Icpengues: diferenças entre revisões

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Revisão das 16h10min de 19 de setembro de 2017

Icpengues
(Txicão, Ikpeng)
Orlando Villas-Boas (dir.) com um índo Ikpeng em 1967.
População total

477

Regiões com população significativa
 Brasil (MT) 477 Siasi/Sesai, 2014[1]
Línguas
português
Língua icpengue
Religiões

Os Icpengues ou Ikpeng[2] são um povo indígena nômade, comumente conhecido pelo exônimo Txikão,[3] cuja língua pertence à família de línguas Karib.

Em 1960, o grupo não ultrapassava 130 indivíduos [4]. Até 22 de outubro de 1964 eram hostis e arredios às tentativas de contato do homem branco - a primeira delas feita por Cláudio Vilas-Boas, quando os Ikpeng viviam à margem do rio Batovi a sudoeste do Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. Posteriormente transferiram-se para o rio Jatobá, afluente do Ronuro, formador do Xingu.

À época do primeiro contato, em 1964, os Ikpeng eram apenas quarenta. A população declinara drasticamente, em razão de constantes confrontos com grupos rivais do Alto Xingu, e de epidemias, sobretudo de gripe - provavelmente disseminada a partir da captura de duas jovens wauja. Posteriormente, além dos inimigos wauja, a invasão da região por não indígenas traz novas doenças.

Em 1967, os Ikpeng aceitam a transferência para outro território, dentro dos limites do Parque.[5] A partir daí, a tendência declinante inverteu-se. Em 1998, já eram 252 pessoas. Os matrimônios com pessoas dos demais grupos acontecem, mas, nesses casos, o casal fica na aldeia Ikpeng - raramente ocorrendo a saída de um Ikpeng para a aldeia de qualquer outro povo.[6] O grupo se deslocara para o Médio Xingu, e sua aldeia situava-se à margem esquerda do rio. Também a rivalidade com os outros grupos fora amenizada.

Em 2001, a população Ikpeng no Parque era de 302 indivíduos, dos quais apenas 38 eram remanescentes do grupo original. 56,6% eram menores de 15 anos.[7] Em 2006, eram 342 pessoas, segundo a Funasa.

Atualmente, os Ikpeng são muito envolvidos na defesa do território do Parque, vigiando e apreendendo invasores, como madeireiros e pescadores. Mas o seu principal interesse é a reconquista do seu território anterior à transferência para o Parque - na região do rio Jatobá. Em setembro de 2002, foi realizada uma expedição ikpeng a essas terras, para reconhecimento e coleta de plantas medicinais e de conchas para a confecção de brincos.

Referências

  1. Instituto Socioambiental. «Quadro Geral dos Povos». Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil. Consultado em 19 de setembro de 2017 
  2. Ikpeng é a grafia convencionada pela Associação Brasileira de Antropologia, em 1953, e utilizada por antropólogos, linguistas e indigenistas. Os nomes são invariáveis, sempre usados no singular.
  3. O apelido Txikão é considerado pejorativo.
  4. MENGET, P. Em Nome dos Outros. Classificação das Relações Sociais entre os Txicão do Alto Xingu. Lisboa: Museu Nacional de Etnologia, Assírio & Alvim, 2001.
  5. [Instituto Socioambiental Povos indígenas no Brasil. Ikpeng.
  6. Biblioteca Digital da Unicamp. CAMPETELA, Cilene - Aspectos Prosódicos da Língua Ikpeng. Unicamp, 2002 (documento disponível, na íntegra, para leitura) .
  7. A Recuperação Populacional dos Txicão (Ikpeng), Parque Indígena do Xingu, Mato Grosso, Brasil., por Samantha Filev Maia, Rummennig O. de Albuquerque, Heloisa Pagliaro, Douglas Rodrigues e Roberto G. Baruzzi.

Ligações externas

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