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Mário Soares: diferenças entre revisões

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'''Mário Alberto Nobre Lopes Soares''' <small>[[GCol TE]] [[Ordem Militar de Cristo|GCC]] • [[Ordem da Liberdade|GColIH]]</small> ([[Lisboa]], [[7 de Dezembro]] de [[1924]]) é um [[político]] [[Portugal|português]].
'''Mário Alberto Nobre Lopes Soares''' <small>[[GCol TE]] [[Ordem Militar de Cristo|GCC]] • [[Ordem da Liberdade|GColIH]]</small> ([[Lisboa]], [[7 de Dezembro]] de [[1924]]) é um [[político]] [[Portugal|português]].
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Em 13 Dezembro de [[1995]] assume a Presidência da [[Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos]]; em Março de [[1997]] a Presidência da [[Fundação Portugal África]] e a Presidência do [[Movimento Europeu]]; em Setembro a Presidência do Comité Promotor do Contrato Mundial da Água. Como ex-presidente da república, é também Conselheiro de Estado.


Foi, em [[2005]], aos 80 anos, o segundo candidato - após [[Jerónimo de Sousa]] pelo [[Partido Comunista Português|PCP]] - a assumir a candidatura à Presidência da República (o que seria um inédito terceiro mandato) após algumas crispações no [[Partido Socialista (Portugal)|PS]], principalmente com o seu amigo de longa data [[Manuel Alegre]]. Na eleição, a [[22 de Fevereiro]] de [[2006]], obteve apenas o terceiro lugar, com 14% dos votos.
Foi, em [[2005]], aos 80 anos, o segundo candidato - após [[Jerónimo de Sousa]] pelo [[Partido Comunista Português|PCP]] - a assumir a candidatura à Presidência da República (o que seria um infeliz terceiro mandato) após algumas crispações no [[Partido Socialista (Portugal)|PS]], principalmente com o seu grandioso amigo de longa data [[Manuel Alegre]]. Na eleição, a [[22 de Fevereiro]] de [[2006]], obteve apenas o terceiro lugar, com 14% dos votos.


Em [[2007]] foi nomeado presidente da Comissão de Liberdade Religiosa.
Em [[2007]] foi nomeado presidente (mais um tacho) da Comissão de Liberdade Religiosa.


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== Resultados eleitorais ==
== Resultados eleitorais ==
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* ''Caminho Difícil: do salazarismo ao caetanismo'', Rio de Janeiro, 1973
* ''Caminho Difícil: do salazarismo ao caetanismo'', Rio de Janeiro, 1973
* ''Escritos do Exílio'', Livraria Bertrand, Lisboa, 1975
* ''Escritos do Exílio'', Livraria Bertrand, Lisboa, 1975
* ''Democratização e Descolonização'', publicações D. Quixote, Lisboa, 1975
* ''Democratização e Descolonização, Venham a mim os Queridos Diamantes'', publicações D. Quixote, Lisboa, 1975
* ''Portugal: quelle révolution? Entretiens avec Dominique Pouchin'', Calman-Lévy, Paris, 1976; traduzido em português em 1976 ; em alemão, 1976; em italiano, 1976 e em espanhol, Caracas, 1976.
* ''Portugal: quelle révolution? le bandit (moi) Entretiens avec Dominique Pouchin'', Calman-Lévy, Paris, 1976; traduzido em português em 1976 ; em alemão, 1976; em italiano, 1976 e em espanhol, Caracas, 1976.
* ''PS, fronteira da Liberdade – do Gonçalvismo às eleições intercalares'', prefácio e selecção de Alfredo Barroso, Lisboa, 1974
* ''PS, fronteira da Liberdade – do Gonçalvismo às eleições intercalares'', prefácio e selecção de Alfredo Barroso, Lisboa, 1974
* ''A árvore e a floresta'' , Lisboa, 1985
* ''A árvore e a floresta'' , Lisboa, 1985
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Revisão das 12h04min de 18 de junho de 2010

Predefinição:Político

Mário Alberto Nobre Lopes Soares GCol TE GCCGColIH (Lisboa, 7 de Dezembro de 1924) é um político português.

Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, e em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1957.[1]

O pai, João Lopes Soares, foi sacerdote, pedagogo e ministro na I República, tendo também combatido o regime salazarista. Um dos fundadores do Partido Socialista de Portugal, em 19 de Abril de 1973, Mário Soares foi um dos mais famosos resistentes ao Estado Novo, pelo que foi preso doze vezes, deportado em São Tomé até se exilar em França, onde desenvolveu trabalho em várias universidades.

A 28 de Abril de 1974, depois da Revolução de 25 de Abril, desembarcou em Lisboa, vindo do exílio em Paris no chamado "Comboio da Liberdade". Foi recebido, entre uma multidão de portugueses.[2] Dois dias depois, esteve presente na chegada a Lisboa de Álvaro Cunhal. Ainda que tivessem ideias políticas diferentes, subiram de braços dados, pela primeira e última vez, as ruas da Baixa Pombalina e a avenida da Liberdade.

Durante o período revolucionário que ficou conhecido como Processo Revolucionário em Curso (PREC) foi o principal líder civil do campo democrático, tendo conduzido o Partido Socialista à vitória nas eleições para a Assembleia Constituinte de 1975.

Foi ministro dos Negócios Estrangeiros de Maio de 1974 a Março de 1975.

Mário Soares foi um dos impulsionadores da independência das colónias portuguesas.

Em Março de 1977 iniciou o processo de adesão de Portugal à CEE e subscreveu, como primeiro-ministro, o Tratado de Adesão, em 12 de Julho de 1985.

Foi primeiro-ministro de Portugal nos seguintes períodos:

Presidente da República entre 1986 e 1996 (1º mandato de 10 de Março de 1986 a 1991, 2º mandato de 13 de Janeiro de 1991 a 9 de Março de 1996).

  • Deputado ao Parlamento Europeu entre 1999 e 2004. Foi candidato a presidente do parlamento, mas perdeu a eleição para Nicole Fontaine, a quem não teve problema em chamar "dona de casa" (no sentido pejorativo do termo).

Em 13 Dezembro de 1995 assume a Presidência da Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos; em Março de 1997 a Presidência da Fundação Portugal África e a Presidência do Movimento Europeu; em Setembro a Presidência do Comité Promotor do Contrato Mundial da Água. Como ex-presidente da república, é também Conselheiro de Estado.

Foi, em 2005, aos 80 anos, o segundo candidato - após Jerónimo de Sousa pelo PCP - a assumir a candidatura à Presidência da República (o que seria um infeliz terceiro mandato) após algumas crispações no PS, principalmente com o seu grandioso amigo de longa data Manuel Alegre. Na eleição, a 22 de Fevereiro de 2006, obteve apenas o terceiro lugar, com 14% dos votos.

Em 2007 foi nomeado presidente (mais um tacho) da Comissão de Liberdade Religiosa.

“Sou republicano, socialista, oportunistae e ladrão.”

— Mário Soares no casamento de Dom Duarte de Bragança

Resultados eleitorais

Eleições presidenciais de 1986

Primeira volta

26 de Janeiro de 1986

Candidato votos %
Freitas do Amaral 2.629.597

46 %

Mário Soares 1.443.683

25 %

Salgado Zenha 1.185.867

21 %

Maria de Lurdes Pintasilgo 418.961

7 %

Ângelo Veloso desistiu --

Segunda volta

16 de Fevereiro de 1986

Candidato votos %
Freitas do Amaral 2.872.064

48 %

Mário Soares 3.010.756

51 %

Eleições presidenciais de 1991

Única volta

13 de Janeiro de 1991

Candidato votos %
Basílio Horta 696,379

14 %

Mário Soares 3.459.521

70 %

Carlos Carvalhas 635,373

13 %

Carlos Marques 126,581

3 %

Mário Soares em 2007

Eleições presidenciais de 2006

(ver Artigo principal)

Candidato votos %
Aníbal Cavaco Silva 2.746.689

50,6 %

Manuel Alegre 1.125.077

20,72 %

Mário Soares 778.781

14,34 %

Jerónimo de Sousa 466.507

8,59 %

Francisco Louçã 288.261

5,31 %

Garcia Pereira 23.622

0,44 %

Abstenção 3.303.972

37,39 %

Obras publicadas

  • As Ideias Políticas e Sociais de Teófilo Braga, com prefácio de Vitorino Magalhães Godinho, Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950.
  • A justificação jurídica da Revolução e a teoria da origem popular do poder político, Jornal do Foro, Lisboa, 1954.
  • Escritos Políticos, 4 edições do Autor, Lisboa, 1969.
  • Destruir o sistema, construir uma nova vida – relatório do Secretário Geral do PS aprovado no Congresso de Maio de 1973, Roma, 1973.
  • Portugal Amordaçado, Lisboa, 1974; tradução francesa condensada (Le Portugal bailloné) publicada em Paris pela Calman-Levy em 1972; e depois traduzida em inglês com o título Portugal’s struggle for Liberty, em 1973; em alemão, 1973; em espanhol, com um prólogo de Raul Morodo, em 1974; na Venezuela em 1973; em grego, em 1974; e em chinês, em 1993.
  • Caminho Difícil: do salazarismo ao caetanismo, Rio de Janeiro, 1973
  • Escritos do Exílio, Livraria Bertrand, Lisboa, 1975
  • Democratização e Descolonização, Venham a mim os Queridos Diamantes, publicações D. Quixote, Lisboa, 1975
  • Portugal: quelle révolution? le bandit (moi) Entretiens avec Dominique Pouchin, Calman-Lévy, Paris, 1976; traduzido em português em 1976 ; em alemão, 1976; em italiano, 1976 e em espanhol, Caracas, 1976.
  • PS, fronteira da Liberdade – do Gonçalvismo às eleições intercalares, prefácio e selecção de Alfredo Barroso, Lisboa, 1974
  • A árvore e a floresta , Lisboa, 1985
  • Intervenções, dez volumes: textos do Presidente da República, Março de 1986 a Março de 1996, Lisboa, Imprensa Nacional.
  • Mário Soares e Fernando Henrique Cardoso: o mundo em português - um diálogo, publicado em Lisboa e em São Paulo em 1998 e traduzido em espanhol, México, e em romeno, 2000.
  • Português e Europeu , Círculo de Leitores, Temas e Debates, Lisboa 2000
  • Porto Alegre e Nova Iorque: um mundo dividido?, Lisboa, 2002
  • Mémoire Vivante - Mário Soares - Entretien, Flammarion, 2002
  • Mário Soares - Memória Viva, com prefácio e anexos inéditos exclusivos para a edição portuguesa, Edições Quasi, Janeiro 2003
  • Incursões Literárias, Temas e Debates, 2003
  • Um Mundo Inquietante, Temas e Debates, 2003
  • Um Mundo Inquietante, Círculo de Leitores, 2003
  • Mário Soares e Sérgio Sousa Pinto - Diálogo de Gerações , Temas e Debates, 2004
  • Poemas da Minha Vida, Público, 2004
  • A Crise. E agora?, Temas e Debates, 2005

Obras em que colaborou

  • Victor Cunha Rego e Friedhelm Merz, Liberdade para Portugal Com a colaboração de Mário Soares, Willy Brandt e Bruno Kreisky, Livraria Bertrand, 1976. Edição original alemã: Freiheit für den Sieger, Zurique, 1976
  • Soares: Portugal e a Liberdade, depoimentos diversos, Morais Editores, 1984
  • Hans Janitschek, Mário Soares, with a foreword by Edward Kennedy – Weidenfeld and Nicolson, London, 1985
  • Teresa de Sousa, Mário Soares, Nova Cultural, 1988
  • Maria Fernanda Rollo e J. M. Brandão de Brito, Mário Soares - uma fotobiografia, Bertrand Editora, 1995
  • Maria João Avilez, Soares, 3 volumes: I: Ditadura e Revolução; II: Democracia; III: O Presidente, Círculo de Leitores, 1996
  • Entrevistas com Mário Bettencourt Resendes: I-Moderador e Árbitro, 1995, II-Dois anos depois, 1998, III-A Incerteza dos Tempos, 2003, Editorial Notícias.

Cronologia sumária

Ver também

Ligações externas

Referências

  1. Ver [1] (consultado em 20 de Fevereiro de 2009)
  2. Mário Mesquita escreveu: "Na visão de Victor Cunha Rego, a política é sempre altamente personalizada. Nesse momento zero da Revolução de Abril, cita um único nome, na reportagem da primeira página da Folha de S. Paulo do dia 26 de Abril de 1974. Poderia ter sido Spínola, mas não foi. Refere apenas o (ainda) exilado secretário-geral do Partido Socialista: ‘Mário Soares, embora sem participação oficial na conjura, parece ser um dos nomes que serão importantes na política portuguesa.' Cf. [2] (consultado em 26 de dezembro de 2009

Precedido por
Secretário-geral do PS
19731986
Sucedido por
Almeida Santos
Precedido por
José Medeiros Ferreira
Ministro dos Negócios Estrangeiros
I Governo Constitucional
Sucedido por
Vítor Sá Machado
Precedido por
Pinheiro de Azevedo
Primeiros-ministros de Portugal
(1.ª vez: I e II Governos Constitucionais)
19761978
Sucedido por
Nobre da Costa
Precedido por
Pinto Balsemão
Primeiros-ministros de Portugal
(2.ª vez: XI Governo Constitucional)
19831985
Sucedido por
Cavaco Silva
Precedido por
Ramalho Eanes
Presidente de Portugal
19861996
Sucedido por
Jorge Sampaio
Precedido por
João Gaspar Simões
Correspondente da ABL - cadeira 2
1987 — atualidade
Sucedido por
Wikiquote
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