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Tália: diferenças entre revisões

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== Representação ==
Tália era a musa da comédia, representada vestindo uma máscara cômica e carregando ramos de hera. É mostrada por vezes portando também um cajado de pastor, coroada de hera, calçada de borzeguins e com uma máscara na mão. Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos autores na comédia antiga.
Tália era a musa da [[comédia]], representada como uma jovem de aparência [[Alegria|alegre]], carregando ramos de hera, calçando [[Bota|borzeguins]] e segurando uma [[máscara]] cômica na mão.<ref>{{Citar web|url=https://www.theoi.com/Ouranios/MousaThaleia.html|titulo=THALIA (Thaleia) - Greek Goddess Muse of Comedy & Bucolic Poetry|acessodata=2023-11-23|website=Theoi Greek Mythology|lingua=en}}</ref> É mostrada por vezes portando também um cajado de pastor e coroada de hera. Muitas de suas estátuas têm um [[clarim]] ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos [[Ator|atores]] na [[Teatro na Grécia Antiga|comédia antiga]].

Seu nome significa “florescente”, pois os [[Elogio (oração)|elogios]] em suas canções florescem com o tempo.

== Na literatura ==
Autores antigos, particularmente os [[Biblioteca de Alexandria|Alexandrinos]], por vezes dividiam as suas obras em nove partes correspondentes às nove [[Musa|Musas]]. Uma das aplicações mais conhecidas encontra-se na obra do historiador grego [[Heródoto]], o ''[[Histórias (Heródoto)|Inquérito]]'', em que o terceiro livro se chama ''Talia''. Esta divisão, no entanto, não é obra dele, mas é uma criação posterior dos Alexandrinos.


De acordo com o [[pseudo-Apolodoro]], ela e [[Apolo]] eram os pais dos [[Coribante]]s.<ref>Apollodorus, [http://www.theoi.com/Text/Apollodorus1.html ''Bibliotheca'', 1.3.4].</ref> Outras fontes antigas, no entanto, deram aos ''Corybantes'' pais diferentes.<ref>James George Frazer [http://www.theoi.com/Text/Ap1a.html#46 note] on the passage in the ''Bibliotheca''.</ref>
De acordo com o [[pseudo-Apolodoro]], ela e [[Apolo]] eram os pais dos [[Coribante]]s.<ref>Apollodorus, [http://www.theoi.com/Text/Apollodorus1.html ''Bibliotheca'', 1.3.4].</ref> Outras fontes antigas, no entanto, deram aos ''Corybantes'' pais diferentes.<ref>James George Frazer [http://www.theoi.com/Text/Ap1a.html#46 note] on the passage in the ''Bibliotheca''.</ref>


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== Ver também ==
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* [[Musa]]
* [[Heródoto]]
* [[Coribante]]
* [[Biblioteca de Alexandria]]
{{referências}}
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Revisão das 17h39min de 23 de novembro de 2023

 Nota: Para outros significados, veja Tália (desambiguação).
 Nota: Não confundir com Talia.
Tália
Musa da comédia

Tália,
óleo sobre tela de Jean-Marc Nattier, 1739
Nome nativo Θάλεια
Tháleia
Morada Olimpo
Clã Musa
Símbolo Máscara de teatro
Cônjuge(s) Apolo
Pais Zeus e Eurínome
Irmão(s) Aglaia e Eufrosina
Filho(s) Coribantes
Religiões Mitologia grega
Mitologia romana

Tália ou Talia (em grego clássico: Θάλεια; romaniz.: Tháleia; "a alegre, a florescente", do grego antigo θάλλειν, thállein: florescer, ser verdejante; em latim: Thalīa) era uma das nove musas da mitologia grega, filhas de Zeus e Mnemósine, filha de Oceano e Tétis.[1] Tália era a deusa que presidia a comédia e a poesia idílica. De acordo com o poeta grego Hesíodo, ela também era uma Graça; um grupo de deusas da fertilidade.[2] Ela é mãe dos Coribantes, celebrantes da Grande Mãe dos Deuses, Cibele, sendo o pai Apolo, deus relacionado à música e à dança. Nas mãos ela carregava a máscara cômica e o cajado de pastor.[2]

Representação

Tália era a musa da comédia, representada como uma jovem de aparência alegre, carregando ramos de hera, calçando borzeguins e segurando uma máscara cômica na mão.[3] É mostrada por vezes portando também um cajado de pastor e coroada de hera. Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos atores na comédia antiga.

Seu nome significa “florescente”, pois os elogios em suas canções florescem com o tempo.

Na literatura

Autores antigos, particularmente os Alexandrinos, por vezes dividiam as suas obras em nove partes correspondentes às nove Musas. Uma das aplicações mais conhecidas encontra-se na obra do historiador grego Heródoto, o Inquérito, em que o terceiro livro se chama Talia. Esta divisão, no entanto, não é obra dele, mas é uma criação posterior dos Alexandrinos.

De acordo com o pseudo-Apolodoro, ela e Apolo eram os pais dos Coribantes.[4] Outras fontes antigas, no entanto, deram aos Corybantes pais diferentes.[5]

Ugo Foscolo no poema Dei Sepolcri (vv. 53/56) relata que Parini costumava fazer coroas com um louro que cultivava em seu lugar humilde e pendurá-las na estátua de Tália.[6] Foscolo diz isso para homenagear o poesia satírica de Parini e relembrar a simplicidade e humildade de sua vida, dedicada à poesia. Vittorio Alfieri contará um sonho no poema Nell'ora in cui che Morfeo diffusi (1775). No sonho, Alfieri escala o Parnaso e, após conhecer Melpômene que o elogia pelos sentimentos que o levam à tragédia e o convida a refinar suas ferramentas trágicas, conhece Talia que lhe pisca o olho de forma sedutora. O poeta de Asti, com este poema, quis sublinhar a necessidade de reunir numa mesma obra as duas componentes do teatro, nomeadamente a componente trágica e a componente cómico-satírica.

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Tália

Referências

  1. Hesíodo, Teogonia, 53-74, 75-103
  2. a b Tikkanen, Amy. «Thalia | Muse, Comedy & Satyr». Britannica (em inglês). Consultado em 23 de novembro de 2023 
  3. «THALIA (Thaleia) - Greek Goddess Muse of Comedy & Bucolic Poetry». Theoi Greek Mythology (em inglês). Consultado em 23 de novembro de 2023 
  4. Apollodorus, Bibliotheca, 1.3.4.
  5. James George Frazer note on the passage in the Bibliotheca.
  6. Lentz, Gleiton (dezembro de 2009). «Dei Sepolcri/Os Sepulcros». Alea: Estudos Neolatinos: 361–381. ISSN 1517-106X. doi:10.1590/S1517-106X2009000200013. Consultado em 23 de novembro de 2023 
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