana |
Pai | Constantino I |
Mãe | Fausta |
Flávio Cláudio Constantino, conhecido como Constantino II,[1] (Arles, 316 — Cervignano del Friuli, 340) foi imperador romano (337 — 340). Co-imperador ao lado de seus irmãos, o seu curto reinado viu o início de conflitos surgirem entre os filhos de Constantino, o Grande, e sua tentativa de exercer os seus direitos percebidos de primogenitura acabou causando sua morte, em uma tentativa fracassada de invadir a península Itálica em 340.
Biografia
Flávio Cláudio Constantino nasceu em Arles, em fevereiro, 316.[2] Filho mais velho de Constantino I e Fausta, após a morte de seu meio-irmão Crispo, foi educado como cristão. Em 1 de março de 316, Constantino foi nomeado césar,[3] e, com sete anos de idade, em 323, participou da campanha do pai contra os sármatas.[4] Depois da morte de Crispo, com apenas dez anos de idade, tornou-se comandante da Gália. Uma inscrição datando de 330 registra o título de "Alamânico" (em latim: Alamannicus),[4] assim é provável que seus generais tenham ganho uma batalha contra os alamanos. Sua carreira militar continuou quando Constantino I o nomeou comandante da campanha de 332 contra os godos.[5]
Em seguida à morte de seu pai, em 337, Constantino II tornou-se imperador juntamente com seus irmãos Constâncio II e Constante I, [6] com o império dividido entre os três e seus primos, os césares Dalmácio e Hanibaliano. Este arranjo perdurou por pouquíssimo tempo, pois os filhos de Constantino rapidamente conseguiram que o exército assassinasse o resto da família[7]. Logo depois, os três irmãos se encontraram na Panônia[4] e decidiram, em 9 de setembro de 337[1][7], dividir o mundo romano entre si. Constantino II, proclamado augusto pelas tropas[1], recebeu a Gália, Britânia e Hispânia[5][8].
Ele foi envolvido na luta entre diferentes correntes do cristianismo.[4] A porção ocidental do império, influenciada pelo papa em Roma, se inclinou pela ortodoxia doutrinária cristã contra o arianismo. Influenciado pela facção ocidental, Constantino libertou Atanásio de Alexandria e o autorizou a retornar a sé de Alexandria.[9] Esta ação o indispôs com Constâncio II, que era adepto do arianismo.[5]
A princípio, Constantino era o guardião de seu irmão menor, Constante, cuja porção do império era a prefeitura pretoriana da Itália e África.[10] Contudo, rapidamente ele reclamou que, sendo o filho mais velho, não teria recebido o território que lhe era devido.[7] Incomodado pelo fato de Constante ter recebido a Trácia e a Macedônia depois da morte de Dalmácio, Constantino exigiu que Constante lhe entregasse as províncias africanas, o que o jovem imperador concordou fazer para manter uma já bastante frágil paz[7][11]. Logo, porém, os dois começaram a discutir sobre que partes das províncias africanas pertenciam a Cartago e, portanto, a Constantino, e quais pertenciam à Itália, que era propriedade de Constante.[12]
A situação se complicou quando Constante atingiu a maioridade e Constantino, acostumado a dominar o irmão caçula, se recusou a abandonar seu cargo de guardião. Em 340, Constantino invadiu a Itália à frente de seu exército[11] e Constante, que estava na Dácia, separou um conjunto de sua melhores tropas ilíricas para contra-atacar e afirmou que marcharia em seguida, em pessoa, com o resto de suas forças[7]. Constantino, que estava envolvido diretamente nas operações militares[8], acabou morto numa emboscada nas redondezas de Aquileia[11], deixando seu reino à mercê de seu irmão.
Ver também
Precedido por Constantino I, o Grande |
Imperador romano (co-imperador, junto com Constâncio II e Constante I) 337–340 |
Sucedido por Juliano, o Apóstata |
Referências
- ↑ a b c Jones, pg. 223
- ↑ Aurélio Vítor, 41:4
- ↑ Aurélio Vítor, 41:6
- ↑ a b c d DiMaio, Constantine II (337–340 A.D.)
- ↑ a b c Canduci, pg. 129
- ↑ Aurélio Vítor, 41:20
- ↑ a b c d e Gibbon, Ch. 18
- ↑ a b Eutrópio, 10:9
- ↑ A. H. M. Jones, "The Later Roman Empire" (Baltimore, 1986), pg. 114
- ↑ Zósimo, 2:41–42
- ↑ a b c Aurélio Vítor, 41:21
- ↑ Zósimo, 2:41–42
Bibliografia
Fontes primárias
- Zósimo. Historia Nova (em inglês). 2. [S.l.: s.n.]
- Aurélio Vítor. Epitome de Caesaribus (em inglês). [S.l.: s.n.]
- Eutrópio. Breviarium ab urbe condita (em inglês). [S.l.: s.n.]
Fontes secundárias
- DiMaio, Michael. Constantine II (337–340 A.D.) (em inglês). [S.l.: s.n.]
- Jones, AH.M., Martindale, J.R. The Prosopography of the Later Roman Empire, Vol. I: AD260-395, Cambridge University Press, 1971 (em inglês)
- Canduci, Alexander (2010). Triumph & Tragedy: The Rise and Fall of Rome's Immortal Emperors (em inglês). Pier 9: [s.n.] 368 páginas. ISBN 978-1-74196-598-8
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