Potências do Eixo: diferenças entre revisões

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A [[Alemanha Nazista]] foi oficialmente a líder das potências do Eixo, tendo sido a autora do [[Pacto Tripartite]] onde se formaram as potências do Eixo. A Alemanha foi governada no momento por [[Adolf Hitler]] e o seu [[Partido Nazista]].
A [[Alemanha Nazista]] foi oficialmente a líder das potências do Eixo, tendo sido a autora do [[Pacto Tripartite]] onde se formaram as potências do Eixo. A Alemanha foi governada no momento por [[Adolf Hitler]] e o seu [[Partido Nazista]].


Os cidadãos alemães sentiram que o seu país havia sido humilhado pelo chamado [[Tratado de Versalhes]] que pôs fim à [[Primeira Guerra Mundial]], forçando a Alemanha a pagar enormes custos de guerra e a perder territórios de população alemã e suas [[Colónia (história)|colônias]]. [[Nacionalista]]s alemães culparam os [[pacifista]]s, [[comunista]]s e [[judeu]]s pela derrota do país. Os alemães tiveram que pagar indeminizações de grande porte, o que colocou pressão sobre a [[economia]] alemã, levando a [[República de Weimar]] à [[hiperinflação]] durante o início da [[década de 1920]]. Em [[1923]], os franceses ocuparam a região do [[Ruhr]], como resultado de atrasos de pagamento levando ao aumento dos sentimentos de descontentamento.
Os cidadãos alemães sentiram que o seu país havia sido humilhado pelo chamado [[Tratado de Versalhes]] que pôs fim à [[Primeira Guerra Mundial]], forçando a Alemanha a pagar enormes custos de guerra e a perder territórios de população alemã e suas [[Colónia (história)|colônias]]. [[Nacionalista]]s alemães culparam os [[pacifista]]s, [[comunista]]s e [[judeu]]s pela derrota do país. Os alemães tiveram que pagar indenizações de grande porte, o que colocou pressão sobre a [[economia]] alemã, levando a [[República de Weimar]] à [[hiperinflação]] durante o início da [[década de 1920]]. Em [[1923]], os franceses ocuparam a região do [[Ruhr]], como resultado de atrasos de pagamento levando ao aumento dos sentimentos de descontentamento.


[[Ficheiro:Flag of Germany 1933.svg|right|thumb|<center>[[Alemanha Nazista]].<center>]]
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Apesar de a Alemanha começar a melhorar economicamente, no fim da [[década de 1920]], a [[Grande Depressão]] criou mais dificuldades econômicas e um aumento de forças políticas que advogavam soluções radicais para as desgraças da Alemanha. Os nazistas sob Adolf Hitler promoveram a crença nacionalista que a Alemanha tinha sido traída por judeus e comunistas e prometeu reconstruir a Alemanha como uma [[grande potência]] e criar a [[Grande Alemanha]], que incluiria a [[Alsácia-Lorena]], a [[Áustria]], os [[Sudetos]], e outros territórios de população alemã na [[Europa]]. Além disso, os nazistas decidiram ocupar territórios não-alemães na [[Polónia]], [[países bálticos]], e [[União Soviética]], para coloniza-los com os alemães como parte da política nazista de busca do [[Lebensraum]] ("espaço vital") na [[Europa Oriental]].
Apesar de a Alemanha começar a melhorar economicamente, no fim da [[década de 1920]], a [[Grande Depressão]] criou mais dificuldades econômicas e um aumento de forças políticas que advogavam soluções radicais para as desgraças da Alemanha. Os nazistas sob Adolf Hitler promoveram a crença nacionalista que a Alemanha tinha sido traída por judeus (''ver: [[dolchstoßlegende]]'') e comunistas e prometeu reconstruir a Alemanha como uma [[grande potência]] e criar a [[Grande Alemanha]], que incluiria a [[Alsácia-Lorena]], a [[Áustria]], os [[Sudetos]], e outros territórios de população alemã na [[Europa]] (''ver: [[großdeutschland]] e [[pangermanismo]]''). Além disso, os nazistas decidiram ocupar territórios não-alemães na [[Polónia]], [[países bálticos]], e [[União Soviética]], para coloniza-los com os alemães como parte da política nazista de busca do [[Lebensraum]] ("espaço vital") na [[Europa Oriental]].


A Alemanha renunciou ao Tratado de Versalhes, em [[1935]] e começou a rearmar-se. A [[Renânia]] foi remilitarizada. A Alemanha [[Anschluss | anexou depois a Áustria em 1938]], os [[Sudetos]] da [[Checoslováquia]] e [[Klaipėda | Memel]] da [[Lituânia]] em 1939. Em seguida, invadiu o resto da [[Checoslováquia]], (''ver: [[Acordo de Munique]]'') em 1939, criando o [[protetorado]] da [[Boêmia]] e [[Moravia]]. A Checoslováquia deixou de existir como um país unificado e soberano.
A Alemanha renunciou ao Tratado de Versalhes, em [[1935]] e começou a rearmar-se. A [[Remilitarização da Renânia|Renânia foi remilitarizada]]. A Alemanha [[Anschluss |anexou depois a Áustria em 1938]], os [[Sudetos]] da [[Checoslováquia]] e [[Klaipėda | Memel]] da [[Lituânia]] em 1939. Em seguida, invadiu o resto da [[Checoslováquia]], (''ver: [[Acordo de Munique]]'') em 1939, criando o [[protetorado]] da [[Boêmia]] e [[Moravia]]. A Checoslováquia deixou de existir como um país unificado e soberano.


Em [[23 de agosto]] de [[1939]], a Alemanha e [[União Soviética]] assinaram o [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], que incluía um [[protocolo]] secreto dividindo a Europa Oriental em esferas de influência.
Em [[23 de agosto]] de [[1939]], a Alemanha e [[União Soviética]] assinaram o [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], que incluía um [[protocolo]] secreto dividindo a Europa Oriental em [[esfera de influência|esferas de influência]] (''ver: [[negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo]]'').


Em 1941, a Alemanha ocupou a maior parte da Europa e a [[Wehrmacht | as suas forças militares]] lutavam contra a União Soviética, quase capturando a seu capital de [[Moscou]]. No entanto, derrotas na [[Batalha de Stalingrado]] em 1943 e a [[Batalha de Kursk]] devastaram as forças armadas alemãs. Isto, combinado com desembarque dos aliados ocidentais na [[Normandia]] no dia 6 de junho de 1944 ([[Dia D]]) e invasão da [[Sicília]], levou a uma guerra de três frentes esgotando as forças armadas da Alemanha e que resultou na derrota da Alemanha em 2 de maio de 1945, quando os aliados finalmente tomaram Berlim.
Em 1941, a Alemanha ocupou a maior parte da Europa e a [[Wehrmacht |as suas forças militares]] lutavam contra a União Soviética, quase capturando a seu capital de [[Moscou]]. No entanto, derrotas na [[Batalha de Stalingrado]] em 1943 e a [[Batalha de Kursk]] devastaram as forças armadas alemãs. Isto, combinado com desembarque dos aliados ocidentais na [[Normandia]] no dia 6 de junho de 1944 ([[Dia D]]) e [[invasão Aliada da Sicília]], levou a uma guerra de três frentes esgotando as forças armadas da Alemanha e que resultou na derrota da Alemanha em 2 de maio de 1945, quando os aliados finalmente tomaram Berlim.


===Japão===
===Japão===
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[[Imagem:Flag of Japan.svg|thumb|<center>[[Império do Japão]].</center>]]
[[Imagem:Flag of Japan.svg|thumb|<center>[[Império do Japão]].</center>]]


O Japão foi o representante principal das forças do eixo na Ásia e no Pacífico. O Império do Japão, comumente chamado de ''Japão Imperial'', era uma monarquia constitucional regida pelo imperador Hirohito. A constituição japonesa prescrevia que "O Imperador é o chefe do Império, combinando a si mesmo os direitos de soberania e a exercê-los de acordo com as disposições da presente Constituição" (Artigo 4) e "O Imperador possui o total controle sobre o Exército e a Marinha" (Artigo 11).
Em 1941, com o fim da [[Cooperação Sino-Germânica (1911–1941)|cooperação Sino-Germânica]], o Japão tornou-se o principal representante das forças do eixo na [[Ásia]] e no [[Pacífico]]. O Império do Japão, comumente chamado de ''Japão Imperial'', era uma [[monarquia constitucional]] regida pelo imperador Hirohito. A constituição japonesa prescrevia que:
:"''O Imperador é o chefe do Império, combinando a si mesmo os direitos de soberania e a exercê-los de acordo com as disposições da presente Constituição" (Artigo 4) e "O Imperador possui o total controle sobre o Exército e a Marinha.''" ([[Artigo]] 11).


No seu auge, a [[Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental]] japonesa, incluía a [[Manchúria]], [[Mongólia Interior]], grandes partes da [[China]], [[Malásia]], [[Indochina Francesa]], [[Índias Orientais Neerlandesas]], [[Filipinas]], [[Birmânia]], algumas regiões da [[Índia]], e várias ilhas do Pacífico - especificamente no Pacífico central.
No seu auge, a [[Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental]] japonesa, incluía a [[Manchúria]], [[Mongólia Interior]], grandes partes da [[China]], [[Malásia]], [[Indochina Francesa]], [[Índias Orientais Neerlandesas]], [[Filipinas]], [[Birmânia]], algumas regiões da [[Índia]], e várias ilhas do Pacífico - especificamente no Pacífico central.


Como resultado de discórdias internas e da crise econômica da década de 1920, os elementos militaristas levaram o Japão para um caminho de expansionismo. O Japão tinha planos para estabelecer uma hegemonia na Ásia e assim, tornar-se auto-suficiente. Como as ilhas japonesas não tinham recursos necessários pra isso, seria preciso adquirir áreas com recursos naturais abundantes. As politicas expansionistas japonesas acabaram por afastá-los dos membros da [[Liga das Nações]] e, em meados dos anos de 1930, aproxima-los da Alemanha e Itália, que tinham politicas de expansionismo similares, mas que eram condenados por diversos de países. Os primeiros passos de um alinhamento militar com a Alemanha se deu com o [[Pacto Anticomintern]], em que os países concordavam em unir-se caso a União Soviética atacasse um dos dois países.
Como resultado de discórdias internas e da crise econômica da década de 1920, os elementos [[militarista]]s levaram o Japão para um caminho de [[expansionismo]]. O Japão tinha planos para estabelecer uma hegemonia na Ásia e assim, tornar-se auto-suficiente. Como as ilhas japonesas não tinham recursos necessários pra isso, seria preciso adquirir áreas com recursos naturais abundantes. As politicas expansionistas japonesas acabaram por afastá-los dos membros da [[Liga das Nações]] e, em meados dos [[anos 1930]], aproxima-los da Alemanha e Itália, que tinham politicas de expansionismo similares, mas que eram condenados por diversos de países. Os primeiros passos de um alinhamento militar com a Alemanha se deu com o [[Pacto Anticomintern]], em que os países concordavam em unir-se caso a União Soviética atacasse um dos dois países.


A primeira grande intervenção japonesa foi [[Segunda Guerra Sino-Japonesa|contra a China em 1937]]. A invasão e ocupação subsequente de partes da China pelos japoneses, resultou um inúmeras atrocidades contra civis como o [[Massacre de Nanquim]] e a [[Sanko Sakusen|Política dos Três Tudos]]. Os japoneses também lutaram contra forças Mongóis-Soviéticas em [[Manchukuo]] entre 1938 e 1939. Porém, o Japão decidiu evitar a guerra que podia começar com a União Soviética a qualquer momento, assinando um pacto de não-agressão com os soviéticos em 1941.
A primeira grande intervenção japonesa foi [[Segunda Guerra Sino-Japonesa|contra a China em 1937]]. A invasão e ocupação subsequente de partes da China pelos japoneses, resultou um inúmeras atrocidades contra civis como o [[Massacre de Nanquim]], a [[Sanko Sakusen|Política dos Três Tudos]] e experiências com seres humanos realizadas pela [[unidade 731]]. Os japoneses também lutaram contra forças Mongóis-Soviéticas em [[Manchukuo]] entre 1938 e 1939. Porém, o Japão decidiu evitar a guerra que podia começar com a União Soviética a qualquer momento, assinando um pacto de não-agressão ([[pacto nipônico-soviético]]) com os soviéticos em 1941.


Com as potências coloniais europeias focadas na guerra na Europa, o Japão tentou dominar suas colônias. Em 1940, o Japão aproveitou o colapso francês perante a Alemanha e dominou a [[Indochina Francesa]]. O regime da [[França de Vichy]], aliados de-facto da Alemanha, aceitaram a aquisição japonesa de Indochina. A resposta dos aliados não veio com ataques militares, no entanto, com os confrontos contínuos na China, os Estados Unidos instituíram um embargo econômico contra o Japão em 1941, cortando o fornecimento de metais e combustíveis necessários para a indústria, comércio e esforços de guerra.
Com as potências coloniais europeias focadas na guerra na Europa, o Japão tentou dominar suas [[colônia]]s. Em 1940, o Japão aproveitou o colapso francês perante a Alemanha e dominou a [[Indochina Francesa]]. O regime da [[França de Vichy]], aliados de-facto da Alemanha, aceitaram a aquisição japonesa de Indochina. A resposta dos aliados não veio com ataques militares, no entanto, com os confrontos contínuos na China, os [[Estados Unidos]] instituíram um [[embargo econômico]] contra o Japão em 1941, cortando o fornecimento de metais e combustíveis necessários para a indústria, comércio e [[esforço de guerra|esforços de guerra]].


Para isolar as forças americanas nas [[Filipinas]] e prejudicar a Marinha dos Estados Unidos, o [[Quartel-General Imperial]] ordenou que a [[Marinha Imperial Japonesa]] atacasse a base americana de [[Pearl Harbor]], no [[Havaí]] em 7 de dezembro de 1941. Depois, as forças japonesas invadiram também a [[Malásia]] e [[Hong Kong]]. Inicialmente, os japoneses conseguiram vencer várias batalhas contra os aliados, porém, quando a grande força industrial dos americanos ficou realmente aparente, as forças japonesas foram cada vez mais obrigadas a recuar. A [[Guerra do Pacífico]] durou até os [[Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki]] em 1945. Os Soviéticos declararam guerra oficialmente em agosto de 1945, ocupando Manchúria e o nordeste da China, no evento que ficou conhecido como [[Operação Tempestade de Agosto]].
Para isolar as forças americanas nas [[Filipinas]] e prejudicar a [[Marinha dos Estados Unidos]], o [[Quartel-General Imperial]] ordenou que a [[Marinha Imperial Japonesa]] atacasse a base americana de [[Pearl Harbor]], no [[Havaí]] em 7 de dezembro de 1941. Depois, as forças japonesas invadiram também a [[Malásia]] e [[Hong Kong]]. Inicialmente, os japoneses conseguiram vencer várias batalhas contra os aliados, porém, quando a grande força industrial dos americanos ficou realmente aparente, as forças japonesas foram cada vez mais obrigadas a recuar. A [[Guerra do Pacífico]] durou até os [[Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki]] em 1945. Os Soviéticos declararam guerra oficialmente em agosto de 1945, ocupando Manchúria e o nordeste da China, no evento que ficou conhecido como [[Operação Tempestade de Agosto]].


===Itália===
===Itália===


[[Imagem:Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg|thumb|<center>[[Império colonial italiano|Império Italiano]].</center>]]
[[Imagem:Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg|thumb|<center>[[Reino de Itália (1861–1946)|Reino da Itália]].</center>]]


O Reino da Itália e o Império Italiano era liderado pelo [[ditador]] [[fascista]] e [[Duce|Chefe de Governo]] [[Benito Mussolini]] em nome do [[Vítor Emanuel III da Itália|Rei Vítor Emanuel III]].
O [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino da Itália]] e o [[Império colonial italiano]] era liderado pelo [[ditador]] [[fascista]] e [[Duce|Chefe de Governo]] [[Benito Mussolini]] em nome do [[Vítor Emanuel III da Itália|Rei Vítor Emanuel III]].


Durante a Primeira Guerra Mundial, a Itália lutou contra a Alemanha e [[Áustria-Hungria]]. No final da guerra, a Itália obteve ganhos bem menores do que havia sido prometido no [[Tratado de Londres (1915)|Pacto de Londres]]. O Pacto de Londres foi anulado com o [[Tratado de Versalhes]] e os nacionalistas e população italiana viram isso como uma injustiça; a guerra havia feito 600.000 vítimas italianas. Esse ressentimento, somado a um descontentamento interno e uma crise econômica, deu espaço a ascensão ao poder dos fascistas italianos sob Benito Mussolini em 1922.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Itália lutou contra a Alemanha e [[Áustria-Hungria]]. No final da guerra, a Itália obteve ganhos bem menores do que havia sido prometido no [[Tratado de Londres (1915)|Pacto de Londres]]. O Pacto de Londres foi anulado com o [[Tratado de Versalhes]] e os nacionalistas e população italiana viram isso como uma injustiça; a guerra havia feito 600.000 vítimas italianas. Esse ressentimento, somado a um descontentamento interno e uma crise econômica, deu espaço a ascensão ao poder dos fascistas italianos sob Benito Mussolini em 1922.


No final do século XIX, após a reunificação, um movimento nacionalista cresceu em torno do conceito de ''Italia irredenta'', que defendia a incorporação de áreas de línguas italiana. Havia um desejo de anexar os territórios da [[Dalmácia]], que anteriormente haviam sido governados pelos Venezianos e, consequentemente, tinham elites de língua italiana. A intenção dos fascistas italianos era criar um "Novo Império Romano", em que a Itália dominaria o Mediterrâneo. Em 1935-36, a [[Segunda Guerra Ítalo-Etíope|Itália invadiu e anexou a Etiópia]] e o governo Fascista proclamou a criação do "Império Italiano". A [[Liga das Nações]], liderados pelos britânicos que tinham interesse naquela área, protestaram sobre as ações italianas, no entanto, nenhuma providência séria foi tomada, embora mais tarde a Itália tenha enfrentado isolamento diplomático de vários países. Em 1937, a Itália saiu da Liga das Nações e no mesmo ano juntou-se ao [[Pacto Anti-Comintern]], que havia sido assinado pela Alemanha e Japão no ano anterior. Entre março de abril de 1939, as tropas italianas invadiram e anexaram a [[Albânia]]. Em 22 de maio, assinaram o [[Pacto de Aço|Pacto de Amizade e Aliança entre Alemanha e Itália]].
No final do século XIX, após a reunificação, um movimento nacionalista cresceu em torno do conceito de ''[[Irredentismo#O_irredentismo_italiano|Italia irredenta]]'', que defendia a incorporação de áreas de [[língua italiana]]. Havia um desejo de anexar os territórios da [[Dalmácia]], que anteriormente haviam sido governados pelos Venezianos e, consequentemente, tinham elites de língua italiana. A intenção dos fascistas italianos era criar um "Novo Império Romano", em que a Itália dominaria o [[Mediterrâneo]]. Em 1935-36, a [[Segunda Guerra Ítalo-Etíope|Itália invadiu e anexou a Etiópia]] e o governo Fascista proclamou a criação do "Império Italiano" ("[[Grande Itália]]"). A [[Liga das Nações]], liderados pelos britânicos que tinham interesse naquela área, protestaram sobre as ações italianas, no entanto, nenhuma providência séria foi tomada, embora mais tarde a Itália tenha enfrentado isolamento diplomático de vários países. Em 1937, a Itália saiu da Liga das Nações e no mesmo ano juntou-se ao [[Pacto Anti-Comintern]], que havia sido assinado pela Alemanha e Japão no ano anterior. Entre março de abril de 1939, as tropas italianas invadiram e anexaram a [[Albânia]]. Em 22 de maio, assinaram o [[Pacto de Aço|Pacto de Amizade e Aliança entre Alemanha e Itália]].


A Itália entrou na Segunda Guerra Mundial em 10 de junho de 1940. Em setembro de 1940, Alemanha, Japão e Itália assinaram o [[Pacto Tripartite]]. Em 1941, no entanto, os italianos haviam sofrido várias derrotas militares; [[Guerra Greco-Italiana|na Grécia]] e contra os ingleses no Egito. Em 1943, o povo italiano tinha perdido a fé em Mussolini e não apoiavam a guerra, a Itália perdeu suas colônias, os Aliados tomaram o Norte da África em maio e a Sicília foi invadida em julho.
A Itália entrou na Segunda Guerra Mundial em 10 de junho de 1940. Em setembro de 1940, Alemanha, Japão e Itália assinaram o [[Pacto Tripartite]]. Em 1941, no entanto, os italianos haviam sofrido várias derrotas militares; [[Guerra Greco-Italiana|na Grécia]] e contra os ingleses no Egito. Em 1943, o povo italiano tinha perdido a fé em Mussolini e não apoiavam a guerra, a Itália perdeu suas colônias, os Aliados tomaram o Norte da África em maio e a Sicília foi invadida em julho.


Em 25 de julho de 1943, o Rei Vítor Emanuel III, tirou Mussolini do poder e o colocou na prisão. Depois, começou negociações secretas com os Aliados. Em seguida, a Itália assinou [[Armistício com a Itália|um armistício com os Aliados]] em 8 de setembro de 1943 e mais tarde juntou-se aos Aliados como co-beligerantes. Em 12 de setembro de 1943, Mussolini foi resgatado pelos alemães na chamada [[Operação Carvalho]] e um estado fantoche chamado [[República Social Italiana]] foi formado no norte da Itália, que não era ocupado pelos Aliados. Com pouco poder real, a Itália então continuou como membro do Eixo apenas no nome.
Em 25 de julho de 1943, o Rei [[Vítor Emanuel III]], tirou Mussolini do poder e o colocou na prisão. Depois, começou negociações secretas com os Aliados. Em seguida, a Itália assinou [[Armistício com a Itália|um armistício com os Aliados]] em 8 de setembro de 1943 e mais tarde juntou-se aos Aliados como co-beligerantes. Em 12 de setembro de 1943, Mussolini foi resgatado pelos alemães na chamada [[Operação Carvalho]] e um estado fantoche chamado [[República Social Italiana]] foi formado no norte da Itália, que não era ocupado pelos Aliados. Com pouco poder real, a Itália então continuou como membro do Eixo apenas no nome.


== Nações principais ==
== Nações principais ==

[[Ficheiro:1938 Naka yoshi sangoku.jpg|thumb|202px|direita|[[Cartaz]] de [[propaganda]] do [[período Showa]] mostrando [[Adolf Hitler]], [[Fumimaro Konoe]] e [[Benito Mussolini]], os três principais nomes do Eixo.]]

[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 183-L09218, Berlin, Japanische Botschaft.jpg|thumb|250px|direita|Bandeiras do [[Terceiro Reich]], [[Império do Japão]] e [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino de Itália]] em [[Berlim]].]]


* {{DEU|1933}}, sob o ''[[Führer]]'' [[Adolf Hitler]] (e nos últimos dias da guerra, com o [[Grande Almirante]] [[Karl Dönitz]] como [[Presidente da Alemanha|presidente]])
* {{DEU|1933}}, sob o ''[[Führer]]'' [[Adolf Hitler]] (e nos últimos dias da guerra, com o [[Grande Almirante]] [[Karl Dönitz]] como [[Presidente da Alemanha|presidente]])


* {{JAPb}} [[Império do Japão]], primeiramente sob o Primeiro-Ministro [[Fuminaro Konoe]] (posteriormente [[Hideki Tojo]]) e o Imperador [[Hirohito]]
* {{JAPb}} [[Império do Japão]], primeiramente sob o Primeiro-Ministro [[Fumimaro Konoe]] (posteriormente [[Hideki Tojo]]) e o Imperador [[Hirohito]]


* {{ITAb|1861-1946}} [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino de Itália]], sob o Primeiro-Ministro [[Benito Mussolini]] e o Rei [[Victor Emmanuel III]] (até [[8 de setembro]] de [[1943]])
* {{ITAb|1861-1946}} [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino de Itália]], sob o Primeiro-Ministro [[Benito Mussolini]] e o Rei [[Victor Emmanuel III]] (até [[8 de setembro]] de [[1943]])
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* [[Exército Branco|Russo Branco]] (agentes anti-soviéticos)
* [[Exército Branco|Russo Branco]] (agentes anti-soviéticos)

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|[[Ficheiro:1938 Naka yoshi sangoku.jpg|thumb|202px|[[Cartaz]] de [[propaganda]] do [[período Showa]] mostrando [[Adolf Hitler]], [[Fumimaro Konoe]] e [[Benito Mussolini]], os três principais nomes do Eixo.]]
|[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 183-L09218, Berlin, Japanische Botschaft.jpg|thumb|250px|Bandeiras do [[Terceiro Reich]], [[Império do Japão]] e [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino de Itália]] em [[Berlim]].]]
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== {{Ver também}} ==
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* [http://www.axishistory.com/ História do Eixo]
* [http://www.axishistory.com/ História do Eixo]


{{Portal3|História|Política|Segunda Guerra Mundial}}
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{{esboço-história}}
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Revisão das 13h49min de 18 de outubro de 2012

Mapa do mundo com os participantes da Segunda Guerra Mundial. Os Aliados a verde (os mais recentes, que entraram no confronto após o ataque a Pearl Harbor, a verde mais claro), e as forças do Eixo a azul, com os países neutros a cinzento.

As Potências do Eixo foram um dos contendores da Segunda Guerra Mundial. Seus inimigos eram os Aliados. Encabeçado pela Alemanha de Adolf Hitler, pela Itália de Benito Mussolini e pelo Japão de Tojo Hideki e do Imperador Hirohito, seus membros se referiam a ele como "Eixo Roma-Berlim-Tóquio". Além destas três nações principais, faziam parte outras menores.

Nações constituintes da aliança do Eixo

Alemanha

A Alemanha Nazista foi oficialmente a líder das potências do Eixo, tendo sido a autora do Pacto Tripartite onde se formaram as potências do Eixo. A Alemanha foi governada no momento por Adolf Hitler e o seu Partido Nazista.

Os cidadãos alemães sentiram que o seu país havia sido humilhado pelo chamado Tratado de Versalhes que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, forçando a Alemanha a pagar enormes custos de guerra e a perder territórios de população alemã e suas colônias. Nacionalistas alemães culparam os pacifistas, comunistas e judeus pela derrota do país. Os alemães tiveram que pagar indenizações de grande porte, o que colocou pressão sobre a economia alemã, levando a República de Weimar à hiperinflação durante o início da década de 1920. Em 1923, os franceses ocuparam a região do Ruhr, como resultado de atrasos de pagamento levando ao aumento dos sentimentos de descontentamento.

Alemanha Nazista.

Apesar de a Alemanha começar a melhorar economicamente, no fim da década de 1920, a Grande Depressão criou mais dificuldades econômicas e um aumento de forças políticas que advogavam soluções radicais para as desgraças da Alemanha. Os nazistas sob Adolf Hitler promoveram a crença nacionalista que a Alemanha tinha sido traída por judeus (ver: dolchstoßlegende) e comunistas e prometeu reconstruir a Alemanha como uma grande potência e criar a Grande Alemanha, que incluiria a Alsácia-Lorena, a Áustria, os Sudetos, e outros territórios de população alemã na Europa (ver: großdeutschland e pangermanismo). Além disso, os nazistas decidiram ocupar territórios não-alemães na Polónia, países bálticos, e União Soviética, para coloniza-los com os alemães como parte da política nazista de busca do Lebensraum ("espaço vital") na Europa Oriental.

A Alemanha renunciou ao Tratado de Versalhes, em 1935 e começou a rearmar-se. A Renânia foi remilitarizada. A Alemanha anexou depois a Áustria em 1938, os Sudetos da Checoslováquia e Memel da Lituânia em 1939. Em seguida, invadiu o resto da Checoslováquia, (ver: Acordo de Munique) em 1939, criando o protetorado da Boêmia e Moravia. A Checoslováquia deixou de existir como um país unificado e soberano.

Em 23 de agosto de 1939, a Alemanha e União Soviética assinaram o Pacto Molotov-Ribbentrop, que incluía um protocolo secreto dividindo a Europa Oriental em esferas de influência (ver: negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo).

Em 1941, a Alemanha ocupou a maior parte da Europa e a as suas forças militares lutavam contra a União Soviética, quase capturando a seu capital de Moscou. No entanto, derrotas na Batalha de Stalingrado em 1943 e a Batalha de Kursk devastaram as forças armadas alemãs. Isto, combinado com desembarque dos aliados ocidentais na Normandia no dia 6 de junho de 1944 (Dia D) e invasão Aliada da Sicília, levou a uma guerra de três frentes esgotando as forças armadas da Alemanha e que resultou na derrota da Alemanha em 2 de maio de 1945, quando os aliados finalmente tomaram Berlim.

Japão

Império do Japão.

Em 1941, com o fim da cooperação Sino-Germânica, o Japão tornou-se o principal representante das forças do eixo na Ásia e no Pacífico. O Império do Japão, comumente chamado de Japão Imperial, era uma monarquia constitucional regida pelo imperador Hirohito. A constituição japonesa prescrevia que:

"O Imperador é o chefe do Império, combinando a si mesmo os direitos de soberania e a exercê-los de acordo com as disposições da presente Constituição" (Artigo 4) e "O Imperador possui o total controle sobre o Exército e a Marinha." (Artigo 11).

No seu auge, a Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental japonesa, incluía a Manchúria, Mongólia Interior, grandes partes da China, Malásia, Indochina Francesa, Índias Orientais Neerlandesas, Filipinas, Birmânia, algumas regiões da Índia, e várias ilhas do Pacífico - especificamente no Pacífico central.

Como resultado de discórdias internas e da crise econômica da década de 1920, os elementos militaristas levaram o Japão para um caminho de expansionismo. O Japão tinha planos para estabelecer uma hegemonia na Ásia e assim, tornar-se auto-suficiente. Como as ilhas japonesas não tinham recursos necessários pra isso, seria preciso adquirir áreas com recursos naturais abundantes. As politicas expansionistas japonesas acabaram por afastá-los dos membros da Liga das Nações e, em meados dos anos 1930, aproxima-los da Alemanha e Itália, que tinham politicas de expansionismo similares, mas que eram condenados por diversos de países. Os primeiros passos de um alinhamento militar com a Alemanha se deu com o Pacto Anticomintern, em que os países concordavam em unir-se caso a União Soviética atacasse um dos dois países.

A primeira grande intervenção japonesa foi contra a China em 1937. A invasão e ocupação subsequente de partes da China pelos japoneses, resultou um inúmeras atrocidades contra civis como o Massacre de Nanquim, a Política dos Três Tudos e experiências com seres humanos realizadas pela unidade 731. Os japoneses também lutaram contra forças Mongóis-Soviéticas em Manchukuo entre 1938 e 1939. Porém, o Japão decidiu evitar a guerra que podia começar com a União Soviética a qualquer momento, assinando um pacto de não-agressão (pacto nipônico-soviético) com os soviéticos em 1941.

Com as potências coloniais europeias focadas na guerra na Europa, o Japão tentou dominar suas colônias. Em 1940, o Japão aproveitou o colapso francês perante a Alemanha e dominou a Indochina Francesa. O regime da França de Vichy, aliados de-facto da Alemanha, aceitaram a aquisição japonesa de Indochina. A resposta dos aliados não veio com ataques militares, no entanto, com os confrontos contínuos na China, os Estados Unidos instituíram um embargo econômico contra o Japão em 1941, cortando o fornecimento de metais e combustíveis necessários para a indústria, comércio e esforços de guerra.

Para isolar as forças americanas nas Filipinas e prejudicar a Marinha dos Estados Unidos, o Quartel-General Imperial ordenou que a Marinha Imperial Japonesa atacasse a base americana de Pearl Harbor, no Havaí em 7 de dezembro de 1941. Depois, as forças japonesas invadiram também a Malásia e Hong Kong. Inicialmente, os japoneses conseguiram vencer várias batalhas contra os aliados, porém, quando a grande força industrial dos americanos ficou realmente aparente, as forças japonesas foram cada vez mais obrigadas a recuar. A Guerra do Pacífico durou até os Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki em 1945. Os Soviéticos declararam guerra oficialmente em agosto de 1945, ocupando Manchúria e o nordeste da China, no evento que ficou conhecido como Operação Tempestade de Agosto.

Itália

Reino da Itália.

O Reino da Itália e o Império colonial italiano era liderado pelo ditador fascista e Chefe de Governo Benito Mussolini em nome do Rei Vítor Emanuel III.

Durante a Primeira Guerra Mundial, a Itália lutou contra a Alemanha e Áustria-Hungria. No final da guerra, a Itália obteve ganhos bem menores do que havia sido prometido no Pacto de Londres. O Pacto de Londres foi anulado com o Tratado de Versalhes e os nacionalistas e população italiana viram isso como uma injustiça; a guerra havia feito 600.000 vítimas italianas. Esse ressentimento, somado a um descontentamento interno e uma crise econômica, deu espaço a ascensão ao poder dos fascistas italianos sob Benito Mussolini em 1922.

No final do século XIX, após a reunificação, um movimento nacionalista cresceu em torno do conceito de Italia irredenta, que defendia a incorporação de áreas de língua italiana. Havia um desejo de anexar os territórios da Dalmácia, que anteriormente haviam sido governados pelos Venezianos e, consequentemente, tinham elites de língua italiana. A intenção dos fascistas italianos era criar um "Novo Império Romano", em que a Itália dominaria o Mediterrâneo. Em 1935-36, a Itália invadiu e anexou a Etiópia e o governo Fascista proclamou a criação do "Império Italiano" ("Grande Itália"). A Liga das Nações, liderados pelos britânicos que tinham interesse naquela área, protestaram sobre as ações italianas, no entanto, nenhuma providência séria foi tomada, embora mais tarde a Itália tenha enfrentado isolamento diplomático de vários países. Em 1937, a Itália saiu da Liga das Nações e no mesmo ano juntou-se ao Pacto Anti-Comintern, que havia sido assinado pela Alemanha e Japão no ano anterior. Entre março de abril de 1939, as tropas italianas invadiram e anexaram a Albânia. Em 22 de maio, assinaram o Pacto de Amizade e Aliança entre Alemanha e Itália.

A Itália entrou na Segunda Guerra Mundial em 10 de junho de 1940. Em setembro de 1940, Alemanha, Japão e Itália assinaram o Pacto Tripartite. Em 1941, no entanto, os italianos haviam sofrido várias derrotas militares; na Grécia e contra os ingleses no Egito. Em 1943, o povo italiano tinha perdido a fé em Mussolini e não apoiavam a guerra, a Itália perdeu suas colônias, os Aliados tomaram o Norte da África em maio e a Sicília foi invadida em julho.

Em 25 de julho de 1943, o Rei Vítor Emanuel III, tirou Mussolini do poder e o colocou na prisão. Depois, começou negociações secretas com os Aliados. Em seguida, a Itália assinou um armistício com os Aliados em 8 de setembro de 1943 e mais tarde juntou-se aos Aliados como co-beligerantes. Em 12 de setembro de 1943, Mussolini foi resgatado pelos alemães na chamada Operação Carvalho e um estado fantoche chamado República Social Italiana foi formado no norte da Itália, que não era ocupado pelos Aliados. Com pouco poder real, a Itália então continuou como membro do Eixo apenas no nome.

Nações principais

Outras nações

Países em coligação ativa com o Eixo

Colaboradores activos

Colaboradores passivos

Grupos nacionalistas

Cartaz de propaganda do período Showa mostrando Adolf Hitler, Fumimaro Konoe e Benito Mussolini, os três principais nomes do Eixo.
Bandeiras do Terceiro Reich, Império do Japão e Reino de Itália em Berlim.

Ver também

Ligações externas

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