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Hezbollah: diferenças entre revisões

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| [[Jihad#Xiita|Jihadismo Xiita]]<ref name="Shiite_jihad">{{citar relatório|autor =Philip Smyth|data=Fevereiro de 2015|título=The Shiite Jihad in Syria and Its Regional Effects|url=http://www.washingtoninstitute.org/uploads/Documents/pubs/PolicyFocus138_Smyth-2.pdf|publicado=The Washington Institute for Near East Studies|páginas=7–8|docket=|asin=|acessodata=13 de Março de 2015}}</ref>
| [[Jihad#Xiita|Jihadismo Xiita]]<ref name="Shiite_jihad">{{citar relatório|autor =Philip Smyth|data=Fevereiro de 2015|título=The Shiite Jihad in Syria and Its Regional Effects|url=http://www.washingtoninstitute.org/uploads/Documents/pubs/PolicyFocus138_Smyth-2.pdf|publicado=The Washington Institute for Near East Studies|páginas=7–8|docket=|asin=|acessodata=13 de Março de 2015}}</ref>
| [[Ruhollah Khomeini|Khomeinismo]]<ref name="Shiite_jihad"/>
| [[Ruhollah Khomeini|Khomeinismo]]<ref name="Shiite_jihad"/>
|<ref>{{citar livro|último =Levitt|primeiro =Matthew|autorlink =Matthew Levitt|ano=2013|título=Hezbollah: The Global Footprint of Lebanon's Party of God|página=356|url=https://books.google.com/books?id=yTJeAQAAQBAJ&pg=PA356&#v=onepage&q&f=false|citação="Hezbollah's anti-Western militancy began with attacks against Western targets in Lebanon, then expanded to attacks abroad intended to exact revenge for actions threatening its or Iran's interests, or to press foreign governments to release captured operatives."}}<br/>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=n9QycqW1qogC&pg=PA267#v=onepage&q&f=false|título=An International History of Terrorism: Western and Non-Western Experiences|página=267|citação="Based upon these beliefs, Hezbollah became vehemently anti-West and anti-Israel."}}<br/>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=-MkxxSUSTuEC&pg=PT421#v=onepage&q&f=false|título=Criminology: Theories, Patterns & Typology|página=396|citação="Hezbollah is anti-West and anti-Israel and has engaged in a series of terrorist actions including kidnappings, car bombings, and airline hijackings."}}</ref><ref name="bbc-hi-me"/>
|<ref>{{citar livro|último =Levitt|primeiro =Matthew|autorlink =Matthew Levit|ano=2013|título=Hezbollah: The Global Footprint of Lebanon's Party of God|página=356|url=https://books.google.com/books?id=yTJeAQAAQBAJ&pg=PA356&#v=onepage&q&f=false|citação="Hezbollah's anti-Western militancy began with attacks against Western targets in Lebanon, then expanded to attacks abroad intended to exact revenge for actions threatening its or Iran's interests, or to press foreign governments to release captured operatives."}}<br/>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=n9QycqW1qogC&pg=PA267#v=onepage&q&f=false|título=An International History of Terrorism: Western and Non-Western Experiences|página=267|citação="Based upon these beliefs, Hezbollah became vehemently anti-West and anti-Israel."}}<br/>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=-MkxxSUSTuEC&pg=PT421#v=onepage&q&f=false|título=Criminology: Theories, Patterns & Typology|página=396|citação="Hezbollah is anti-West and anti-Israel and has engaged in a series of terrorist actions including kidnappings, car bombings, and airline hijackings."}}</ref><ref name="bbc-hi-me"/>
| [[Antissemitismo]]<ref>[[Julius, Anthony]]. [https://books.google.com/books?id=BGkSLxDBNTgC&pg=PA529 "Trials of the Diaspora: A History of Anti-Semitism in England."] ''Google Books''. 1 de Maio de 2015.<br/>Michael, Robert and Philip Rosen. [https://books.google.com/books?id=d5927rY-UgoC&pg=PA231 "Dictionary of Antisemitism from the Earliest Times to the Present."] ''Google Books''. 1 May 2015.<br/>Perry, Mark. [https://books.google.com/books?id=HDRG-EYhyZ0C&pg=PA158 "Talking to Terrorists: Why America Must Engage with Its Enemies."] ''Google Books''. 1 de Maio de 2015<br/>{{citar web|url=http://www.jpost.com/International/Analysis-Hezbollahs-lethal-anti-Semitism|título=Analysis: Hezbollah's lethal anti-Semitism|obra=The Jerusalem Post – JPost.com}}</ref>
| [[Antissemitismo]]<ref>Julius, Anthony. [https://books.google.com/books?id=BGkSLxDBNTgC&pg=PA529 "Trials of the Diaspora: A History of Anti-Semitism in England."] ''Google Books''. 1 de Maio de 2015.<br/>Michael, Robert and Philip Rosen. [https://books.google.com/books?id=d5927rY-UgoC&pg=PA231 "Dictionary of Antisemitism from the Earliest Times to the Present."] ''Google Books''. 1 May 2015.<br/>Perry, Mark. [https://books.google.com/books?id=HDRG-EYhyZ0C&pg=PA158 "Talking to Terrorists: Why America Must Engage with Its Enemies."] ''Google Books''. 1 de Maio de 2015<br/>{{citar web|url=http://www.jpost.com/International/Analysis-Hezbollahs-lethal-anti-Semitism|título=Analysis: Hezbollah's lethal anti-Semitism|obra=The Jerusalem Post – JPost.com}}</ref>
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| religião = [[Islão]] [[Xiismo|xiita]]
| religião = [[Islão]] [[Xiismo|xiita]]
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'''Hezbollah''' ou '''Hizbollah'''<ref>Outras [[Romanização do árabe|transliterações]] incluem '''Hezbollah''', '''Hezbullah''', '''Hezballah''', '''Hizballah''', '''Hisbollah''', e '''Hizb [[Alá|Allah]]'''.</ref> (em [[Língua árabe|árabe]]: حزب الله, [[Transliteração|transl.]] ''ḥizbu-'llāh(i)'',<ref>
'''Hezbollah''' ou '''Hizbollah'''<ref>Outras [[Romanização do árabe|transliterações]] incluem '''Hezbollah''', '''Hezbullah''', '''Hezballah''', '''Hizballah''', '''Hisbollah''', e '''Hizb [[Alá|Allah]]'''.</ref> (em [[Língua árabe|árabe]]: حزب الله, [[Transliteração|transl.]] ''ḥizbu-'llāh(i)'',<ref>
Em português a sílaba tônica da palavra costuma ser a sílaba final (''hizbolá''), seguindo a pronúncia [[Língua persa|persa]] [[Irão|iraniana]]. No teatro de operações árabe do próprio ''Hizbollah'', a sílaba tônica costuma ser colocada na segunda sílaba. ''Hizb'' ("[[partido]]") é a pronúncia do [[árabe moderno padrão]], e ''hezb'' é a forma mais parecida ao persa e ao [[Árabe libanês|dialeto libanês]]. O nome vem do ''[[ayat]]'' (verso) [[Alcorão|corânico]], que se refere àqueles que pertencem e seguem o "partido de [[Conceito islâmico de Deus|Deus]]".[http://www.almizan.org/Tafseer/Volume11/11Maida1.asp] {{Wayback|url=http://www.almizan.org/Tafseer/Volume11/11Maida1.asp |date=20090421035500 }}.
Em português a sílaba tônica da palavra costuma ser a sílaba final (''hizbolá''), seguindo a pronúncia [[Língua persa|persa]] [[Irão|iraniana]]. No teatro de operações árabe do próprio ''Hizbollah'', a sílaba tônica costuma ser colocada na segunda sílaba. ''Hizb'' ("[[partido]]") é a pronúncia do [[árabe moderno padrão]], e ''hezb'' é a forma mais parecida ao persa e ao [[Árabe libanês|dialeto libanês]]. O nome vem do ''[[ayat]]'' (verso) [[Alcorão|corânico]], que se refere àqueles que pertencem e seguem o "partido de Deus".[http://www.almizan.org/Tafseer/Volume11/11Maida1.asp] {{Wayback|url=http://www.almizan.org/Tafseer/Volume11/11Maida1.asp |date=20090421035500 }}.


: حزب الله, ''ḥezbu-'llāh(i)'', ''-u'' - marcador de caso [[nominativo]] em [[Idafa|iḍāfa]], "a" inicial (escrito como o ''alif'': ا) em ''Allāh'' (الله) é mudo.
: حزب الله, ''ḥezbu-'llāh(i)'', ''-u'' - marcador de caso [[nominativo]] em [[Idafa|iḍāfa]], "a" inicial (escrito como o ''alif'': ا) em ''Allāh'' (الله) é mudo.
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{{legend|#fff7fd|Territórios controlados por grupos sunitas insurgentes}}]]
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O Hizbollah no Líbano surgiu inicialmente como uma [[milícia]], em resposta à [[Guerra do Líbano (1982)|invasão israelense do Líbano]] de [[1982]], também conhecida como [[Operação Paz para a Galileia]], e continuou a resistir contra a ocupação israelense do [[sul do Líbano]] durante toda a [[Guerra Civil Libanesa]].<ref name="HG20Ak02" /><ref name="bbc-hi-me">{{citar web|título =Who are Hezbollah| publicado= [[BBC News]] |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/4314423.stm |data=21 de maio de 2008 | acessodata = 15-8-2008 }}</ref> Seus líderes se inspiraram nas ideias do [[aiatolá]] [[Ruhollah Khomeini|Khomeini]], e suas forças foram treinadas e organizadas por um contingente da [[Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica|Guarda Revolucionária Iraniana]].<ref name="nybooks">{{citar web|url=http://www.nybooks.com/articles/17060|título = In Search of Hezbollah|autor=Adam Shatz|publicado= [[The New York Review of Books]]|data=29 de abril de 2004 | acessodata = 14-8-2006 }}</ref> O [[manifesto]] de [[1985]] publicado pelo Hizbollah listava suas três metas principais como "colocar um fim a qualquer entidade [[Colonialismo|colonialista]]" no Líbano, levar os [[Partido Kataeb|Falangistas]] à justiça "pelos crimes que perpetraram", e estabelecer um [[República islâmica|regime islâmico]] no país.<ref name="The Hizballah Program">{{citar web|url=http://www.standwithus.com/pdfs/flyers/hezbollah_program.pdf|título=The Hizballah Program|publicado=standwithus. com ([[StandWithUs]])|autor=desconhecido|acessodata=29-10-2007|formato=PDF|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071029000205/http://www.standwithus.com/pdfs/flyers/hezbollah_program.pdf|arquivodata=2007-10-29|urlmorta=yes}}</ref><ref name="Stalinsky">Stalinsky, Steven. [http://www.nysun.com/article/37184 "An Islamic Republic Is Hezbollah's Aim."] ''[[The New York Sun]]''. 2 de agosto 2006. (visitado em 1 de novembro de 2007).</ref> Recentemente, no entanto, o Hizbollah vem fazendo poucas menções a respeito da fundação de um [[Estado islâmico]], e não tem mais feito alianças seguindo tendências religiosas.<ref name="nybooks" /> Os líderes do partido são responsáveis, no entanto, por diversas declarações pedindo o fim do [[Estado de Israel]] como "[[entidade sionista]]", "construída sobre terras arrancadas das mãos de seus proprietários."<ref name="The Hizballah Program" /><ref name="Stalinsky" />
O Hizbollah no Líbano surgiu inicialmente como uma [[milícia]], em resposta à [[Guerra do Líbano (1982)|invasão israelense do Líbano]] de [[1982]], também conhecida como [[Operação Paz para a Galileia]], e continuou a resistir contra a ocupação israelense do [[sul do Líbano]] durante toda a [[Guerra Civil Libanesa]].<ref name="HG20Ak02" /><ref name="bbc-hi-me">{{citar web|título =Who are Hezbollah| publicado= [[BBC News]] |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/4314423.stm |data=21 de maio de 2008 | acessodata = 15-8-2008 }}</ref> Seus líderes se inspiraram nas ideias do [[aiatolá]] [[Ruhollah Khomeini|Khomeini]], e suas forças foram treinadas e organizadas por um contingente da [[Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica|Guarda Revolucionária Iraniana]].<ref name="nybooks">{{citar web|url=http://www.nybooks.com/articles/17060|título = In Search of Hezbollah|autor=Adam Shatz|publicado= [[The New York Review of Books]]|data=29 de abril de 2004 | acessodata = 14-8-2006 }}</ref> O [[manifesto]] de [[1985]] publicado pelo Hizbollah listava suas três metas principais como "colocar um fim a qualquer entidade [[Colonialismo|colonialista]]" no Líbano, levar os [[Partido Kataeb|Falangistas]] à justiça "pelos crimes que perpetraram", e estabelecer um [[República islâmica|regime islâmico]] no país.<ref name="The Hizballah Program">{{citar web|url=http://www.standwithus.com/pdfs/flyers/hezbollah_program.pdf|título=The Hizballah Program|publicado=standwithus. com (StandWithUs)|autor=desconhecido|acessodata=29-10-2007|formato=PDF|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071029000205/http://www.standwithus.com/pdfs/flyers/hezbollah_program.pdf|arquivodata=2007-10-29|urlmorta=yes}}</ref><ref name="Stalinsky">Stalinsky, Steven. [http://www.nysun.com/article/37184 "An Islamic Republic Is Hezbollah's Aim."] ''The New York Sun''. 2 de agosto 2006. (visitado em 1 de novembro de 2007).</ref> Recentemente, no entanto, o Hizbollah vem fazendo poucas menções a respeito da fundação de um [[Estado islâmico]], e não tem mais feito alianças seguindo tendências religiosas.<ref name="nybooks" /> Os líderes do partido são responsáveis, no entanto, por diversas declarações pedindo o fim do [[Estado de Israel]] como "[[entidade sionista]]", "construída sobre terras arrancadas das mãos de seus proprietários."<ref name="The Hizballah Program" /><ref name="Stalinsky" />


O partido, que começou apenas como uma pequena milícia, já se transformou numa organização que tem assentos no [[parlamento]] libanês, uma [[Rádio (comunicação)|rádio]] e uma [[Al-Manar|estação de televisão via satélite]], além de diversos programas de [[desenvolvimento social]].<ref name="deeb-hzb-a-primer">
O partido, que começou apenas como uma pequena milícia, já se transformou numa organização que tem assentos no [[parlamento]] libanês, uma [[Rádio (comunicação)|rádio]] e uma [[Al-Manar|estação de televisão via satélite]], além de diversos programas de [[desenvolvimento social]].<ref name="deeb-hzb-a-primer">
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O Hizbollah recebe ajuda financeira do [[Irão|Irã]] e da [[Síria]], além de doações de libaneses e de outros [[Xiismo|xiitas]] pelo mundo.<ref name="irinnews52494">{{citar web | url=http://www.irinnews.org/report.asp?ReportID=52494&SelectRegion=Middle_East | título = LEBANON: The many hands and faces of Hezbollah | autor = UN Office for the Coordination of Humanitarian Affairs |data=29 de março de 2006 | acessodata = 17-8-2006 }}
O Hizbollah recebe ajuda financeira do [[Irão|Irã]] e da [[Síria]], além de doações de libaneses e de outros [[Xiismo|xiitas]] pelo mundo.<ref name="irinnews52494">{{citar web | url=http://www.irinnews.org/report.asp?ReportID=52494&SelectRegion=Middle_East | título = LEBANON: The many hands and faces of Hezbollah | autor = UN Office for the Coordination of Humanitarian Affairs |data=29 de março de 2006 | acessodata = 17-8-2006 }}
</ref><ref name="Haaretz 746631">[http://www.haaretz.com/hasen/pages/ShArt.jhtml?itemNo=746631 Iranian official admits Tehran supplied missiles to Hezbollah]</ref> O partido também ganhou uma força militar significante nos últimos anos.<ref name="met">{{citar web |primeiro= MelL |último= Frykberg |autorlink= |coautores= |título= Mideast Powers, Proxies and Paymasters Bluster and Rearm |url= http://www.metimes.com/International/2008/08/29/mideast_powers_proxies_and_paymasters_bluster_and_rearm/5485/ |obra= [[Middle East Times]] |publicado= |data= 2008-08-29 |acessodata= 2008-08-29 |citação= And if there is one thing that ideologically and diametrically opposed Hezbollah and Israel agree on, it is Hezbollah's growing military strength. ("E se tem uma coisa que Israel e o Hizbollah, ideológica e diametricamente opostos, concordam, é a respeito da crescente força militar do Hizbollah.") |arquivourl= https://web.archive.org/web/20080902080503/http://www.metimes.com/International/2008/08/29/mideast_powers_proxies_and_paymasters_bluster_and_rearm/5485/ |arquivodata= 2008-09-02 |urlmorta= yes }}</ref> Apesar de uma certificação de junho de 2008, pelas [[Nações Unidas]], de que Israel havia se retirado de todo o território libanês,<ref name="SC/6878">{{citar web |data=18 de junho de 2000 | publicado= [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]] | título = Security council endorses secretary-general's conclusion on Israeli withdrawal from Lebanon as of 16 junho | url=http://www.un.org/News/Press/docs/2000/20000618.sc6878.doc.html | acessodata=2006-09-29}}</ref> em agosto daquele ano o novo gabinete de governo do Líbano aprovou uma proposta que assegura a existência do partido como uma organização armada, e garante o seu direito de "liberar ou recuperar [[Fazendas de Shebaa|terras ocupadas]]." Alegando que Israel ainda ocupa as fazendas de Shebaa e os morros de Kafarshuba.{{Carece de fontes|data=Setembro de 2020}} Desde [[1992]] a organização é chefiada por [[Hassan Nasrallah]], seu [[secretário-geral]].
</ref><ref name="Haaretz 746631">[http://www.haaretz.com/hasen/pages/ShArt.jhtml?itemNo=746631 Iranian official admits Tehran supplied missiles to Hezbollah]</ref> O partido também ganhou uma força militar significante nos últimos anos.<ref name="met">{{citar web |primeiro= MelL |último= Frykberg |autorlink= |coautores= |título= Mideast Powers, Proxies and Paymasters Bluster and Rearm |url= http://www.metimes.com/International/2008/08/29/mideast_powers_proxies_and_paymasters_bluster_and_rearm/5485/ |obra= Middle East Times |publicado= |data= 2008-08-29 |acessodata= 2008-08-29 |citação= And if there is one thing that ideologically and diametrically opposed Hezbollah and Israel agree on, it is Hezbollah's growing military strength. ("E se tem uma coisa que Israel e o Hizbollah, ideológica e diametricamente opostos, concordam, é a respeito da crescente força militar do Hizbollah.") |arquivourl= https://web.archive.org/web/20080902080503/http://www.metimes.com/International/2008/08/29/mideast_powers_proxies_and_paymasters_bluster_and_rearm/5485/ |arquivodata= 2008-09-02 |urlmorta= yes }}</ref> Apesar de uma certificação de junho de 2008, pelas [[Nações Unidas]], de que Israel havia se retirado de todo o território libanês,<ref name="SC/6878">{{citar web |data=18 de junho de 2000 | publicado= [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]] | título = Security council endorses secretary-general's conclusion on Israeli withdrawal from Lebanon as of 16 junho | url=http://www.un.org/News/Press/docs/2000/20000618.sc6878.doc.html | acessodata=2006-09-29}}</ref> em agosto daquele ano o novo gabinete de governo do Líbano aprovou uma proposta que assegura a existência do partido como uma organização armada, e garante o seu direito de "liberar ou recuperar terras ocupadas" (as [[fazendas de Shebaa]] e os morros de Kafarshuba) por Israel.{{Carece de fontes|data=Setembro de 2020}}


Atualmente goza de certa popularidade no mundo muçulmano [[xiita]] por ter assumido a responsabilidade de levar Israel a deixar o sul do Líbano em Junho de 2000. Sendo porém duramente criticado por governos [[sunita]]s e da [[Irmandade Muçulmana]] de diversos países por estar envolvido na guerra civil Síria, em favor de [[Bashar al-Assad|Assad]]. Em Bahrain, o ministro do Exterior descreveu o chefe da Hezbollah como terrorista<ref>{{citar jornal| url =http://www.apnews.excite.com/article/20130526/DA6H5TTO1.html |título=Em Bahrain, o ministro do Exterior descreveu o chefe da Hezbollah como terrorista |acessdate=27 de maio de 2013}}</ref> e o ex-presidente do Egito [[Mohamed Morsi]] pediu que o Hezbollah pare sua agressão ao povo sirio.<ref>{{citar jornal| url =http://www.haaretz.com/news/middle-east/egypt-s-morsi-cuts-ties-with-damascus-calls-on-hezbollah-to-leave-syria-1.529978 |título= O presidente do Egito pediu que o Hezbollah pare sua agressão ao povo Sirio |acessdate=16 de junho de 2013}}</ref>
Nos últimos anos, o Hezbollah goza de certa popularidade no mundo muçulmano [[xiita]], por ter levado [[Israel]] a desocupar o [[sul do Líbano]], em junho de 2000. Todavia, também tem sido criticado por governos [[sunita]]s de diversos países e pela [[Irmandade Muçulmana]], por seu envolvimento na [[guerra civil na Síria|guerra civil síria]], em favor de [[Bashar al-Assad|Assad]]. O ministro do Exterior de [[Bahrain]] descreveu o chefe da Hezbollah como terrorista, <ref>{{citar jornal| url =http://www.apnews.excite.com/article/20130526/DA6H5TTO1.html |título=Em Bahrain, o ministro do Exterior descreveu o chefe da Hezbollah como terrorista |acessdate=27 de maio de 2013}}</ref> e o ex-presidente do Egito, [[Mohamed Morsi]], pediu que o Hezbollah pare sua agressão ao povo sírio.<ref>{{citar jornal| url =http://www.haaretz.com/news/middle-east/egypt-s-morsi-cuts-ties-with-damascus-calls-on-hezbollah-to-leave-syria-1.529978 |título= O presidente do Egito pediu que o Hezbollah pare sua agressão ao povo Sirio |acessdate=16 de junho de 2013}}</ref>


O [[Secretário de Estado dos Estados Unidos]], [[Mike Pompeo]], também acusou o Hezbollah de manter "células ativas" na [[Venezuela]], o que foi negado pelo líder da organização. Segundo ele, o Hezbollah é "solidário com a liderança política da Venezuela e com o estado venezuelano, contra a agressão dos Estados Unidos", <ref>[http://iela.ufsc.br/noticia/trump-decreta-embargo-contra-venezuela Trump decreta embargo contra Venezuela]. Por Elaine Tavares. IELA - [[UFSC]], 7 de agosto de 2019</ref>, afirmando, ainda, que o Hezbollah não tem influência na Venezuela, nem células operando no país, e que a Venezuela também não precisa disso.<ref>[https://abcnews.go.com/International/wireStory/hezbollah-denies-us-charges-cells-venezuela-61120409 Hezbollah denies US charges it has cells in Venezuela]. [[The Associated Press]]/[[ABC News]], 16 de fevereiro de 2019.</ref>
O Hezbollah parece estar se espalhando pelo mundo, sendo inclusive acusado pelos EUA de ter membros venezuelanos.<ref>http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2959425-EI294,00-Hezbollah+nega+ter+venezuelanos+acusados+pelos+EUA.html</ref>

Desde [[1992]] a organização é liderada por [[Hassan Nasrallah]].


== Ideologia ==
== Ideologia ==
A ideologia do Hezbollah foi resumida como radicalismo xiita. O Hezbollah segue a teologia sxiita islâmica desenvolvida por Khomeini no Irão.
A ideologia do Hezbollah foi resumida como [[radicalismo islâmico|radicalismo]] [[xiita]].


=== A bandeira e o seu significado ===
=== A bandeira e o seu significado ===
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{{AP|Conflito no sul do Líbano (1982–2000)}}
{{AP|Conflito no sul do Líbano (1982–2000)}}
Hezbollah esteve envolvido em vários casos de conflito armado com Israel:
Hezbollah esteve envolvido em vários casos de conflito armado com Israel:
* Durante o [[conflito no sul do Líbano (1982–2000)]], o Hezbollah travou uma campanha de guerrilha contra as forças israelenses que ocupavam o [[sul do Líbano]]. Em 1982, a [[Organização para a Libertação da Palestina]] (OLP) estava baseada no sul do Líbano e estava disparando foguetes Katyusha no norte de Israel, vindos do Líbano. Israel invadiu o Líbano para expulsar a OLP, e o Hezbollah se tornou uma organização armada para expulsar os israelenses.<ref name="In the Party of God">{{citar jornal|url=http://www.newyorker.com/archive/2002/10/14/021014fa_fact4?currentPage=4 |título=In the Party of God: Are terrorists in Lebanon preparing for a larger war? by Jeffrey Goldberg |obra=The New Yorker |data=14 de Outubro de 2002}}</ref> A força do Hezbollah foi reforçada pelo envio de um mil a dois mil membros da [[Guarda Revolucionária Iraniana]] e pelo apoio financeiro do Irã.<ref name="lebarmy6915">{{citar web|url=http://www.lebarmy.gov.lb/article.asp?ln=en&id=6915|autor =Nizar Abdel-Kader|obra=Lebanese Army Magazine|título=Iraq and the Future of Gulf Security Cooperation: A Lebanese perspective|urlmorta=sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060404030400/http://www.lebarmy.gov.lb/article.asp?ln=en&id=6915|arquivodata=4 de Abril de 2006|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>Third World Quarterly, Vol 14, No 2, 1993, reprinted at Al Mashriq [http://almashriq.hiof.no/ddc/projects/pspa/hamzeh2.html Lebanon's Hizbullah: from Islamic revolution to parliamentary accommodation] </ref><ref>Rex A. Hudson, [https://fas.org/irp/threat/frd.html "The Sociology and Psychology of Terrorism: Who Becomes a Terrorist and Why?,"] Federal Research Division, Library of Congress (Setembro de 1999). </ref> Os clérigos iranianos, mais notavelmente o Fzlollah Mahallati, supervisionaram esta atividade.<ref>Nasr, Vali, ''The Shia Revival'', Norton, (2006), p. 115</ref> Tornou-se a principal força político-militar entre a comunidade xiita no Líbano e o braço principal do que ficou conhecido mais tarde como a Resistência Islâmica no Líbano. Com o colapso do [[Exército do Sul do Líbano|ESL]] e o rápido avanço das forças do Hezbollah, Israel retirou-se em 24 de maio de 2000, seis semanas antes da anunciada data de 7 de julho."<ref name="Timeline: Lebanon">{{citar jornal|título=Lebanon profile|data=3 de setembro de 2013|acessodata=5 de setembro de 2013|publicado=BBC News |url=http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-14649284}}</ref> Hezbollah realizou um desfile de vitória e sua popularidade no Líbano aumentou.<ref name="BBC News">{{citar jornal|publicado=BBC News|url=http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/may/26/newsid_2496000/2496423.stm|título=2000: Hezbollah celebrates Israeli retreat|data=26 de Maio de 2000|ultimo=|primeiro=|acessodata=}}</ref> Israel retirou-se em conformidade com a [[Resolução 425 do Conselho de Segurança das Nações Unidas]] de 1978.<ref name="SC/6878" /> Hezbollah e muitos analistas consideraram isso uma vitória do movimento, e desde então sua popularidade aumentou no Líbano.<ref name="BBC News" />
* Durante o [[conflito no sul do Líbano (1982–2000)]], o Hezbollah travou uma campanha de guerrilha contra as forças israelenses que ocupavam o [[sul do Líbano]]. Em 1982, a [[Organização para a Libertação da Palestina]] (OLP) estava baseada no sul do Líbano e estava disparando foguetes Katyusha no norte de Israel, vindos do Líbano. Israel invadiu o Líbano para expulsar a OLP, e o Hezbollah se tornou uma organização armada para expulsar os israelenses.<ref name="In the Party of God">{{citar jornal|url=http://www.newyorker.com/archive/2002/10/14/021014fa_fact4?currentPage=4 |título=In the Party of God: Are terrorists in Lebanon preparing for a larger war? by Jeffrey Goldberg |obra=The New Yorker |data=14 de Outubro de 2002}}</ref> A força do Hezbollah foi reforçada pelo envio de um mil a dois mil membros da [[Guarda Revolucionária Iraniana]] e pelo apoio financeiro do Irã.<ref name="lebarmy6915">{{citar web|url=http://www.lebarmy.gov.lb/article.asp?ln=en&id=6915|autor =Nizar Abdel-Kader|obra=Lebanese Army Magazine|título=Iraq and the Future of Gulf Security Cooperation: A Lebanese perspective|urlmorta=sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060404030400/http://www.lebarmy.gov.lb/article.asp?ln=en&id=6915|arquivodata=4 de Abril de 2006|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>Third World Quarterly, Vol 14, No 2, 1993, reprinted at Al Mashriq [http://almashriq.hiof.no/ddc/projects/pspa/hamzeh2.html Lebanon's Hizbullah: from Islamic revolution to parliamentary accommodation] </ref><ref>Rex A. Hudson, [https://fas.org/irp/threat/frd.html "The Sociology and Psychology of Terrorism: Who Becomes a Terrorist and Why?,"] Federal Research Division, Library of Congress (Setembro de 1999). </ref> Os clérigos iranianos, mais notavelmente o Fzlollah Mahallati, supervisionaram esta atividade.<ref>Nasr, Vali, ''The Shia Revival'', Norton, (2006), p. 115</ref>
Tornou-se a principal força político-militar da comunidade xiita no Líbano e o braço principal do que ficou conhecido mais tarde como a Resistência Islâmica no Líbano. Com o colapso do [[Exército do Sul do Líbano|ESL]] e o rápido avanço das forças do Hezbollah, Israel retirou-se em 24 de maio de 2000, seis semanas antes da anunciada data de 7 de julho."<ref name="Timeline: Lebanon">{{citar jornal|título=Lebanon profile|data=3 de setembro de 2013|acessodata=5 de setembro de 2013|publicado=BBC News |url=http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-14649284}}</ref> Hezbollah realizou um desfile de vitória e sua popularidade no Líbano aumentou.<ref name="BBC News">{{citar jornal|publicado=BBC News|url=http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/may/26/newsid_2496000/2496423.stm|título=2000: Hezbollah celebrates Israeli retreat|data=26 de Maio de 2000|ultimo=|primeiro=|acessodata=}}</ref> Israel retirou-se em conformidade com a [[Resolução 425 do Conselho de Segurança das Nações Unidas]] de 1978.<ref name="SC/6878" /> Hezbollah e muitos analistas consideraram isso uma vitória do movimento, e desde então sua popularidade aumentou no Líbano.<ref name="BBC News" />
* Em 25 de julho de 1993, após o Hezbollah ter matado sete soldados israelenses no sul do Líbano, Israel lançou a [[Operação Prestação de Contas]] (conhecida no Líbano como a Guerra dos Sete Dias), durante a qual as [[Forças de Defesa de Israel|FDI]] realizaram seus mais pesados ataques de artilharias e aéreos contra alvos no sul do Líbano desde 1982. O objetivo da operação era erradicar a ameaça representada pelo Hezbollah e forçar a população civil ao norte de Beirute, a fim de pressionar o governo libanês a restringir o Hezbollah.<ref name="OA">{{citar web|url=http://www.ynet.co.il/english/articles/0,7340,L-3284732,00.html|título=Operation Accountability – Increased Israeli casualties led to Operation Accountability in 1993|publicado=Ynet.co.il|data=25 de Julho de 1993|acessodata=|ultimo=|primeiro=}}</ref> A luta terminou quando um entendimento não escrito foi aceito pelas partes em conflito. Aparentemente, o entendimento de 1993 previa que os combatentes do Hezbollah não disparariam foguetes contra o norte de Israel, enquanto Israel não atacaria civis ou alvos civis no Líbano.<ref>{{citar web|publicado=BBC News|url=http://web.amnesty.org/library/Index/engMDE150421996|título=ISRAEL/LEBANON, Unlawful Killings During Operation "Grapes of Wrath"|data=24 de Julho de 1996|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071020030018/http://web.amnesty.org/library/Index/engMDE150421996|arquivodata=20 de Outubro de 2007|acessodata=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
* Em 25 de julho de 1993, após o Hezbollah ter matado sete soldados israelenses no sul do Líbano, Israel lançou a [[Operação Prestação de Contas]] (conhecida no Líbano como a Guerra dos Sete Dias), durante a qual as [[Forças de Defesa de Israel|FDI]] realizaram seus mais pesados ataques de artilharias e aéreos contra alvos no sul do Líbano desde 1982. O objetivo da operação era erradicar a ameaça representada pelo Hezbollah e forçar a população civil ao norte de Beirute, a fim de pressionar o governo libanês a restringir o Hezbollah.<ref name="OA">{{citar web|url=http://www.ynet.co.il/english/articles/0,7340,L-3284732,00.html|título=Operation Accountability – Increased Israeli casualties led to Operation Accountability in 1993|publicado=Ynet.co.il|data=25 de Julho de 1993|acessodata=|ultimo=|primeiro=}}</ref> A luta terminou quando um entendimento não escrito foi aceito pelas partes em conflito. Aparentemente, o entendimento de 1993 previa que os combatentes do Hezbollah não disparariam foguetes contra o norte de Israel, enquanto Israel não atacaria civis ou alvos civis no Líbano.<ref>{{citar web|publicado=BBC News|url=http://web.amnesty.org/library/Index/engMDE150421996|título=ISRAEL/LEBANON, Unlawful Killings During Operation "Grapes of Wrath"|data=24 de Julho de 1996|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071020030018/http://web.amnesty.org/library/Index/engMDE150421996|arquivodata=20 de Outubro de 2007|acessodata=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
* Em abril de 1996, após contínuos ataques com foguetes do Hezbollah contra civis israelenses,<ref name="MidEastWeb">{{citar web|url=http://www.mideastweb.org/megrapes.htm|título=The Grapes of Wrath Understanding|publicado=Mideastweb.org|data=|acessodata=|ultimo=|primeiro=}}</ref> as forças armadas israelenses lançaram a [[Operação Vinhas da Ira]], que pretendia acabar com a base do Hezbollah no sul do Líbano. Mais de 100 refugiados libaneses foram mortos pelo bombardeio de uma base da ONU em Qana, no que o Exército israelense disse ser um erro.<ref>{{citar jornal|publicado=BBC News|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/72493.stm|título=History of Israel's role in Lebanon|data=1 de Abril de 1998|ultimo=|primeiro=|acessodata=}}</ref> Finalmente, após vários dias de negociações, os dois lados concordaram com um [[cessar-fogo]], em 26 de abril de 1996. Um acordo de cessar-fogo foi acordado entre Israel e o Hezbollah, que entraria em vigor em 27 de abril de 1996.<ref name="cobbanBR30_2"> Cobban, Helena. {{citar web|url=http://bostonreview.net/BR30.2/cobban.html|título=Hizbullah's New Face|obra=Boston Review|data=Abril–Maio de 2005|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070203070822/http://bostonreview.net/BR30.2/cobban.html|arquivodata=3 de Fevereiro de 2007|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Ambos os lados concordaram que os civis não deveriam ser alvejados, o que significava que o Hezbollah teria permissão para continuar suas atividades militares contra as forças FDI dentro do Líbano.<ref name="cobbanBR30_2" />
* Em abril de 1996, após contínuos ataques com foguetes do Hezbollah contra civis israelenses,<ref name="MidEastWeb">{{citar web|url=http://www.mideastweb.org/megrapes.htm|título=The Grapes of Wrath Understanding|publicado=Mideastweb.org|data=|acessodata=|ultimo=|primeiro=}}</ref> as forças armadas israelenses lançaram a [[Operação Vinhas da Ira]], que pretendia acabar com a base do Hezbollah no sul do Líbano. Mais de 100 refugiados libaneses foram mortos pelo bombardeio de uma base da ONU em Qana, no que o Exército israelense disse ser um erro.<ref>{{citar jornal|publicado=BBC News|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/72493.stm|título=History of Israel's role in Lebanon|data=1 de Abril de 1998|ultimo=|primeiro=|acessodata=}}</ref> Finalmente, após vários dias de negociações, os dois lados concordaram com um [[cessar-fogo]], em 26 de abril de 1996. Um acordo de cessar-fogo foi acordado entre Israel e o Hezbollah, que entraria em vigor em 27 de abril de 1996.<ref name="cobbanBR30_2"> Cobban, Helena. {{citar web|url=http://bostonreview.net/BR30.2/cobban.html|título=Hizbullah's New Face|obra=Boston Review|data=Abril–Maio de 2005|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070203070822/http://bostonreview.net/BR30.2/cobban.html|arquivodata=3 de Fevereiro de 2007|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Ambos os lados concordaram que os civis não deveriam ser alvejados, o que significava que o Hezbollah teria permissão para continuar suas atividades militares contra as forças FDI dentro do Líbano.<ref name="cobbanBR30_2" />


==== Incursão transfronteiriça do Hezbollah em 2000 ====
==== Incursão transfronteiriça do Hezbollah em 2000 ====
Em 7 de outubro de 2000, três [[Forças de Defesa de Israel|soldados israelenses]] – Adi Avitan, sargento da equipe. Benyamin Avraham e sargento da equipe, Omar Sawaidwere - foram sequestrados pelo Hezbollah enquanto patrulhavam o lado israelense da fronteira israelo-libanesa.<ref>{{citar web|url=http://www.mfa.gov.il/MFA/MFAArchive/2000_2009/2001/2/Israelis%20Held%20by%20the%20Hizbullah%20-%20Oct%202000-Jan%202004|título=Israelis Held by the Hizbullah – October 2000 – January 2004|publicado=[[mfa.gov.il]]|urlmorta=sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130421053944/http://www.mfa.gov.il/MFA/MFAArchive/2000_2009/2001/2/Israelis%20Held%20by%20the%20Hizbullah%20-%20Oct%202000-Jan%202004|arquivodata=21 de Abril de 2013|data=|acessodata=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Os soldados foram mortos durante o ataque ou em suas consequências imediatas.<ref>{{citar jornal|url=http://edition.cnn.com/2004/WORLD/meast/01/29/prisoner.exchange/|título=Israel, Hezbollah swap prisoners|publicado=CNN|data=29 de Janeiro de 2004|ultimo=|primeiro=|acessodata=}}</ref> O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, disse, no entanto, que o Hezbollah sequestrou os soldados e depois os matou.<ref>Stevn, Yoav and Eli Ashkenazi. [http://www.haaretz.com/hasen/spages/758645.html "New film leaves parents in the dark on sons' fate during kidnap."] ''[[Haaretz]]''. 6 de Setembro de 2006. 28 de Fevereiro de 2008.</ref> Os corpos dos soldados mortos foram trocados por prisioneiros libaneses em 2004.<ref>[http://edition.cnn.com/2004/WORLD/meast/01/29/prisoner.exchange/ "Israel, Hezbollah swap prisoners."] CNN.com International. 29 de Janeiro de 2004. 20 de Fevereiro de 2008.</ref>
Em 7 de outubro de 2000, três [[Forças de Defesa de Israel|soldados israelenses]] – Adi Avitan, sargento da equipe. Benyamin Avraham e sargento da equipe, Omar Sawaidwere - foram sequestrados pelo Hezbollah enquanto patrulhavam o lado israelense da fronteira israelo-libanesa.<ref>{{citar web|url=http://www.mfa.gov.il/MFA/MFAArchive/2000_2009/2001/2/Israelis%20Held%20by%20the%20Hizbullah%20-%20Oct%202000-Jan%202004|título=Israelis Held by the Hizbullah – October 2000 – January 2004|publicado=[[Ministério das Relações Exteriores (Israel)|mfa.gov.il]]|urlmorta=sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130421053944/http://www.mfa.gov.il/MFA/MFAArchive/2000_2009/2001/2/Israelis%20Held%20by%20the%20Hizbullah%20-%20Oct%202000-Jan%202004|arquivodata=21 de Abril de 2013|data=|acessodata=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Os soldados foram mortos durante o ataque ou em suas consequências imediatas.<ref>{{citar jornal|url=http://edition.cnn.com/2004/WORLD/meast/01/29/prisoner.exchange/|título=Israel, Hezbollah swap prisoners|publicado=CNN|data=29 de Janeiro de 2004|ultimo=|primeiro=|acessodata=}}</ref> O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, disse, no entanto, que o Hezbollah sequestrou os soldados e depois os matou.<ref>Stevn, Yoav and Eli Ashkenazi. [http://www.haaretz.com/hasen/spages/758645.html "New film leaves parents in the dark on sons' fate during kidnap."] ''[[Haaretz]]''. 6 de Setembro de 2006. 28 de Fevereiro de 2008.</ref> Os corpos dos soldados mortos foram trocados por prisioneiros libaneses em 2004.<ref>[http://edition.cnn.com/2004/WORLD/meast/01/29/prisoner.exchange/ "Israel, Hezbollah swap prisoners."] CNN.com International. 29 de Janeiro de 2004. 20 de Fevereiro de 2008.</ref>


==== Ataque de 2011 em Istambul ====
==== Ataque de 2011 em Istambul ====
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Em 27 de maio, forças da milícia '''Hezbollah''' estariam encabeçando [[Ofensiva de Damasco (2013)|uma ofensiva]] do governo sírio ao leste da área de Ghouta. A milícia libanesa, que apoia o regime de Bashar al-Assad, teria tomado nove cidades na área de Al-Murj, perto do bairro de Ghouta.<ref name="GhoutaHezbollah">[http://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2013/05/28/Ghouta-Hezbollah-s-next-target-in-Syria-.html Ghouta, Hezbollah’s next target in Syria?]</ref> Em junho, tropas de elite do Hezbollah ajudaram as forças do regime sírio [[Ofensiva de Al-Qusayr|a conquistar]] a cidade estratégica de al-Qusair.<ref>[http://www.yalibnan.com/2013/04/22/hezbollahs-elite-leading-the-battle-in-qusayr-region-of-syria/ "Hezbollah’s elite leading the battle in Qusayr region of Syria"]. Página acessada em 1 de julho de 2013.</ref> O numero estimado de combatentes do braço armado do Hezbollah varia de 3 a 5 mil homens, e cerca de 1400 baixas na guerra civil síria, até o final de 2016.
Em 27 de maio, forças da milícia '''Hezbollah''' estariam encabeçando [[Ofensiva de Damasco (2013)|uma ofensiva]] do governo sírio ao leste da área de Ghouta. A milícia libanesa, que apoia o regime de Bashar al-Assad, teria tomado nove cidades na área de Al-Murj, perto do bairro de Ghouta.<ref name="GhoutaHezbollah">[http://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2013/05/28/Ghouta-Hezbollah-s-next-target-in-Syria-.html Ghouta, Hezbollah’s next target in Syria?]</ref> Em junho, tropas de elite do Hezbollah ajudaram as forças do regime sírio [[Ofensiva de Al-Qusayr|a conquistar]] a cidade estratégica de al-Qusair.<ref>[http://www.yalibnan.com/2013/04/22/hezbollahs-elite-leading-the-battle-in-qusayr-region-of-syria/ "Hezbollah’s elite leading the battle in Qusayr region of Syria"]. Página acessada em 1 de julho de 2013.</ref> O numero estimado de combatentes do braço armado do Hezbollah varia de 3 a 5 mil homens, e cerca de 1400 baixas na guerra civil síria, até o final de 2016.


Os líderes [[sunita]]s da aliança 14 de Março e outras figuras libaneses proeminentes pediram ao Hezbollah para acabar com o seu envolvimento na Síria e disse que estão colocando o Líbano em risco.<ref name=march14slam>[http://www.dailystar.com.lb/News/Politics/2013/Feb-19/207007-march-14-psp-slam-hezbollah-activities-in-syria.ashx#axzz2LyiyWg9n "March 14, PSP slam Hezbollah activities in Syria"]. ''[[The Daily Star (Lebanon)|The Daily Star]]'', 19 February 2013. Retrieved 26 February 2013.</ref> Subhi al-Tufayli, disse que "o Hizbollah não deve ser a defesa do regime criminoso que mata o seu próprio povo e que nunca disparou um tiro em defesa dos palestinos ". Ele disse que "os combatentes do Hezbollah que estão matando crianças e aterrorizando as pessoas e destruindo casas na Síria irão para o inferno".<ref>[http://www.yalibnan.com/2013/02/26/hezbollah-fighters-dying-in-syria-will-go-to-hell-tufaili/"Hezbollah fighters dying in Syria will go to hell, Tufaili"]. [[Ya Libnan]], 26 February 2013. Retrieved 26 February 2013.</ref>
Os líderes [[sunita]]s da aliança 14 de Março e outras figuras libaneses proeminentes pediram ao Hezbollah para acabar com o seu envolvimento na Síria e disse que estão colocando o Líbano em risco.<ref name=march14slam>[http://www.dailystar.com.lb/News/Politics/2013/Feb-19/207007-march-14-psp-slam-hezbollah-activities-in-syria.ashx#axzz2LyiyWg9n "March 14, PSP slam Hezbollah activities in Syria"]. ''The Daily Star'', 19 February 2013. Retrieved 26 February 2013.</ref> Subhi al-Tufayli, disse que "o Hizbollah não deve ser a defesa do regime criminoso que mata o seu próprio povo e que nunca disparou um tiro em defesa dos palestinos ". Ele disse que "os combatentes do Hezbollah que estão matando crianças e aterrorizando as pessoas e destruindo casas na Síria irão para o inferno".<ref>[http://www.yalibnan.com/2013/02/26/hezbollah-fighters-dying-in-syria-will-go-to-hell-tufaili/"Hezbollah fighters dying in Syria will go to hell, Tufaili"]. ''Ya Libnan'', 26 de fevereiro de 2013. </ref>


=== Envolvimento na intervenção liderada pelo Irã no Iraque ===
=== Envolvimento na intervenção liderada pelo Irã no Iraque ===
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O financiamento do Hezbollah vem de grupos empresariais libaneses, privados, empresários, da diáspora libanesa envolvida na exploração de diamantes africanos, outros grupos e países islâmicos, e os impostos pagos pelos xiitas libaneses.<ref name=":0">{{citar livro|título=From Terrorism to Politics (Ethics and Global Politics)|ultimo=Engeland|primeiro=Anisseh Van (e outro)|editora=Ashgate|ano=2013|páginas=33-34}}</ref>
O financiamento do Hezbollah vem de grupos empresariais libaneses, privados, empresários, da diáspora libanesa envolvida na exploração de diamantes africanos, outros grupos e países islâmicos, e os impostos pagos pelos xiitas libaneses.<ref name=":0">{{citar livro|título=From Terrorism to Politics (Ethics and Global Politics)|ultimo=Engeland|primeiro=Anisseh Van (e outro)|editora=Ashgate|ano=2013|páginas=33-34}}</ref>


Fontes ocidentais afirmam que o Hezbollah de facto recebe a maior parte de sua ajuda financeira, treinamento, armas, explosivos, ajuda política, diplomática e organizacional do Irão e da Síria. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Goldberg|primeiro=Jeffrey|data=2002-10-07|titulo=In the Party of God|url=https://www.newyorker.com/magazine/2002/10/14/in-the-party-of-god|lingua=en|issn=0028-792X}}</ref> <ref>{{Citar web|titulo=Background Information on Foreign Terrorist Organizations|url=https://2001-2009.state.gov/s/ct/rls/rpt/fto/2801.htm|obra=2001-2009.state.gov|acessodata=2019-12-11|lingua=en|primeiro=Bureau of Public Affairs|ultimo=Department Of State. The Office of Electronic Information}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Hezbollah Finances:|url=https://www.washingtoninstitute.org/policy-analysis/view/hezbollah-finances-funding-the-party-of-god|obra=www.washingtoninstitute.org|acessodata=2019-12-11|lingua=en}}</ref> O Irão teria dado 400 milhões de dólares entre 1983 e 1989 através de doações. A situação mudou devido a problemas económicos, mas o Irã ainda financia ações humanitárias realizadas pelo Hezbollah.<ref name=":0" /> De acordo com relatórios divulgados em fevereiro de 2010, o Hezbollah recebeu 400 milhões de dólares do Irão. <ref>{{Citar web|titulo=The many hands and faces of Hezbollah|url=https://www.thenewhumanitarian.org/report/26242/lebanon-many-hands-and-faces-hezbollah|obra=The New Humanitarian|data=2006-03-29|acessodata=2019-12-11|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Harel|primeiro=Amos|ultimo2=Stern|primeiro2=Yoav|data=2006-08-04|titulo=Iranian Official Admits Tehran Supplied Missiles to Hezbollah|url=https://www.haaretz.com/1.4860111|jornal=Haaretz|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Harel|primeiro=Amos|ultimo2=Stern|primeiro2=Yoav|data=2006-08-04|titulo=Iranian Official Admits Tehran Supplied Missiles to Hezbollah|url=https://www.haaretz.com/1.4860111|jornal=Haaretz|lingua=en}}</ref> Em 2011, o Irão destinou 7 milhões de dólares às atividades do Hezbollah na América Latina.<ref>{{Citar web|titulo=Iran in our own backyard - New York Daily News|url=https://web.archive.org/web/20120108083630/http://articles.nydailynews.com/2011-12-22/news/30548795_1_iranian-revolutionary-guards-mexican-drug-nuclear-weapons-activities|obra=web.archive.org|data=2012-01-08|acessodata=2019-12-11}}</ref> O Hezbollah também contou com financiamento da diáspora xiita libanesa na África Ocidental, nos Estados Unidos e, mais importante ainda, na tríplice fronteira ao longo da junção do Paraguai, Argentina e Brasil.<ref>{{citar web|url=https://www.un.org/en/development/desa/population/events/pdf/expert/11/Paper13_Labaki.pdf|titulo=THE ROLE OF TRANSNATIONAL COMMUNITIES IN FOSTERING DEVELOPMENT IN COUNTRIES OF ORIGIN|data=Maio de 2006|publicado=UNITED NATIONS EXPERT GROUP MEETING ON INTERNATIONAL MIGRATION AND DEVELOPMENT IN THE ARAB REGION|ultimo=Labaki|primeiro=Boutros|acessodata=}}</ref> As autoridades policiais dos EUA e outras identificaram uma operação ilegal multimilionária de angariação de fundos por meio de contrabando de tabaco <ref>{{Citar web|titulo=Cigarette Smuggling Linked to Terrorism (washingtonpost.com)|url=https://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A23384-2004Jun7.html|obra=www.washingtonpost.com|acessodata=2019-12-11}}</ref> e operações de tráfico de drogas. <ref>{{citar livro|título=Terrorism Financing and State Responses: A Comparative Perspective
Fontes ocidentais afirmam que o Hezbollah de facto recebe a maior parte de sua ajuda financeira, treinamento, armas, explosivos, ajuda política, diplomática e organizacional do Irão e da Síria. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Goldberg|primeiro=Jeffrey|data=2002-10-07|titulo=In the Party of God|url=https://www.newyorker.com/magazine/2002/10/14/in-the-party-of-god|lingua=en|issn=0028-792X}}</ref> <ref>{{Citar web|titulo=Background Information on Foreign Terrorist Organizations|url=https://2001-2009.state.gov/s/ct/rls/rpt/fto/2801.htm|obra=2001-2009.state.gov|acessodata=2019-12-11|lingua=en|primeiro=Bureau of Public Affairs|ultimo=Department Of State. The Office of Electronic Information}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Hezbollah Finances:|url=https://www.washingtoninstitute.org/policy-analysis/view/hezbollah-finances-funding-the-party-of-god|obra=www.washingtoninstitute.org|acessodata=2019-12-11|lingua=en}}</ref> O Irão teria dado 400 milhões de dólares entre 1983 e 1989 através de doações. A situação mudou devido a problemas económicos, mas o Irã ainda financia ações humanitárias realizadas pelo Hezbollah.<ref name=":0" /> De acordo com relatórios divulgados em fevereiro de 2010, o Hezbollah recebeu 400 milhões de dólares do Irão. <ref>{{Citar web|titulo=The many hands and faces of Hezbollah|url=https://www.thenewhumanitarian.org/report/26242/lebanon-many-hands-and-faces-hezbollah|obra=The New Humanitarian|data=2006-03-29|acessodata=2019-12-11|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Harel|primeiro=Amos|ultimo2=Stern|primeiro2=Yoav|data=2006-08-04|titulo=Iranian Official Admits Tehran Supplied Missiles to Hezbollah|url=https://www.haaretz.com/1.4860111|jornal=Haaretz|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Harel|primeiro=Amos|ultimo2=Stern|primeiro2=Yoav|data=2006-08-04|titulo=Iranian Official Admits Tehran Supplied Missiles to Hezbollah|url=https://www.haaretz.com/1.4860111|jornal=Haaretz|lingua=en}}</ref> Em 2011, o Irão destinou 7 milhões de dólares às atividades do Hezbollah na América Latina.<ref>{{Citar web|titulo=Iran in our own backyard - New York Daily News|url=https://web.archive.org/web/20120108083630/http://articles.nydailynews.com/2011-12-22/news/30548795_1_iranian-revolutionary-guards-mexican-drug-nuclear-weapons-activities|obra=web.archive.org|data=2012-01-08|acessodata=2019-12-11}}</ref> O Hezbollah também contou com financiamento da diáspora xiita libanesa na África Ocidental, nos Estados Unidos e, mais importante ainda, na tríplice fronteira ao longo da junção do Paraguai, Argentina e Brasil.<ref>{{citar web|url=https://www.un.org/en/development/desa/population/events/pdf/expert/11/Paper13_Labaki.pdf|titulo=THE ROLE OF TRANSNATIONAL COMMUNITIES IN FOSTERING DEVELOPMENT IN COUNTRIES OF ORIGIN|data=Maio de 2006|publicado=UNITED NATIONS EXPERT GROUP MEETING ON INTERNATIONAL MIGRATION AND DEVELOPMENT IN THE ARAB REGION|ultimo=Labaki|primeiro=Boutros|acessodata=}}</ref> As autoridades policiais dos EUA e outras identificaram uma operação ilegal multimilionária de angariação de fundos por meio de contrabando de tabaco <ref>{{Citar web|titulo=Cigarette Smuggling Linked to Terrorism (washingtonpost.com)|url=https://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A23384-2004Jun7.html|obra=www.washingtonpost.com|acessodata=2019-12-11}}</ref> e operações de tráfico de drogas. <ref>{{citar livro|título=Terrorism Financing and State Responses: A Comparative Perspective|autor= Jeanne K. Giraldo, Harold A. Trinkunas|ultimo=|primeiro=|editora=|ano=|local=|páginas=141, 147|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=US Treasury takes action against Hezbollah funders|url=https://www.jpost.com/International/US-Treasury-takes-new-action-against-Hezbollah-funders-310871|obra=The Jerusalem Post {{!}} JPost.com|acessodata=2019-12-11}}</ref> O Hezbollah considera tais acusações como propaganda, numa tentativa de prejudicar sua imagem.

By Jeanne K. Giraldo, Harold A. Trinkunas|ultimo=|primeiro=|editora=|ano=|local=|páginas=141, 147|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=US Treasury takes action against Hezbollah funders|url=https://www.jpost.com/International/US-Treasury-takes-new-action-against-Hezbollah-funders-310871|obra=The Jerusalem Post {{!}} JPost.com|acessodata=2019-12-11}}</ref> O Hezbollah chama tais acusações de "propaganda" e tentativas de "prejudicar a imagem do Hezbollah".
Os [[Estados Unidos]] também têm acusado membros do governo da [[Venezuela]] de apoiar financeiramente o Hezbollah.<ref>{{cite web|title=Treasury Targets Hizballah in Venezuela |url=http://www.treasury.gov/press-center/press-releases/pages/hp1036.aspx|work=Press Release|publisher=United State Department of Treasury|accessdate=5 de março 2014}}</ref> O governo venezuelano desqualifica essas acusações.<ref>[https://www.ft.com/content/4484f8e0-468a-11ea-aeb3-955839e06441 US takes aim at Hizbollah’s sanctuary in Venezuela.] Por Gideon Long e Michael Stott. ''[[Financial Times]]'', 27 de fevereiro de 2020.</ref>


== Política de segmentação ==
== Política de segmentação ==

Revisão das 05h08min de 9 de outubro de 2020

Hezbollah
حزب الله
Ḥizbu 'llāh
Presidente Hassan Nasrallah
Fundação 1982 (oficialmente)
Sede Beirute, Líbano
Ideologia
Espectro político Social: Centro-direita
Económico: Centro-esquerda
Religião Islão xiita
Parlamento do Líbano
12 / 128
Gabinete do Libano
2 / 30
Cores Amarelo e Verde
www.moqawama.org

Hezbollah ou Hizbollah[7] (em árabe: حزب الله, transl. ḥizbu-'llāh(i),[8] "Partido de Alá" ou "Partido de Deus") é uma organização política e paramilitar fundamentalista islâmica xiita transnacional fundada no período antecedente á revolução de Khomeini no Irão.[9][10][ligação inativa][11] para auxiliar a consolidação do poder por Khomeini e os seus apoiantes. Nessa altura o Hezbollah não era ainda uma organização fortemente estruturada, sendo mais um movimento de grupos fracamente unidos, e habitualmente centrados numa mesquita.[12]

O Hezbollah no Irão desempenhou um papel importante na rua em momentos cruciais nos primeiros tempos da revolução, confrontando físicamente aqueles que o regime considerava como contra-revolucionários. [13]

O seu ramo libanês é uma força significativa na política libanesa, responsável por diversos serviços sociais, além de operar escolas, hospitais e serviços agriculturais para milhares de sul libaneses.[14][15]

É considerado um movimento de resistência legítimo por grande parte do mundo islâmico e árabe.[10] O grupo, no entanto, é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Reino Unido,[16] Alemanha,[17] Argentina,[18] Israel, Canadá, Países Baixos, pela Liga Árabe[19][20] e pelo Conselho de Cooperação do Golfo.[21][22][23] enquanto a Austrália considera parte de sua estrutura militar, a Organização de Segurança Externa, uma organização terrorista.[24][25][26][27] Em 2013 a União Europeia adicionou o braço armado do Hezbollah à lista de organizações que considera como terroristas, deixando de fora porém o partido político em si.[28]

Situação do Líbano em 9 de Junho, 2017:
  Territórios controlados pelo governo libanês
  Territórios controlados pelo Hezbollah
  Territórios controlados pelo Estado Islâmico (EI)
  Territórios controlados por grupos sunitas insurgentes

O Hizbollah no Líbano surgiu inicialmente como uma milícia, em resposta à invasão israelense do Líbano de 1982, também conhecida como Operação Paz para a Galileia, e continuou a resistir contra a ocupação israelense do sul do Líbano durante toda a Guerra Civil Libanesa.[10][5] Seus líderes se inspiraram nas ideias do aiatolá Khomeini, e suas forças foram treinadas e organizadas por um contingente da Guarda Revolucionária Iraniana.[29] O manifesto de 1985 publicado pelo Hizbollah listava suas três metas principais como "colocar um fim a qualquer entidade colonialista" no Líbano, levar os Falangistas à justiça "pelos crimes que perpetraram", e estabelecer um regime islâmico no país.[30][31] Recentemente, no entanto, o Hizbollah vem fazendo poucas menções a respeito da fundação de um Estado islâmico, e não tem mais feito alianças seguindo tendências religiosas.[29] Os líderes do partido são responsáveis, no entanto, por diversas declarações pedindo o fim do Estado de Israel como "entidade sionista", "construída sobre terras arrancadas das mãos de seus proprietários."[30][31]

O partido, que começou apenas como uma pequena milícia, já se transformou numa organização que tem assentos no parlamento libanês, uma rádio e uma estação de televisão via satélite, além de diversos programas de desenvolvimento social.[32] O Hizbollah mantém um forte apoio entre a população xiita do Líbano, e conquistou algum apoio entre o resto da população do país, incluindo sunitas, drusos e cristãos, na sequência da Guerra do Líbano de 2006,[33] e conseguiu mobilizar protestos de centenas de milhares de pessoas[34] Juntamente com outros grupos políticos do país, o Hizbollah iniciou os protestos políticos do Líbano de 2006-2008, em oposição ao governo do primeiro-ministro Fuad Siniora.[35] Disputas posteriores envolvendo a manutenção pelo Hizbollah de sua rede de telecomunicações levaram a disputas, e militantes da oposição, liderados pelo partido, tomaram o controle de diversos bairros de Beirute Ocidental, anteriormente ocupados por milicianos do Movimento do Futuro, leais a Siniora; as áreas foram entregues então ao exército libanês.[36] Finalmente, com base no Acordo de Doha, o Hizbollah recebeu o poder de veto no parlamento libanês; além disto, formou-se um governo de unidade nacional, no qual o partido tem um ministro, e controla onze dos trinta assentos existentes.[14][37]

O Hizbollah recebe ajuda financeira do Irã e da Síria, além de doações de libaneses e de outros xiitas pelo mundo.[38][39] O partido também ganhou uma força militar significante nos últimos anos.[40] Apesar de uma certificação de junho de 2008, pelas Nações Unidas, de que Israel havia se retirado de todo o território libanês,[41] em agosto daquele ano o novo gabinete de governo do Líbano aprovou uma proposta que assegura a existência do partido como uma organização armada, e garante o seu direito de "liberar ou recuperar terras ocupadas" (as fazendas de Shebaa e os morros de Kafarshuba) por Israel.[carece de fontes?]

Nos últimos anos, o Hezbollah goza de certa popularidade no mundo muçulmano xiita, por ter levado Israel a desocupar o sul do Líbano, em junho de 2000. Todavia, também tem sido criticado por governos sunitas de diversos países e pela Irmandade Muçulmana, por seu envolvimento na guerra civil síria, em favor de Assad. O ministro do Exterior de Bahrain descreveu o chefe da Hezbollah como terrorista, [42] e o ex-presidente do Egito, Mohamed Morsi, pediu que o Hezbollah pare sua agressão ao povo sírio.[43]

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, também acusou o Hezbollah de manter "células ativas" na Venezuela, o que foi negado pelo líder da organização. Segundo ele, o Hezbollah é "solidário com a liderança política da Venezuela e com o estado venezuelano, contra a agressão dos Estados Unidos", [44], afirmando, ainda, que o Hezbollah não tem influência na Venezuela, nem células operando no país, e que a Venezuela também não precisa disso.[45]

Desde 1992 a organização é liderada por Hassan Nasrallah.

Ideologia

A ideologia do Hezbollah foi resumida como radicalismo xiita.

A bandeira e o seu significado

Ficheiro:Funeral of Mohsen Hojaji in Tehran 09.jpg
Bandeira do Hezbollah, durante o funeral de Mohsen Hojaji, um membro da Guarda Revolucionária Iraniana, em Teerão (2017).

A bandeira do Hezbollah apresenta um logótipo a verde, sobre fundo amarelo, com duas linhas de texto árabe a vermelho, em cima e em baixo. O próprio logótipo é uma representação muito estilizada da palavra árabe حزب الله (ḥizbu-llāh), incluindo uma espingarda, um globo terrestre, um livro, uma espada e um ramo com sete folhas. O seu desenho é bastante semelhante ao da bandeira da Guarda Revolucionária Iraniana.[46]

O texto do topo da bandeira é : فإن حزب الله هم الغالبون (fā ʾ inna ḥizbu llāh hum al ġālibūn) um trecho tirado do Alcorão, significando "Os do Partido de Deus (Alá) serão os vencedores" (Corão, Sura Al-Maída (A Mesa Servida) 5: 56). [46][47]

O texto inferior é : المقاومة الإسلامية في لبنان (al muqāwamah al islāmīyah fī lubnān) - ou seja, "Resistência Islâmica do Líbano".[46]

Atividades militares

Atuação do Hezbollah

Hassan Nasrallah em 2019

O Hezbollah constitui-se em um dos principais movimentos de combate à presença israelense no Oriente Médio, utilizando de ataques de guerrilha.

Á data de 2010, o Hezbollah está de posse de um arsenal militar superior ao de qualquer outro grupo armado no Líbano, incluindo o próprio exército libanês.[48]

Desenvolve também uma série de atividades em cinco áreas: ajuda a familiares de mártires, saúde, educação religiosa xiita, reconstrução e agricultura.[38]

O Hizbollah conta com cinco hospitais, 42 clínicas e duas escolas de enfermagem. Segundo a ONU, ao menos 220 mil pessoas em 130 cidades libanesas se tratam nesses locais. O Hizbollah possui 12 escolas com sete mil alunos e setecentos professores e centros culturais franceses auxiliam no aperfeiçoamento do corpo docente.[carece de fontes?]

Na reconstrução, existe uma instituição exclusiva para reparar danos causados por ataques israelenses, enquanto que na agricultura engenheiros agrônomos formados em Beirute, na Síria, no Irã e na Alemanha, desenvolvem projetos agrícolas para garantir a base da economia de subsistência do sul do país.[carece de fontes?]

Em 23 de Outubro de 1983, dois atentados suicidas contra a força multinacional de interposição fizeram 248 mortes de soldados americanos e 58 mortes de soldados franceses.

Em 2006, combatentes do Hizbollah e militares israelenses travaram uma guerra total, de um mês, pelo controle do sul do Líbano. O conflito só terminou com um cessar-fogo mediado pela ONU. 1287 libaneses (pelo menos 1140 civis, entre os quais 30% de crianças com menos de 12 anos) e 4 observadores da ONU foram mortos pelos ataques israelenses. Mais de 800 000 cidadãos libaneses perderam suas casas durante os bombardeios israelenses. 117 militares[49] e 43 civis israelenses foram mortos.[50]

Durante a Guerra da Bósnia

Hezbollah inicialmente enviou 150 voluntários para lutar ao lado dos muçulmanos bósnios.[51] Todos os conselheiros e combatentes estrangeiros xiitas se retiraram da Bósnia no final do conflito.

Conflito com Israel

Conflito no Sul do Líbano

Hezbollah esteve envolvido em vários casos de conflito armado com Israel:

Tornou-se a principal força político-militar da comunidade xiita no Líbano e o braço principal do que ficou conhecido mais tarde como a Resistência Islâmica no Líbano. Com o colapso do ESL e o rápido avanço das forças do Hezbollah, Israel retirou-se em 24 de maio de 2000, seis semanas antes da anunciada data de 7 de julho."[57] Hezbollah realizou um desfile de vitória e sua popularidade no Líbano aumentou.[58] Israel retirou-se em conformidade com a Resolução 425 do Conselho de Segurança das Nações Unidas de 1978.[41] Hezbollah e muitos analistas consideraram isso uma vitória do movimento, e desde então sua popularidade aumentou no Líbano.[58]

  • Em 25 de julho de 1993, após o Hezbollah ter matado sete soldados israelenses no sul do Líbano, Israel lançou a Operação Prestação de Contas (conhecida no Líbano como a Guerra dos Sete Dias), durante a qual as FDI realizaram seus mais pesados ataques de artilharias e aéreos contra alvos no sul do Líbano desde 1982. O objetivo da operação era erradicar a ameaça representada pelo Hezbollah e forçar a população civil ao norte de Beirute, a fim de pressionar o governo libanês a restringir o Hezbollah.[59] A luta terminou quando um entendimento não escrito foi aceito pelas partes em conflito. Aparentemente, o entendimento de 1993 previa que os combatentes do Hezbollah não disparariam foguetes contra o norte de Israel, enquanto Israel não atacaria civis ou alvos civis no Líbano.[60]
  • Em abril de 1996, após contínuos ataques com foguetes do Hezbollah contra civis israelenses,[61] as forças armadas israelenses lançaram a Operação Vinhas da Ira, que pretendia acabar com a base do Hezbollah no sul do Líbano. Mais de 100 refugiados libaneses foram mortos pelo bombardeio de uma base da ONU em Qana, no que o Exército israelense disse ser um erro.[62] Finalmente, após vários dias de negociações, os dois lados concordaram com um cessar-fogo, em 26 de abril de 1996. Um acordo de cessar-fogo foi acordado entre Israel e o Hezbollah, que entraria em vigor em 27 de abril de 1996.[63] Ambos os lados concordaram que os civis não deveriam ser alvejados, o que significava que o Hezbollah teria permissão para continuar suas atividades militares contra as forças FDI dentro do Líbano.[63]

Incursão transfronteiriça do Hezbollah em 2000

Em 7 de outubro de 2000, três soldados israelenses – Adi Avitan, sargento da equipe. Benyamin Avraham e sargento da equipe, Omar Sawaidwere - foram sequestrados pelo Hezbollah enquanto patrulhavam o lado israelense da fronteira israelo-libanesa.[64] Os soldados foram mortos durante o ataque ou em suas consequências imediatas.[65] O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, disse, no entanto, que o Hezbollah sequestrou os soldados e depois os matou.[66] Os corpos dos soldados mortos foram trocados por prisioneiros libaneses em 2004.[67]

Ataque de 2011 em Istambul

Em julho de 2011, o jornal italiano Corierre della Sera relatou, com base em fontes americanas e turcas,[68] que o Hezbollah estava por trás de um atentado a bomba em Istambul, em maio de 2011, que feriu oito civis turcos. O relatório disse que o ataque foi uma tentativa de assassinato do cônsul israelense Moshe Kimchi na Turquia. Fontes da inteligência turca negaram o relatório e disseram que "Israel tem o hábito de criar campanhas de desinformação usando documentos diferentes".[68]

Ataque planejado para 2012 no Chipre

Em julho de 2012, um homem libanês foi detido pela polícia do Chipre em possíveis acusações relacionadas a leis de terrorismo por planejar ataques contra turistas israelenses. De acordo com autoridades de segurança, o homem estava planejando ataques para o Hezbollah no Chipre e admitiu isso após interrogatório. A polícia foi alertada sobre o homem devido a uma mensagem urgente da inteligência israelense. O libanês estava de posse de fotografias de alvos israelenses e tinha informações sobre companhias aéreas israelenses que voavam de ida e volta do Chipre, e planejava explodir um avião ou um ônibus de turismo.[69] O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã ajudou o libanês a planejar os ataques.[70]

Ataque na Bulgária em 2012

Após uma investigação sobre o atentado terrorista no ônibus que transportava cidadãos israelenses na Bulgária, o governo búlgaro acusou oficialmente o movimento libanês Hezbollah de cometer o ataque.[71] Cinco cidadãos israelenses, o motorista búlgaro e o atacante foram mortos. A bomba explodiu quando os turistas israelenses embarcaram em um ônibus do aeroporto para o hotel.

Tsvetan Tsvetanov, o ministro do Interior da Bulgária informou que os dois responsáveis eram membros da ala militante do Hezbollah, ele disse que os suspeitos de terrorismo entraram na Bulgária em 28 de junho e permaneceram até 18 de julho. Israel já se suspeitava anteriormente do Hezbollah pelo ataque. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu chamou o relatório de "corroboração do que já se sabe: que o Hezbollah e seus iranianos patronos estão orquestrando uma campanha mundial de terror que está abrangendo países e continentes".[72] Netanyahu disse que o ataque foi na Bulgária apenas um dos muitos que o Hezbollah e o Irã têm planejado e executado, incluindo ataques na Tailândia, Quênia, Turquia, Índia, Azerbaijão, Chipre e Geórgia.[71]

John Brennan, diretor da Agência Central de Inteligência, disse que a investigação da Bulgária expõe Hezbollah pelo que ele é - um grupo terrorista que está disposto a atacar de forma imprudente inocentes homens, mulheres e crianças, e que representa uma ameaça real e crescente, não só para Europa, mas para o resto do mundo.”[73] O resultado da investigação búlgara vem num momento em que Israel vem tentando convencer a União Europeia a unir-se aos Estados Unidos para designar o Hezbollah como uma organização terrorista mas ainda não conseguiram .[73]

Incidente nas fazendas de Shebaa em 2015

Em resposta a um ataque contra um comboio militar que compreende o Hezbollah e oficiais iranianos no dia 18 de janeiro de 2015 em Quneitra no sul da Síria, o Hezbollah lançou uma emboscada em 28 de janeiro contra um comboio militar israelense nas Fazendas de Shebaa ocupadas por Israel com mísseis antitanques contra dois veículos israelenses que patrulhavam a fronteira,[74] matando 2 e ferindo 7 soldados e oficiais israelenses, como confirmado pelos militares israelenses.

Assassinato de Rafik Hariri

Em 14 de fevereiro de 2005, o ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri foi morto, junto com outras 21 pessoas, quando seu cortejo automóvel foi atingido por uma bomba em Beirute. Ele havia sido PM de 1992 a 1998 e de 2000 a 2004. Em 2009, o tribunal especial das Nações Unidas para investigar o assassinato de Hariri teria encontrado evidências ligando Hezbollah ao assassinato.[75] Em 30 de junho de 2011, o Tribunal Especial para o Líbano, criada para investigar a morte de Hariri, emitiu mandados de prisão contra quatro altos membros do Hezbollah, incluindo Mustafa Badr Al Din.[76]

Em 3 de julho, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, rejeitou a acusação e denunciou o tribunal como uma conspiração contra o partido, prometendo que as pessoas nomeadas não seriam presas sob quaisquer circunstâncias.[77]

Envolvimento na guerra civil da Síria

Hezbollah
Participante na Guerra Civil Libanesa
Conflito no sul do Líbano (1982–2000)
Guerra do Líbano de 2006
Conflito no Líbano em 2008
Guerra Civil Síria
Guerra Civil Iraquiana (2011-presente)
Datas 1985 - presente
Ideologia Nacionalismo libanês
Nacionalismo islâmico
Anti-Israel
Anti-americanismo
Anti-imperialismo
Objetivos Impedir o avanço de Israel sobre o Líbano
Derrotar e expulsar o Estado Islâmico e a Al-Qaeda do Líbano e da Síria
Organização
Líder Hassan Nasrallah
Orientação
religiosa
Xiismo (maioria)
Cristianismo
Sunismo
Sede Líbano
Área de
operações
Líbano
Síria Síria
 Iraque
Efetivos 20 000 a 50 000
Relação com outros grupos
Aliados Países:
Irã Irão
Síria Síria
Líbano
 Iraque
 Palestina
 Argélia
 Rússia
 China
 Cuba
 Coreia do Norte
 Venezuela
 Armênia
Grupos:
Forças de Mobilização Popular
Houthis
Partido Social Nacionalista Sírio
Movimento Amal
Partido Comunista Libanês
Brigadas Baath
Hamas
Inimigos Países:
 Israel[78]
 Estados Unidos[79]
Arábia Saudita
 Canadá
 Reino Unido
 Alemanha
 França
 Austrália
 Emirados Árabes Unidos
Sudão
Kuwait
Jordânia
 Bahrein
 Japão[80]
Grupos:
Estado Islâmico do Iraque e da Síria
Al-Qaeda
Ficheiro:Flag of Hayat Tahrir al-Sham.svg Tahrir al-Sham
Exército Livre da Síria
Conflitos
Guerra Civil Libanesa
Conflito no sul do Líbano (1982–2000)
Guerra do Líbano de 2006
Guerra Civil Síria
Guerra Civil Iraquiana (2011-presente)

Na guerra civil síria, o Hizbollah está participando ativamente na luta, combatendo ao lado das forças do governo do presidente Bashar al-Assad.[81][82][83]

Em 27 de maio, forças da milícia Hezbollah estariam encabeçando uma ofensiva do governo sírio ao leste da área de Ghouta. A milícia libanesa, que apoia o regime de Bashar al-Assad, teria tomado nove cidades na área de Al-Murj, perto do bairro de Ghouta.[84] Em junho, tropas de elite do Hezbollah ajudaram as forças do regime sírio a conquistar a cidade estratégica de al-Qusair.[85] O numero estimado de combatentes do braço armado do Hezbollah varia de 3 a 5 mil homens, e cerca de 1400 baixas na guerra civil síria, até o final de 2016.

Os líderes sunitas da aliança 14 de Março e outras figuras libaneses proeminentes pediram ao Hezbollah para acabar com o seu envolvimento na Síria e disse que estão colocando o Líbano em risco.[86] Subhi al-Tufayli, disse que "o Hizbollah não deve ser a defesa do regime criminoso que mata o seu próprio povo e que nunca disparou um tiro em defesa dos palestinos ". Ele disse que "os combatentes do Hezbollah que estão matando crianças e aterrorizando as pessoas e destruindo casas na Síria irão para o inferno".[87]

Envolvimento na intervenção liderada pelo Irã no Iraque

A partir de julho de 2014, o Hezbollah enviou um número não revelado de consultores técnicos e analistas de inteligência para Bagdá em apoio à intervenção iraniana no Iraque (2014-presente). Pouco tempo depois, o comandante do Hezbollah Ibrahim al-Hajj foi morto em ação perto de Mosul.[88]

Outros

Em 2010, membros do Ahbash e do Hezbollah estiveram envolvidos em uma batalha de rua que foi vista como um problema de estacionamento, ambos os grupos se reuniram para formar um fundo de compensação conjunto para as vítimas do conflito.[89] Hezbollah foi acusado de se infiltrar na América do Sul e de ter ligações com cartéis de drogas latino-americanos.[90]

Financiamento

O financiamento do Hezbollah vem de grupos empresariais libaneses, privados, empresários, da diáspora libanesa envolvida na exploração de diamantes africanos, outros grupos e países islâmicos, e os impostos pagos pelos xiitas libaneses.[91]

Fontes ocidentais afirmam que o Hezbollah de facto recebe a maior parte de sua ajuda financeira, treinamento, armas, explosivos, ajuda política, diplomática e organizacional do Irão e da Síria. [92] [93][94] O Irão teria dado 400 milhões de dólares entre 1983 e 1989 através de doações. A situação mudou devido a problemas económicos, mas o Irã ainda financia ações humanitárias realizadas pelo Hezbollah.[91] De acordo com relatórios divulgados em fevereiro de 2010, o Hezbollah recebeu 400 milhões de dólares do Irão. [95][96][97] Em 2011, o Irão destinou 7 milhões de dólares às atividades do Hezbollah na América Latina.[98] O Hezbollah também contou com financiamento da diáspora xiita libanesa na África Ocidental, nos Estados Unidos e, mais importante ainda, na tríplice fronteira ao longo da junção do Paraguai, Argentina e Brasil.[99] As autoridades policiais dos EUA e outras identificaram uma operação ilegal multimilionária de angariação de fundos por meio de contrabando de tabaco [100] e operações de tráfico de drogas. [101][102] O Hezbollah considera tais acusações como propaganda, numa tentativa de prejudicar sua imagem.

Os Estados Unidos também têm acusado membros do governo da Venezuela de apoiar financeiramente o Hezbollah.[103] O governo venezuelano desqualifica essas acusações.[104]

Política de segmentação

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o Hezbollah condenou a al-Qaeda por atacar civis no World Trade Center,[105][106] mas permaneceu em silêncio sobre o ataque ao Pentágono.[29][107] Hezbollah também denunciou os massacres na Argélia por grupos islâmicos armados, os ataques do Al-Gama'a al-Islamiyya a turistas no Egito,[108] o assassinato de Nick Berg,[109] e os ataques do EIIL, em Paris. [110]

Embora o Hezbollah tenha denunciado vários ataques contra civis, algumas pessoas acusam a organização do atentado a bomba contra um centro da comunidade judaica de Buenos Aires, em 1994. O promotor argentino Alberto Nisman, Marcelo Martinez Burgos e sua "equipe de cerca de 45 pessoas"[111] disseram que o Hezbollah e seus contatos no Irã foram responsáveis pelo atentado, no qual "oitenta e cinco pessoas foram mortas e mais de 200 outras ficaram feridas".[112]

Em junho de 2002, pouco depois de o governo israelense lançar a Operação Escudo Defensivo, durante a Segunda Intifada, Nasrallah fez um discurso em que defendeu e elogiou os atentados suicidas contra alvos israelenses, por parte de membros de grupos palestinos, como forma de "promover a dissuasão e equalizar o medo". Nasrallah afirmou que "na Palestina ocupada, não há diferença entre um soldado e um civil, pois todos eles são invasores, ocupantes e usurpadores da terra".[113]

Em agosto de 2012, o coordenador de contraterrorismo do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Daniel Benjamin, advertiu que o Hezbollah poderia atacar a Europa a qualquer momento, sem qualquer aviso. Benjamin disse: "O Hezbollah mantém presença na Europa, e suas atividades recentes demonstram que ele não é limitado por preocupações sobre danos colaterais ou consequências políticas que poderiam resultar da realização de operações ... Avaliamos que o Hezbollah poderia atacar na Europa ou em outro lugar, a qualquer hora, com pouco ou nenhum aviso, e que o Hezbollah, "intensificou campanhas terroristas em todo o mundo." [114][115][116]

Resultados eleitorais

Legislativas

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1992 1.º N/D
6,3 / 100,0
12 / 128
1996 2.º N/D
5,5 / 100,0
Baixa0,8
9 / 128
Baixa3
2000 2.º N/D
7,8 / 100,0
Aumento2,3
12 / 128
Aumento3
2005 4.º N/D
10,9 / 100,0
Aumento3,1
14 / 128
Aumento2
2009 4.º N/D N/D
12 / 128
Baixa2
2018 1.º 329 390
18,1 / 100,0
15 / 128
Aumento3

Referências

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    حزب الله, ḥezbu-'llāh(i), -u - marcador de caso nominativo em iḍāfa, "a" inicial (escrito como o alif: ا) em Allāh (الله) é mudo.
    O alif inicial (ا) costuma desaparecer nesta situação, em expressões como bi-'llaah(i), wa-'llaah(i), etc. O i final ("kasra") (frequentemente eliminado - é o marcador do caso genitivo). A primeira palavra termina em -u (ḍamma não-escrito) no caso nominativo, -a no acusativo, -i no genitivo.
    ḥizbu-'llāh(i) - nominativo
    ḥizbi-'llāh(i) - genitivo
    ḥizba-'llāh(i) - acusativo
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Leitura adicional

Livros
Artigos

Ligações externas

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Sites oficiais

Resoluções da ONU relacionadas ao Hizbollah

Outros links

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