Saltar para o conteúdo

São Gonçalo (Rio de Janeiro): diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 154: Linha 154:


São Gonçalo recentemente foi considerada a cidade brasileira com o maior número de cristãos protestantes de todo o território nacional, e é considerada uma das com maior número de cristãos protestantes do mundo inteiro.
São Gonçalo recentemente foi considerada a cidade brasileira com o maior número de cristãos protestantes de todo o território nacional, e é considerada uma das com maior número de cristãos protestantes do mundo inteiro.
Um número vergonhoso para a cidade.


==Personalidades==
==Personalidades==

Revisão das 22h05min de 5 de maio de 2013

São Gonçalo
  Município do Brasil  
Centro de São Gonçalo
Centro de São Gonçalo
Centro de São Gonçalo
Símbolos
Bandeira de São Gonçalo
Bandeira
Brasão de armas de São Gonçalo
Brasão de armas
Hino
Gentílico gonçalense
Localização
Localização de São Gonçalo no Rio de Janeiro
Localização de São Gonçalo no Rio de Janeiro
Localização de São Gonçalo no Rio de Janeiro
São Gonçalo está localizado em: Brasil
São Gonçalo
Localização de São Gonçalo no Brasil
Mapa
Mapa de São Gonçalo
Coordenadas 22° 49' 37" S 43° 03' 14" O
País Brasil
Unidade federativa Rio de Janeiro
Região metropolitana Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Niterói, Maricá, Guapimirim e Itaboraí
Distância até a capital 25 km
História
Fundação 22 de setembro de 1890 (133 anos)
Administração
Prefeito(a) Neílton Mulim (PR, 2013 – 2016)
Características geográficas
Área total [1] 249,142 km²
População total (censo IBGE/2012[2]) 1 016 128 hab.
 • Posição RJ: 2º/BRA: 16º
Densidade 4 078,5 hab./km²
Clima Tropical
Altitude 19 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,782 alto
 • Posição RJ: 22º
PIB (IBGE/2009[4]) R$ 9 610 000,869 mil
 • Posição BR: 46º
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 8 327,65
Pescador na Praia das Pedrinhas, no bairro Boa Vista
Parque Ecológico da Praia das Pedrinhas, no bairro Boa Vista
Capela da Luz, da primeira metade do século XVII[5], no bairro de Itaoca[6].

São Gonçalo é uma cidade Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro,no Brasil. Sua população, era de 1.016.128 Habitantes segundo o IBGE de 2012, sendo, atualmente, o segundo município mais populoso e urbanizado do estado (atrás apenas da capital) e o 16º mais populoso do país. Localiza-se a 22º49'37" de latitude sul e 43º03'14" de longitude oeste, a uma altitude de dezenove metros

História

Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região atualmente ocupada pelo município foram expulsos para o interior devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada por um desses povos tupis: os tupinambás, também conhecidos como tamoios[7]. Resquícios arqueológicos indicam que um local especialmente habitado pelos tupinambás no município era a ilha de Itaoca. O litoral fluminense, bem como São Gonçalo, foi palco, no século XVI, da revolta conhecida como Confederação dos Tamoios, que uniu as tribos tupinambás e os franceses contra os portugueses.

O fim da revolta se deu com o fortalecimento da colonização portuguesa, com os portugueses se lançando sobre as aldeias indígenas, matando e escravizando a população. Em 1567, com a chegada de reforços para o capitão-mor português Estácio de Sá, que fundara, dois anos antes, a vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, iniciou-se a etapa final de expulsão dos franceses e de seus aliados tamoios da Baía de Guanabara, tendo lugar a dizimação final dos tupinambás da região. Os tupinambás se retiraram da região da atual cidade do Rio de Janeiro primeiramente em direção à Baía de Guanabara e, posteriormente, em direção a Cabo Frio.

Em 6 de abril de 1579 (a data é polêmica, sendo alvo de debates entre historiadores da cidade), o nobre Gonçalo Gonçalves recebeu, do governador da Capitania do Rio de Janeiro, a sesmaria localizada às margens do rio Imboaçu, com o dever de construir uma capela e um povoado no período de três anos. Ele construiu uma capela com o santo de sua devoção, São Gonçalo de Amarante (na verdade, um beato e não um santo). Presume-se que o local tenha sido onde hoje está a Igreja Matriz de São Gonçalo, no bairro Zé Garoto. A Praça Estefânia de Carvalho, cedida pelo comerciante filho de imigrantes portugueses Mário Alves de Azevedo (popularmente conhecido como Zé Garoto), seria o marco-zero da cidade, pois a Vila de São Gonçalo existia onde agora está o município homônimo.

O povoamento europeu de São Gonçalo, iniciado no final do século XVI, foi liderado por sacerdotes jesuítas, que, no começo do século XVII, instalaram uma fazenda na área conhecida como Colubandê, às margens da atual rodovia RJ-104. A sede da fazenda foi preservada, sendo a atual sede do Batalhão de Polícia Florestal da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Em 26 de outubro de 1644, foi criada a freguesia.

Em 10 de fevereiro de 1647, foi dada a confirmação da freguesia. Segundo registros da época, a localidade-sede ocupava uma área de 52 km², com aproximadamente 6 000 habitantes, sendo transformada em freguesia. Visando à facilidade de comunicação, a sede da sesmaria foi, posteriormente, transferida para as margens do Rio Imboaçu, onde foi construída uma segunda capela, monumento atualmente restaurado. O conjunto de marcos históricos remanescentes do século XVII inclui a Fazenda Nossa Senhora da Boa Esperança, em Ipiíba e a propriedade do capitão Miguel Frias de Vasconcelos, no Engenho Pequeno. A Capela de São João, em Porto do Gradim e a Fazenda da Luz, em Itaoca, são algumas lembranças do passado colonial em São Gonçalo.

Em 1660-1661, os senhores de engenho de São Gonçalo e Niterói se rebelaram contra a cobrança de taxas relativas à produção de cachaça e marcharam em armas até a cidade do Rio de Janeiro, onde depuseram o governador. Tal episódio ficou conhecido como a Revolta da Cachaça[8].

Em 10 de maio de 1819, suspendeu-se sua condição de freguesia, tornando-se distrito da Vila de Niterói.

Em 1860, trinta engenhos de cana-de-açúcar já estavam exportando através dos portos de Guaxindiba, Boaçu, Porto Velho e Pontal de São Gonçalo. Dessa época, as fazendas do Engenho Novo e Jacaré (1800), ambas de propriedade do Barão de São Gonçalo, o Cemitério de Pachecos (1842) e a propriedade do Conde de Baurepaire Rohan, na Covanca (1820), são os elementos mais importantes. São Gonçalo contava, até o século XX, com cerca de doze portos que exportavam produtos do estado do Rio de Janeiro para a corte.

Em 22 de setembro de 1890, o Distrito de São Gonçalo foi elevado a vila e município, através do Decreto Estadual 124.

Em 1892, o Decreto Um, de 8 de maio, suprimiu o município de São Gonçalo, reincorporando-o a Niterói pelo breve período de sete meses, sendo restaurado pelo Decreto 34, de 7 de dezembro do mesmo ano.

Em 1922, o Decreto 1 797 elevou São Gonçalo a cidade, sendo revogado em 1923, fazendo a cidade baixar à categoria de vila.

Finalmente, em 1929, a Lei 2 335, de 27 de dezembro, concedeu a categoria de cidade a todos as sedes do município.

Em 1943, ocorre nova divisão territorial no estado do Rio de Janeiro e, dessa vez, São Gonçalo perdeu o distrito de Itaipu para o município de Niterói, restando-lhe apenas cinco distritos, quais sejam: São Gonçalo, Ipiiba, Monjolo, Neves e Sete Pontes, que permanecem até os dias atuais.

Nesse mesmo período, nas décadas de 1940 e 1950, iniciou-se a instalação, em grande escala, de grandes fábricas e indústrias em São Gonçalo. Seu parque industrial era o mais importante do estado do Rio de Janeiro, o que lhe valeu o apelido de "Manchester Fluminense".

Setor industrial

Em 17 de abril de 1925, a Companhia Brasileira de Usinas Metalúrgicas instalou-se no município. Posteriormente, essa usina foi incorporada ao grupo Hime, que, além da fundição e da cerâmica, desenvolvia a produção de fósforo da marca SOL, com uma fábrica denominada Companhia Brasileira de Fósforo, que funcionava dentro de sua área metalúrgica. O Hime, também, mantinha, na Rua Doutor Alberto Torres, uma escola primária, dirigida pelo professor Êneas Silva e uma escola de corte e costura. Criou o Campo do Metalúrgico, que deu grande impulso e incentivo ao esporte no município. A construção de vilas operárias em terras dessa companhia, para seus funcionários, também não pode ser esquecida. Recentemente, o Hime foi adquirido pelo Gerdau.

Em 2 de dezembro de 1937, o gaúcho José Emílio Tarragó fundou, com a razão social Tarragó, Martinez e Cia Ltda., a futura indústria de conservas de peixe Coqueiro. A mudança do nome da empresa deveu-se à mudança do ramo de negócio. A primeira atividade dessa indústria era relacionada à exploração do tamarindo. Ao mudar para o ramo de conservas de peixe, a indústria teve que mudar de nome. A nova empresa prosperou e a marca Coqueiro projetou-se nacional e internacionalmente. Em 1973, a Quaker Oats comprou a fábrica e consolidou a marca Coqueiro, além de ampliar sua liderança no mercado.

Em 9 de fevereiro de 1941, José Augusto Domingues fundoua a Fábrica de Artefatos de Cimento Armado, produzindo paralelepípedos e meios-fios.

Em 5 de outubro de 1941, instalou-se, no distrito de Neves, a Indústria Reunidas Mauá, que produzia vidros e porcelanas.

Em 16 de novembro de 1941, foi fundada a Companhia Vidreira do Brasil. Foi a primeira no Brasil e a maior na América do Sul no fabrico mecânico de vidro plano, com exportação para o Egito, Índia, República Popular da China e África do Sul. Com o tempo, mudou de proprietários e de nome para Vidrobrás e, atualmente, Electrovidro. A matéria-prima dessa indústria provinha de Maricá.

Em 22 de novembro de 1941, instalou-se a Fábrica de Enlatados de Sardinha Netuno, próxima ao Porto do Gradim.

Em 10 de maio de 1942, foi fundada a Fábrica de Fogos Santo Antônio, localizada na Rua Oliveira Botelho nº 1 638, em Neves.

No período da Segunda Guerra Mundial, São Gonçalo cresceu de forma meteórica. Com as grandes fazendas sendo desmembradas em sítios e chácaras, mão de obra barata e abundante, grandes áreas, além da proximidade com as então capitais federal (cidade do Rio de Janeiro) e estadual (Niterói), o que facilitava o escoamento da produção, São Gonçalo tornou-se solo fértil ao desenvolvimento.

No governo de Joaquim de Almeida Lavoura, o município teve sua grande arrancada para a urbanização, com calçamento das principais vias, ligando Niterói a Alcântara, passando pelo importante bairro Parada 40. Lavoura, como é mais conhecido, governou São Gonçalo por três vezes (de 31 de janeiro de 1955 a 20 de janeiro de 1959, de 31 de janeiro de 1963] a 30 de janeiro de 1967 e de 31 de janeiro de 1973 a 12 de agosto de 1975).

Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões de São Gonçalo

População

Crescimento populacional de São Gonçalo
Ano População
1991 779 832
1996 831 467
2000 891 119
2007 960 631
2012 1 016 128

Geografia

Clima

O clima do Município de São Gonçalo é do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno relativamente seco. As temperaturas variam relativamente ao longo do ano, tendo verões quentes e úmidos, com temperatura média de 28ºC, e picos de até 38 a 40ºC. Já o inverno é a época mais agradável na cidade, pois os dias são mais ensolarados e as temperaturas são mais amenas, ficando em média 25ºC durante o dia e 15ºC à noite. NO inverno, devido à presença da Massa Polar Atlântica, oriunda da Argentina, as temperaturas durante o dia podem ficar abaixo de 20ºC e ter temperaturas mínimas nas madrugadas próximas a 10ºC.

Infraestrutura

Educação

A cidade possui um campus universitário que se destaca: a Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Este é o maior polo especializado do estado em formação de professores, tendo como resultado mais visível a enorme quantidade de aprovados nos concursos públicos por todo o Brasil[carece de fontes?].

Foi criado, no Gradim, o Polo da Universidade Aberta do Brasil, que, no Consórcio Cederj, tem cursos da Universidade Federal Fluminense (ciências da computação e matemática), Universidade Federal do Rio de Janeiro (química e física) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (administração e turismo).

Saúde

São Gonçalo possui os seguintes hospitais: Hospital Estadual Alberto Torres; Hospital Luiz Palmier; Hospital Barone de Medeiros; Hospital Infantil Darcy Silveira Vargas; Hospital dos Tapetes; Hospital Santa Maria; Hospital e Clinica de São Gonçalo; Hospital São Jose do Lirios;

Transportes

São Gonçalo possuía uma rede ferroviária que foi desativada e que consistia de três linhas de trem: uma ia de Niterói até Campos dos Goitacases (via Itaboraí), outra que ia de Neves (onde hoje é 16ª DEAC, da Polícia Civil) até Cabo Frio (passando por Vila Lage, Alcântara, Sacramento, Maricá e Araruama) e a menor das três ligava a antiga fábrica de cimento Mauá, em Guaxindiba, ao ponto de extração de matéria prima, em São José, Itaboraí (passando por Vista Alegre, Monjolos e Largo da Ideia). Nos próximos anos, a primeira (cujos trilhos estão sendo retirados), desativada completamente em 2006[9], será substituída pela Linha 3 do Metrô. A segunda foi desativada em 1962, mas há projeto de criação de um BRT, que ligará Gradim a Santa Izabel, passando perto de alguns bairros da Linha 3 e com integração com as barcas Rio-São Gonçalo.

Atualmente, a ligação de São Gonçalo com os outros municípios se faz por ônibus, provinientes das seguintes empresas:Rio Ita (Rio Ita, Rio Minho, Fagundes e Expresso Rio de Janeiro); Mauá (Viação Mauá, Alcântara, ABC e Icaraí); Viação Galo Branco; Coesa; Rio Ouro e Viação Asa Branca.

Barcas

A secretaria estadual do Ambiente e de Transporte estudam a viabilidade da instalação de um terminal hidroviário em São Gonçalo, medida possibilitaria a ligação via barcas entre o município e a Praça XV, na Cidade do Rio. O objetivo das medidas é oferecer soluções a curto prazo para a melhoria dos serviços prestados pela Barcas S/A, em especial na linha Rio-Niterói, à medida que mais da metade dos passageiros dessa linha são oriundos de São Gonçalo. O outro impacto positivo dessa medida seria desafogar trânsito entre Niterói e São Gonçalo, pois metade das linhas de ônibus de São Gonçalo fazem ligação para Niterói, sendo que, a metade desses passageiros visam fazer a travessia para a cidade do Rio, e, por sua vez, metade das ônibus que possuem ponto final no Terminal Rodoviário João Goulart no Centro de Niterói fazem ligação com os bairros de São Gonçalo.

Em princípio, a estação de São Gonçalo ficaria no bairro do Gradim, mas estudos já realizados mostraram que só a dragagem da margem da Baía da Guanabara na região exigiria investimentos de mais de R$ 40 milhões. Enquanto que, o terreno próximo ao Piscinão de São Gonçalo, na foz do Rio Imboaçu, próximo ao Piscinão de São Gonçalo ofereceria uma alternativa mais viável[10].

Religião

São Gonçalo recentemente foi considerada a cidade brasileira com o maior número de cristãos protestantes de todo o território nacional, e é considerada uma das com maior número de cristãos protestantes do mundo inteiro. Um número vergonhoso para a cidade.

Personalidades

Datas comemorativas

São Gonçalo tem 2 datas comemorativas, a 1ª é o aniversario da emancipação do municipio, que é comemorado no dia 22 de Setembro, onde é realizado anualmente, o desfile cívico que acontece no Centro, o tradicional Rodo de São Gonçalo, e outro que é no dia 10 de Janeiro, que é o dia de São Gonçalo, em homenagem ao padroeiro do municipio, que fica na Igreja Matriz, o São Gonçalo do Amarante.

Ligações externas

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2011». Censo Populacional 2011. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  5. http://www.semeltur.com.br/inventarioturistico/html/f2at_capelansdaluz.htm
  6. http://www.saogoncaloemfoco.com.br/locais_visita.php
  7. BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.
  8. http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/revolta-da-cachaca/
  9. http://www.estacoesferroviarias.com.br/trens_rj/niteroi-itaborai.htm
  10. http://www.governo.rj.gov.br/noticias.asp?N=51248

Tópicos relacionados