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Gastroenterite: diferenças entre revisões

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Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
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{{Info/Patologia
{{Info/Patologia
| Nome = Gastroenterite
| Nome = Gastroenterite
| Imagem = Gastroenteritis viruses.jpg
| Imagem = Gastroenteritis viruses.jpg
| Legenda = Vírus da gastroenterite: A = Rotavírus, B = Adenovírus, C = Norovírus and D = Astrovírus. As partículas virais estão à mesma escala de modo a se poder comparar dimensões.
| Legenda = Vírus da gastroenterite: A = Rotavírus, B = Adenovírus, C = Norovírus and D = Astrovírus. As partículas virais estão à mesma escala de modo a se poder comparar dimensões.
| Especialidade = [[Infectologia]]
| DiseasesDB = 30726
| Sinónimos = Gripe gástrica, gripe intestinal
| CID10 = {{CID10|A|02|0|a|00}}, {{CID10|A|08||a|00}}, {{CID10|A|09||a|00}}, {{CID10|J|10|8|j|09}}, {{CID10|J|11|8|j|09}}, {{CID10|K|52||k|50}}
| Sintomas = [[Diarreia]], [[vómitos]], [[dor abdominal]], [[febre]]<ref name=EBMED2010/><ref name=Ci2013/>
| CID9 = {{CID9|008.8}} {{CID9|009.0}}, {{CID9|009.1}}, {{CID9|558}}
| Complicações = [[Desidratação]]<ref name=Ci2013/><ref name=Fer2015/>
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| Causas = [[Vírus]], [[bactéria]]s, [[parasita]]s, [[fungo]]s<ref name=Ci2013/><ref name=Helm2006/>
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| Riscos =
| eMedicineTopic = 213
| Diagnóstico = Baseado nos sintomas, em alguns casos análise das fezes<ref name=Ci2013/>
| MeshID = D005759
| Diferencial = [[Doença inflamatória intestinal]], [[má-absorção intestinal]], [[intolerância à lactose]]<ref>{{cite book|last1=Caterino|first1=Jeffrey M.|last2=Kahan|first2=Scott|title=In a Page: Emergency medicine|date=2003|publisher=Lippincott Williams & Wilkins|isbn=9781405103572|page=293|url=https://books.google.com/books?id=O0LwFPZDKbsC&pg=PA293|language=en|deadurl=no|archiveurl=https://web.archive.org/web/20170908184604/https://books.google.com/books?id=O0LwFPZDKbsC&pg=PA293|archivedate=2017-09-08|df=}}</ref>
| Prevenção = Lavagem das mãos, beber [[água potável]], [[saneamento]], [[amamentação]]<ref name=Ci2013/>
| Tratamento = [[Terapia de reidratação oral]] (combinação de águais, sais e açúcar), [[Terapia intravenosa|fluidos por via intravenosa]]<ref name=Ci2013/>
| Medicação =
| Prognóstico =
| Frequência = 2,4 mil milhões (2015)<ref name=GBD2015Pre>{{cite journal|last1=GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence|first1=Collaborators.|title=Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990–2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.|journal=Lancet|date=8 October 2016|volume=388|issue=10053|pages=1545–1602|pmid=27733282}}</ref>
| Mortes = 1,3 milhões (2015)<ref name=GBD2015De>{{cite journal|last1=GBD 2015 Mortality and Causes of Death|first1=Collaborators.|title=Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980–2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.|journal=Lancet|date=8 October 2016|volume=388|issue=10053|pages=1459–1544|pmid=27733281}}</ref>
| DiseasesDB = 30726
| CID10 = {{CID10|A|02|0|a|00}}, {{CID10|A|08||a|00}}, {{CID10|A|09||a|00}}, {{CID10|J|10|8|j|09}}, {{CID10|J|11|8|j|09}}, {{CID10|K|52||k|50}}
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}}
}}
<!-- Definição e sintomas -->
'''Gastroenterite''' é uma [[inflamação]] do [[Tubo digestivo|trato gastrointestinal]] que afeta o [[estômago]] e o [[intestino delgado]].<ref name=Sch2015>{{cite book|last1=Schlossberg|first1=David|title=Clinical infectious disease|date=2015|isbn=9781107038912|page=334|edition=Second|url=https://books.google.com/books?id=meFwBwAAQBAJ&pg=PA334|deadurl=no|archiveurl=https://web.archive.org/web/20170908184604/https://books.google.com/books?id=meFwBwAAQBAJ&pg=PA334|archivedate=2017-09-08|df=}}</ref> Os sintomas mais comuns são [[diarreia]], [[vómito]]s e [[dor abdominal]].<ref name=EBMED2010>{{cite journal|last=Singh|first=Amandeep|title=Pediatric Emergency Medicine Practice Acute Gastroenteritis — An Update|journal=Pediatric Emergency Medicine Practice|date=July 2010|volume=7|issue=7|url=http://www.ebmedicine.net/topics.php?paction=showTopic&topic_id=229}}</ref> Outros possíveis sintomas incluem [[febre]], falta de energia e [[desidratação]].<ref name=Ci2013/><ref name=Fer2015>{{cite book|title=Ferri's Clinical Advisor 2015: 5 Books in 1|date=2014|publisher=Elsevier Health Sciences|isbn=9780323084307|page=479|url=https://books.google.com/books?id=icTsAwAAQBAJ&pg=PA479|deadurl=no|archiveurl=https://web.archive.org/web/20170908184604/https://books.google.com/books?id=icTsAwAAQBAJ&pg=PA479|archivedate=2017-09-08|df=}}</ref> Geralmente os sintomas manifestam-se durante menos de duas semanas.<ref name=Sch2015/> Embora por vezes seja denominada "gripe intestinal", a doença não tem relação com a [[gripe]].<ref>{{cite book|last1=Shors|first1=Teri|title=The microbial challenge : a public health perspective|date=2013|publisher=Jones & Bartlett Learning|location=Burlington, Mass.|isbn=9781449673338|page=457|edition=3rd|url=https://books.google.com/books?id=TDcvAqyx7AIC&pg=PA457|deadurl=no|archiveurl=https://web.archive.org/web/20170908184604/https://books.google.com/books?id=TDcvAqyx7AIC&pg=PA457|archivedate=2017-09-08|df=}}</ref>


<!--Causa e diagnóstico -->
A '''gastroenterite''' é uma condição médica caracterizada pela [[inflamação]] ("''-ite''") do [[Aparelho digestivo|trato gastrointestinal]] que afecta o [[estômago]] ("''gastro"''-) e o [[intestino delgado]] ("''entero''"-) e que se manifesta através de [[diarreia]], [[vómito]] e cólicas [[abdómen|abdominais]].<ref name=EBMED2010>{{citar periódico|último =Singh|primeiro =Amandeep|título=Pediatric Emergency Medicine Practice Acute Gastroenteritis — An Update|periódico=Emergency Medicine Practice|ano=2010|month=Julho|volume=7|número=7|url=http://www.ebmedicine.net/topics.php?paction=showTopic&topic_id=229}}</ref> Embora não tenha qualquer relação com a [[gripe]], é também designada incorrectamente por '''gripe intestinal''' ou '''gripe gástrica'''.
A gastroenterite pode ser causada por infeções por [[vírus]], [[bactéria]]s, [[parasita]]s ou [[fungo]]s.<ref name=Ci2013/><ref name=Helm2006/> A causa mais comuns são vírus.<ref name=Helm2006>{{cite book|last1=A. Helms|first1=Richard|title=Textbook of therapeutics : drug and disease management|date=2006|publisher=Lippincott Williams & Wilkins|location=Philadelphia, Pa. [u.a.]|isbn=9780781757348|page=2003|edition=8.|url=https://books.google.com/books?id=aVmRWrknaWgC&pg=PA2003|deadurl=no|archiveurl=https://web.archive.org/web/20170908184604/https://books.google.com/books?id=aVmRWrknaWgC&pg=PA2003|archivedate=2017-09-08|df=}}</ref> Em crianças, o [[rotavírus]] é a causa mais comum dos casos graves da doença.<ref name=Rota2012>{{cite journal |vauthors=Tate JE, Burton AH, Boschi-Pinto C, Steele AD, Duque J, Parashar UD |title=2008 estimate of worldwide rotavirus-associated mortality in children younger than 5 years before the introduction of universal rotavirus vaccination programmes: a systematic review and meta-analysis |journal=The Lancet Infectious Diseases |volume=12 |issue=2 |pages=136–41 |date=February 2012 |pmid=22030330 |doi=10.1016/S1473-3099(11)70253-5 }}</ref> Em adultos, os mais comuns são os [[norovírus]] e ''[[Campylobacter]]''.<ref name="pmid21695033">{{cite journal |vauthors=Marshall JA, Bruggink LD |title=The dynamics of norovirus outbreak epidemics: recent insights |journal=International Journal of Environmental Research and Public Health |volume=8 |issue=4 |pages=1141–9 |date=April 2011 |pmid=21695033 |pmc=3118882 |doi=10.3390/ijerph8041141}}</ref><ref name="pmid22025030">{{cite journal |author=Man SM |title=The clinical importance of emerging Campylobacter species |journal=Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology |volume=8 |issue=12 |pages=669–85 |date=December 2011 |pmid=22025030 |doi=10.1038/nrgastro.2011.191}}</ref> A transmissão pode ter origem na ingestão de alimentos que não foram devidamente preparados, em beber água não potável ou pelo contacto direto com uma pessoa infetada.<ref name=Ci2013/> Geralmente não são necessários exames para confirmar o dianóstico.<ref name=Ci2013/>


<!--Causas -->
<!--Prevenção e tratamento -->
As medidas de prevenção incluem lavar as mãos com sabonete, beber apenas [[água potável]], [[saneamento]] e [[Amamentação|amamentar]] os bebés em vez de usar [[fórmula infantil]].<ref name=Ci2013/> Em crianças está recomendada a [[vacina contra rotavírus]].<ref name=Ci2013/><ref name=Rota2012/> O tratamento consiste na ingestão de líquidos em quantidade suficiente.<ref name=Ci2013/> Em casos ligeiros ou moderados, isto é feito com [[Terapia de reidratação oral|solução de reidratação oral]], que consiste numa combinação de água, sais e açúcar.<ref name=Ci2013/> Em bebés a ser amamentados, está recomendado continuar a amamentação.<ref name=Ci2013/> Em casos mais graves pode ser necessária a administração de líquidos por [[Terapia intravenosa|via intravenosa]].<ref name=Ci2013/> Os líquidos podem ainda ser administrados por uma [[sonda nasogástrica]].<ref name=Webb2005>{{cite journal|last=Webb|first=A|author2=Starr, M|title=Acute gastroenteritis in children.|journal=Australian Family Physician|date=April 2005 |volume=34|issue=4|pages=227–31|pmid=15861741}}</ref> Em crianças, está recomendada a suplementção de [[zinco]].<ref name=Ci2013>{{cite journal|last1=Ciccarelli|first1=S|last2=Stolfi|first2=I|last3=Caramia|first3=G|title=Management strategies in the treatment of neonatal and pediatric gastroenteritis.|journal=Infection and Drug Resistance|date=29 October 2013|volume=6|pages=133–61|pmid=24194646|doi=10.2147/IDR.S12718|pmc=3815002}}</ref> Geralmente não são necessários [[antibiótico]]s.<ref>{{cite journal|last1=Zollner-Schwetz|first1=I|last2=Krause|first2=R|title=Therapy of acute gastroenteritis: role of antibiotics.|journal=Clinical Microbiology and Infection|date=August 2015|volume=21|issue=8|pages=744–9|pmid=25769427|doi=10.1016/j.cmi.2015.03.002}}</ref>
A maior parte dos casos em crianças são causados por [[rotavírus]].<ref name="pmid22030330">{{citar periódico|autor =Tate JE, Burton AH, Boschi-Pinto C, Steele AD, Duque J, Parashar UD |título=2008 estimate of worldwide rotavirus-associated mortality in children younger than 5 years before the introduction of universal rotavirus vaccination programmes: a systematic review and meta-analysis |periódico=The Lancet Infectious Diseases |volume=12 |número=2 |páginas=136–41 |ano=2012 |month=Fevereiro |pmid=22030330 |doi=10.1016/S1473-3099(11)70253-5 }}</ref> Nos adultos, a causa mais comum são os [[norovírus]]<ref name="pmid21695033">{{citar periódico|autor =Marshall JA, Bruggink LD |título=The dynamics of norovirus outbreak epidemics: recent insights |periódico=International Journal of Environmental Research and Public Health |volume=8 |número=4 |páginas=1141–9 |ano=2011 |month=Abril |pmid=21695033 |pmc=3118882 |doi=10.3390/ijerph8041141}}</ref> e as ''[[Campylobacter]]''.<ref name="pmid22025030">{{citar periódico|autor =Man SM |título=The clinical importance of emerging Campylobacter species |periódico=Nature Reviews. Gastroenterology & Hepatology |volume=8 |número=12 |páginas=669–85 |ano=2011 |month=Dezembro |pmid=22025030 |doi=10.1038/nrgastro.2011.191}}</ref> Entre as causas menos frequentes estão outras bactérias, ou as suas toxinas, e parasitas. O contágio pode ocorrer através do consumo de alimentos mal preparados, água contaminada ou contacto com indivíduos infectados.


<!-- Epidemiologia -->
<!--Tratamento e epidemiologia -->
Em 2015 ocorreram dois mil milhões de casos de gastroenterite que causaram 1,3 milhões de mortes em todo o mundo.<ref name=GBD2015Pre/><ref name=GBD2015De/> A doença afeta sobretudo crianças nos [[países em vias de desenvolvimento]].<ref name=Web09>{{cite book|last=Webber|first=Roger|title=Communicable disease epidemiology and control : a global perspective|year=2009|publisher=Cabi|location=Wallingford, Oxfordshire|isbn=978-1-84593-504-7|page=79|url=https://books.google.com/books?id=pZ9fpHtvOGYC&pg=PA79|edition=3rd|deadurl=no|archiveurl=https://web.archive.org/web/20151026161644/https://books.google.com/books?id=pZ9fpHtvOGYC&pg=PA79|archivedate=2015-10-26|df=}}</ref> Em 2011, ocorreram cerca de 1,7 mil milhões de casos em crianças com menos de cinco anos de idade que causaram cerca de {{formatnum:700000}} mortes.<ref name=Walk2013>{{cite journal|last=Walker|first=CL|author2=Rudan, I |author3=Liu, L |author4=Nair, H |author5=Theodoratou, E |author6=Bhutta, ZA |author7=O'Brien, KL |author8=Campbell, H |author9= Black, RE |title=Global burden of childhood pneumonia and diarrhoea.|journal=Lancet|date=Apr 20, 2013|volume=381|issue=9875|pages=1405–16|pmid=23582727|doi=10.1016/S0140-6736(13)60222-6}}</ref> Nos países em vias de desenvolvimento, é frequente que as crianças com menos de dois anos contraiam seis ou mais infeções por ano.<ref name=M93>{{cite book |chapter=Chapter 93 |editor1-last=Dolin |editor1-first=Raphael |editor2-last=Mandell |editor2-first=Gerald L. |editor3-last=Bennett |editor3-first=John E. |year=2010 |title=Mandell, Douglas, and Bennett's principles and practice of infectious diseases|publisher=Churchill Livingstone/Elsevier|location=Philadelphia, PA|isbn=0-443-06839-9|edition=7th}}</ref> A doença é menos comum em adultos, devido em parte ao desenvolvimento de [[imunidade adquirida]].<ref name=Eck2011>{{cite journal |vauthors=Eckardt AJ, Baumgart DC |title=Viral gastroenteritis in adults |journal=Recent Patents on Anti-infective Drug Discovery |volume=6 |issue=1 |pages=54–63 |date=January 2011 |pmid=21210762 |doi=10.2174/157489111794407877}}</ref>
O tratamento tem como base uma hidratação adequada. Para casos menos graves, isto é normalmente feito com recurso a [[terapia de reidratação oral]]. Nos casos mais graves pode ser necessária a administração de soro por via intravenosa. A gastroenterite afecta sobretudo as crianças e as regiões em vias de desenvolvimento.


== Sintomas e sinais ==
== Sinais e sintomas ==

A gastroenterite manifesta-se normalmente através de [[diarreia]] e [[vómito]]s,<ref name=Eck2011/> e menos frequentemente através de apenas um dos sintomas.<ref name=EBMED2010/> Podem também ocorrer cólicas abdominais.<ref name=EBMED2010/> Os sintomas têm normalmente início entre 12 a {{nowrap|72 horas}} depois de se contrair o agente infeccioso.<ref name=Web09>{{citar livro|último =Webber|primeiro =Roger|título=Communicable disease epidemiology and control : a global perspective|ano=2009|publicado=Cabi|local=Wallingford, Oxfordshire|isbn=978-1-84593-504-7|página=79|url=http://books.google.ca/books?id=pZ9fpHtvOGYC&pg=PA79|edição=3rd}}</ref> Quando tem origem viral, a doença desaparece normalmente ao fim de uma semana.<ref name=Eck2011/> Alguns agentes virais podem estar na origem de sintomas associados como [[febre]], fadiga, [[cefaleia|dores de cabeça]] e [[Mialgia|dores musculares]].<ref name=Eck2011/> No caso das fezes [[melena|conterem sangue]], é pouco provável que a causa seja viral<ref name=Eck2011/> e muito provável que seja bacteriana.<ref name=Bact2007/> Algumas infecções bacterianas podem estar associadas a cólicas abdominais muito intensas e podem persistir por várias semanas.<ref name=Bact2007/>
A gastroenterite manifesta-se normalmente através de [[diarreia]] e [[vómito]]s,<ref name=Eck2011/> e menos frequentemente através de apenas um dos sintomas.<ref name=EBMED2010/> Podem também ocorrer cólicas abdominais.<ref name=EBMED2010/> Os sintomas têm normalmente início entre 12 a {{nowrap|72 horas}} depois de se contrair o agente infeccioso.<ref name=Web09 /> Quando tem origem viral, a doença desaparece normalmente ao fim de uma semana.<ref name=Eck2011/> Alguns agentes virais podem estar na origem de sintomas associados como [[febre]], fadiga, [[cefaleia|dores de cabeça]] e [[Mialgia|dores musculares]].<ref name=Eck2011/> No caso das fezes [[melena|conterem sangue]], é pouco provável que a causa seja viral<ref name=Eck2011/> e muito provável que seja bacteriana.<ref name=Bact2007/> Algumas infecções bacterianas podem estar associadas a cólicas abdominais muito intensas e podem persistir por várias semanas.<ref name=Bact2007/>


As crianças infectadas por rotavírus recuperam normalmente após três a oito dias.<ref name=Rota2011>{{citar periódico|último =Meloni|primeiro =A|coautor=Locci, D, Frau, G, Masia, G, Nurchi, AM, Coppola, RC|título=Epidemiology and prevention of rotavirus infection: an underestimated issue?|periódico=The journal of maternal-fetal & neonatal medicine : the official journal of the European Association of Perinatal Medicine, the Federation of Asia and Oceania Perinatal Societies, the International Society of Perinatal Obstetricians|data=2011 Oct|volume=24 Suppl 2|páginas=48–51|pmid=21749188|doi=10.3109/14767058.2011.601920}}</ref> No entanto, em regiões menos desenvolvidas onde o acesso a cuidados de saúde é difícil, é comum que a diarreia persista por um período de tempo maior.<ref>{{citar web|título=Toolkit|url=http://www.defeatdd.org/understanding-crisis/advocacy-outreach/toolkits|obra=DefeatDD|acessodata=3 de Maio de 2012}}</ref> A [[desidratação]] é uma complicação frequente da diarreia,<ref name=NICE2009>{{citar web|título=Management of acute diarrhoea and vomiting due to gastoenteritis in children under 5|url=http://guidance.nice.org.uk/CG84|obra=National Institute of Clinical Excellence|month=Abril|ano=2009}}</ref> e crianças com um grau significativo de desidratação podem apresentar [[teste de re-enchimento capilar]] lento, [[turgor]] da pele reduzido e respiração anormal. No lactente a depressão da fontanela superior é um sinal precoce de desidratação.<ref name=Tint10>{{citar livro|autor =Tintinalli, Judith E. |título=Emergency Medicine: A Comprehensive Study Guide (Emergency Medicine (Tintinalli))|publicado=McGraw-Hill Companies |local=New York |ano=2010 |páginas=830–839 |isbn=0-07-148480-9 }}</ref> Em regiões sem condições sanitárias, é comum a ocorrência repetitiva de infecções, o que a longo prazo pode dar origem a [[desnutrição]],<ref name=Web09/> crescimento deficiente e [[Deficiência mental|atraso cognitivo]].<ref name=M93/>
As crianças infectadas por rotavírus recuperam normalmente após três a oito dias.<ref name=Rota2011>{{citar periódico|último =Meloni|primeiro =A|coautor=Locci, D, Frau, G, Masia, G, Nurchi, AM, Coppola, RC|título=Epidemiology and prevention of rotavirus infection: an underestimated issue?|periódico=The journal of maternal-fetal & neonatal medicine : the official journal of the European Association of Perinatal Medicine, the Federation of Asia and Oceania Perinatal Societies, the International Society of Perinatal Obstetricians|data=2011 Oct|volume=24 Suppl 2|páginas=48–51|pmid=21749188|doi=10.3109/14767058.2011.601920}}</ref> No entanto, em regiões menos desenvolvidas onde o acesso a cuidados de saúde é difícil, é comum que a diarreia persista por um período de tempo maior.<ref>{{citar web|título=Toolkit|url=http://www.defeatdd.org/understanding-crisis/advocacy-outreach/toolkits|obra=DefeatDD|acessodata=3 de Maio de 2012}}</ref> A [[desidratação]] é uma complicação frequente da diarreia,<ref name=NICE2009>{{citar web|título=Management of acute diarrhoea and vomiting due to gastoenteritis in children under 5|url=http://guidance.nice.org.uk/CG84|obra=National Institute of Clinical Excellence|month=Abril|ano=2009}}</ref> e crianças com um grau significativo de desidratação podem apresentar [[teste de re-enchimento capilar]] lento, [[turgor]] da pele reduzido e respiração anormal. No lactente a depressão da fontanela superior é um sinal precoce de desidratação.<ref name=Tint10>{{citar livro|autor =Tintinalli, Judith E. |título=Emergency Medicine: A Comprehensive Study Guide (Emergency Medicine (Tintinalli))|publicado=McGraw-Hill Companies |local=New York |ano=2010 |páginas=830–839 |isbn=0-07-148480-9 }}</ref> Em regiões sem condições sanitárias, é comum a ocorrência repetitiva de infecções, o que a longo prazo pode dar origem a [[desnutrição]],<ref name=Web09/> crescimento deficiente e [[Deficiência mental|atraso cognitivo]].<ref name=M93/>
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===Viral===
===Viral===
Entre os vírus que se sabe estarem na origem da gastroenterite contam-se os [[rotavírus]], os [[norovírus]], os [[adenovírus]] e os [[astrovírus]].<ref name=Eck2011>{{citar periódico|autor =Eckardt AJ, Baumgart DC |título=Viral gastroenteritis in adults |periódico=Recent Patents on Anti-infective Drug Discovery |volume=6 |número=1 |páginas=54–63 |ano=2011 |month=Janeiro |pmid=21210762}}</ref><ref name="pmid21173676">{{citar periódico|autor =Dennehy PH |título=Viral gastroenteritis in children |periódico=The Pediatric Infectious Disease Journal |volume=30 |número=1 |páginas=63–4 |ano=2011 |month=Janeiro |pmid=21173676 |doi=10.1097/INF.0b013e3182059102}}</ref> Os rotavírus são a causa mais comum da gastroenterite em crianças,<ref name=Sz2010/> com taxas de incidência semelhantes nos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]] e [[País em desenvolvimento|em desenvolvimento]].<ref name=Rota2011/> Os vírus são responsáveis por cerca de 70% dos episódios de diarreia infecciosa em pediatria.<ref name=Webb2005>{{citar periódico|último =Webb|primeiro =A|coautor=Starr, M|título=Acute gastroenteritis in children.|periódico=Australian family physician|data=2005 Apr|volume=34|número=4|páginas=227–31|pmid=15861741}}</ref> O rotavírus é uma causa menos comum em adultos devido à imunidade adquirida ao longo da vida.<ref name=ID2011>{{citar periódico|autor =Desselberger U, Huppertz HI |título=Immune responses to rotavirus infection and vaccination and associated correlates of protection |periódico=The Journal of Infectious Diseases |volume=203 |número=2 |páginas=188–95 |ano=2011 |month=Janeiro |pmid=21288818 |pmc=3071058 |doi=10.1093/infdis/jiq031 |url=}}</ref>
Entre os vírus que se sabe estarem na origem da gastroenterite contam-se os [[rotavírus]], os [[norovírus]], os [[adenovírus]] e os [[astrovírus]].<ref name=Eck2011 /><ref name="pmid21173676">{{citar periódico|autor =Dennehy PH |título=Viral gastroenteritis in children |periódico=The Pediatric Infectious Disease Journal |volume=30 |número=1 |páginas=63–4 |ano=2011 |month=Janeiro |pmid=21173676 |doi=10.1097/INF.0b013e3182059102}}</ref> Os rotavírus são a causa mais comum da gastroenterite em crianças,<ref name=Sz2010/> com taxas de incidência semelhantes nos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]] e [[País em desenvolvimento|em desenvolvimento]].<ref name=Rota2011/> Os vírus são responsáveis por cerca de 70% dos episódios de diarreia infecciosa em pediatria.<ref name=Webb2005 /> O rotavírus é uma causa menos comum em adultos devido à imunidade adquirida ao longo da vida.<ref name=ID2011>{{citar periódico|autor =Desselberger U, Huppertz HI |título=Immune responses to rotavirus infection and vaccination and associated correlates of protection |periódico=The Journal of Infectious Diseases |volume=203 |número=2 |páginas=188–95 |ano=2011 |month=Janeiro |pmid=21288818 |pmc=3071058 |doi=10.1093/infdis/jiq031 |url=}}</ref>


Os norovírus são a principal causa de gastroenterite entre adultos na América do Norte, sendo responsáveis por mais de 90% dos surtos.<ref name=Eck2011/> Este tipo de [[epidemia]]s localizadas ocorre quando grupos de indivíduos passam tempo em relativa proximidade física, como em [[Cruzeiro (viagem)|cruzeiros]],<ref name=Eck2011/> hospitais ou restaurantes.<ref name=EBMED2010/> Os indivíduos podem permanecer infectados mesmo depois da diarreia ter cessado.<ref name=Eck2011/> Os norovírus são também responsáveis por cerca de 10% das ocorrências infantis.<ref name=EBMED2010/>
Os norovírus são a principal causa de gastroenterite entre adultos na América do Norte, sendo responsáveis por mais de 90% dos surtos.<ref name=Eck2011/> Este tipo de [[epidemia]]s localizadas ocorre quando grupos de indivíduos passam tempo em relativa proximidade física, como em [[Cruzeiro (viagem)|cruzeiros]],<ref name=Eck2011/> hospitais ou restaurantes.<ref name=EBMED2010/> Os indivíduos podem permanecer infectados mesmo depois da diarreia ter cessado.<ref name=Eck2011/> Os norovírus são também responsáveis por cerca de 10% das ocorrências infantis.<ref name=EBMED2010/>
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==Fisiopatologia==
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A gastroenterite define-se pela manifestação de [[vómito]]s ou [[diarreia]] causados pela infecção do [[intestino delgado]] ou [[intestino grosso|grosso]].<ref name=M93 /> As alterações no intestino delgado normalmente não são inflamatórias, enquanto que as do intestino grosso são.<ref name=M93/> O número de patogénios necessários para iniciar uma infecção varia entre apenas um (no caso da ''Cryptosporidium'') e 10<sup>8</sup> (no caso da ''Vibrio cholera'').<ref name=M93/>


==Diagnóstico==
==Diagnóstico==

Revisão das 22h06min de 4 de janeiro de 2018

Gastroenterite
Gastroenterite
Vírus da gastroenterite: A = Rotavírus, B = Adenovírus, C = Norovírus and D = Astrovírus. As partículas virais estão à mesma escala de modo a se poder comparar dimensões.
Sinónimos Gripe gástrica, gripe intestinal
Especialidade Infectologia
Sintomas Diarreia, vómitos, dor abdominal, febre[1][2]
Complicações Desidratação[2][3]
Causas Vírus, bactérias, parasitas, fungos[2][4]
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas, em alguns casos análise das fezes[2]
Condições semelhantes Doença inflamatória intestinal, má-absorção intestinal, intolerância à lactose[5]
Prevenção Lavagem das mãos, beber água potável, saneamento, amamentação[2]
Tratamento Terapia de reidratação oral (combinação de águais, sais e açúcar), fluidos por via intravenosa[2]
Frequência 2,4 mil milhões (2015)[6]
Mortes 1,3 milhões (2015)[7]
Classificação e recursos externos
CID-10 A02.0, A08, A09, J10.8, J11.8, K52
CID-9 008.8 009.0, 009.1, 558
CID-11 1688127370
DiseasesDB 30726
MedlinePlus 000252, 000254
eMedicine emerg/213
MeSH D005759
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Gastroenterite é uma inflamação do trato gastrointestinal que afeta o estômago e o intestino delgado.[8] Os sintomas mais comuns são diarreia, vómitos e dor abdominal.[1] Outros possíveis sintomas incluem febre, falta de energia e desidratação.[2][3] Geralmente os sintomas manifestam-se durante menos de duas semanas.[8] Embora por vezes seja denominada "gripe intestinal", a doença não tem relação com a gripe.[9]

A gastroenterite pode ser causada por infeções por vírus, bactérias, parasitas ou fungos.[2][4] A causa mais comuns são vírus.[4] Em crianças, o rotavírus é a causa mais comum dos casos graves da doença.[10] Em adultos, os mais comuns são os norovírus e Campylobacter.[11][12] A transmissão pode ter origem na ingestão de alimentos que não foram devidamente preparados, em beber água não potável ou pelo contacto direto com uma pessoa infetada.[2] Geralmente não são necessários exames para confirmar o dianóstico.[2]

As medidas de prevenção incluem lavar as mãos com sabonete, beber apenas água potável, saneamento e amamentar os bebés em vez de usar fórmula infantil.[2] Em crianças está recomendada a vacina contra rotavírus.[2][10] O tratamento consiste na ingestão de líquidos em quantidade suficiente.[2] Em casos ligeiros ou moderados, isto é feito com solução de reidratação oral, que consiste numa combinação de água, sais e açúcar.[2] Em bebés a ser amamentados, está recomendado continuar a amamentação.[2] Em casos mais graves pode ser necessária a administração de líquidos por via intravenosa.[2] Os líquidos podem ainda ser administrados por uma sonda nasogástrica.[13] Em crianças, está recomendada a suplementção de zinco.[2] Geralmente não são necessários antibióticos.[14]

Em 2015 ocorreram dois mil milhões de casos de gastroenterite que causaram 1,3 milhões de mortes em todo o mundo.[6][7] A doença afeta sobretudo crianças nos países em vias de desenvolvimento.[15] Em 2011, ocorreram cerca de 1,7 mil milhões de casos em crianças com menos de cinco anos de idade que causaram cerca de 700 000 mortes.[16] Nos países em vias de desenvolvimento, é frequente que as crianças com menos de dois anos contraiam seis ou mais infeções por ano.[17] A doença é menos comum em adultos, devido em parte ao desenvolvimento de imunidade adquirida.[18]

Sinais e sintomas

A gastroenterite manifesta-se normalmente através de diarreia e vómitos,[18] e menos frequentemente através de apenas um dos sintomas.[1] Podem também ocorrer cólicas abdominais.[1] Os sintomas têm normalmente início entre 12 a 72 horas depois de se contrair o agente infeccioso.[15] Quando tem origem viral, a doença desaparece normalmente ao fim de uma semana.[18] Alguns agentes virais podem estar na origem de sintomas associados como febre, fadiga, dores de cabeça e dores musculares.[18] No caso das fezes conterem sangue, é pouco provável que a causa seja viral[18] e muito provável que seja bacteriana.[19] Algumas infecções bacterianas podem estar associadas a cólicas abdominais muito intensas e podem persistir por várias semanas.[19]

As crianças infectadas por rotavírus recuperam normalmente após três a oito dias.[20] No entanto, em regiões menos desenvolvidas onde o acesso a cuidados de saúde é difícil, é comum que a diarreia persista por um período de tempo maior.[21] A desidratação é uma complicação frequente da diarreia,[22] e crianças com um grau significativo de desidratação podem apresentar teste de re-enchimento capilar lento, turgor da pele reduzido e respiração anormal. No lactente a depressão da fontanela superior é um sinal precoce de desidratação.[23] Em regiões sem condições sanitárias, é comum a ocorrência repetitiva de infecções, o que a longo prazo pode dar origem a desnutrição,[15] crescimento deficiente e atraso cognitivo.[17]

Cerca de 1% dos infectados com espécies de Campylobacter desenvolvem artrite reativa e 0,1% desenvolvem a síndrome de Guillain-Barré.[19] As infecções por Escherichia coli ou espécies de Shigella, produtoras da toxina Shiga podem dar origem à síndrome hemolítico-urémico, que se manifesta pela baixa contagem de plaquetas, insuficiência renal e baixa contagem de glóbulos vermelhos.[24] As crianças são mais predispostas a contrair a síndrome do que os adultos.[17] Algumas infecções virais podem dar origem a convulsões epilépticas infantis benignas.[1]

Causas

As principais causas da gastroenterite são os vírus, em particular o rotavírus, e a espécie bacteriana E. coli e as espécies do género Campylobacter.[15][25] Existem, no entanto, vários outros agentes infecciosos que podem causar a doença.[17] São por vezes registadas causas não-infecciosas, mas são muito menos prováveis de ocorrer.[1] O risco de infecção é maior em crianças devido à sua pouca defesa imunitária e relativa falta de higiene.[1]

Viral

Entre os vírus que se sabe estarem na origem da gastroenterite contam-se os rotavírus, os norovírus, os adenovírus e os astrovírus.[18][26] Os rotavírus são a causa mais comum da gastroenterite em crianças,[25] com taxas de incidência semelhantes nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.[20] Os vírus são responsáveis por cerca de 70% dos episódios de diarreia infecciosa em pediatria.[13] O rotavírus é uma causa menos comum em adultos devido à imunidade adquirida ao longo da vida.[27]

Os norovírus são a principal causa de gastroenterite entre adultos na América do Norte, sendo responsáveis por mais de 90% dos surtos.[18] Este tipo de epidemias localizadas ocorre quando grupos de indivíduos passam tempo em relativa proximidade física, como em cruzeiros,[18] hospitais ou restaurantes.[1] Os indivíduos podem permanecer infectados mesmo depois da diarreia ter cessado.[18] Os norovírus são também responsáveis por cerca de 10% das ocorrências infantis.[1]

Bacteriana

Imagem de microscópio do Serotipo Typhimurium (ATCC 14028) da Salmonella enterica, ampliado 1000x e submetido a coloração.

Nos países desenvolvidos a principal causa de gastroenterite bacteriana é a Campylobacter jejuni. Metade destes casos estão associados com a exposição a aves de criação.[19] Em crianças, as bactérias são responsáveis por cerca de 15% dos casos, sendo as espécies mais comuns a Escherichia coli, Salmonella, Shigella e a Campylobacter.[13] Se determinado alimento for contaminado por bactérias e se se mantiver à temperatura ambiente durante várias horas, as bactérias não multiplicam-se e potenciam o risco de infecção dos eventuais consumidores.[17] Entre os alimentos normalmente associados com a contaminação estão a carne, marisco e ovos crus ou mal cozinhados; rebentos crus; leite não pasteurizado, queijos moles, fruta e sumos de vegetais.[28] Nos países em desenvolvimento, sobretudo na Ásia e na África sub-Sariana, a cólera é uma das principais causas de gastroenterite, sendo transmitida através da água ou alimentos contaminados.[29]

O bacilo toxigénico Clostridium difficile é também uma das causas de diarreia, o que se verifica sobretudo em idosos.[17] As crianças podem ser portadoras desta bactéria sem que manifestem sintomas.[17] Causa também diarreia entre aqueles hospitalizados e é frequentemente associada ao uso de antibióticos.[30] A diarreia causada por Staphylococcus aureus pode também ocorrer em consumidores de antibióticos.[31] A diarreia do viajante é normalmente um tipo de gastroenterite bacteriana. Os medicamentos antiácidos aparentam aumentar o risco de infecção após exposição a uma série de organismos, entre os quais a Clostridium difficile e as espécies de Salmonella e Campylobacter.[32] O risco é maior naqueles que tomam inibidores da bomba de protões do que nos que tomam anti-histamínicos H2.[32]

Parasitas

A gastroenterite pode ser provocada por uma série de protozoários, sobretudo pela Giardia lamblia, mas também por Entamoeba histolytica e pelas espécies de Cryptosporidium.[13] No total, estes agentes são responsáveis por cerca de 10% dos casos em crianças.[24] A Giardia é mais frequente nos países em desenvolvimento, mas este agente etiológico está na origem de infecções praticamente em qualquer região.[33] É, no entanto, mais comum em pessoas que tenham viajado para regiões com grande prevalência do parasita, em crianças que frequentam jardins de infância, relações homossexuais e na sequência de desastres.[33]

Transmissão

A transmissão pode dar-se através do consumo de água contaminada ou da partilha de objectos pessoais.[15] Em regiões com estações secas e chuvosas, a qualidade da água deteriora-se frequentemente durante a estação húmida, o que tem relação directa com a ocorrência de surtos.[15] Em regiões de estações temperadas, as infecções são mais frequentes durante o Inverno.[17] O uso de biberões com recipientes mal esterilizados é uma das mais significativas causas de transmissão a nível global.[15] As taxas de transmissão estão igualmente relacionadas com maus hábitos de higiene, sobretudo entre crianças,[18] em habitações sobrelotadas,[34] e em indivíduos que apresentem já sintomas de má nutrição.[17] Depois de desenvolverem imunidade, os adultos podem ser portadores de determinados patogéneos sem demonstrar quaisquer sinais ou sintomas, agindo como reservatórios de contágio.[17] Enquanto que alguns agentes, como a Shigella, são exclusivos dos primatas, outros, como a Giardia, podem contaminar uma série de animais.[17]

Não-infecciosa

Existe uma série de causas não-infecciosas capazes de provocar inflamações do trato gastrointestinal.[1] Entre as mais comuns estão: medicamentos como os anti-inflamatórios não esteroides, determinados alimentos como a lactose (naqueles que são intolerantes) ou o glúten (naqueles com doença celíaca). A doença de Crohn pode igualmente estar na origem de gastroenterites, por vezes bastante severas.[1] Pode também verificar-se o aparecimento da doença como consequência de determinadas toxinas. Entre os sintomas relacionados com a ingestão de alimentos para além das náuseas, vómitos e diarreia estão: a intoxicação por ciguatera, em consequência do consumo de peixe contaminado; a intoxicação por tetrodotoxina associada à ingestão de tetraodontídeos; e o botulismo associado à conservação imprópria da comida.[35]

Fisiopatologia

A gastroenterite define-se pela manifestação de vómitos ou diarreia causados pela infecção do intestino delgado ou grosso.[17] As alterações no intestino delgado normalmente não são inflamatórias, enquanto que as do intestino grosso são.[17] O número de patogénios necessários para iniciar uma infecção varia entre apenas um (no caso da Cryptosporidium) e 108 (no caso da Vibrio cholera).[17]

Diagnóstico

A gastroenterite é diagnosticada clinicamente com base nos sinais e sintomas do paciente.[18] Normalmente, não é necessária a determinação exacta da causa, já que não influencia o tratamento ou a gestão da doença.[15] No entanto, devem ser feitos exames às fezes quando se verifique sangue nas mesmas, quando se suspeite de intoxicação alimentar e em indivíduos que tenham viajado recentemente para países em desenvolvimento.[13] Podem também ser feitos exames de diagnóstico durante a fase de monitorização da doença.[18] Uma vez que cerca de 10% das crianças sofre de hipoglicemia, recomenda-se que para este grupo sejam verificados os níveis de glicose no soro.[23] Caso haja suspeitas de desidratação severa, devem ser analisados os níveis de eletrólitos e de creatinina.[13]

Desidratação

Uma das parte importantes na avaliação é determinar se a pessoa sofre ou não de desidratação, sendo esta normalmente dividida em três graus: leve (3-5%), moderada (6-9%) e grave (≥10%).[1] No lactente o sinal mais precoce de desidratação é a depressão da fontanela superior e a reposição de líquidos é uma urgência pois a desidratação pode ser letal em 24 horas num lactente.[36] Em crianças, os indicadores mais precisos de desidratação moderada ou grave são o enchimento capilar lento, turgor da pele reduzido e respiração acelerada.[23][37] Outros sintomas complementares, eventualmente úteis quando conjugados com os anteriores, incluem a enoftalmia, pouca actividade, ausência de lágrimas e boca seca.[1] Um fluxo urinário normal e a capacidade de ingestão de líquidos por via oral sem os vomitar de imediato são sinais tranquilizadores.[23] Os exames laboratoriais são de pouca ou nenhuma utilidade para se determinar o grau de desidratação.[1]

Diagnóstico diferencial

É necessário excluir através do diagnóstico eventuais patologias que se manifestam através de sinais e sintomas semelhantes aos da gastroenterite, como a apendicite, vólvulo, doença inflamatória intestinal, infecção do trato urinário ou a diabetes mellitus.[13] Devem também ser tidas em consideradação a insuficiência pancreática, a síndrome do intestino curto, a doença de Whipple, a doença celíaca e o abuso de laxantes.[38] O diagnóstico diferencial pode ser difícil se a pessoa apenas manifesta um dos sintomas de vómitos ou diarreia, em vez de ambos.[1]

A apendicite pode manifestar-se através de vómitos, cólicas abdominais e pequena quantidade de diarreia em 33% dos casos,[1] em contraste com a grande quantidade de diarreia que é comum nos casos de gastroenterite.[1] As infecções pulmonares ou do trato urinário em crianças podem também estar na origem de vómitos e diarreia.[1] A cetoacidose diabética manifesta-se através de cólicas abdominais, náuseas e vómitos, mas sem diarreia.[1] Um estudo demonstrou que 17% dos casos de cetoacidose diabética em crianças foram inicialmente diagnosticadas como gastroenterite.[1]

Prevenção

Percentagem de exames de rotavírus com resultados positivos, por semana de observação. Estados Unidos, Julho de 2000 até Junho de 2009.

Estilo de vida

Para a redução das taxas de infecção e dos casos de gastroenterite clinicamente relevante, é fundamental a existência de fornecimento de água não contaminada e de boas práticas sanitárias.[17] Tem-se verificado que as medidas de âmbito pessoal, como a correcta lavagem das mãos, estão na origem de uma redução até 30% na prevalência de gastroenterite, tanto nos países desenvolvidos como em desenvolvimento.[23] Os géis à base de álcool podem ser igualmente eficazes.[23] A amamentação é importante, sobretudo em regiões com más condições de higiene,[15] já que reduz quer a frequência, quer a duração das infecções.[1] Evitar comida e água contaminada é igualmente eficaz.[39]

Vacinação

Devido à eficácia e segurança demonstradas pela vacina contra rotavírus, a Organização Mundial de Saúde recomendou em 2009 que fosse disponibilizada gratuitamente para todas as crianças à escala mundial.[25][40] Existem duas versões comerciais da vacina, ao mesmo tempo que existem várias outras em fase de desenvolvimento.[40] Em África e na Ásia, estas vacinas foram capazes de reduzir a incidência de casos graves entre as crianças,[40] e nos países que colocaram em marcha um programa nacional de vacinação verificou-se o declínio das taxas de incidência e gravidade da doença.[41][42] A vacina contra rotavírus reduz também a probabilidade de contágio ao reduzir o número de infecções em propagação.[43] Nos Estados Unidos, a implementação de um programa de vacinação contra o rotavírus a partir do ano 2000 foi responsável pela diminuição de 80% do número de casos de diarreia.[44][45][46] A primeira dose da vacina deve ser administrada a crianças entre as 6 e 15 semanas de vida.[25] A vacina oral da cólera revelou ser 50 a 60% eficaz ao longo de dois anos.[47]

Tratamento

A gastroenterite é uma doença aguda e auto-limitante que normalmente não requer qualquer medicação.[22] O tratamento preferencial naqueles com desidratação leve a moderada é a terapia de reidratação oral (TRO).[24] No entanto, a metoclopramida e/ou a ondansetrona podem ser úteis nalgumas crianças,[48] e a butilescopolamina pode ser usada no tratamento de dores abdominais.[49]

Reidratação

A principal forma de tratamento da gastroenterite, quer em adultos quer em crianças, é através da reidratação. Normalmente recorre-se à terapia de reidratação oral, embora possa ser necessária a administração intravenosa nos casos mais graves ou quando haja perda ou alteração de consciência por parte do paciente.[50][51] Os produtos de terapia oral à base de hidratos de carbono complexos (por exemplo, os que são feitos a partir de trigo ou arroz) podem ser mais eficazes do que aqueles à base de açúcares simples.[52] As bebidas com níveis particularmente altos de açúcar, como os refrigerantes ou os sumos de fruta, não são recomendadas para crianças com idade inferior a 5 anos, já que podem contribuir para o agravamento da diarreia.[22] Caso não seja possível preparar meios adequados de terapia de reidratação oral, pode ser usada apenas água.[22] Caso seja necessário, pode-se recorrer a uma sonda nasogástrica para administrar líquidos a crianças pequenas.[13]

Dieta

Recomenda-se que lactentes continuem a ser amamentados de forma regular, e que crianças alimentadas com fórmula infantil retomem a alimentação imediatamente depois da reidratação com TRO.[53] Geralmente não são necessárias fórmulas isentas ou com baixo teor de lactose.[53] Durante os episódios de diarreia, as crianças devem manter a sua dieta regular, devendo apenas evitar alimentos ricos em açúcares simples.[53] A dieta BRAT (bananas, arroz, puré de maçã, tostas e chá) já não faz parte das recomendações, uma vez que não contém nutrientes suficientes e não apresenta benefícios em relação à dieta regular.[53] Tem-se verificado que alguns probióticos podem ajudar a reduzir tanto a duração da doença como a frequência da defecação.[54] Os produtos lácteos fermentados, como o iogurte, podem também apresentar alguns benefícios.[55] Os suplementos de zinco aparentam ser eficazes tanto no tratamento como na prevenção da diarreia entre crianças nos países desenvolvidos.[56]

Antieméticos

Os antieméticos podem ajudar no tratamento de vómitos em crianças. A ondansetrona é relativamente eficaz, e a administração de uma única dose associa-se à menor necessidade de administração intravenosa de soro, a menos hospitalizações e à redução dos vómitos.[57][58][59] Metoclopramida também pode ser útil.[59] No entanto, o uso de ondansetrona pode estar associado também a uma maior taxa de re-hospitalização em crianças.[60] Caso haja supervisão e aprovação médica, a administração do fármaco pode ser feita por via oral.[61] O dimenidrinato, embora reduza os vómitos, não aparenta ter benefícios clínicos significativos.[1]

Antibióticos

Geralmente, os antibióticos não são usados no tratamento da gastroenterite, embora sejam por vezes recomendados no caso dos sintomas serem particularmente graves[62] ou caso se suspeite ou tenha isolado uma causa bacterial.[63] No caso de serem usados antibióticos, é preferível o uso de um macrólido, como a azitromicina, em relação a fluoroquinolonas devido à maior resistência antibiótica destas últimas.[19] A colite pseudomembranosa, normalmente causada pelo uso de antibióticos, pode ser resolvida com a interrupção da administração do antibiótico em causa, substituindo-o por metronidazol ou vancomicina.[64] Entre as bactérias que reagem positivamente ao tratamento estão a Shigella,[65] Salmonella typhi,[66] e as espécies de Giardia.[33] Nos casos de espécies de Giardia ou Entamoeba histolytica, o tratamento com tinidazol é superior e recomendado em relação ao metronidazol.[33][67] A Organização Mundial de Saúde recomenda o uso de antibióticos em crianças novas que apresentem diarreia com sangue e febre.[1]

Agentes antimotilidade

A medicação antidiarreica possui um risco teórico de causar complicações, e embora a experiência clínica tenha mostrado que isto seja improvável,[38] o uso destes fármacos é desencorajado em pessoas com sangue na diarreia ou diarreia associada a febre.[68] A loperamida, um análogo opiáceo, é frequentemente usada no tratamento sintomático da diarreia.[69] No entanto, o seu uso não é recomendado em crianças, já que pode penetrar através da barreira hematoencefálica ainda não desenvolvida, e provocar uma intoxicação. O salicilato de bismuto, um complexo insolúvel de bismuto trivalente e de salicilato, pode ser usado em casos leves a moderados,[38] embora a intoxicação seja teoricamente possível.[1]

Epidemiologia

Esperança de vida corrigida pela incapacidade para a diarreia por cada 100.000 habitantes em 2004.

Estima-se que ocorram anualmente entre três a cinco mil milhões de casos de gastroenterite à escala mundial,[24] afectando sobretudo crianças e habitantes de regiões em vias de desenvolvimento.[15] Em 2008, a doença causou a morte de 1,3 milhões de crianças idade igual ou inferior a cinco anos,[70] a maior parte registada nos países mais pobres do mundo.[17] Mais de 450.000 das mortes nesta faixa etária são provocadas por rotavírus.[71][72] A cólera está na origem de cerca de três a cinco milhões de casos e mata anualmente cerca de 100.000 pessoas.[29] Nos países em desenvolvimento, é frequente as crianças com idade inferior a dois anos contraírem anualmente seis ou mais infecções que resultem em casos clinicamente relevantes.[17] A prevalência é menor em adultos, em parte devido ao desenvolvimento de defesas imunitárias.[18]

Em 1980, a gastroenterite, independentemente da causa, foi a responsável por 4,6 milhões de mortes infantis, a maior parte das quais nos países em desenvolvimento.[64] O número total foi reduzido para 1,5 milhões de mortes anuais no ano 2000, devido em grande parte à introdução da terapia de reidratação oral.[73] Nos Estados Unidos, as infecções que estão na origem da gastroenterite são a segunda infecção mais comum, atrás apenas da constipação, e dão origem a cerca de 200 a 375 milhões de casos de diarreia aguda[18][17] e a cerca de dez mil mortes anualmente,[17] sendo 150 a 300 destas mortes em crianças com idade inferior a cinco anos.[1]

História

O primeiro uso da designação "gastroenterite" ocorreu em 1825.[74] Antes disso, era conhecida nos meios clínicos como febre tifóide ou "cholera morbus", entre outros, ou popularmente como "gripe intestinal" ou qualquer outra designação arcaica equivalente para diarreia aguda.[75]

Impacto social e económico

A gastroenterite é o principal motivo para cerca de 3,7 milhões de consultas médicas por ano nos Estados Unidos[1] e 3 milhões em França.[76] Nos Estados Unidos, estima-se que o custo económico da gastroenterite seja de 23 mil milhões de dólares por ano.[77]

Investigação

Estão em fase de desenvolvimento uma série de vacinas contra a gastroenterite. Por exemplo, vacinas contra a Shigella e a Escherichia coli enterotoxigénica (ETEC), duas das principais causas bacterianas de infecção à escala mundial.[78][79]

Noutros animais

A gastroenterite em gatos e cães tem origem em muitos agentes infecciosos em comum com os seres humanos. Os organismos mais comuns são a Campylobacter, Clostridium difficile, Clostridium perfringens e a Salmonella.[80] Os sintomas podem igualmente ter origem num vasto número de plantas tóxicas.[81] Alguns dos agentes são específicos de determinadas espécies. O coronavírus da gastroenterite transmissível afecta os suínos, manifestando-se através de vómitos, diarreia e desidratação.[82] Acredita-se que seja introduzido nos porcos através de aves selvagens, não havendo qualquer tratamento específico disponível.[83] embora não seja transmissível ao ser humano.[84]

Referências

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