Potências do Eixo: diferenças entre revisões
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A [[Alemanha Nazista]] foi oficialmente a líder das potências do Eixo, tendo sido a autora do [[Pacto Tripartite]] onde se formaram as potências do Eixo. A Alemanha foi governada no momento por [[Adolf Hitler]] e o seu [[Partido Nazista]]. |
A [[Alemanha Nazista]] foi oficialmente a líder das potências do Eixo, tendo sido a autora do [[Pacto Tripartite]] onde se formaram as potências do Eixo. A Alemanha foi governada no momento por [[Adolf Hitler]] e o seu [[Partido Nazista]]. |
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Os cidadãos alemães sentiram que o seu país havia sido humilhado pelo chamado [[Tratado de Versalhes]] que pôs fim à [[Primeira Guerra Mundial]], forçando a Alemanha a pagar enormes custos de guerra e a perder territórios de população alemã e suas [[Colónia (história)|colônias]]. [[Nacionalista]]s alemães culparam os [[pacifista]]s, [[comunista]]s e [[judeu]]s pela derrota do país. Os alemães tiveram que pagar |
Os cidadãos alemães sentiram que o seu país havia sido humilhado pelo chamado [[Tratado de Versalhes]] que pôs fim à [[Primeira Guerra Mundial]], forçando a Alemanha a pagar enormes custos de guerra e a perder territórios de população alemã e suas [[Colónia (história)|colônias]]. [[Nacionalista]]s alemães culparam os [[pacifista]]s, [[comunista]]s e [[judeu]]s pela derrota do país. Os alemães tiveram que pagar indenizações de grande porte, o que colocou pressão sobre a [[economia]] alemã, levando a [[República de Weimar]] à [[hiperinflação]] durante o início da [[década de 1920]]. Em [[1923]], os franceses ocuparam a região do [[Ruhr]], como resultado de atrasos de pagamento levando ao aumento dos sentimentos de descontentamento. |
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Apesar de a Alemanha começar a melhorar economicamente, no fim da [[década de 1920]], a [[Grande Depressão]] criou mais dificuldades econômicas e um aumento de forças políticas que advogavam soluções radicais para as desgraças da Alemanha. Os nazistas sob Adolf Hitler promoveram a crença nacionalista que a Alemanha tinha sido traída por judeus e comunistas e prometeu reconstruir a Alemanha como uma [[grande potência]] e criar a [[Grande Alemanha]], que incluiria a [[Alsácia-Lorena]], a [[Áustria]], os [[Sudetos]], e outros territórios de população alemã na [[Europa]]. Além disso, os nazistas decidiram ocupar territórios não-alemães na [[Polónia]], [[países bálticos]], e [[União Soviética]], para coloniza-los com os alemães como parte da política nazista de busca do [[Lebensraum]] ("espaço vital") na [[Europa Oriental]]. |
Apesar de a Alemanha começar a melhorar economicamente, no fim da [[década de 1920]], a [[Grande Depressão]] criou mais dificuldades econômicas e um aumento de forças políticas que advogavam soluções radicais para as desgraças da Alemanha. Os nazistas sob Adolf Hitler promoveram a crença nacionalista que a Alemanha tinha sido traída por judeus (''ver: [[dolchstoßlegende]]'') e comunistas e prometeu reconstruir a Alemanha como uma [[grande potência]] e criar a [[Grande Alemanha]], que incluiria a [[Alsácia-Lorena]], a [[Áustria]], os [[Sudetos]], e outros territórios de população alemã na [[Europa]] (''ver: [[großdeutschland]] e [[pangermanismo]]''). Além disso, os nazistas decidiram ocupar territórios não-alemães na [[Polónia]], [[países bálticos]], e [[União Soviética]], para coloniza-los com os alemães como parte da política nazista de busca do [[Lebensraum]] ("espaço vital") na [[Europa Oriental]]. |
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A Alemanha renunciou ao Tratado de Versalhes, em [[1935]] e começou a rearmar-se. A [[Renânia |
A Alemanha renunciou ao Tratado de Versalhes, em [[1935]] e começou a rearmar-se. A [[Remilitarização da Renânia|Renânia foi remilitarizada]]. A Alemanha [[Anschluss |anexou depois a Áustria em 1938]], os [[Sudetos]] da [[Checoslováquia]] e [[Klaipėda | Memel]] da [[Lituânia]] em 1939. Em seguida, invadiu o resto da [[Checoslováquia]], (''ver: [[Acordo de Munique]]'') em 1939, criando o [[protetorado]] da [[Boêmia]] e [[Moravia]]. A Checoslováquia deixou de existir como um país unificado e soberano. |
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Em [[23 de agosto]] de [[1939]], a Alemanha e [[União Soviética]] assinaram o [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], que incluía um [[protocolo]] secreto dividindo a Europa Oriental em esferas de influência. |
Em [[23 de agosto]] de [[1939]], a Alemanha e [[União Soviética]] assinaram o [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], que incluía um [[protocolo]] secreto dividindo a Europa Oriental em [[esfera de influência|esferas de influência]] (''ver: [[negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo]]''). |
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Em 1941, a Alemanha ocupou a maior parte da Europa e a [[Wehrmacht |as suas forças militares]] lutavam contra a União Soviética, quase capturando a seu capital de [[Moscou]]. No entanto, derrotas na [[Batalha de Stalingrado]] em 1943 e a [[Batalha de Kursk]] devastaram as forças armadas alemãs. Isto, combinado com desembarque dos aliados ocidentais na [[Normandia]] no dia 6 de junho de 1944 ([[Dia D]]) e [[invasão Aliada da Sicília]], levou a uma guerra de três frentes esgotando as forças armadas da Alemanha e que resultou na derrota da Alemanha em 2 de maio de 1945, quando os aliados finalmente tomaram Berlim. |
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Em 1941, com o fim da [[Cooperação Sino-Germânica (1911–1941)|cooperação Sino-Germânica]], o Japão tornou-se o principal representante das forças do eixo na [[Ásia]] e no [[Pacífico]]. O Império do Japão, comumente chamado de ''Japão Imperial'', era uma [[monarquia constitucional]] regida pelo imperador Hirohito. A constituição japonesa prescrevia que: |
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:"''O Imperador é o chefe do Império, combinando a si mesmo os direitos de soberania e a exercê-los de acordo com as disposições da presente Constituição" (Artigo 4) e "O Imperador possui o total controle sobre o Exército e a Marinha.''" ([[Artigo]] 11). |
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No seu auge, a [[Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental]] japonesa, incluía a [[Manchúria]], [[Mongólia Interior]], grandes partes da [[China]], [[Malásia]], [[Indochina Francesa]], [[Índias Orientais Neerlandesas]], [[Filipinas]], [[Birmânia]], algumas regiões da [[Índia]], e várias ilhas do Pacífico - especificamente no Pacífico central. |
No seu auge, a [[Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental]] japonesa, incluía a [[Manchúria]], [[Mongólia Interior]], grandes partes da [[China]], [[Malásia]], [[Indochina Francesa]], [[Índias Orientais Neerlandesas]], [[Filipinas]], [[Birmânia]], algumas regiões da [[Índia]], e várias ilhas do Pacífico - especificamente no Pacífico central. |
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Como resultado de discórdias internas e da crise econômica da década de 1920, os elementos |
Como resultado de discórdias internas e da crise econômica da década de 1920, os elementos [[militarista]]s levaram o Japão para um caminho de [[expansionismo]]. O Japão tinha planos para estabelecer uma hegemonia na Ásia e assim, tornar-se auto-suficiente. Como as ilhas japonesas não tinham recursos necessários pra isso, seria preciso adquirir áreas com recursos naturais abundantes. As politicas expansionistas japonesas acabaram por afastá-los dos membros da [[Liga das Nações]] e, em meados dos [[anos 1930]], aproxima-los da Alemanha e Itália, que tinham politicas de expansionismo similares, mas que eram condenados por diversos de países. Os primeiros passos de um alinhamento militar com a Alemanha se deu com o [[Pacto Anticomintern]], em que os países concordavam em unir-se caso a União Soviética atacasse um dos dois países. |
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A primeira grande intervenção japonesa foi [[Segunda Guerra Sino-Japonesa|contra a China em 1937]]. A invasão e ocupação subsequente de partes da China pelos japoneses, resultou um inúmeras atrocidades contra civis como o [[Massacre de Nanquim]] |
A primeira grande intervenção japonesa foi [[Segunda Guerra Sino-Japonesa|contra a China em 1937]]. A invasão e ocupação subsequente de partes da China pelos japoneses, resultou um inúmeras atrocidades contra civis como o [[Massacre de Nanquim]], a [[Sanko Sakusen|Política dos Três Tudos]] e experiências com seres humanos realizadas pela [[unidade 731]]. Os japoneses também lutaram contra forças Mongóis-Soviéticas em [[Manchukuo]] entre 1938 e 1939. Porém, o Japão decidiu evitar a guerra que podia começar com a União Soviética a qualquer momento, assinando um pacto de não-agressão ([[pacto nipônico-soviético]]) com os soviéticos em 1941. |
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Com as potências coloniais europeias focadas na guerra na Europa, o Japão tentou dominar suas |
Com as potências coloniais europeias focadas na guerra na Europa, o Japão tentou dominar suas [[colônia]]s. Em 1940, o Japão aproveitou o colapso francês perante a Alemanha e dominou a [[Indochina Francesa]]. O regime da [[França de Vichy]], aliados de-facto da Alemanha, aceitaram a aquisição japonesa de Indochina. A resposta dos aliados não veio com ataques militares, no entanto, com os confrontos contínuos na China, os [[Estados Unidos]] instituíram um [[embargo econômico]] contra o Japão em 1941, cortando o fornecimento de metais e combustíveis necessários para a indústria, comércio e [[esforço de guerra|esforços de guerra]]. |
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Para isolar as forças americanas nas [[Filipinas]] e prejudicar a Marinha dos Estados Unidos, o [[Quartel-General Imperial]] ordenou que a [[Marinha Imperial Japonesa]] atacasse a base americana de [[Pearl Harbor]], no [[Havaí]] em 7 de dezembro de 1941. Depois, as forças japonesas invadiram também a [[Malásia]] e [[Hong Kong]]. Inicialmente, os japoneses conseguiram vencer várias batalhas contra os aliados, porém, quando a grande força industrial dos americanos ficou realmente aparente, as forças japonesas foram cada vez mais obrigadas a recuar. A [[Guerra do Pacífico]] durou até os [[Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki]] em 1945. Os Soviéticos declararam guerra oficialmente em agosto de 1945, ocupando Manchúria e o nordeste da China, no evento que ficou conhecido como [[Operação Tempestade de Agosto]]. |
Para isolar as forças americanas nas [[Filipinas]] e prejudicar a [[Marinha dos Estados Unidos]], o [[Quartel-General Imperial]] ordenou que a [[Marinha Imperial Japonesa]] atacasse a base americana de [[Pearl Harbor]], no [[Havaí]] em 7 de dezembro de 1941. Depois, as forças japonesas invadiram também a [[Malásia]] e [[Hong Kong]]. Inicialmente, os japoneses conseguiram vencer várias batalhas contra os aliados, porém, quando a grande força industrial dos americanos ficou realmente aparente, as forças japonesas foram cada vez mais obrigadas a recuar. A [[Guerra do Pacífico]] durou até os [[Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki]] em 1945. Os Soviéticos declararam guerra oficialmente em agosto de 1945, ocupando Manchúria e o nordeste da China, no evento que ficou conhecido como [[Operação Tempestade de Agosto]]. |
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===Itália=== |
===Itália=== |
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[[Imagem:Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg|thumb|<center>[[Reino de Itália (1861–1946)|Reino da Itália]].</center>]] |
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O Reino da Itália e o Império |
O [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino da Itália]] e o [[Império colonial italiano]] era liderado pelo [[ditador]] [[fascista]] e [[Duce|Chefe de Governo]] [[Benito Mussolini]] em nome do [[Vítor Emanuel III da Itália|Rei Vítor Emanuel III]]. |
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Durante a Primeira Guerra Mundial, a Itália lutou contra a Alemanha e [[Áustria-Hungria]]. No final da guerra, a Itália obteve ganhos bem menores do que havia sido prometido no [[Tratado de Londres (1915)|Pacto de Londres]]. O Pacto de Londres foi anulado com o [[Tratado de Versalhes]] e os nacionalistas e população italiana viram isso como uma injustiça; a guerra havia feito 600.000 vítimas italianas. Esse ressentimento, somado a um descontentamento interno e uma crise econômica, deu espaço a ascensão ao poder dos fascistas italianos sob Benito Mussolini em 1922. |
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Itália lutou contra a Alemanha e [[Áustria-Hungria]]. No final da guerra, a Itália obteve ganhos bem menores do que havia sido prometido no [[Tratado de Londres (1915)|Pacto de Londres]]. O Pacto de Londres foi anulado com o [[Tratado de Versalhes]] e os nacionalistas e população italiana viram isso como uma injustiça; a guerra havia feito 600.000 vítimas italianas. Esse ressentimento, somado a um descontentamento interno e uma crise econômica, deu espaço a ascensão ao poder dos fascistas italianos sob Benito Mussolini em 1922. |
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No final do século XIX, após a reunificação, um movimento nacionalista cresceu em torno do conceito de ''Italia irredenta'', que defendia a incorporação de áreas de |
No final do século XIX, após a reunificação, um movimento nacionalista cresceu em torno do conceito de ''[[Irredentismo#O_irredentismo_italiano|Italia irredenta]]'', que defendia a incorporação de áreas de [[língua italiana]]. Havia um desejo de anexar os territórios da [[Dalmácia]], que anteriormente haviam sido governados pelos Venezianos e, consequentemente, tinham elites de língua italiana. A intenção dos fascistas italianos era criar um "Novo Império Romano", em que a Itália dominaria o [[Mediterrâneo]]. Em 1935-36, a [[Segunda Guerra Ítalo-Etíope|Itália invadiu e anexou a Etiópia]] e o governo Fascista proclamou a criação do "Império Italiano" ("[[Grande Itália]]"). A [[Liga das Nações]], liderados pelos britânicos que tinham interesse naquela área, protestaram sobre as ações italianas, no entanto, nenhuma providência séria foi tomada, embora mais tarde a Itália tenha enfrentado isolamento diplomático de vários países. Em 1937, a Itália saiu da Liga das Nações e no mesmo ano juntou-se ao [[Pacto Anti-Comintern]], que havia sido assinado pela Alemanha e Japão no ano anterior. Entre março de abril de 1939, as tropas italianas invadiram e anexaram a [[Albânia]]. Em 22 de maio, assinaram o [[Pacto de Aço|Pacto de Amizade e Aliança entre Alemanha e Itália]]. |
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A Itália entrou na Segunda Guerra Mundial em 10 de junho de 1940. Em setembro de 1940, Alemanha, Japão e Itália assinaram o [[Pacto Tripartite]]. Em 1941, no entanto, os italianos haviam sofrido várias derrotas militares; [[Guerra Greco-Italiana|na Grécia]] e contra os ingleses no Egito. Em 1943, o povo italiano tinha perdido a fé em Mussolini e não apoiavam a guerra, a Itália perdeu suas colônias, os Aliados tomaram o Norte da África em maio e a Sicília foi invadida em julho. |
A Itália entrou na Segunda Guerra Mundial em 10 de junho de 1940. Em setembro de 1940, Alemanha, Japão e Itália assinaram o [[Pacto Tripartite]]. Em 1941, no entanto, os italianos haviam sofrido várias derrotas militares; [[Guerra Greco-Italiana|na Grécia]] e contra os ingleses no Egito. Em 1943, o povo italiano tinha perdido a fé em Mussolini e não apoiavam a guerra, a Itália perdeu suas colônias, os Aliados tomaram o Norte da África em maio e a Sicília foi invadida em julho. |
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Em 25 de julho de 1943, o Rei Vítor Emanuel III, tirou Mussolini do poder e o colocou na prisão. Depois, começou negociações secretas com os Aliados. Em seguida, a Itália assinou [[Armistício com a Itália|um armistício com os Aliados]] em 8 de setembro de 1943 e mais tarde juntou-se aos Aliados como co-beligerantes. Em 12 de setembro de 1943, Mussolini foi resgatado pelos alemães na chamada [[Operação Carvalho]] e um estado fantoche chamado [[República Social Italiana]] foi formado no norte da Itália, que não era ocupado pelos Aliados. Com pouco poder real, a Itália então continuou como membro do Eixo apenas no nome. |
Em 25 de julho de 1943, o Rei [[Vítor Emanuel III]], tirou Mussolini do poder e o colocou na prisão. Depois, começou negociações secretas com os Aliados. Em seguida, a Itália assinou [[Armistício com a Itália|um armistício com os Aliados]] em 8 de setembro de 1943 e mais tarde juntou-se aos Aliados como co-beligerantes. Em 12 de setembro de 1943, Mussolini foi resgatado pelos alemães na chamada [[Operação Carvalho]] e um estado fantoche chamado [[República Social Italiana]] foi formado no norte da Itália, que não era ocupado pelos Aliados. Com pouco poder real, a Itália então continuou como membro do Eixo apenas no nome. |
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== Nações principais == |
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* {{ITAb|1861-1946}} [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino de Itália]], sob o Primeiro-Ministro [[Benito Mussolini]] e o Rei [[Victor Emmanuel III]] (até [[8 de setembro]] de [[1943]]) |
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* [http://www.axishistory.com/ História do Eixo] |
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Revisão das 13h49min de 18 de outubro de 2012
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Outubro de 2010) |
As Potências do Eixo foram um dos contendores da Segunda Guerra Mundial. Seus inimigos eram os Aliados. Encabeçado pela Alemanha de Adolf Hitler, pela Itália de Benito Mussolini e pelo Japão de Tojo Hideki e do Imperador Hirohito, seus membros se referiam a ele como "Eixo Roma-Berlim-Tóquio". Além destas três nações principais, faziam parte outras menores.
Nações constituintes da aliança do Eixo
Alemanha
A Alemanha Nazista foi oficialmente a líder das potências do Eixo, tendo sido a autora do Pacto Tripartite onde se formaram as potências do Eixo. A Alemanha foi governada no momento por Adolf Hitler e o seu Partido Nazista.
Os cidadãos alemães sentiram que o seu país havia sido humilhado pelo chamado Tratado de Versalhes que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, forçando a Alemanha a pagar enormes custos de guerra e a perder territórios de população alemã e suas colônias. Nacionalistas alemães culparam os pacifistas, comunistas e judeus pela derrota do país. Os alemães tiveram que pagar indenizações de grande porte, o que colocou pressão sobre a economia alemã, levando a República de Weimar à hiperinflação durante o início da década de 1920. Em 1923, os franceses ocuparam a região do Ruhr, como resultado de atrasos de pagamento levando ao aumento dos sentimentos de descontentamento.
Apesar de a Alemanha começar a melhorar economicamente, no fim da década de 1920, a Grande Depressão criou mais dificuldades econômicas e um aumento de forças políticas que advogavam soluções radicais para as desgraças da Alemanha. Os nazistas sob Adolf Hitler promoveram a crença nacionalista que a Alemanha tinha sido traída por judeus (ver: dolchstoßlegende) e comunistas e prometeu reconstruir a Alemanha como uma grande potência e criar a Grande Alemanha, que incluiria a Alsácia-Lorena, a Áustria, os Sudetos, e outros territórios de população alemã na Europa (ver: großdeutschland e pangermanismo). Além disso, os nazistas decidiram ocupar territórios não-alemães na Polónia, países bálticos, e União Soviética, para coloniza-los com os alemães como parte da política nazista de busca do Lebensraum ("espaço vital") na Europa Oriental.
A Alemanha renunciou ao Tratado de Versalhes, em 1935 e começou a rearmar-se. A Renânia foi remilitarizada. A Alemanha anexou depois a Áustria em 1938, os Sudetos da Checoslováquia e Memel da Lituânia em 1939. Em seguida, invadiu o resto da Checoslováquia, (ver: Acordo de Munique) em 1939, criando o protetorado da Boêmia e Moravia. A Checoslováquia deixou de existir como um país unificado e soberano.
Em 23 de agosto de 1939, a Alemanha e União Soviética assinaram o Pacto Molotov-Ribbentrop, que incluía um protocolo secreto dividindo a Europa Oriental em esferas de influência (ver: negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo).
Em 1941, a Alemanha ocupou a maior parte da Europa e a as suas forças militares lutavam contra a União Soviética, quase capturando a seu capital de Moscou. No entanto, derrotas na Batalha de Stalingrado em 1943 e a Batalha de Kursk devastaram as forças armadas alemãs. Isto, combinado com desembarque dos aliados ocidentais na Normandia no dia 6 de junho de 1944 (Dia D) e invasão Aliada da Sicília, levou a uma guerra de três frentes esgotando as forças armadas da Alemanha e que resultou na derrota da Alemanha em 2 de maio de 1945, quando os aliados finalmente tomaram Berlim.
Japão
Em 1941, com o fim da cooperação Sino-Germânica, o Japão tornou-se o principal representante das forças do eixo na Ásia e no Pacífico. O Império do Japão, comumente chamado de Japão Imperial, era uma monarquia constitucional regida pelo imperador Hirohito. A constituição japonesa prescrevia que:
- "O Imperador é o chefe do Império, combinando a si mesmo os direitos de soberania e a exercê-los de acordo com as disposições da presente Constituição" (Artigo 4) e "O Imperador possui o total controle sobre o Exército e a Marinha." (Artigo 11).
No seu auge, a Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental japonesa, incluía a Manchúria, Mongólia Interior, grandes partes da China, Malásia, Indochina Francesa, Índias Orientais Neerlandesas, Filipinas, Birmânia, algumas regiões da Índia, e várias ilhas do Pacífico - especificamente no Pacífico central.
Como resultado de discórdias internas e da crise econômica da década de 1920, os elementos militaristas levaram o Japão para um caminho de expansionismo. O Japão tinha planos para estabelecer uma hegemonia na Ásia e assim, tornar-se auto-suficiente. Como as ilhas japonesas não tinham recursos necessários pra isso, seria preciso adquirir áreas com recursos naturais abundantes. As politicas expansionistas japonesas acabaram por afastá-los dos membros da Liga das Nações e, em meados dos anos 1930, aproxima-los da Alemanha e Itália, que tinham politicas de expansionismo similares, mas que eram condenados por diversos de países. Os primeiros passos de um alinhamento militar com a Alemanha se deu com o Pacto Anticomintern, em que os países concordavam em unir-se caso a União Soviética atacasse um dos dois países.
A primeira grande intervenção japonesa foi contra a China em 1937. A invasão e ocupação subsequente de partes da China pelos japoneses, resultou um inúmeras atrocidades contra civis como o Massacre de Nanquim, a Política dos Três Tudos e experiências com seres humanos realizadas pela unidade 731. Os japoneses também lutaram contra forças Mongóis-Soviéticas em Manchukuo entre 1938 e 1939. Porém, o Japão decidiu evitar a guerra que podia começar com a União Soviética a qualquer momento, assinando um pacto de não-agressão (pacto nipônico-soviético) com os soviéticos em 1941.
Com as potências coloniais europeias focadas na guerra na Europa, o Japão tentou dominar suas colônias. Em 1940, o Japão aproveitou o colapso francês perante a Alemanha e dominou a Indochina Francesa. O regime da França de Vichy, aliados de-facto da Alemanha, aceitaram a aquisição japonesa de Indochina. A resposta dos aliados não veio com ataques militares, no entanto, com os confrontos contínuos na China, os Estados Unidos instituíram um embargo econômico contra o Japão em 1941, cortando o fornecimento de metais e combustíveis necessários para a indústria, comércio e esforços de guerra.
Para isolar as forças americanas nas Filipinas e prejudicar a Marinha dos Estados Unidos, o Quartel-General Imperial ordenou que a Marinha Imperial Japonesa atacasse a base americana de Pearl Harbor, no Havaí em 7 de dezembro de 1941. Depois, as forças japonesas invadiram também a Malásia e Hong Kong. Inicialmente, os japoneses conseguiram vencer várias batalhas contra os aliados, porém, quando a grande força industrial dos americanos ficou realmente aparente, as forças japonesas foram cada vez mais obrigadas a recuar. A Guerra do Pacífico durou até os Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki em 1945. Os Soviéticos declararam guerra oficialmente em agosto de 1945, ocupando Manchúria e o nordeste da China, no evento que ficou conhecido como Operação Tempestade de Agosto.
Itália
O Reino da Itália e o Império colonial italiano era liderado pelo ditador fascista e Chefe de Governo Benito Mussolini em nome do Rei Vítor Emanuel III.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Itália lutou contra a Alemanha e Áustria-Hungria. No final da guerra, a Itália obteve ganhos bem menores do que havia sido prometido no Pacto de Londres. O Pacto de Londres foi anulado com o Tratado de Versalhes e os nacionalistas e população italiana viram isso como uma injustiça; a guerra havia feito 600.000 vítimas italianas. Esse ressentimento, somado a um descontentamento interno e uma crise econômica, deu espaço a ascensão ao poder dos fascistas italianos sob Benito Mussolini em 1922.
No final do século XIX, após a reunificação, um movimento nacionalista cresceu em torno do conceito de Italia irredenta, que defendia a incorporação de áreas de língua italiana. Havia um desejo de anexar os territórios da Dalmácia, que anteriormente haviam sido governados pelos Venezianos e, consequentemente, tinham elites de língua italiana. A intenção dos fascistas italianos era criar um "Novo Império Romano", em que a Itália dominaria o Mediterrâneo. Em 1935-36, a Itália invadiu e anexou a Etiópia e o governo Fascista proclamou a criação do "Império Italiano" ("Grande Itália"). A Liga das Nações, liderados pelos britânicos que tinham interesse naquela área, protestaram sobre as ações italianas, no entanto, nenhuma providência séria foi tomada, embora mais tarde a Itália tenha enfrentado isolamento diplomático de vários países. Em 1937, a Itália saiu da Liga das Nações e no mesmo ano juntou-se ao Pacto Anti-Comintern, que havia sido assinado pela Alemanha e Japão no ano anterior. Entre março de abril de 1939, as tropas italianas invadiram e anexaram a Albânia. Em 22 de maio, assinaram o Pacto de Amizade e Aliança entre Alemanha e Itália.
A Itália entrou na Segunda Guerra Mundial em 10 de junho de 1940. Em setembro de 1940, Alemanha, Japão e Itália assinaram o Pacto Tripartite. Em 1941, no entanto, os italianos haviam sofrido várias derrotas militares; na Grécia e contra os ingleses no Egito. Em 1943, o povo italiano tinha perdido a fé em Mussolini e não apoiavam a guerra, a Itália perdeu suas colônias, os Aliados tomaram o Norte da África em maio e a Sicília foi invadida em julho.
Em 25 de julho de 1943, o Rei Vítor Emanuel III, tirou Mussolini do poder e o colocou na prisão. Depois, começou negociações secretas com os Aliados. Em seguida, a Itália assinou um armistício com os Aliados em 8 de setembro de 1943 e mais tarde juntou-se aos Aliados como co-beligerantes. Em 12 de setembro de 1943, Mussolini foi resgatado pelos alemães na chamada Operação Carvalho e um estado fantoche chamado República Social Italiana foi formado no norte da Itália, que não era ocupado pelos Aliados. Com pouco poder real, a Itália então continuou como membro do Eixo apenas no nome.
Nações principais
- Alemanha, sob o Führer Adolf Hitler (e nos últimos dias da guerra, com o Grande Almirante Karl Dönitz como presidente)
- Império do Japão, primeiramente sob o Primeiro-Ministro Fumimaro Konoe (posteriormente Hideki Tojo) e o Imperador Hirohito
- Reino de Itália, sob o Primeiro-Ministro Benito Mussolini e o Rei Victor Emmanuel III (até 8 de setembro de 1943)
Outras nações
- Hungria, sob o Almirante Miklós Horthy (desde 20 de novembro de 1940 até 8 de maio de 1945)
Países em coligação ativa com o Eixo
- Finlândia, (26 de junho – 31 de julho de 1944, o Pacto Ryti-Ribbentrop)
- Tailândia, sob o Coronel Luang Phibul Songkhram
Colaboradores activos
- França de Vichy (1940 - 1944)
Colaboradores passivos
- Itália Social (República de Salò), sob Benito Mussolini
- Estado Independente da Croácia (até maio de 1945)
Grupos nacionalistas
- O Movimento de independência Indiano (antibritânico), sob Subhas Chandra Bose
- Russo Branco (agentes anti-soviéticos)
Ver também
- Anexo:Líderes do Eixo na Segunda Guerra Mundial
- Pacto de Aço
- Pacto Anticomintern
- Pacto Molotov-Ribbentrop