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Academia Brasileira de Letras: diferenças entre revisões

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A '''Academia Brasileira de Letras''' é uma instituição fundada no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] em [[20 de julho]] de [[1897]]. Composta por 40 membros efetivos e perpétuos e 20 sócios estrangeiros, ela tem por fim "o cultivo da língua e a literatura nacional".<ref>Conforme sua própria descrição. Veja [http://www.academia.org.br/ www.academia.org.br], na seção "Quem somos". Acessado em 12 de dezembro de 2008.</ref>
A '''Academia Brasileira de Letras''' é MUITO LEGALL!!!uma instituição fundada no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] em [[20 de julho]] de [[1897]]. Composta por 40 membros efetivos e perpétuos e 20 sócios estrangeiros, ela tem por fim "o cultivo da língua e a literatura nacional".<ref>Conforme sua própria descrição. Veja [http://www.academia.org.br/ www.academia.org.br], na seção "Quem somos". Acessado em 12 de dezembro de 2008.</ref>


==História==
==História==

Revisão das 14h39min de 1 de fevereiro de 2009

A Academia Brasileira de Letras é MUITO LEGALL!!!uma instituição fundada no Rio de Janeiro em 20 de julho de 1897. Composta por 40 membros efetivos e perpétuos e 20 sócios estrangeiros, ela tem por fim "o cultivo da língua e a literatura nacional".[1]

História

Quadro representando o "Pai" da ABL, Lúcio de Mendonça e seu Presidente Perpétuo, Machado de Assis

A instituição remonta ao final do século XIX, quando escritores e intelectuais brasileiros desejaram criar uma academia nacional, nos moldes da Academia francesa.

A iniciativa foi tomada por Lúcio de Mendonça, concretizada em reuniões preparatórias que se iniciaram em 15 de dezembro de 1896, sob a presidência de Machado de Assis (eleito por aclamação), na redação da Revista Brasileira. Nessas reuniões foram aprovados os Estatutos da Academia Brasileira de Letras, a 28 de janeiro de 1897, compondo-se o seu quadro de 40 membros fundadores. A 20 de julho desse ano era realizada a Sessão Inaugural, nas instalações do Pedagogium, prédio fronteiro ao Passeio Público, no centro do Rio.

Sem possuir sede própria nem recursos financeiros, as reuniões da Academia foram realizadas nas dependências do antigo Ginásio Nacional, no Salão Nobre do Ministério do Interior, no salão do Real Gabinete Português de Leitura, sobretudo para as sessões solenes. As sessões comuns sucediam-se no escritório de advocacia do Primeiro Secretário, Rodrigo Octávio, à Rua da Quitanda, 47.

A partir de 1904, a Academia obteve a ala esquerda do Silogeu Brasileiro, um prédio governamental que abrigava outras instituições culturais, onde se manteve até à conquista da sua sede própria.

O "Petit Trianon"

O "Petit Trianon"

Em 1923, graças à iniciativa de seu presidente à época, Afrânio Peixoto, e do então embaixador da França, Raymond Conty, o governo francês doou à Academia o prédio do Pavilhão Francês, edificado para a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, uma réplica do Petit Trianon de Versalhes, erguido pelo arquiteto Ange-Jacques Gabriel, entre 1762 e 1768.
Essas instalações encontram-se tombadas pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (INEPAC), da Secretaria Estadual de Cultura, desde 9 de novembro de 1987. Os seus salões funcionam até aos dias de hoje abrigando as reuniões regulares, as sessões solenes comemorativas, as sessões de posse dos novos acadêmicos, assim como para o tradicional chá das quintas-feiras. Podem ser conhecidas pelo público em visitas guiadas, ou em programas culturais como concertos de música de câmara, lançamento de livros dos membros, ciclos de conferências e peças de teatro.
No primeiro pavimento do edifício, no Saguão, destaca-se o piso de mármore decorado, um lustre de cristal francês, um grande vaso branco de porcelana de Sèvres e quatro baixos-relevos em pedra de coade ingleses. Entre as demais dependências, ressaltam-se:

No segundo pavimento encontra-se a Sala de Chá, onde os acadêmicos se encontram, às quintas-feiras, antes da Sessão Plenária, a Sala de Sessões e a Biblioteca. Esta última atende aos acadêmicos e a pesquisadores, com destaque para a coleção de Manuel Bandeira.

O Espaço Machado de Assis

Predefinição:Portal-academia No segundo pavimento do Centro Cultural da Academia Brasileira de Letras encontra-se o Espaço Machado de Assis, que abriga o Núcleo de Informação e Referência sobre a obra de Machado de Assis, a Galeria de Exposições e a Sala de Projeções, onde se podem assistir filmes e vídeos relativos ao universo machadiano.

Características

A Academia tem por fim, segundo os seus estatutos, a "cultura da língua nacional", sendo composta por quarenta membros efetivos e perpétuos, conhecidos como "imortais", escolhidos entre os cidadãos brasileiros que tenham publicado obras de reconhecido mérito ou livros de valor literário, e vinte sócios correspondentes estrangeiros.

À semelhança da Academia francesa, o cargo de "imortal" é vitalício, o que é expresso pelo lema "Ad immortalitem", e a sucessão dá-se apenas pela morte do ocupante da cadeira. Formalizadas as candidaturas, os acadêmicos, em sessão ordinária, manifestam a vontade de receber o novo confrade, através do voto secreto.

Os eleitos tomam posse em sessão solene, nas quais todos os membros vestem o fardão da Academia, de cor verde-escura com bordados de ouro que representam os louros, complementado por chapéu de veludo preto com plumas brancas. Nesse momento, o novo membro pronuncia um discurso, onde tradicionalmente se evoca o seu antecessor e os demais ocupantes da cadeira para a qual foi eleito. Em seguida, assina o livro de posse e recebe das mãos de dois outros imortais o colar e o diploma; a espada é entregue pelo decano, o acadêmico mais antigo. A cerimônia prossegue com um discurso de recepção, proferido por um confrade, referindo os méritos do novo membro.

Instituição tradicionalmente masculina, a partir de 4 de novembro de 1977, aceitou como membro Rachel de Queiroz, para quem foi desenhada uma versão feminina do tradicional fardão: um vestido longo de crepe francês verde-escuro, com folhas de louro bordadas em fio de ouro.

Presidentes da ABL

O primeiro Presidente da A.B.L. foi Machado de Assis, eleito por aclamação, e também seu "Presidente Perpétuo".

Durante quase 34 anos consecutivos Austregésilo de Athayde presidiu o Silogeu (1959-1993), imprimindo na sua gestão um caráter de vitaliciedade ao cargo que fugia aos princípios originais - e que foi abandonado por seus sucessores.

Eleito em 2007, o atual presidente é Cícero Sandroni.

Patronos das cadeiras

Predefinição:Portal-literatura Para cada uma das quarenta cadeiras, os fundadores escolheram os respectivos patronos, homenageando personalidades que marcaram as letras e a cultura brasileira, antes da fundação da Academia.

Foi uma inovação. A Academia francesa, que servira de modelo, instituíra as Cadeiras, mas atendendo apenas a uma numeração de 1 até 40. A escolha desses Patronos deu-se de forma um tanto aleatória, com sugestões sendo feitas pelos próprios Imortais.

Historiando esta escolha, em discurso proferido na Casa, no ano de 1923, Afrânio Peixoto (que dela foi Presidente), deixou registrado:

"Novidade de nossa Academia foi, em falta de antecedentes, criarem-nos, espiritualmente, nos patronos. Machado de Assis, o primeiro da companhia, por vários títulos, quis dar a José de Alencar a primazia que tem, e deve ter, na literatura nacional. A justiça não guiou a vários dos seus companheiros. Luís Murat, por sentimento exclusivamente, entendeu honrar um amigo morto, infeliz poeta, menos poeta que infeliz, Adelino Fontoura. O mesmo, Pedro Rabelo a Pardal Mallet. A Silva Ramos, que lembrara Gonçalves Crespo, nascido no Brasil, não o permitiram, por «português», aceitando, entretanto, Gonzaga, que nascera em Portugal... Faltavam poucos acadêmicos à escolha e sobravam grandes patronos nacionais. Nabuco que, para não sair de Pernambuco, e não ter sombra, escolhera ao medíocre Maciel Monteiro, lembrou aos que faltavam, a escolha justa de grandes nomes restantes. Rui ocorreu logo como seu patrono, que não estava na lista: era Evaristo da Veiga. Ficaram muitas clamorosas exclusões, entretanto.
Recentemente, acadêmico para quem a Academia é número um de suas preocupações, entendeu obviar o defeito, dotando os sócios correspondentes de patronos. Elaborou a lista dos grandes excluídos — Alexandre de Gusmão; Alexandre Rodrigues Ferreira; A. de Morais Silva; Antônio José; Botelho de Oliveira; D. Borges de Barros; Eusébio de Matos; Dom Francisco de Sousa; Fr. Francisco de Monte Alverne; Gonçalves Ledo; José Bonifácio, o Patriarca; Matias Aires, Nuno Marques Pereira, Odorico Mendes, Rocha Pita, Santa Rita Durão, Silva Alvarenga, Sotero dos Reis, Fr. Vicente do Salvador, Visconde de Cairu — e teve a habilidade, eleitoral, de fazê-la aceita. É exato que a maioria é de baianos, o que trai a origem, mas, agora, já não se dirá que os sessenta patronos não incluem os mais consagráveis dos brasileiros escritores. A exclusão desses vinte seria escandalosa e certamente eles valem mais que vinte dos outros quarenta, escolhidos sem unidade de critério, ou, como devera ser apenas, critério de justiça."

Membros

  • No quadro atual da Academia, o mais antigo dos Imortais é José Sarney, eleito em 17 de julho de 1980, e o mais novo é Luiz Paulo Horta, eleito em 21 de agosto de 2008.

Os atuais membros da Academia Brasileira de Letras são os seguintes (agosto de 2008):

Referências

  1. Conforme sua própria descrição. Veja www.academia.org.br, na seção "Quem somos". Acessado em 12 de dezembro de 2008.

Ver também

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