Plano Marshall: diferenças entre revisões

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O '''Plano Marshall''', um aprofundamento da [[Doutrina Truman]], conhecido oficialmente como '''Programa de Recuperação Europeia''', foi o principal plano dos [[Estados Unidos]] para a reconstrução dos países [[aliados]] da [[Europa]] nos anos seguintes à [[Segunda Guerra Mundial]]. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, [[George Marshall]].
O '''Plano Marshall''', um aprofundamento da [[Doutrina Truman]], conhecido oficialmente como '''Programa de Recuperação Europeia''', foi o principal plano dos [[Estados Unidos]] para a reconstrução dos países [[aliados]] da [[Europa]] nos anos seguintes à [[Segunda Guerra Mundial]]. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, [[George Marshall]].


O plano de reconstrução foi desenvolvido em um encontro dos Estados europeus participantes em julho de [[1947]]. A [[União Soviética]] e os países da [[Europa Oriental]] foram convidados, mas [[Josef Stalin]] viu o plano como uma ameaça e não permitiu a participação de nenhum país sob o controle soviético. O plano permaneceu em operação por quatro [[ano fiscal|anos fiscais]] a partir de julho de 1947. Durante esse período, algo em torno de [[Dólar americano|US$]] 13 bilhões de assistência técnica e econômica — equivalente a cerca de US$ 132 bilhões em [[2006]], ajustado pela [[inflação]] — foram entregues para ajudar na recuperação dos países europeus que juntaram-se à [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico|Organização Européia para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]].
CHUPICS MY PINGOL O plano de reconstrução foi desenvolvido em um encontro dos Estados europeus participantes em julho de [[1947]]. A [[União Soviética]] e os países da [[Europa Oriental]] foram convidados, mas [[Josef Stalin]] viu o plano como uma ameaça e não permitiu a participação de nenhum país sob o controle soviético. O plano permaneceu em operação por quatro [[ano fiscal|anos fiscais]] a partir de julho de 1947. Durante esse período, algo em torno de [[Dólar americano|US$]] 13 bilhões de assistência técnica e econômica — equivalente a cerca de US$ 132 bilhões em [[2006]], ajustado pela [[inflação]] — foram entregues para ajudar na recuperação dos países europeus que juntaram-se à [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico|Organização Européia para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]].


Quando o plano foi completado, a [[economia]] de cada país participante, com a exceção da [[Alemanha]], tinha crescido consideravelmente acima dos níveis pré-guerra. Pelas próximas duas [[década]]s a [[Europa Ocidental]] iria gozar de prosperidade e crescimento. O Plano Marshall também é visto como um dos primeiros elementos da integração européia, já que anulou barreiras comerciais e criou instituições para coordenar a economia em nível continental. Uma conseqüência intencionada foi a adoção sistemática de técnicas administrativas norte-americanas.
Quando o plano foi completado, a [[economia]] de cada país participante, com a exceção da [[Alemanha]], tinha crescido consideravelmente acima dos níveis pré-guerra. Pelas próximas duas [[década]]s a [[Europa Ocidental]] iria gozar de prosperidade e crescimento. O Plano Marshall também é visto como um dos primeiros elementos da integração européia, já que anulou barreiras comerciais e criou instituições para coordenar a economia em nível continental. Uma conseqüência intencionada foi a adoção sistemática de técnicas administrativas norte-americanas.

Revisão das 10h01min de 23 de novembro de 2012

Mapa da Europa mostrando os países que receberam ajuda do Plano Marshall. As colunas azuis mostram a quantidade total relativa de ajuda por país.

O Plano Marshall, um aprofundamento da Doutrina Truman, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Europeia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, George Marshall.

CHUPICS MY PINGOL O plano de reconstrução foi desenvolvido em um encontro dos Estados europeus participantes em julho de 1947. A União Soviética e os países da Europa Oriental foram convidados, mas Josef Stalin viu o plano como uma ameaça e não permitiu a participação de nenhum país sob o controle soviético. O plano permaneceu em operação por quatro anos fiscais a partir de julho de 1947. Durante esse período, algo em torno de US$ 13 bilhões de assistência técnica e econômica — equivalente a cerca de US$ 132 bilhões em 2006, ajustado pela inflação — foram entregues para ajudar na recuperação dos países europeus que juntaram-se à Organização Européia para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Quando o plano foi completado, a economia de cada país participante, com a exceção da Alemanha, tinha crescido consideravelmente acima dos níveis pré-guerra. Pelas próximas duas décadas a Europa Ocidental iria gozar de prosperidade e crescimento. O Plano Marshall também é visto como um dos primeiros elementos da integração européia, já que anulou barreiras comerciais e criou instituições para coordenar a economia em nível continental. Uma conseqüência intencionada foi a adoção sistemática de técnicas administrativas norte-americanas.

Recentemente os historiadores vêm questionando tanto os verdadeiros motivos e os efeitos gerais do Plano Marshall. Alguns historiadores acreditam que os benefícios do plano foram na verdade o resultado de políticas de laissez faire que permitiram a estabilização de mercados através do crescimento econômico. Além disso, alguns criticam o plano por estabelecer uma tendência dos EUA a ajudar economias estrangeiras em dificuldades, valendo-se do dinheiro dos impostos dos cidadãos norte-americanos.

Com a devastação provocada pela guerra, a Europa enfrentava cada vez mais manifestações de contestação aos governos constituídos. Os Estados Unidos analisaram a crise européia e, concluíram que ela punha em risco o futuro do capitalismo, o que poderia prejudicar sua própria economia, dando espaço para a expansão do comunismo.

Com isso, os norte-americanos optaram por ajudar na recuperação dos países europeus. Com esse objetivo criaram o Plano Marshall. No início os recursos foram utilizados para comprar alimentos, fertilizantes e rações. Logo depois, foram adquirindo matérias-primas, produtos semi-industrializados, combustíveis, veículos e máquinas. Aproximadamente, 70% desses bens eram de procedência norte-americana. Além de se beneficiar com o plano Marshall, a França elaborou seu próprio plano de recuperação econômica, o Plano Monnet.

A Inglaterra também se recuperou, porém perdeu a importância econômica e política. A Alemanha e a Itália também entraram em ritmo de recuperação. Com a criação da OTAN, os Estados Unidos visavam garantir a exportação de excedentes e concretizar a hegemonia econômica sobre o velho continente.

Ajuda financeira recebida

País 1948-49
(milhões
de dólares)
1949-50
(milhões
de dólares)
1950-51
(milhões
de dólares)
Total
(milhões
de dólares)
 Alemanha 510 438 500 1,448
 Áustria 232 166 70 488
 Bélgica e  Luxemburgo 195 222 360 777
 Dinamarca 103 87 195 385
 França 1,085 691 520 2,296
 Grécia 175 156 45 366
 Irlanda 88 45 133
 Islândia 6 22 15 43
 Itália e Trieste 594 405 205 1,204
 Noruega 82 90 200 372
 Países Baixos 471 302 355 1,128
Portugal Portugal 70 70
 Reino Unido 1,316 921 1,060 3,297
 Suécia 39 48 260 347
Suíça 250 250
 Turquia 28 59 50 137

Efeitos

O Plano Marshall instituído pelos estadunidenses resultou em incrível crescimento econômico para os países europeus envolvidos e grande influência, fazendo os beneficiados terem dívidas para depois pagá-las. A produção industrial cresceu 35%, e a produção agrícola havia superado níveis dos anos pré-guerra.

O comunismo, portanto, passou a ser considerado pelos dirigentes da Europa Ocidental como uma ameaça menor, e a popularidade dos partidos ou organizações comunistas na região caiu bastante.

Ver também

  • COMECON (resposta soviética ao Plano Marshall)

Ligações externas

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