Dinastia de Avis: diferenças entre revisões
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* [[João I de Portugal|D. João I]] (1357-1433), ''o da Boa Memória'', [[Ordem de Avis|Mestre de Avis]] (r. [[1385]] - [[1433]])<ref name="CAETANO">[[António Caetano de Sousa|SOUSA, António Caetano de.]] ([[1736]]-[[1749]]). '''Historia Genealogica da Casa Real Portugueza.''' Lisboa Ocidental: Impresso na Academia Real, Tomo II, cap. I, fol. 1.</ref> - Filho natural de [[Pedro I de Portugal|D. Pedro I]] com [[Teresa Lourenço]] e meio-irmão do Rei D. [[Fernando I de Portugal]]. Casou-se com D. [[Filipa de Lencastre]] (1360-1415), sem antes ter se envolvido com [[Inês Pires]], comendadeira de Santos<ref>Ibid., cap. I, fol. 44-45.</ref>. |
* [[João I de Portugal|D. João I]] (1357-1433), ''o da Boa Memória'', [[Ordem de Avis|Mestre de Avis]] (r. [[1385]] - [[1433]])<ref name="CAETANO">[[António Caetano de Sousa|SOUSA, António Caetano de.]] ([[1736]]-[[1749]]). '''Historia Genealogica da Casa Real Portugueza.''' Lisboa Ocidental: Impresso na Academia Real, Tomo II, cap. I, fol. 1.</ref> - Filho natural de [[Pedro I de Portugal|D. Pedro I]] com [[Teresa Lourenço]] e meio-irmão do Rei D. [[Fernando I de Portugal]]. Casou-se com D. [[Filipa de Lencastre]] (1360-1415), sem antes ter se envolvido com [[Inês Pires]], comendadeira de Santos<ref>Ibid., cap. I, fol. 44-45.</ref>. |
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* [[Duarte I de Portugal|D. Duarte]] (1391-1438), ''o Eloquente''{{nota de rodapé|Ficou conhecido com o cognome de O Eloquente, pelo verbo usado nas obras que escreveu e realizou a divisa ‘’Léauté Faray Tã ya Serey’’<ref>[http://www.mosteirobatalha.pt/pt/index.php?s=white&pid=231 Mosteiro da Batalha - D. Duarte]. Acesso em: 29/05/2016.</ref>.}} (r-[[1433]] - [[1438]])<ref>Ibid., cap.VII, fol.481.</ref> - Filho de [[João I de Portugal|D. João I]], casou-se com a infanta D. [[Leonor de Aragão, Rainha de Portugal|Leonor de Aragão]] (1402-1445). |
* [[Duarte I de Portugal|D. Duarte]] (1391-1438), ''o Eloquente''{{nota de rodapé|Ficou conhecido com o cognome de O Eloquente, pelo verbo usado nas obras que escreveu e realizou a divisa ‘’Léauté Faray Tã ya Serey’’<ref>[http://www.mosteirobatalha.pt/pt/index.php?s=white&pid=231 Mosteiro da Batalha - D. Duarte]. Acesso em: 29/05/2016.</ref>.}} (r-[[1433]] - [[1438]])<ref>Ibid., cap.VII, fol.481.</ref> - Filho de [[João I de Portugal|D. João I]], casou-se com a infanta D. [[Leonor de Aragão, Rainha de Portugal|Leonor de Aragão]] (1402-1445). |
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* [[Afonso V de Portugal|D. Afonso V]] (1432-1481), ''o Africano'' (r. 1438 - [[1481]])<ref>Ibid., Tomo III, cap.I, fol. 1.</ref> - Filho de [[Duarte I de Portugal|D. Duarte]], subiu ao trono sob a regência de seu [[tio]], D. [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|Pedro de Portugal]] |
* [[Afonso V de Portugal|D. Afonso V]] (1432-1481), ''o Africano'' (r. 1438 - [[1481]])<ref>Ibid., Tomo III, cap.I, fol. 1.</ref> - Filho de [[Duarte I de Portugal|D. Duarte]], subiu ao trono sob a regência de seu [[tio]], D. [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|Pedro I de Portugal]], em 1439. Casou-se com D. [[Isabel de Coimbra]] (1432-1455) e, após morte desta, com D. [[Joana de Trastâmara|Joana de Trastâmara, a Beltraneja]] (1462-1530). |
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* [[João II de Portugal|D. João II]] (1455-1495), ''o Príncipe Perfeito'' (r. 1481 - [[1495]])<ref>Ibid., cap. III, fol. 103.</ref> - Filho de [[Afonso V de Portugal|D. Afonso V]], casou-se com D. [[Leonor de Avis, Rainha de Portugal|Leonor de Viseu]] (1458-1525) e teve um filho bastardo, D. [[Jorge de Lencastre]], com [[Ana de Mendonça]] (m.1545). |
* [[João II de Portugal|D. João II]] (1455-1495), ''o Príncipe Perfeito'' (r. 1481 - [[1495]])<ref>Ibid., cap. III, fol. 103.</ref> - Filho de [[Afonso V de Portugal|D. Afonso V]], casou-se com D. [[Leonor de Avis, Rainha de Portugal|Leonor de Viseu]] (1458-1525) e teve um filho bastardo, D. [[Jorge de Lencastre]], com [[Ana de Mendonça]] (m.1545). |
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* [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]] (1469-1521), ''o Venturoso'' e ''o Felicíssimo'' (r. 1495 - [[1521]])<ref>Ibid., cap. V, fol. 165.</ref> - Primo de [[João II de Portugal|D. João II]], casou-se com D. [[Isabel de Aragão e Castela, Rainha de Portugal|Isabel de Aragão]] (1470-1498); após morte desta, com sua irmã D. [[Maria de Aragão e Castela, Rainha de Portugal|Maria de Aragão]] (1482-1517); e, por fim, com D. [[Leonor da Áustria, Rainha de Portugal e de França|Leonor da Áustria]] (1498-1558). |
* [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]] (1469-1521), ''o Venturoso'' e ''o Felicíssimo'' (r. 1495 - [[1521]])<ref>Ibid., cap. V, fol. 165.</ref> - Primo de [[João II de Portugal|D. João II]], casou-se com D. [[Isabel de Aragão e Castela, Rainha de Portugal|Isabel de Aragão]] (1470-1498); após morte desta, com sua irmã D. [[Maria de Aragão e Castela, Rainha de Portugal|Maria de Aragão]] (1482-1517); e, por fim, com D. [[Leonor da Áustria, Rainha de Portugal e de França|Leonor da Áustria]] (1498-1558). |
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Para legitimar a nova dinastia, [[Duarte I de Portugal|D. Duarte]] (r.1433-1438), sucessor do [[Mestre de Avis]], financiou a produção de crônicas régias. Para estar à frente desta iniciativa, o monarca escolheu o notário geral e guardador dos [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo|Arquivos da Torre do Tombo]], [[Fernão Lopes]] (1380-1460). O [[cronista]] teve acesso privilegiado à documentação e, nas obras sobre as vidas dos últimos reis da [[dinastia de Borgonha]], D. Pedro I e D. Fernando, e do primeiro de Avis, D. João I, assumiu papel de [[historiador]] na procura de atestação da veracidade das informações. |
Para legitimar a nova dinastia, [[Duarte I de Portugal|D. Duarte]] (r.1433-1438), sucessor do [[Mestre de Avis]], financiou a produção de crônicas régias. Para estar à frente desta iniciativa, o monarca escolheu o notário geral e guardador dos [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo|Arquivos da Torre do Tombo]], [[Fernão Lopes]] (1380-1460). O [[cronista]] teve acesso privilegiado à documentação e, nas obras sobre as vidas dos últimos reis da [[dinastia de Borgonha]], D. Pedro I e D. Fernando, e do primeiro de Avis, D. João I, assumiu papel de [[historiador]] na procura de atestação da veracidade das informações. |
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A [[Crónica de el-rei D. João I]] consiste em um complexo mítico de sagração e batismo do reino. [[Fernão Lopes]] modificou a imagem de D. João do “outro” para a de símbolo legitimo da identidade portuguesa. Para tanto, não recorreu significativamente à condição de bastardo do rei. Ao invés disso, utilizou elementos messiânicos para construir a [[mitologia]] em torno de |
A [[Crónica de el-rei D. João I]] consiste em um complexo mítico de sagração e batismo do reino. [[Fernão Lopes]] modificou a imagem de D. João do “outro” para a de símbolo legitimo da identidade portuguesa. Para tanto, não recorreu significativamente à condição de bastardo do rei. Ao invés disso, utilizou elementos messiânicos para construir a [[mitologia]] em torno de D. João I, mestre designado pelo salvador para socorrer, com a ajuda de Nuno Álvares Pereira, figura recorrente na obra, o povo português da dominação e tirania castelhanas<ref name="ZIERER"/><ref name="GODINHO"/>. |
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== A suposta dinastia de "Avis-Beja" == |
== A suposta dinastia de "Avis-Beja" == |
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[[António de Portugal, Prior do Crato|D. Antônio, o prior do Crato]] (1531 - 1595), considerado como filho ilegítimo de [[Luís de Portugal, Duque de Beja|D. Luís de Beja]], irmão de [[João III de Portugal|D. João III]], era o último representante da casa de Avis com a morte de [[Sebastião de Portugal|D. Sebastião]] na [[Batalha de Alcácer-Quibir]] e do sexagenário [[Henrique I de Portugal|Cardeal-rei D. Henrique]]. Ao reivindicar a coroa, D. Antônio poderia ser a única possibilidade de evitar o fim dessa dinastia e sua condição de “ilegítimo” não seria necessariamente um empecilho, haja vista que o fundador da casa, [[João I de Portugal|D. João I]], também apresentava essa mesma condição<ref>CORAL, Carlos Jokubauskas ([[2010]]). [http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-24092010-121750/pt-br.php O último Avis: D. Antônio, o antonismo e a crise dinástica portuguesa (1540 - 1640)]. 234 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História, [[Universidade de São Paulo]], São Paulo, 2010. Acesso em: 29/05/2016.</ref>. No entanto, as pretensões do Prior do Crato e dos seus apoiadores, os antonistas, enfrentaram forte oposição do próprio Cardeal e dos outros dois candidatos ao trono: [[Catarina de Portugal, duquesa de Bragança|D. Catarina de Portugal]] e [[Filipe II de Espanha]], Rei de Castela. D. Antônio, inclusive, chegou a ser aclamado Rei de Portugal em [[24 de junho]] de [[1580]] em algumas regiões portuguesas, sobretudo no ultramar, mas, em [[agosto]] do mesmo ano, frotas castelhanas tomaram o reino em nome de Felipe II. |
[[António de Portugal, Prior do Crato|D. Antônio, o prior do Crato]] (1531 - 1595), considerado como filho ilegítimo de [[Luís de Portugal, Duque de Beja|D. Luís de Beja]], irmão de [[João III de Portugal|D. João III]], era o último representante da casa de Avis com a morte de [[Sebastião de Portugal|D. Sebastião]] na [[Batalha de Alcácer-Quibir]] e do sexagenário [[Henrique I de Portugal|Cardeal-rei D. Henrique]]. Ao reivindicar a coroa, D. Antônio poderia ser a única possibilidade de evitar o fim dessa dinastia e sua condição de “ilegítimo” não seria necessariamente um empecilho, haja vista que o fundador da casa, [[João I de Portugal|D. João I]], também apresentava essa mesma condição<ref>CORAL, Carlos Jokubauskas ([[2010]]). [http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-24092010-121750/pt-br.php O último Avis: D. Antônio, o antonismo e a crise dinástica portuguesa (1540 - 1640)]. 234 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História, [[Universidade de São Paulo]], São Paulo, 2010. Acesso em: 29/05/2016.</ref>. No entanto, as pretensões do Prior do Crato e dos seus apoiadores, os antonistas, enfrentaram forte oposição do próprio Cardeal e dos outros dois candidatos ao trono: [[Catarina de Portugal, duquesa de Bragança|D. Catarina de Portugal]] e [[Filipe II de Espanha]], Rei de Castela. D. Antônio, inclusive, chegou a ser aclamado Rei de Portugal em [[24 de junho]] de [[1580]] em algumas regiões portuguesas, sobretudo no ultramar, mas, em [[agosto]] do mesmo ano, frotas castelhanas tomaram o reino em nome de Felipe II. |
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Assim, D. Antônio acabou fugindo e, à distância, articulou várias tentativas de subir ao trono; sem sucesso, morreu exilado em [[Paris]] en [[1595]]. Ainda assim, o antonismo sobreviveu por décadas, mesmo depois do exílio do Prior do Crato |
Assim, D. Antônio acabou fugindo e, à distância, articulou várias tentativas de subir ao trono; sem sucesso, morreu exilado em [[Paris]] en [[1595]]. Ainda assim, o antonismo sobreviveu por décadas, mesmo depois do exílio do Prior do Crato e possivelmente alimentado por um sentimento nacionalista. |
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Por motivos evidentemente políticos, os cronistas oficiais da [[dinastia de Habsburgo]]<ref>[[Juan de Mariana|MARIANA, Juan de]] ([[1794]]). '''Continuación de la Historia General de España.''' [[Madrid]]: por Don Benito Cano, 8ª v.</ref> e de [[Dinastia de Bragança|Bragança]]<ref>[[Luís de Meneses, 3.º Conde da Ericeira|MENESES, Luís de]] ([[1679]]). '''História de Portugal Restaurado'''. Lisboa: por João Galrão. 939p.</ref> excluíram o prior do Crato da lista de reis de [[Portugal]], fato que corrobora ainda mais a presença da discussão sobre o nobre na [[historiografia]] portuguesa<ref>HERMANN, Jacqueline ([[2010]]). [http://www.scielo.br/pdf/rbh/v30n59/v30n59a08 Um rei indesejado: notas sobre a trajetória política de D. Antônio, Prior do Crato]. In:[http://www.anpuh.org/revistabrasileira/public Revista Brasileira de História], São Paulo, 30, 59, 141-166. Acesso em: 29/05/2016.</ref>. |
Por motivos evidentemente políticos, os cronistas oficiais da [[dinastia de Habsburgo]]<ref>[[Juan de Mariana|MARIANA, Juan de]] ([[1794]]). '''Continuación de la Historia General de España.''' [[Madrid]]: por Don Benito Cano, 8ª v.</ref> e de [[Dinastia de Bragança|Bragança]]<ref>[[Luís de Meneses, 3.º Conde da Ericeira|MENESES, Luís de]] ([[1679]]). '''História de Portugal Restaurado'''. Lisboa: por João Galrão. 939p.</ref> excluíram o prior do Crato da lista de reis de [[Portugal]], fato que corrobora ainda mais a presença da discussão sobre o nobre na [[historiografia]] portuguesa<ref>HERMANN, Jacqueline ([[2010]]). [http://www.scielo.br/pdf/rbh/v30n59/v30n59a08 Um rei indesejado: notas sobre a trajetória política de D. Antônio, Prior do Crato]. In:[http://www.anpuh.org/revistabrasileira/public Revista Brasileira de História], São Paulo, 30, 59, 141-166. Acesso em: 29/05/2016.</ref>. |
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|D. [[Beatriz, Condessa de Arundel|Beatriz de Arundel]] (1386-1447) || Filha natural de [[João I de Portugal|João I]] com [[Inês Pires]], 12ª [[Thomas FitzAlan, 12.° Conde de Arundel|Condessa de Arundel]], casada com [[Thomas FitzAlan, 12.° Conde de Arundel]], e 5ª Baronesa de Talbot, Irchenfield e Blakmer, pelo 2º casamento, com Gilbert Talbot ||<ref>Ibid., Tomo II, cap. I, fol. 38-42.</ref> |
|D. [[Beatriz, Condessa de Arundel|Beatriz de Arundel]] (1386-1447) || Filha natural de [[João I de Portugal|João I]] com [[Inês Pires]], 12ª [[Thomas FitzAlan, 12.° Conde de Arundel|Condessa de Arundel]], casada com [[Thomas FitzAlan, 12.° Conde de Arundel]], e 5ª Baronesa de Talbot, Irchenfield e Blakmer, pelo 2º casamento, com Gilbert Talbot ||<ref>Ibid., Tomo II, cap. I, fol. 38-42.</ref> |
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|D. [[Pedro de Coimbra, Condestável de Portugal|Pedro de Coimbra]] (1429-1466) || Filho de [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|D. Pedro I de Portugal]] com D. Isabel de Gurgel, 5º [[Condestável de Portugal]] e 5º Administrador da [[Ordem de Avis]] || |
|D. [[Pedro de Coimbra, Condestável de Portugal|D. Pedro de Coimbra]] (1429-1466) || Filho de [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|D. Pedro I de Portugal]] com D. Isabel de Gurgel, 5º [[Condestável de Portugal]] e 5º Administrador da [[Ordem de Avis]] || |
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|D. [[João de Coimbra, Príncipe de Antioquia| João de Coimbra]] (1431-1457) || Filho de [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|D. Pedro I de Portugal]] com D. Isabel de Gurgel, [[Príncipe de Antioquia]] e [[Regente]] do [[Reino de Chipre]] || |
|D. [[João de Coimbra, Príncipe de Antioquia| João de Coimbra]] (1431-1457) || Filho de [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|D. Pedro I de Portugal]] com D. Isabel de Gurgel, [[Príncipe de Antioquia]] e [[Regente]] do [[Reino de Chipre]] || |
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|D. [[Jaime de Portugal|Cardeal Jaime de Portugal]] (1433-1459) || Filho de [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|D. Pedro I de Portugal]] com D. Isabel de Gurgel , 6º [[Patriarcado de Lisboa|Arcebispo de Lisboa]] || |
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|D. [[Filipa, infanta de Portugal|Filipa de Coimbra]] (1437-1493) || Filha de [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|D. Pedro I de Portugal]] com D. Isabel de Gurgel, solteira, serviu de segunda [[mãe]] aos sobrinhos [[João II de Portugal|João II]] e [[Santa Joana, Princesa de Portugal|Santa Joana]] || |
|D. [[Filipa, infanta de Portugal|Filipa de Coimbra]] (1437-1493) || Filha de [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|D. Pedro I de Portugal]] com D. Isabel de Gurgel, solteira, serviu de segunda [[mãe]] aos sobrinhos [[João II de Portugal|João II]] e [[Santa Joana, Princesa de Portugal|Santa Joana]] || |
Revisão das 21h08min de 26 de janeiro de 2017
Dinastia de Avis | |||
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País: | Portugal | ||
Dinastia de origem: | Dinastia de Borgonha | ||
Títulos: | Rei de Portugal Rei do Algarve Rei da Galiza Senhorio de Ceuta Senhorio de Alcácer-Ceguer Senhorio da Guiné Grão Mestre da Ordem de Avis Grão Mestre da Ordem de Cristo | ||
Fundador: | D. João I de Portugal | ||
Último soberano: | D. António I de Portugal, Prior do Crato| |
A Dinastia de Avis, ou Dinastia Joanina, foi a segunda dinastia a reinar em Portugal. Após a morte de seu irmão D. Fernando, último rei da dinastia de Borgonha, D. João foi aclamado rei em 1385 perante as Cortes de Coimbra. A dinastia durou até a morte do Cardeal-rei D. Henrique em 31 de janeiro sem deixar herdeiro legítimo.
Instaurada a crise de sucessão, chega ao trono o Rei Filipe II de Espanha, ou Filipe I de Portugal que, com sucessivas vitórias militares, apoio estrangeiro e da alta nobreza e clero locais, iniciou a União Ibérica através da integração de todos os reinos da dinastia de Habsburgo ou dinastia filipina ou dinastia de Áustria.
A Casa de Avis
D. João era filho natural de D. Pedro I, pai de D. Fernando e antecessor deste, mas não poderia galgar ao trono legalmente. A nova dinastia deu prosseguimento à linhagem consanguínea, visto que o novo rei era meio-irmão do soberano anterior.
A historiografia diverge quanto ao caráter revolucionário e popular do movimento de Avis. Parte dos historiadores considera que a crise de 1383 foi essencialmente popular e centrada na ideia de nação e soberania, responsável por uma consciência nacional radicada nas massas[1].
Por outro lado, e com maior destaque, outros teóricos consideram que o movimento foi a primeira revolução burguesa nacional, e não meramente popular[2]. A ordem estabelecida foi dissolvida pela vontade majoritária da burguesia ascendente e da baixa nobreza, D. João foi o primeiro rei de Portugal eleito em uma assembleia, a qual foi composta por nobres, clérigos, e arraia-miúda, ou seja, burgueses sem títulos considerados representantes do povo comum.
Com a morte do Cardeal-rei D. Henrique concorriam três candidatos legais ao trono: Filipe II de Espanha, D. Catarina e D. António. Entretanto, este último era considerado ilegítimo pelo monarca vigente e fora defendido apenas pelos representantes da câmara de Portugal[3]. Além da legalidade, Filipe II contava com apoio da maior parte dos nobres e do clero enquanto que D. Catarina não tinha tanta popularidade entre estes. D. António, por sua vez, era um forte candidato, tendo em vista o apoio local que recebera.
Com a morte do rei, D. Antônio se deslocou para Santarém, onde aclamou-se rei perante os procuradores do conselho. Em contrapartida, cerca de 20000 homens, aliados de Filipe II, adentraram em Portugal encontrando pouca resistência por onde passavam até chegar em Lisboa unindo forças com a esquadra espanhola comandada pelo Marquês de Santa Cruz. O combate decisivo foi em 25 de agosto em Alcântara com vitória fácil do Habsburgo. D. Antônio continuou a reinar sobre alguns territórios lusos até 1583, como nas ilhas dos Açores[3].
O Mestre de Avis chegou ao trono através de uma espécie de golpe palaciano no qual a nobreza secundogênita e o povo miúdo (burguesia) uniram recursos para destronar a Rainha regente, D. Leonor Teles, assim como destituir a possível descendência do casamento de D. Beatriz com D. João I de Castela, do direito legal ao trono segundo o Tratado de Salvaterra de Magos.
Durante a dinastia de Avis teve início a expansão atlântica portuguesa iniciada pela conquista de Ceuta (1415), fato intimamente ligado com a nova atenção que foi dada à burguesia, que financiou a crise, com a implementação de novas rotas e organização alfandegária[4].
Ascensão ao trono : Revolução de 1383-1385
De 1367 a 1383, Portugal esteve sob o reinado de D. Fernando I, último rei da dinastia de Borgonha, primeira dinastia portuguesa, e herdeiro legítimo de D. Pedro I (r.1357-1367). A política exterior desastrosa de D. Fernando criou um ambiente de indignação, uma vez que, no Tratado de Salvaterra de Magos, ele ofereceu em casamento a mão de sua filha única, d. Beatriz, ao rei de Espanha João I, união que colocava em conflito a legitimidade da sucessão hereditária e a soberania nacional a favor do reino vizinho.
Por não ter deixado um varão em sua descendência, D. Fernando teria como herdeiro do trono o filho de D. Beatriz com D. João I de Castela. Por outro lado, D. Fernando possuía dois meios-irmãos, D. João e D. Dinis. Por ser de origem bastarda, o primeiro representava antes a figura do ”outro”, que jamais poderia se tornar rei[5].
D. Pedro teve uma polêmica história de amor com Inês de Castro, assassinada por ordem do rei Afonso IV em 1355. Depois da morte da amada, o infante se relacionou com outras mulheres e, de um destes envolvimentos, nasceu João, filho da pouca conhecida Teresa Lourenço. Como este não teria direito ao trono, Pedro, tornado rei, entregou a D. João o título de mestre da Ordem de Avis. O herdeiro do trono foi D. Fernando, seu filho legitimo[5].
D. Fernando se apaixonou por Leonor Teles, uma mulher casada de origem castelhana. Assim, para casar com ela, o rei ordena a anulação do casamento da amada, causando grande insatisfação popular. Desse casamento nascera D. Beatriz.
D. Fernando morreu em 1383 sem deixar varão em sua descendência. Seguindo o Tratado de Salvaterra de Magos, a rainha viúva D. Leonor assumiria a regência até que D. Beatriz tivesse um filho legitimo com seu marido João I de Castela e que chegasse a idade de 14 anos. Tal medida era vista como uma ameaça à soberania do reino português. A maior parte da nobreza, principalmente a de primeira linha, concordava em seguir o tratado de Salvaterra de Magos enquanto que os populares e a nobreza de segunda linha temiam a perda de soberania e repudiavam a regência de uma rainha de maus costumes e adúltera, já que mantinha um caso com o conde espanhol João Fernandes Andeiro[5].
D. João conseguiu apoio da nobreza secundogênita, não beneficiada com as benesses do reinado de D. Fernando, assim como da população pobre e da burguesia de Lisboa. Teve início a Crise de 1383–1385 em Portugal, chamada de Revolução de Avis. Após diversos conflitos, D. João I foi eleito rei nas Cortes de Coimbra em 1385. Pela primeira vez um rei português foi eleito em assembleia popular com participação de burgueses mestres de ofícios, o chamado “povo miúdo”. Nesta altura, os burgueses possuíam um poder econômico superior ao da maior parte dos fidalgos do reino, mas mesmo assim eram equiparados a vilões sem prestigio político. O contexto revolucionário possibilitou que angariassem uma posição de destaque, na constante tentativa de equiparação com a nobreza ou ascensão a ela. O conflito também possibilitou a promoção dos nobres secundogênitos de Lisboa que se posicionassem a favor do Mestre de Avis[6].
Com a destituição da regência de D. Leonor têm início os conflitos, o rei de Castela e genro da rainha regente, faz cerco na cidade de Lisboa. Entretanto, um pequeno exército português, comandado pelo general D. Nuno Álvares Pereira venceu os castelhanos na Batalha dos Atoleiros. A dita batalha ocorreu no Alto Alentejo em 6 de abril de 1384. Tratou-se de um combate de relevante importância política, psicológica e, claro, militar. Foi responsável por consolidar o partido de Avis e provar a possibilidade de vitória contra a Espanha. A batalha foi militarmente decisiva ao impedir a junção das tropas castelhanas que invadiam o Alentejo com aquelas que já montavam o cerco a Lisboa. A batalha de Atoleiros pode ser considerada como precursora da grande vitória obtida em Aljubarrota, escassos quatro meses mais tarde[7].
Outro exército luso-castelhano, comandado por Beatriz e João I de Castela, invadiu Portugal, acontecendo em Aljubarrota (1385) uma batalha decisiva. Aproveitando as vantagens da colocação no terreno e utilizando táticas inovadoras em número muito inferior, conseguiram outra notável vitória, a maior de todo o conflito. A paz definitiva com Castela só veio a ser assinada em 1411[1]. Para assinalar o acontecimento, D. João I mandou edificar, no local, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido por Mosteiro da Batalha, onde há uma capela-panteão na qual jazem os príncipes da nova dinastia de Avis.
Aos populares, comerciantes e arraia miúda não faltaram esforços e financiamento para a revolução. Os letrados tiveram grande importância no progresso do movimento, como por exemplo, nas relações diplomáticas para conquistar o apoio da Inglaterra. A baixa fidalguia, que não gozava das benesses da dinastia estabelecida, apoiou a revolução visando futuros títulos e mercês[1][8].
O novo Rei não acabou com o poder senhorial a não ser na área de cada conselho. A burguesia que apoiou e financiou a nova dinastia tentou apoderar-se do poder senhorial, objetivando minimamente serem equiparados em direitos políticos e jurídicos com a alta nobreza com a obtenção de títulos nobiliárquicos[1][2].
A revolução criou um governo forte e centralizado em Portugal, possibilitando a missão cosmopolita. Indubitavelmente, foi o primeiro passo para lançar a expansão colonial portuguesa, já que facilitou a concentração de investimentos para a navegação[8]. A nova nobreza portuguesa, desejosa de senhorios, terras e renda, exerce pressão sobre o poder central a favor da expansão, bem como os mercadores, cada vez mais interessados em estabelecer novas rotas de comércio e exploração. Assim, são lançadas as políticas expansionistas joaninas em busca de rotas comerciais, exploração de ouro e terras. Surgem as primeiras feitorias portuguesas na África. Até a morte do Cardeal-rei D. Henrique em 1460 descobrir-se-ão mais de 80 léguas[8].
Reis da Dinastia de Avis
- D. João I (1357-1433), o da Boa Memória, Mestre de Avis (r. 1385 - 1433)[9] - Filho natural de D. Pedro I com Teresa Lourenço e meio-irmão do Rei D. Fernando I de Portugal. Casou-se com D. Filipa de Lencastre (1360-1415), sem antes ter se envolvido com Inês Pires, comendadeira de Santos[10].
- D. Duarte (1391-1438), o Eloquente[nota 1] (r-1433 - 1438)[12] - Filho de D. João I, casou-se com a infanta D. Leonor de Aragão (1402-1445).
- D. Afonso V (1432-1481), o Africano (r. 1438 - 1481)[13] - Filho de D. Duarte, subiu ao trono sob a regência de seu tio, D. Pedro I de Portugal, em 1439. Casou-se com D. Isabel de Coimbra (1432-1455) e, após morte desta, com D. Joana de Trastâmara, a Beltraneja (1462-1530).
- D. João II (1455-1495), o Príncipe Perfeito (r. 1481 - 1495)[14] - Filho de D. Afonso V, casou-se com D. Leonor de Viseu (1458-1525) e teve um filho bastardo, D. Jorge de Lencastre, com Ana de Mendonça (m.1545).
- D. Manuel I (1469-1521), o Venturoso e o Felicíssimo (r. 1495 - 1521)[15] - Primo de D. João II, casou-se com D. Isabel de Aragão (1470-1498); após morte desta, com sua irmã D. Maria de Aragão (1482-1517); e, por fim, com D. Leonor da Áustria (1498-1558).
- D. João III (1502-1557), o Piedoso (r. 1521 - 1557)[16] - Filho de D. Manuel I, casou-se com D. Catarina de Áustria (1507-1578).
- D. Sebastião I (1554-1578), o Desejado (r. 1557 - 1578)[17] - Neto de D. João III, subiu ao trono sob regência de sua avó D. Catarina, seguida do seu tio-avô Cardeal D. Henrique .
- D. Henrique (1512-1580), o Casto (r. 1578 - 1580)[18] - Tio-avô de D. Sebastião I e filho oitavo de D. Manuel I.
- D. António (1531-1595), o Prior do Crato (r. 1580 - 1581)[19] - Sobrinho de D. Henrique, filho do infante D. Luís de Beja (1506-1555) com Violante Gomes, a Pelicana, casados secretamente e, portanto, sem legitimidade da nobreza.
Fernão Lopes e a construção mítica da dinastia
Para legitimar a nova dinastia, D. Duarte (r.1433-1438), sucessor do Mestre de Avis, financiou a produção de crônicas régias. Para estar à frente desta iniciativa, o monarca escolheu o notário geral e guardador dos Arquivos da Torre do Tombo, Fernão Lopes (1380-1460). O cronista teve acesso privilegiado à documentação e, nas obras sobre as vidas dos últimos reis da dinastia de Borgonha, D. Pedro I e D. Fernando, e do primeiro de Avis, D. João I, assumiu papel de historiador na procura de atestação da veracidade das informações.
A Crónica de el-rei D. João I consiste em um complexo mítico de sagração e batismo do reino. Fernão Lopes modificou a imagem de D. João do “outro” para a de símbolo legitimo da identidade portuguesa. Para tanto, não recorreu significativamente à condição de bastardo do rei. Ao invés disso, utilizou elementos messiânicos para construir a mitologia em torno de D. João I, mestre designado pelo salvador para socorrer, com a ajuda de Nuno Álvares Pereira, figura recorrente na obra, o povo português da dominação e tirania castelhanas[5][8].
A suposta dinastia de "Avis-Beja"
Na historiografia portuguesa, é recorrente a utilização do termo “dinastia de Avis-Beja” para se referir à dinastia de Avis.
Mas o termo aponta para a existência de um ramo secundogênito na Dinastia, iniciado a partir de um caso excepcional na história da monarquia portuguesa: a aclamação de D. Manuel I, 4º Duque de Beja, como herdeiro legítimo de todos os reinos e senhorios do seu primo direito e cunhado, o rei D. João II. Podendo passar despercebido já que a sucessão se manteve na mesma família, esta representou a refundação dinástica por iniciativas do próprio felicíssimo rei[20], através da reorganização e centralização da nobreza ao seu redor com a restauração de privilégios às casas de Viseu e Bragança; da reformulação legislativa do reino; e, daquilo que fora a principal marca do seu reinado, a continuidade da expansão do Império Português com a idealização e execução, à revelia da burguesia reinol e de facções aristocráticas, de um projeto ultramarino, com traços messiânicos, dirigido para o norte da África e o Oriente[21].
É importante ressaltar que o ducado de Beja foi um apanágio para a sustentação de Manuel no poder já que adquirido graças a sua lealdade e apoio incondicional a D. João II. Assim, mais do que um golpe de sorte, a aclamação do Duque se constituiu como um acontecimento já esperado porque silenciosamente engendrado por ele [nota 2] – sobretudo com a ajuda da rainha-consorte Leonor de Avis, sua irmã – , fato que revela a cautela e hesitação que marcaram o seu caráter[23].
Diante disso, a discussão sobre o termo é perfeitamente dispensável nos trabalhos sobre a história de Portugal no período avisino, pelo fato de não ter havido rupturas significativas com os elementos definidores da dinastia nos âmbitos político, legal e econômico. Entretanto, é necessário levar em conta que o seu uso implica no reconhecimento de uma grande mudança sucessória que alçou ao poder régio o segundo grau de descendentes do Mestre de Avis na segunda metade da dinastia que constituiu.
A luta de D. António, o Prior do Crato
D. Antônio, o prior do Crato (1531 - 1595), considerado como filho ilegítimo de D. Luís de Beja, irmão de D. João III, era o último representante da casa de Avis com a morte de D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir e do sexagenário Cardeal-rei D. Henrique. Ao reivindicar a coroa, D. Antônio poderia ser a única possibilidade de evitar o fim dessa dinastia e sua condição de “ilegítimo” não seria necessariamente um empecilho, haja vista que o fundador da casa, D. João I, também apresentava essa mesma condição[24]. No entanto, as pretensões do Prior do Crato e dos seus apoiadores, os antonistas, enfrentaram forte oposição do próprio Cardeal e dos outros dois candidatos ao trono: D. Catarina de Portugal e Filipe II de Espanha, Rei de Castela. D. Antônio, inclusive, chegou a ser aclamado Rei de Portugal em 24 de junho de 1580 em algumas regiões portuguesas, sobretudo no ultramar, mas, em agosto do mesmo ano, frotas castelhanas tomaram o reino em nome de Felipe II.
Assim, D. Antônio acabou fugindo e, à distância, articulou várias tentativas de subir ao trono; sem sucesso, morreu exilado em Paris en 1595. Ainda assim, o antonismo sobreviveu por décadas, mesmo depois do exílio do Prior do Crato e possivelmente alimentado por um sentimento nacionalista. Por motivos evidentemente políticos, os cronistas oficiais da dinastia de Habsburgo[25] e de Bragança[26] excluíram o prior do Crato da lista de reis de Portugal, fato que corrobora ainda mais a presença da discussão sobre o nobre na historiografia portuguesa[27].
Príncipes e Princesas da Dinastia de Avis
Árvore Genealógica dos Avis
Notas
- ↑ Ficou conhecido com o cognome de O Eloquente, pelo verbo usado nas obras que escreveu e realizou a divisa ‘’Léauté Faray Tã ya Serey’’[11].
- ↑ O fato de D. João II ter indicado Manuel como sendo seu testamenteiro, em detrimento do seu filho bastardo Jorge de Lancastre, é um bom exemplo disto[22].
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- ↑ Ibid., cap. III, fol. 103.
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- ↑ Ibid.,cap. VIII, fol. 357.
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- ↑ a b c Ibid., cap. VIII, fol. 398.
- ↑ Ibid., cap. VIII, fol. 398.
- ↑ Ibid., cap. VIII, fol. 391.
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