Revolução de 25 de Abril de 1974

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Revolução de 25 de Abril de 1974
Revolução de 25 de Abril de 1974
Localização Portugal Portugal
Data 25 de abril de 1974
Resultado Fim do regime Estado Novo
Início do Processo Revolucionário em Curso
Instauração da Democracia

A Revolução de 25 de Abril, denominada por alguns Revolução dos Cravos,[1] refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo,[2] vigente desde 1933,[3] e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.[4][5][6]

Esta acção foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães[7] que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos.[1][8] Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas,[9] acabando por atingir o regime político em vigor.[10] Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS.[11]

O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado.[12] A 15 de maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos.[13] Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações[14] e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.[15][16][17]

Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de abril, denominado como "Dia da Liberdade".

Antecedentes

Na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi instaurada em Portugal uma ditadura militar que culminaria na eleição presidencial de Óscar Carmona em 1928. Foi durante o mandato presidencial de Carmona, período que se designou por "Ditadura Nacional", que foi elaborada a Constituição de 1933 e instituído um novo regime autoritário de inspiração fascista - "o Estado Novo". António de Oliveira Salazar passou então a controlar o país através do partido único designado por "União Nacional", ficando no poder até lhe ter sido retirado por incapacidade em 1968, na sequência de uma queda de uma cadeira em que sofreu lesões cerebrais. Foi substituído por Marcello Caetano,[18] que pôs em prática a Primavera Marcelista e dirigiu o país até ser deposto no dia 25 de Abril de 1974.

Durante o Estado Novo, Portugal foi sempre considerado como um país governado por uma ditadura[19][20] pela oposição ao regime,[21] pelos observadores estrangeiros e até mesmo pelos próprios dirigentes do regime. Durante o Estado Novo existiam eleições, que não eram universais e eram consideradas fraudulentas pela oposição.

O Estado Novo tinha como polícia política a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado), versão renovada da PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), que mais tarde foi reconvertida na DGS (Direcção-Geral de Segurança). A polícia política do regime, que recebeu formação da Gestapo e da CIA, tinha como objectivo censurar e controlar tanto a oposição como a opinião pública em Portugal e nas colónias.[22]

Na visão histórica dos ideólogos do regime, o país teria de manter uma política de defesa, de manutenção do "Ultramar", numa época em que os países europeus iniciavam os seus processos de descolonização progressiva. Apesar de séria contestação nos fóruns mundiais, como na ONU, Portugal manteve a sua política irredentista, endurecendo-a a partir do início dos anos 1960, face ao alastramento dos movimentos independentistas em Angola, na Guiné e em Moçambique.[2]

Economicamente, o regime manteve uma política de condicionamento industrial que protegia certos monopólios e certos grupos industriais e financeiros (a acusação de plutocracia é frequente). O país permaneceu pobre até à década de 1960, sendo consequência disso um significativo acréscimo da emigração.[23] Contudo, é durante a década de 60 que se notam sinais de desenvolvimento económico com a adesão de Portugal à EFTA.[24]

O mito do "orgulhosamente sós"

A Guerra do Ultramar, um dos precedentes para a revolução.

No início da década de setenta mantinha-se vivo o ideário salazarista.[25] Continuavam os ideólogos do regime a alimentar o mito do «orgulhosamente sós»,[26] coisa que todos entendiam, num país periférico,[27][28] marcado pelo isolamento rural: estar ali e ter-se orgulho nisso eram valores, algo merecedor de respeito. Mesmo em plena Primavera Marcelista, Marcelo Caetano, que sucedeu a Salazar no início da década (em 1970, ano da morte do ditador), não destoa. Sentindo o mesmo, age a seu modo, governa em isolamento, faz o que pode, mas um dia virá em que já nada pode fazer.

Qualquer tentativa de reforma política era impedida pela própria inércia do regime e pelo poder da sua polícia política (PIDE). Nos finais de década de 1960, o regime exilava-se, envelhecido, num ocidente de países em plena efervescência social e intelectual. Em Portugal cultiva-se outros ideais: defender o Império pela força das armas. O contexto internacional[29] era cada vez mais desfavorável ao regime salazarista/marcelista. No auge da Guerra Fria, as nações dos blocos capitalista e comunista começavam a apoiar e financiar as guerrilhas das colónias portuguesas, numa tentativa de as atrair para a influência americana ou soviética. A intransigência do regime e mesmo o desejo de muitos colonos de continuarem sob o domínio português, atrasaram o processo de descolonização: no caso de Angola e Moçambique, um atraso forçado de quase 20 anos.

A guerra colonial

Ver artigo principal: Guerra Colonial Portuguesa

Portugal mantinha laços fortes e duradouros com as suas colónias africanas,[30][31] quer como mercado para os produtos manufaturados portugueses quer como produtoras de matérias primas para a indústria portuguesa. Muitos portugueses viam a existência de um império colonial como necessária para o país ter poder e influência contínuos. Mas o peso da guerra, o contexto político e os interesses estratégicos de certas potências estrangeiras inviabilizariam essa ideia.[32][33]

Apesar das constantes objeções em fóruns internacionais, como a ONU, Portugal mantinha as colónias[34] considerando-as parte integral de Portugal e defendendo-as militarmente. O problema surge com a ocupação unilateral e forçada dos enclaves portugueses de Goa, Damão e Diu, em 1961.

Em quase todas as colónias portuguesas africanas – Moçambique, Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde – surgiam entretanto movimentos independentistas, que acabariam por se manifestar sob a forma de guerrilhas armadas. Estas guerrilhas não foram facilmente contidas, tendo conseguido controlar uma parte importante do território, apesar da presença de um grande número de tropas portuguesas que, mais tarde, seriam em parte significativa recrutadas nas próprias colónias.

Os vários conflitos[35] forçavam Salazar e o seu sucessor Caetano a gastar uma grande parte do orçamento de Estado na administração colonial e nas despesas militares. A administração das colónias custava a Portugal um pesado aumento percentual anual no seu orçamento e tal contribuiu para o empobrecimento da economia portuguesa: o dinheiro era desviado de investimentos infra-estruturais na metrópole. Até 1960 o país continuou relativamente frágil em termos económicos, o que aumentou a emigração para países em rápido crescimento e de escassa mão-de-obra da Europa Ocidental, como França ou Alemanha. O processo iniciava-se no fim da Segunda Guerra Mundial.[23][36]

O estado do país

A economia cresceu bastante, em particular no início da década de 1950. Economicamente, o regime mantinha a sua política de Corporativismo, o que resultou na concentração da economia portuguesa nas mãos de uma elite de industriais.[24] A informação circulava e a oposição bulia.[37][38] A guerra colonial tornava-se tema forte de discussão e era assunto de eleição para as forças anti-regime. Portugal estava muito isolado do resto do Mundo. Muitos estudantes e opositores viam-se forçados a abandonar o país para escapar à guerra, à prisão e à tortura.

Anos setenta

Em fevereiro de 1974, Marcelo Caetano é forçado pela velha guarda do regime a destituir o general António de Spínola e os seus apoiantes. Tentava este, com ideias de índole federalista tornadas célebres num livro publicado pelo próprio intitulado Portugal e o Futuro[39] (em cuja obra também afirmava a impossibilidade de vencer militarmente a Guerra do Ultramar), modificar o curso da política colonial portuguesa, que se revelava demasiado dispendiosa.

Conhecidas as divisões existentes no seio da elite do regime, o MFA decide levar adiante um golpe de estado. O movimento nasce secretamente em 1973. Nele estão envolvidos certos oficiais do exército que já conspiravam.[40]

Preparação do golpe

Monumento em Grândola.

A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau, em 21 de agosto de 1973. Uma nova reunião, em 9 de setembro de 1973 no Monte Sobral (Alcáçovas) dá origem ao Movimento das Forças Armadas. No dia 5 de março de 1974 é aprovado o primeiro documento do movimento: Os Militares, as Forças Armadas e a Nação.[41] Este documento é posto a circular clandestinamente. No dia 14 de março o governo demite os generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, alegadamente por estes se terem recusado a participar numa cerimónia de apoio ao regime. No entanto, a verdadeira causa da expulsão dos dois Generais foi o facto do primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, Portugal e o Futuro, no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar.

No dia 24 de março, a última reunião clandestina dos capitães revoltosos decide o derrube do regime pela força. Prossegue a movimentação secreta dos capitães até ao dia 25 de abril.[42] A mudança de regime acaba por ser feita por acção armada.[43]

Movimentações militares no 25 de abril

Viva a Liberdade, pintura mural.[44]

No dia 24 de abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instala secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.

Às 22h 55m é transmitida a canção E depois do Adeus, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por João Paulo Diniz. Este é um dos sinais previamente combinados pelos golpistas, que desencadeia a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.

O segundo sinal é dado às 0h20 m, quando a canção Grândola, Vila Morena de Zeca Afonso é transmitida pelo programa Limite, da Rádio Renascença,[45][46] que confirma o golpe e marca o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão é Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano. Ao contrário de E Depois do Adeus, que era muito popular por ter vencido o Festival RTP da Canção, Grândola, Vila Morena fora ilegalizada, pois, segundo o governo, fazia alusão ao comunismo.

O golpe militar do dia 25 de abril tem a colaboração de vários regimentos militares que desenvolvem uma ação concertada. No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos de Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. Forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no Porto. O regime reage, e o ministro da Defesa ordena a forças sediadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não é obedecido, dado que estas já tinham aderido ao golpe.

À Escola Prática de Cavalaria, que parte de Santarém, cabe o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria são comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço é ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia move, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontra o chefe do governo, Marcelo Caetano,[47] que ao final do dia se rende, exigindo, contudo, que o poder seja entregue ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcelo Caetano parte, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.

No rescaldo dos confrontos morrem quatro pessoas, quando elementos da polícia política (PIDE/DGS) disparam sobre um grupo que se manifesta à porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.[48]

Direção-Geral de Segurança (DGS) e CIA na Revolução dos Cravos

Consequências

Mural na Chamusca, com uma dedicatória ao 25 de Abril.

No dia 26 de abril, forma-se a Junta de Salvação Nacional,[52][53][54] constituída por militares, que dará início a um governo de transição.[42] O essencial do programa do MFA é, em síntese, resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.

Entre as medidas imediatas da revolução conta-se a extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura.[55] Os sindicatos livres e os partidos são legalizados. No dia seguinte, a 26 de abril, são libertados os presos políticos da Prisão de Caxias[56] e de Peniche.[57] Os líderes políticos da oposição no exílio voltam ao país nos dias seguintes.[58][59] Passada uma semana, o 1.º de Maio é celebrado em plena liberdade nas ruas, pela primeira vez em muitos anos. Em Lisboa junta-se cerca de um milhão de pessoas.

Manifestação do 25 de Abril de 1983 na cidade do Porto.[60]

Portugal passará por um período conturbado de cerca de dois anos, comummente designado por PREC (Processo Revolucionário Em Curso), em que se confrontam facções de esquerda e direita, por vezes com alguma violência, sobretudo em ações organizadas no Norte. São nacionalizadas grandes empresas, "saneados" quadros importantes e levadas ao exílio personalidades identificadas com o Estado Novo, gente que não partilha da visão política que a revolução prescreve. Consumam-se várias conquistas da revolução". Acabada a guerra colonial e durante o PREC, as colónias africanas e de Timor-Leste tornam-se independentes.[61][62]

Finalmente, no dia 25 de abril de 1975, têm lugar as primeiras eleições livres para a Assembleia Constituinte, ganhas pelo PS.[63] Na sequência dos trabalhos desta assembleia é elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de tipo ocidental.[64] A constituição é aprovada em 1976 pela maioria dos deputados, abstendo-se apenas o CDS.[65]

Forma-se o I Governo Constitucional de Portugal,[63] chefiado por Mário Soares (23 de setembro de 1976). Ramalho Eanes, militar em Angola no 25 de Abril, o sisudo oficial que adere ao MFA fora de horas, o extemporâneo general que na televisão se esconde por trás de uns óculos de sol, ganha as presidenciais de 27 de junho de 1976. Segue-se o fim do PREC e um período de estabilização política. Eanes impõe-se como chefe militar e Mário Soares, desvinculado dos fundamentos marxistas do ideário socialista, proclama as virtudes do pluralismo, a inevitabilidade do liberalismo, e lidera, dominando o partido e o país. Com o seu talento, ergue a voz e faz-se ouvir: com ele, a democracia em Portugal está garantida e o país livre da "ameaça comunista". Com a sua habitual persistência, mantendo durante anos o mesmo discurso sempre que fala, acaba por ganhar terreno e isolar a esquerda.

O 25 de Abril visto mais tarde

Em 25 de Abril de 1999, 25 anos após o 25 de Abril de 1974 é inaugurada a praça 25 de Abril em Lisboa
Pintura mural, onde se lê É preciso salvar Abril.[44]
Monumento em Sesimbra

A Revolução dos Cravos continua a dividir a sociedade portuguesa,[66] sobretudo nos estratos mais velhos da população que viveram os acontecimentos, nas facções extremas do espectro político e nas pessoas politicamente mais empenhadas. A análise que se segue refere-se apenas às divisões entre estes estratos sociais.

Extremam-se entre eles os pontos de vista dominantes na sociedade portuguesa em relação ao 25 de abril. Quase todos reconhecem, de uma forma ou de outra, que a revolução de abril representou um grande salto no desenvolvimento político-social do país.[67][68]

À esquerda, pensa-se que o espírito inicial da revolução se perdeu. O PCP lamenta que não se tenha ido mais longe[69] e que muitas das chamadas "conquistas da revolução" se tenham perdido. Os sectores mais conservadores de direita tendem a lamentar o que se passou. De uma forma geral, uns e outros lamentam a forma como a descolonização foi feita. A direita lamenta as nacionalizações[70][71] no período imediato ao 25 de abril de 1974, afirmando que a revolução agravou o crescimento de uma economia já então fraca.[72] A esquerda defende que a o agravamento da situação económica do país é consequente de medidas então programadas que não foram aplicadas ou que foram desfeitas[73] pelos governos posteriores a 1975[74][75], desfeitas as utopias da construção de um socialismo democrático.

Cravo

O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Segundo se conta, foi Celeste Caeiro, que trabalhava num restaurante na Rua Braancamp de Lisboa, que iniciou a distribuição dos cravos vermelhos pelos populares que os ofereceram aos soldados. Estes colocaram-nos nos canos das espingardas. Por isso se chama ao 25 de Abril de 74 a "Revolução dos Cravos".[76]

Mídia

Cinema

Documentário
Ficção

Televisão

A par do cinema, também a televisão tirou partido das novas liberdades, noticiando sem censura, registando em filme, em entrevistas e documentários, momentos históricos, fazendo de um país em ebulição retratos vivos.

A Revolução dos Cravos foi amplamente coberta, além da RTP, por várias televisões estrangeiras, logo após ter sido notícia de interesse internacional. As primeiras imagens do 25 de Abril foram divulgadas na televisão alemã (ver Cravos de Abril). As televisões que mais cobertura deram aos acontecimentos foram as cadeias alemãs (ARD e ZDF) e, no final do PREC, com o Verão Quente, a norte-americana CBS, com a qual Ricardo Costa também colaborou.[79]

A televisão alemã, em particular a ARD, canal oficial, foi a que mais filmou, tendo reunido documentação muito completa dos principais eventos políticos e históricos da época. O correspondente estrangeiro então mais ativo nessa época, quer em Lisboa quer em Madrid (onde foi instalado um estúdio), foi o alemão Horst Hano, que algum tempo depois daria larga cobertura à agonia do regime franquista.

Uma grande parte da produção da ARD nessa época não consta em arquivo, o mesmo sucedendo com a CBS, o que leva a temer que a maior parte desse património se encontre perdido.

Fotografia

Ver também

Referências

  1. a b Cf. a entrada em BARRETO, António; MÓNICA, Maria Filomena. Dicionário de História de Portugal. Lisboa, Livraria Figueirinhas, 2000, vol 9, pg. 250 e seguintes. ISBN 972-661-167-9.
  2. a b As eleições no Estado Novo – Resenha de Ana Sofia Ferreira na Revista da Faculdade de Letras, História, Porto, III Série, vol. 7, 2006, pp. 197-212 Centenário
  3. Salazar e o Estado Novo em Agrupamento de Escolas Comandante Conceição e Silva
  4. ORIGINALIDADE E AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA – Artigo de Jorge Miranda em Instituto de Investigaciones Juridicas (México)
  5. A CONSTITUIÇÂO E A DEMOCRACIA PORTUGUESA - Artigo de Jorge Miranda em Associação 25 de Abril
  6. Da constituição do Estado Novo Português (1993) - de Paulo Ferreira da Cunha em História Constitucional
  7. 1974: Rebels seize control of Portugal, BBC
  8. Texto de José Dias em homenagem ao 25 de Abril (25 de Abril de 2014)
  9. Movimento dos Capitães - Comunicado nº1
  10. Comunicado: O "Movimento", as Forças Armadas e a Nação
  11. Cronologia do 25 de Abril de 1974 - ver 20h00
  12. Cf. Lei n.º 1/74, de 25 de abril.
  13. Diário do Governo n.º 113, Série I de 15 de Maio de 1974, Decretos nº 203/74 e nº 204/74
  14. O 25 de Abril e as nacionalizações – Artigo de Sérgio Ribeiro Jornal Avante
  15. 25 de Novembro e o Grupo dos Nove – Artigo em Núcleo de Estudos 25 de Abril, 25 de Novembro de 2010
  16. Jornal Expresso - nº 155 de 1 de Dezembro de 1975
  17. 25 de NOVEMBRO- QUANTOS GOLPES AFINAL? – Artigo de Maria Manuela Cruzeiro no Centro de Documentação 25 de Abril
  18. Tomás e Caetano: duas divisões da política em Centro de Investigação e Análise
  19. Portugal Salazarista em Sapo – Ditaduras
  20. Salazar e o Estado Novo em Grupo de Escolas Comandante Conceição da Silva
  21. A extrema-esquerda e as eleições de 69 – Post de Miguel Cardina em Caminhos da Memória, 10 de novembro de 2009
  22. A repressão política de Salazar e a revista de economia - artigo de Ulpiano Nascimento, Nº 1715, Primavera 2011
  23. a b Legiões de camponeses deixaram, nos anos 60, o mundo rural e emigraram para as cidades ou para o estrangeiro – Artigo de Gouveia de Albuquerque no Diário de Notícias de 1 maio de 2004
  24. a b O Estado, as relações salariais e o bem-estar social na semi-periferia: o caso português – Dissertação de Boaventura Sousa Santos no Centro de Estudos Sociais
  25. Ideologia, economia e política: a questão colonial na implantação do Estado Novo - Valentim Alexandre Análise Social, vol.xxviii (123-124), 1993
  26. "Orgulhosamente Sós"? Portugal e os Estados Unidos no início da década de 1960 em Instituto Português de Relações Internacionais
  27. Orgulhosamente sós – em Fundação Mário Soares
  28. “Salazar e a Política Económica do Estado Novo” - Revista Lusíada. História, Série II, Número 4, pp. 339-364, Lisboa, Universidade Lusíada
  29. PORTUGAL E A NATO: A POLÍTICA COLONIAL DO ESTADO NOVO E OS ALIADOS (1961-1968) – Artigo de Pedro Manuel Santos em SCIELO Portugal
  30. Início do fim do império colonial começou há 50 anos – Artigo de Helena Teixeira no Jornal de Notícias, 6 de fevereiro de 2011
  31. Império/ Colonialismo/Descolonização – Artigo de Fernando Piteira Santos na pág da Associação 25 de Abril
  32. ANÁLISE GLOBAL DE UMA GUERRA (MOÇAMBIQUE 1964-1974) – Tese de Miguel Garcia em Triplov
  33. [1] A luta pela libertação nacional na Guiné-Bissau e a revolução em Portugal – Artigo de John Woollacott, Análise Social, vol. xix (77-78-79), 1983
  34. Guerra Colonial no SAPO
  35. O movimento de descolonização em Angola e guerra fria – Artigo
  36. Movimento Democrático para a Libertação de Portugal (1975) - referência ao golpe reaccionário liderado por Spínola (CEPP)
  37. Os movimentos de libertação face à perspectiva de uma Revolução em Portugal ainda nos anos 60 – Artigo de Julião Soares Sousa em no Centro de Documentação 25 de Abril (Universidade de Coimbra)
  38. Portugal: As comissões de trabalhadores na “Revolução dos Cravos”, 1974 – em Silêncio dos Poetas
  39. «Cavaleiro da Triste Figura» Spínola exposto e um livro famoso revisto (Douglas Wheeler)
  40. Referência com cronologia
  41. Ernesto Melo Antunes - referência em página da Fundação Gulbenkian
  42. a b Companhia de Caçadores 4241 - RELATÓRIO DE 25 DE ABRIL DE 1974 (de 18 a 27 de abril) do capitão Luís Pessoa (em Associação 25 de Abril)
  43. Textos jornalísticos na pág. da Universidade de Coimbra
  44. a b Pinturas murais no 25 de Abril na cidade do Porto
  45. Cronologia pulsar da revolução (Centro de Documentação 25 de Abril)
  46. Cronologia pulsar da revolução (Centro de Documentação 25 de Abril)
  47. CRAVOS DE ABRIL, crónica inconveniente da Revolução dos Cravos – relato do dia 25 de Abril (Ricardo Costa)
  48. Três manifestantes mortos por elementos da PIDE-DGS - notícia do jornal República, arquivos do Instituto Camões
  49. Nuno Simas – Notícias no Jornal de Negócios
  50. Há indícios de crime no caso das “secretas” – Notícia na ASJP
  51. Secretas espiaram telemóvel de jornalista do PÚBLICO – Semanário Expresso, 27 de agosto de 2011
  52. Junta de Salvação Nacional em A Revolução de Abril
  53. A formação da Junta de Salvação Nacional em CITI
  54. Junta de Salvação Nacional em Ministério da Educação e Ciência
  55. Os Livros e a Censura em Portugal – Artigo de José Brandão em Vidas Lusófonas
  56. A minha passagem por Caxias: como a CIA ensinou os portugueses a torturar – Artigo de Christopher Reed (jornal London Guardian) em Resistir
  57. Artigo de João Bonifácio Serra em O que eu andei…
  58. 27 de Abril de 1974 – Cronologia em Abril de Novo
  59. Regresso de Mário Soares e Álvaro Cunhal em Memórias de Telémaco A. Pissarro
  60. Manifestações e protestos em Portugal
  61. A DESCOLONIZAÇÃO PORTUGUESA: visão de Pedro Pezarat Correia – Artigo de Sandra Cristina Almeida em História e Ciência (blog)
  62. Descolonização portuguesa teve conivência dos EUA – Notícia na pág. da TVI a 31 de Dezembro de 2010
  63. a b A Nova Constituição, Eleição de Eanes e o Governo PS – Artigo de José Adelino Maltez
  64. Repercussões da Revolução dos Cravos – Resenha de Adriano de Freixas em Observatório das Nacionalidades
  65. «The transition to democracy in Spain, Portugal and Greece: Thirty years after», conferência organizada pela Konstantinos G. Karamanlis Foundation, Grécia, 22 maio de 2005
  66. A memória do 25 de Abril nos anos do cavaquismo: o desenvolvimento do revisionismo histórico através da imprensa (1985-1995) - Dissertação de Mestrado de História Contemporânea de Luciana de Castro Soutelo no Repositório Aberto da Universidade do Porto, Setembro de 2009
  67. Portugal: trinta Anos de Democracia, Actas do Colóquio na Faculdade de Letras da Universidade do Porto entre 30 de Setembro e 1 de Outubro de 2004 (Goggle books)
  68. Do Estado obsoleto à nação democrática (Portugal na periferia europeia na segunda metade do século xx) Mário Murteira, Análise Social, vol. XXII, Análise Social
  69. A Revolução de Abril 20 Anos Depois – Artigo de Álvaro Cunhal, fevereiro de 1994
  70. Breve experiência de socialismo em Portugal: o sector das empresas estatais – Artigo de Eric N. Baklanoff na Análise Social, vol. xxxi (138), 1996 (4.°)
  71. As Nacionalizações e o Programa Nacional de Emprego em Conquistas da Revolução
  72. A Crise e a Resconstituição do Estado em Portugal (1974-1984) – Artigo de Boaventura de Sousa Santos na sua pág. pessoal
  73. Portugal, economia, 1974-1985 em Lusotopia
  74. Sobre a Revolução de Abril e a situação actual – Artigo de Vasco Gonçalves em Resistir
  75. A Revolução dos Cravos e uma estratégia para Portugal – Artigo de Mário Soares no DN opinião de 28 Abril 2009
  76. Portugal - Cravos - 25 de Abril de 1974 – Relatos nos jornais
  77. Notícia – Destak
  78. Notícia (portal dos programas)
  79. Cravos de Abril, crónica inconveniente da Revolução dos Cravos – texto de Ricardo Costa

Cronologias

Bibliografia e artigos

Ligações externas

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Literatura