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Venezuela: diferenças entre revisões

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Os 23 estados da Venezuela são os seguintes (entre parênteses figura o nome da capital de cada estado):
Os 23 estados da Venezuela são os seguintes (entre parênteses figura o nome da capital de cada estado):

Revisão das 23h39min de 12 de agosto de 2010

República Bolivariana da Venezuela
República Bolivariana de Venezuela
Bandeira da Venezuela
Bandeira da Venezuela
Brasão de armas da Venezuela
Brasão de armas da Venezuela
Bandeira da Venezuela Brasão das Armas
Lema: Deus e Federação
Hino nacional: Gloria al bravo pueblo
("Glória ao bravo povo")
noicon
noicon
Gentílico: venezuelano

Localização Venezuela
Localização Venezuela

Capital Caracas
Cidade mais populosa Caracas
Língua oficial Espanhol
Governo República Socialista
• Presidente Hugo Chávez
• Vice-presidente Elías Jaua Milano
Independência da Espanha
• Iniciada 19 de Abril de 1810
• Declarada 5 de Julho de 1811
• Reconhecida 30 de Março de 1845
Área
  • Total 916 445 km² (33.º)
 • Água (%) 0,3
 Fronteira Brasil a sul, Colômbia a oeste, Guiana a leste.
População
 • Estimativa para 2008 27 934 783[1] hab. (43.º)
 • Densidade 30 hab./km²
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
 • Total US$ 223,430 milhões USD(48.º)
 • Per capita US$ 8 125 USD
IDH (2007) 0,844 (58.º) – alto
Gini (2007) 42,2
Moeda Bolivar Venezuelano (VEF)
Fuso horário (UTC−4:30)
Cód. Internet .ve
Cód. telef. ++58
Website governamental http://www.gobiernoenlinea.ve/

A Venezuela (oficialmente República Bolivariana da Venezuela) é um Estado federal sul-americano, limitado ao norte pelo Mar do Caribe, a leste pelo Oceano Atlântico e pela Guiana, ao sul pelo Brasil e ao oeste pela Colômbia. Sua capital é a cidade de Caracas. O Estado venezuelano é uma República Federal presidencialista. Deixou de ser membro do Pacto Andino e, em 9 de dezembro de 2005, protocolou seu pedido de adesão ao Mercosul, formalizada em 4 de julho de 2006, em Caracas.

Etimologia

Alonso de Ojeda, Américo Vespúcio e Juan de la Cosa foram os primeiros a explorar a costa da Venezuela em 1499. No dia 24 de Agosto desse ano chegaram ao que é hoje o Lago de Maracaibo, onde encontraram nativos cujas casas estavam construídas sobre estacas de madeira fixas no lago (palafitas). Vespúcio, que era italiano, achou aquelas construções semelhantes às da cidade de Veneza e por isso chamou a região de Venezuela, ou seja, Pequena Veneza.

Por outro lado, Martín Fernández de Enciso, um geógrafo que acompanhava a expedição, afirma na sua obra Summa de Geografia (1519) que junto ao lago existia uma grande rocha plana, em cima da qual havia um povoado indígena conhecido como Veneciuela. Assim, o nome Venezuela pode ser nativo, e não estrangeiro. No entanto, a primeira versão permanece como a mais divulgada e aceita.

História

Ver artigo principal: História da Venezuela

Antes da chegada dos europeus, a Venezuela era habitada por vários povos dos quais se destacam os índios caribes, os aruaques e os cumanagatos.

Em 1498 Cristóvão Colombo chegou à costa da Venezuela durante a sua terceira viagem ao continente americano. A colonização espanhola iniciou-se em 1520, incidindo nas ilhas e na região costeira. Em 1567 foi fundada a cidade de Caracas, que se tornaria o centro mais importante da região.

O território que é hoje a Venezuela esteve dividido entre o Vice-Reinado do Peru e Audiência de Santo Domingo até ao estabelecimento do Vice-Reinado de Granada em 1717. Em 1776 a Venezuela tornou-se uma capitania-geral do Império Espanhol.

Ficheiro:SimónBolívar.jpg
Simón Bolívar, libertador da Venezuela e de mais cinco países latino-americanos: Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá e Peru.

Em 1809 ocorreu a primeira insurreição independentista encabeçada pelo general Francisco de Miranda. A independência foi proclamada em 5 de Julho de 1811, mas Miranda foi preso e foram necessários dez anos de luta contra as forças espanholas até a decisiva Batalha de Carabobo (1821). A Venezuela integrou então a República da Grande Colômbia, junto com a Colômbia, Equador e Panamá. Após a morte de Simón Bolívar, o grande herói da independência, a Venezuela retirou-se da Grande Colômbia.

Entre 1830 e 1848 o país foi governado por uma oligarquia conservadora até passar para a mão dos ditadores Monagas (1848-1858). A revolução de 1858 encabeçada por Julián Castro conduziu o país a um período de instabilidade, agravado pela guerra civil entre conservadores e liberais que se desenvolveu entre 1866 e 1870, após a introdução no país de uma constituição federalista (1864).

De 1870 a 1888 o liberal Antonio Guzmán Blanco governou a Venezuela de forma autoritária, exercendo uma política de obras públicas, de luta contra o analfabetismo e contra a influência da Igreja Católica. Ao seu governo sucederam-se períodos de pequenas ditaduras militares. Cipriano Castro apoderou-se da presidência em 1899 e pôs em prática uma política externa agressiva que provocou em 1902 o bloqueio e ataque dos portos da Venezuela pela Inglaterra, Alemanha e Itália.

Em 1908 Castro foi deposto por Juan Vicente Gómez, ditador durante os vinte e sete anos seguintes. Foi durante o seu governo, em 1922, que se iniciou a exploração das jazidas de petróleo da Venezuela.

Em 1945, após a queda da ditadura do general Isaías Medina Angarita, Rómulo Betancourt, fundador do partido Acción Democrática, tornou-se presidente provisório até as eleições livres de finais de 1947 que levaram o escritor Rómulo Gallegos à presidência. Uma revolta militar retirou-o do poder; em 1953 instalou-se a ditadura de Pérez Jiménez, que durou até 1958, ano em que foi restabelecida a democracia.

Desde então, o país passou por ao menos três tentativas de golpe de Estado: duas ocorridas em 1992 e a mais recente ocorrida em 2002.

Geografia

Mapa topográfico da Venezuela.
Ver artigo principal: Geografia da Venezuela

Além da porção continental, o país inclui também um número elevado de ilhas nas Pequenas Antilhas que constituem duas divisões administrativas diferentes: o estado de Nueva Esparta e as Dependências Federais. Tem fronteira marítima com os territórios autônomos neerlandeses de Aruba, e das Antilhas Holandesas, e ainda com Trinidad e Tobago.

O clima da Venezuela é tropical e normalmente quente e úmido, porém nas terras montanhosas no sul-oeste do país é mais moderado. A Venezuela apresenta muita diversidade climatérica devido a possuir zonas de montanha, savanas, deserto, praia, selva e planícies.

Demografia

Ver artigo principal: Demografia da Venezuela
Caracas, a capital do país.

O povo venezuelano inclui uma rica combinação de heranças. Aos ameríndios originais e aos espanhóis e africanos que se lhes juntaram depois da conquista espanhola, vagas de imigração durante o século XX trouxeram quantidades apreciáveis de italianos, portugueses, árabes, alemães e outros, provenientes dos países limítrofes da América do Sul. Cerca de 85% da população vive em áreas urbanas na parte norte do país. Apesar de metade da área terrestre da Venezuela se situar ao sul do rio Orinoco, esta região contém apenas 5% da população.

A língua nacional e oficial é o espanhol, mas existem também numerosas línguas indígenas e as línguas introduzidas pelos imigrantes.

Religião

Historicamente o catolicismo romano é a religião mais importante na Venezuela, situação que se mantém, uma vez que 85,7% da população identifica-se pelo menos nominalmente com esta denominação. A liberdade religiosa está consagrada na constituição da Venezuela, sendo o país tolerante face a outras religiões. A seguir ao catolicismo, destacam-se várias igrejas protestantes (12%) e pequenos grupos de judeus (sobretudo em Caracas e Maracaibo) e muçulmanos. Alguns índios ainda praticam as suas religiões ancestrais.

À semelhança do que acontece em outros países da América Latina praticam-se na Venezuela cultos que são uma fusão de elementos das religiões indígenas, da religião dos descendentes dos escravos africanos e do catolicismo, como o culto de María Lionza.

Política

Ver artigo principal: Política da Venezuela
Palácio de Miraflores, local oficial de trabalho do presidente da Venezuela.

A Venezuela é uma república federal e presidencialista governada pela Constituição de 1999. Esta constituição consagrou a existência de cinco poderes: executivo, legislativo, judiciário, cidadão e eleitoral.

O poder executivo recai sobre o Presidente da República, eleito por sufrágio universal para um mandato de seis anos, podendo ser reeleito infinitamente, depois de referendada a emenda constitucional, por voto popular. Ele é simultaneamente chefe de Estado e chefe de governo. É também o Comandante Supremo das Forças Armadas. Nomeia o Vice-Presidente da República (cargo ocupado desde janeiro de 2007 por Jorge Rodríguez Gómez) e os ministros.

Ficheiro:HugoChavez1824.jpeg
Hugo Chávez, atual Presidente da Venezuela.

O poder legislativo reside na Asamblea Nacional, parlamento unicameral composto por 167 membros, 3 dos quais representantes dos povos indígenas. Os membros da Assembleia são eleitos para um período de 5 anos, podendo ser reeleitos para mais dois mandatos. Entre as funções da Assembleia Nacional encontram-se aprovar as leis e o orçamento e designar os embaixadores. Antes da aprovação da constituição de 1999 a Venezuela tinha um parlamento bicameral, composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. As últimas eleições para a Assembleia Nacional tiveram lugar em Dezembro de 2005.

O Supremo Tribunal de Justiça, órgão máximo do poder judiciário, é constituído por 36 membros eleitos para um mandato único de doze anos, sendo designados pela Assembleia Nacional.

Cada estado possui um governador (eleito para um período de quatro anos) e um Conselho Legislativo; o Distrito Capital tem um governador (eleito para um período de quatro anos). O alcalde (prefeito, presidente da Câmara Municipal), é a principal figura do poder municipal, sendo eleito também para um mandato de quatro anos.

Partidos políticos

Os principais partidos políticos venezuelanos são a Acción Democrática (AD, fundado em 1941 por Rómulo Gallegos e Rómulo Betancourt), o Partido Social Cristiano (COPEI, fundado em 1946 por Rafael Caldera), o Movimiento V República (MVR, liderado desde a sua fundação em 1997 por Hugo Chávez), Un Nuevo Tiempo, (fundado em 2000 por Manuel Rosales), Primero Justicia, (fundado em 2000 por Julio Borges), Moviemento al Socialismo (MAS) e Convergencia (fundado em 1993). Em 2007 Hugo Chavez criou o Partido Socialista Unificado Venezuelano (PSUV), o qual conquistou mais de 5 milhões de inscritos em poucos meses, tornando-se o principal partido.

Questão fronteiriça

Toda a região a oeste do rio Essequibo (quase 60% do território Guiana) é reivindicada pela Venezuela como sendo parte de seu território subtraído indevidamente no século XIX pela Inglaterra, então potência colonial que administrava a antiga Guiana Inglesa. A disputa está em moratória. A região é denominada pela Venezuela de Guiana Essequiba.

Símbolos pátrios e nacionais

Uma lei de 1954 estabelece como Símbolos Pátrios da Venezuela a Bandeira Nacional, o Escudo de Armas e o Hino Nacional.

Bandeira

Ver artigo principal: Bandeira da Venezuela

A Bandeira da Venezuela é constituída por três listas horizontais de tamanho idêntico, com as cores amarela, azul e vermelha. O amarelo simboliza as riquezas do território venezuelano, o azul o mar que separa a Venezuela da Espanha e o vermelho o sangue derramado pelos que lutaram pela independência. Na lista azul figuraram ao centro 8 estrelas em arco que representam as 8 províncias que assinaram o Acto de Independência (Acta de la Independencia) a 5 de Julho de 1811 (Caracas, Maracaibo, Barcelona, Barinas, Margarita, Mérida ,Trujillo, Barquisimeto). Em Março de 2006 o governo da Venezuela decretou a adição de mais uma estrela na lista azul.

Brasão de armas

Ver artigo principal: Brasão de armas da Venezuela

O atual brasão de armas da Venezuela é no essencial o mesmo adoptado no dia 18 de Abril de 1836 pelo Congresso do país, tendo sido alvo de algumas alterações desde então. A Lei da Bandeira, Escudo e Hino Nacionais (Ley de Bandera, Escudo e Himno Nacionales), publicada a 17 de Fevereiro de 1954, especifica a configuração oficial do brasão usado actualmente.

Hino

Ver artigo principal: Hino nacional da Venezuela

Gloria al Bravo Pueblo (Glória ao Bravo Povo) foi adotado como o hino nacional da Venezuela pelo Presidente Antonio Guzmán Blanco no dia 25 de Maio de 1881.

A letra foi escrita pelo poeta, médico e revolucionário Vicente Salias por volta de 1810 como parte de um canto patriótico. A música foi composta mais tarde por Juan José Landaeta. Investigações recentes sugerem que a letra por ter sido escrita por Andrés Bello e a música composta por Lino Gallardo, mas os estudos não têm sido conclusivos a este respeito.

Outros símbolos

Além dos Símbolos Pátrios consideram-se como Símbolos Nacionais:

Flor nacional

Este tipo de orquídea (Cattleya) é conhecida no país como Flor de Mayo, por florescer no mês de Maio. Foi-lhe concedido o estatuto de Flor Nacional no dia 23 de Maio de 1951.

Árvore nacional

Espécie autóctone da Venezuela, o Araguaney pertence ao género Tabebuia, que em português é conhecido como Ipê. A árvore pode atingir entre 6 e 12 metros e é encontrada por quase todo o território venezuelano. Floresce entre Fevereiro e Abril de cada ano; Rómulo Gallegos referia-se a estes meses como La primavera de oro de los araguaneyes (a Primavera dourada dos araguaneys, devido à cor da flor da árvore). Declarada Árvore Nacional em 29 de Maio de 1948.

Pássaro nacional

Pássaro amarelo-alaranjado, com exceção da cabeça e das asas, que são negras (com algumas partes brancas), apresentando uma mancha azul junto aos olhos, o turpial é conhecido pelo belo canto que realiza ao amanhecer. Foi declarado Pássaro Nacional no dia 23 de Maio de 1958.

Canção nacional

Divisão administrativa

Estados

Ver artigo principal: Subdivisões da Venezuela

A Venezuela é uma república federal dividida em 23.000.000 estados, um Distrito Capital (que compreende a cidade de Caracas e a sua área metropolitana), as Dependências Federais (formada por 72 ilhas e ilhotas na sua maioria sem população humana) e um Território em Reclamação com a Guiana (Guayana Esequiba).

Os 23 estados da Venezuela são os seguintes (entre parênteses figura o nome da capital de cada estado):

Estados da Venezuela
Estados da Venezuela
  1. Amazonas (Puerto Ayacucho)
  2. Anzoátegui (Barcelona)
  3. Apure (San Fernando de Apure)
  4. Aragua (Maracay)
  5. Barinas (Barinas)
  6. Bolívar (Ciudad Bolívar)
  7. Carabobo (Valencia)
  8. Cojedes (San Carlos)
  9. Delta Amacuro (Tucupita)
  10. Falcón (Coro)
  11. Guárico (San Juan de Los Morros)
  12. Lara (Barquisimeto)
  1. Mérida (Mérida)
  2. Miranda (Los Teques)
  3. Monagas (Maturín)
  4. Nueva Esparta (La Asunción)
  5. Portuguesa (Guanare)
  6. Sucre (Cumaná)
  7. Táchira (San Cristóbal)
  8. Trujillo (Trujillo)
  9. Yaracuy (San Felipe)
  10. Vargas (La Guaira)
  11. Zulia (Maracaibo)

Regiões

Os estados da Venezuela encontram-se agrupados em nove regiões administrativas, que foram criadas a partir de um decreto presidencial de 1980. As regiões e os estados que as compõem são as seguintes:

Nome Estados
  Andes
Mérida, Trujillo, Barinas
Miranda, Vargas, Distrito Capital
Aragua, Carabobo, Cojedes
Falcón, Lara, Portuguesa, Yaracuy
Bolívar, Amazonas, Delta Amacuro
Nueva Esparta, Dependências Federais
  Llanos
Apure (excluindo o município Páez), Guárico
Anzoátegui, Monagas, Sucre
Zulia
Táchira, Município Páez de Apure

Economia

Ver artigo principal: Economia da Venezuela
Fábrica da PDVSA em Carabobo, Venezuela.

A economia da Venezuela passou, depois da Primeira Guerra Mundial, de uma economia essencialmente agrícola para uma economia centrada na extração e exportação de petróleo. É esta a atividade que continua a dominar, sendo responsável por cerca de um terço do PIB, por cerca de 80% das receitas de exportação e por mais de metade do financiamento da administração pública. Os responsáveis venezuelanos estimam que o PIB cresceu 2,7% em 2001. Um forte crescimento nos preços internacionais de petróleo alimentou a economia, depois da grave recessão de 1999. A Venezuela participa também da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Apesar disso, um setor não-petrolífero relativamente fraco e fugas de capital e uma queda temporária nos preços do petróleo - prejudicaram a recuperação. No início de 2002, o governo alterou o regime de taxas de juro de um regime indexado para um sistema de flutuação livre, o que fez com que o bolívar desvalorizasse significativamente.

O Presidente Chávez começou em 2003 a canalizar os proventos do petróleo obtidos pela companhia estatal PDVSA para financiar programas sociais. Os opositores da medida afirmam que ela vai minar o estatuto de independência dos bancos e da companhia petrolífera, e que é uma clara tentativa de aumentar o seu apoio público.

Apesar das riquezas geradas pelo petróleo, 37,9% da população venezuelana ainda vive abaixo da linha de pobreza (final de 2005, est.); seu coeficiente de Gini foi estimado pela ONU em 48,2 (2003), um dos trinta piores resultados no planeta. Países que possuem produção petrolífera muito acima de seu consumo, e baseiam sua economia nisso (exportando o petróleo), costumam ter sua riqueza extremamente mal distribuída (geralmente concentrada nas mãos de uma pequena elite), e não desenvolvem outros potenciais econômicos pela facilidade demasiada que a extração de petróleo proporciona, e a Venezuela não é exceção.[2]

Infraestrutura

Educação

Ver artigo principal: Educação na Venezuela

A educação na Venezuela é gratuita, apesar das várias críticas contra este sistema. É obrigatória da educação primária até a educação secundária, que normalmente é dos 6 aos 15 anos. Os estudantes das escolas públicas normalmente vão para aulas em turnos. Alguns vão para a escola do início da manhã até 13h30, e outros começam as aulas no início da tarde indo até as 18h. Os anos escolares começam em setembro indo até junho/julho. Todos os estudantes usam uniformes.

A população estudantil e os recursos do governo investidos na educação cresceram, e mesmo a educação sendo obrigatória muitas crianças não vão para a escola por causa da pobreza pois precisam trabalhar para ajudar nas despesas da família. É estimado que 20% da população não tenha recebido uma educação formal.

O Ministério da Educação se esforça para adaptar o curriculum para a demanda da crescente tecnologia da sociedade, expandindo a educação obrigatória e melhorando as qualificações dos professores.

Saúde

Ver artigo principal: Saúde na Venezuela

A mortalidade infantil na Venezuela estava em 16 mortes a cada 1000 nascimentos em 2004, muito mais baixo do que a média da América do Sul.[3][4] Má nutrição de crianças atinge 17%, com Delta Amacuro e Amazonas tendo os piores índices.[5] De acordo com as Nações Unidas, 32% dos venezuelanos não possuem saneamento adequado, principalmente aqueles vivendo em áreas rurais.[6] As doenças variam desde febre tifoide. febre amarela, cólera, hepatite A, hepatite B e hepatite D, presentes em todo o país.[7] Apenas 3% dos doentes são tratados; a maioria das grandes cidades não tem instalações de tratamento suficientes.[8] 17% dos venezuelanos não possuem acesso a água potável.[9]

Turistas que vão para a Venezuela são avisados para obterem vacinação para as várias doenças do país.[7] Em uma epidemia de cólera nos anos de 1992 e 1993 no Orinoco Delta, os líderes políticos da Venezuela foram acusados de colocar a culpa na raça dos doentes (como se alguma característica da raça tenha feito eles ficarem doentes) para retirar a culpa das instituições do país, e assim agravando a epidemia.[10]

O governo está tentando criar um sistema de saúde nacional e universal que seja gratuito.[11][12]

Cultura

Ver artigo principal: Cultura da Venezuela

Feriados

Data Nome local Nome em português Notas
1 de Janeiro Día de Año Nuevo Ano Novo
6 de Janeiro Día de Reyes Dia de Reis Magos Dia no qual as crianças recebem presentes
Segunda e terça-feira antes da Quarta-feira de Cinzas Carnaval Carnaval -
do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa Semana Santa Semana Santa
19 de Março Día de San José Dia de São José
19 de Abril 19 de abril Começo do movimento pela independência em 1810
1 de Maio Día del Trabajador Dia do Trabalhador -
24 de Junho Batalla de Carabobo Batalha de Carabobo Conquista da independência. Também se comemora o Dia do Exército.
5 de Julho 5 de julio Dia da Independência Assinatura da Declaração de Independência
3 de Agosto Día de la bandera Dia da Bandeira
12 de Outubro Día de la Resistencia Indígena Dia da Resistência Indígena Anteriormente este dia era chamado "Día de la Raza" e celebrava a chegada de Cristóvão Colombo à América
1 de Novembro Día de Todos los Santos Dia de Todos os Santos
17 - 19 de Novembro Feria de la Chinita Féria de La Chinita Apenas na região de Zulia; celebra o milagre de Nossa Senhora do Rosario de Chiquinquirá.
8 de Dezembro Inmaculada Concepción Imaculada Conceição
24 de Dezembro Nochebuena Véspera de Natal Nascimento de Jesus (Divino Niño).
31 de Dezembro Nochevieja Noite de S. Silvestre Último dia do ano

Ver também

Referências

  1. «Población total, por sexo, 1990-2015». Instituto Nacional de Estadística de Venezuela (em espanhol). Consultado em 4 de janeiro de 2009 
  2. Venezuela tenta diminuir sua dependência do petróleo - O Globo, 30 de janeiro de 2009.
  3. UNDP. Human Development Report 2006: Venezuela. Accessed March 8, 2007.
  4. «Population, Health, and Human Well-Being—Venezuela» (PDF). EarthTrends Country Profiles. World Resources Institute. 2003. Consultado em 10 de março de 2007 
  5. FAO. Venezuela. Accessed September 20, 2006.
  6. Unicef. Venezuela. Accessed September 20, 2006.
  7. a b Venezuela Guardian. Accessed September 20, 2006.
  8. Appropriate Technology for Sewage Pollution Control in the Wider Caribbean Region, Caribbean Environment Programme Technical Report #40 1998 available online at http://www.cep.unep.org/pubs/Techreports/tr40en/chapter5.html
  9. UNICEF. Safe Drinking Water. Accessed September 20, 2006.
  10. Stories in the Time of Cholera by Charles L. Briggs
  11. «Health Care for All: Venezuela's Health Missions at Work». Venezuela Information Office. 2007. Consultado em 18 de janeiro de 2008 
  12. Castro, Arachu (2008). «BARRIO ADENTRO A Look at the Origins of a Social Mission». David Rockefeller Center for Latin American Studies, Harvard University. Consultado em 29 January 2009  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

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