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Dinossauros: diferenças entre revisões

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== Biologia ==
== Biologia ==
O conhecimento sobre os dinossauros é derivado de uma variedade de [[fóssil|registros fósseis]] e não fósseis, incluindo [[ossos]], [[fezes]] (quando fossilizadas são chamadas de [[coprólito]]s) e pegadas fossilizadas, [[Gastrólito]] e [[penas]], impressões de pele, órgãos internos e [[Tecido mole|tecidos moles]].<ref>C. Dal Sasso e M. Signore. [http://adsabs.harvard.edu/abs/1998Natur.392..383D Exceptional soft-tissue preservation in a theropod dinosaur from Italy]. [[Nature]], Vol 392, 6674, p. 383-387 (1998);</ref><ref>M. Schweitzer, JL Wittmeyer e JR Horner. [http://adsabs.harvard.edu/abs/2005Sci...307.1952S Soft-Tissue Vessels and Cellular Preservation in Tyrannosaurus rex]. Science, Vol 307, 5717, pp. 1952-1955 (2005;</ref> Muitos campos de estudo contribuem para nossa compreensão sobre dinossauros, incluindo a [[física]] (especialmente a [[biomecânica]]), a [[química]] e a [[biologia]], bem como as [[ciências da terra]] (da qual a [[paleontologia]] é uma sub-disciplina). Dois temas em particular têm sido de interesse nos estudo sobre os dinossauro: seu tamanho e seu comportamento.{{carece de fontes|data=dezembro de 2016}}
O conhecimento sobre os dinossauros é derivado de uma variedade de [[fóssil|registros fósseis]] e não fósseis, incluindo [[ossos]], [[fezes]] (quando fossilizadas são chamadas de [[coprólito]]s) e pegadas fossilizadas, [[Gastrólito]] e [[penas]], impressões de pele, órgãos internos e [[Tecido mole|tecidos moles]].<ref>C. Dal Sasso e M. Signore. [http://adsabs.harvard.edu/abs/1998Natur.392..383D Exceptional soft-tissue preservation in a theropod dinosaur from Italy]. [[Nature]], Vol 392, 6674, p. 383-387 (1998);</ref><ref>M. Schweitzer, JL Wittmeyer e JR Horner. [http://adsabs.harvard.edu/abs/2005Sci...307.1952S Soft-Tissue Vessels and Cellular Preservation in Tyrannosaurus rex]. Science, Vol 307, 5717, pp. 1952-1955 (2005;</ref> Muitos campos de estudo contribuem para nossa compreensão sobre dinossauros, incluindo a [[física]] (especialmente a [[biomecânica]]), a [[química]] e a [[biologia]], bem como as [[ciências da terra]] (da qual a [[paleontologia]] é uma sub-disciplina).<ref name=dinobiomechanics>{{Cite journal | last1 = Alexander | first1 = R.M. | title = Dinosaur biomechanics | doi = 10.1098/rspb.2006.3532 | journal = Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences | volume = 273 | issue = 1596 | pages = 1849–1855 | date = 7 August 2006 | pmid = 16822743| pmc = 1634776}}</ref><ref name=dinobiology>{{Cite journal | last1 = Farlow | first1 = J.O. | last2 = Dodson | first2 = P. | last3 = Chinsamy | first3 = A. | title = Dinosaur Biology | doi = 10.1146/annurev.es.26.110195.002305 | journal = Annual Review of Ecology and Systematics | volume = 26 | pages = 445–471 | year = 1995 | pmid = | pmc = }}</ref> Dois temas em particular têm sido de interesse nos estudo sobre os dinossauro: seu tamanho e seu comportamento.<ref name=thedinosauria90>Weishampel, D.B., Dodson, P., Oslmolska, H. (1990). "The Dinosauria". ''University of California Press''. 733 pp. {{ISBN|0-520-06727-4}}</ref>


=== Tamanho ===
=== Tamanho ===
[[Imagem:Largestdinosaursbysuborder scale.png|500px|thumb|Escala comparando os maiores dinossauros conhecidos de certos grupos: ''[[Shantungossauro|Shantungosaurus]]'' (Ornithopoda), ''[[Argentinossauro|Argentinosaurus]]'' (Sauropodomorpha), ''[[Espinossauro|Spinosaurus]]'' (Theropoda), ''[[Stegosaurus]]'' (Thyreophora) e ''[[Triceratops]]'' (Marginocephalia).]]
[[Imagem:Largestdinosaursbysuborder scale.png|upright=2.4|thumb|Escala comparando os maiores dinossauros conhecidos de certos grupos: ''[[Shantungossauro|Shantungosaurus]]'' (Ornithopoda), ''[[Argentinossauro|Argentinosaurus]]'' (Sauropodomorpha), ''[[Espinossauro|Spinosaurus]]'' (Theropoda), ''[[Stegosaurus]]'' (Thyreophora) e ''[[Triceratops]]'' (Marginocephalia).]]
A evidência atual sugere que o tamanho médio dos dinossauros variou no [[Triássico]], [[Jurássico inferior]], [[Jurássico Superior]] e no [[Cretáceo]].<ref>Paul Sereno. [http://www.sciencemag.org/content/284/5423/2137 The Evolution of Dinosaurs]. Science: Vol. 284 no. 5423 pp. 2137-2147. 25 jun 1999;</ref> Os [[terópodes]], quando classificadas por peso estimado em categorias baseadas na [[ordem de magnitude]], têm na maioria das vezes kg 100-1000, enquanto predadores [[carnívoros]] do [[Holoceno]] tinham no máximo kg 10-100.<ref>Ja Farlow. ''On the rareness of big, fierce animals: speculations about the body sizes, population densities, and geographic ranges of predatory mammals and large, carnivorous dinosaurs''. In Dodson, Peter; and Gingerich, Philip. Functional Morphology and Evolution. American Journal of Science, Special Volume 293-A. pp. 167–199 (1993);</ref> O modo de massas do corpo de dinossauro era entre uma e dez toneladas.<ref>J Peczkis. [http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02724634.1995.10011575 Implications of body-mass estimates for dinosaurs]. Journal of Vertebrate Paleontology 14 (4): 520–33 (1995);</ref> Isso contrasta fortemente com o tamanho do mamíferos no período [[Cenozoico]], estimados pelo [[Museu Nacional de História Natural]] da [[Universidade de Lisboa]], Portugal, em cerca de 2 a 5&nbsp;kg.<ref>[http://paleobiology.si.edu/dinosaurs/info/everything/evo_1.html Anatomy & Evolution]. National Museum of Natural History;</ref>
A evidência atual sugere que o tamanho médio dos dinossauros variou no [[Triássico]], [[Jurássico inferior]], [[Jurássico Superior]] e no [[Cretáceo]].<ref>Paul Sereno. [http://www.sciencemag.org/content/284/5423/2137 The Evolution of Dinosaurs]. Science: Vol. 284 no. 5423 pp. 2137-2147. 25 jun 1999;</ref> Os [[terópodes]], quando classificadas por peso estimado em categorias baseadas na [[ordem de magnitude]], têm na maioria das vezes kg 100-1000, enquanto predadores [[carnívoros]] do [[Holoceno]] tinham no máximo kg 10-100.<ref>Ja Farlow. ''On the rareness of big, fierce animals: speculations about the body sizes, population densities, and geographic ranges of predatory mammals and large, carnivorous dinosaurs''. In Dodson, Peter; and Gingerich, Philip. Functional Morphology and Evolution. American Journal of Science, Special Volume 293-A. pp. 167–199 (1993);</ref> O modo de massas do corpo de dinossauro era entre uma e dez toneladas.<ref name=Peczkis1994/> Isso contrasta fortemente com o tamanho do mamíferos no período [[Cenozoico]], estimados pelo [[Museu Nacional de História Natural (Estados Unidos)|Museu Nacional de História Natural]] em cerca de 2 a 5&nbsp;kg.<ref name=NMNH/>


Os [[saurópodes]] eram os maiores e mais pesados dos dinossauros. Durante grande parte da era dos dinossauros, os menores saurópodes eram maiores do que qualquer outra espécie em seu habitat. Em termos de ordem de magnitude, estes animais são maiores do que qualquer outra coisa que, desde então, caminhou pela [[Planeta Terra|Terra]]. Os [[mamíferos]] gigantes pré-históricos, como o ''[[Paraceratherium]]'' e o [[Palaeoloxodon namadicus|elefante-de-presas-retas-asiático]] foram ínfimos diante dos saurópodes gigantes. Apenas um punhado de animais aquáticos modernos podem aproximar-se ou superá-los em tamanho - mais notavelmente a [[baleia-azul]], que atinge até 173 000&nbsp;kg e 29,9 metros de comprimento.<ref>[http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/noticias/0,,OI2706942-EI8399,00.html Qual é o maior animal do planeta?]. [[Portal Terra]], Você Sabia? 28 mar 2008;</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.sararegistry.gc.ca/virtual_sara/files/cosewic/sr_blue_whale_e.pdf|acessodata=2018-12-11|obra=www.sararegistry.gc.ca}}</ref> Existem várias vantagens seletivas propostas para o grande tamanho dos saurópodes, incluindo a proteção, a redução de predadores em potencial, o uso de energia e a longevidade, mas pode ser que a vantagem mais importante era dietética. Animais de grande porte são mais eficientes na digestão de pequenos animais, porque a comida passa mais tempo em seus sistemas digestivos. Isso também lhes permite subsistir com alimentos com menor valor nutritivo do que os animais menores. Restos de saurópodes são encontrados principalmente em formações rochosas, interpretadas como seca ou na época seca, e a capacidade de comer grandes quantidades de nutrientes de baixa procura teria sido vantajoso em tais ambientes.{{carece de fontes|data=dezembro de 2016}}
Os [[saurópodes]] eram os maiores e mais pesados dos dinossauros. Durante grande parte da era dos dinossauros, os menores saurópodes eram maiores do que qualquer outra espécie em seu habitat. Em termos de ordem de magnitude, estes animais são maiores do que qualquer outra coisa que, desde então, caminhou pela [[Planeta Terra|Terra]]. Os [[mamíferos]] gigantes pré-históricos, como o ''[[Paraceratherium]]'' e o [[Palaeoloxodon namadicus|elefante-de-presas-retas-asiático]] foram ínfimos diante dos saurópodes gigantes. Apenas um punhado de animais aquáticos modernos podem aproximar-se ou superá-los em tamanho.<ref>{{cite journal|author=Sander, P. Martin|year=2011|title=Biology of the sauropod dinosaurs: the evolution of gigantism|journal=Biological Reviews|volume=86|issue=1|pages=117–155|doi=10.1111/j.1469-185X.2010.00137.x|pmid=21251189|pmc=3045712|last2=Christian|first2=Andreas|last3=Clauss|first3=Marcus|last4=Fechner|first4=Regina|last5=Gee|first5=Carole T.|last6=Griebeler|first6=Eva-Maria|last7=Gunga|first7=Hanns-Christian|last8=Hummel|first8=Jürgen|last9=Mallison|first9=Heinrich |display-authors=etal}}</ref> Existem várias vantagens seletivas propostas para o grande tamanho dos saurópodes, incluindo a proteção, a redução de predadores em potencial, o uso de energia e a longevidade, mas pode ser que a vantagem mais importante era dietética. Animais de grande porte são mais eficientes na digestão de pequenos animais, porque a comida passa mais tempo em seus sistemas digestivos. Isso também lhes permite subsistir com alimentos com menor valor nutritivo do que os animais menores. Restos de saurópodes são encontrados principalmente em formações rochosas, interpretadas como seca ou na época seca, e a capacidade de comer grandes quantidades de nutrientes de baixa procura teria sido vantajoso em tais ambientes.<ref name=KC06/>

==== Maiores e menores ====
Os cientistas provavelmente nunca estarão certos dos maiores e menores dinossauros que já existiram. Isso ocorre porque apenas uma pequena porcentagem de animais fossiliza e a maioria deles permanece enterrada na terra. Poucos dos espécimes que são recuperados são esqueletos completos e impressões de pele e outros tecidos moles são raras. Reconstruir um esqueleto completo, comparando o tamanho e a morfologia dos ossos com os de espécies semelhantes e mais conhecidas, é uma arte inexata e reconstruir os músculos e outros órgãos do animal vivo é, na melhor das hipóteses, um processo de adivinhação instruída.<ref name=GSP10>{{cite book|last=Paul|first=Gregory S.|title=Princeton Field Guide to Dinosaurs|year=2010|publisher=Princeton University Press|isbn=978-0-691-13720-9}}</ref>
[[Ficheiro:Argentinosaurus 9.svg|thumb|esquerda|upright=1.5|Tamanho comparativo do ''[[Argentinosaurus]]'' ao [[humano]] médio.]]

O dinossauro mais alto e mais pesado, conhecido de bons esqueletos, é o ''[[Giraffatitan brancai]]'' (anteriormente classificado como espécie de ''[[Brachiosaurus]]''). Seus restos mortais foram descobertos na [[Tanzânia]] entre 1907 e 1912. Os ossos de vários indivíduos de tamanho similar foram incorporados ao esqueleto agora montado e exposto no [[Museum für Naturkunde]] em [[Berlim]];<ref name=EC68/> tem 12 metros de altura, 21,8-22,5 metros de comprimento<ref>{{cite journal|last=Mazzetta|first=G.V.|title=Giants and Bizarres: Body Size of Some Southern South American Cretaceous Dinosaurs|journal=Historical Biology|volume=16|issue=2–4|year=2004|pages=1–13|display-authors=etal|doi=10.1080/08912960410001715132 |url=http://www.miketaylor.org.uk/tmp/papers/Mazzetta-et-al_04_SA-dino-body-size.pdf|citeseerx=10.1.1.694.1650}}</ref><ref>{{cite journal|last=Janensch|first=W.|title=The Skeleton Reconstruction of Brachiosaurus brancai.|year=1950|pages=97–103}}</ref> e teria pertencido a um animal que pesava entre 30.000 e 60.000 kg. O maior dinossauro completo é o ''[[Diplodocus]]'' de 27 metros de comprimento, que foi descoberto em [[Wyoming]], nos [[Estados Unidos]], e exibido no [[Carnegie Natural History Museum]] de [[Pittsburgh]] em 1907.<ref name=hecket04>{{cite journal| last1 = Lucas | first1 = H. | last2 = Hecket | first2 = H. | year = 2004 | title = Reappraisal of ''Seismosaurus'', a Late Jurassic Sauropod | url = | journal = Proceeding, Annual Meeting of the Society of Paleontology | volume = 36 | issue = 5| page = 422}}</ref> O dinossauro mais longo conhecido é o ''[[Patagotitan mayorum|Patagotitan]]'': o esqueleto do [[Museu Americano de História Natural]] tem 37 metros de comprimento. O [[Museu Carmen Funes]], no entanto, tem um esqueleto reconstruído ''[[Argentinosaurus]]'', com 39,7 metros de comprimento.<ref name="plosone">{{cite journal |last1=Sellers |first1=W.I. |last2=Margetts |first2=L. |last3=Coria |first3=R.A.B. |last4=Manning |first4=P.L. |editor1-last=Carrier |editor1-first=David |title=March of the Titans: The Locomotor Capabilities of Sauropod Dinosaurs |doi=10.1371/journal.pone.0078733 |journal=PLOS One |volume=8 |issue=10 |pages=e78733 |year=2013 |pmid=24348896 |pmc=3864407|bibcode=2013PLoSO...878733S }}</ref>

Haviam dinossauros maiores, mas o conhecimento sobre eles é baseado inteiramente em um pequeno número de fósseis fragmentados. A maioria dos maiores espécimes herbívoros registrados foram descobertos na década de 1970 ou posteriormente e incluem o massivo Argentinosaurus, que pode ter pesado entre 80.000 e 100.000 kg e atingido 30-40 metros de comprimento; alguns dos mais longos foram o ''[[Diplodocus hallorum]]'', de 33,5 metros de comprimento (anteriormente ''[[Seismosaurus]]''),<ref name=KC06/> o ''[[Supersaurus]]'', de 33-34 metros de comprimento,<ref name=LHW07/> e o ''Patagotitan'', de 37 metros de comprimento; o mais alto era o ''[[Sauroposeidon]]'', com 18 metros de altura, um ser vivo que conseguiria chegar na janela do sexto andar de um edifício.<ref name=LHW07/>
[[Imagem:Human-eoraptor size comparison(v2).png|thumb|Tamanho comparativo do ''[[Eoraptor]]'' ao humano médio.]]

O dinossauro mais pesado e mais longo pode ter sido o ''[[Amphicoelias fragillimus]]'', conhecido apenas a partir de um [[arco neural]] vertebral parcial agora perdido, descrito em 1878. A partir da ilustração deste osso, o animal pode ter tido 58 metros de comprimento e ter pesado 122,4 toneladas.<ref name=KC06/> No entanto, como nenhuma evidência adicional de saurópodes deste tamanho foi encontrada e como o descobridor, Edward Cope, já havia cometido erros tipográficos antes, é provável que tenha sido uma superestimação extrema.<ref>{{cite web|url = https://peerj.com/preprints/838.pdf|title = The fragile legacy of Amphicoelias fragillimus|date = |accessdate = 9 de outubro de 2015|website = |publisher = }}</ref>

O maior dinossauro carnívoro era o ''[[Espinossauro]]'', com comprimento de 12,6 a 18 metros e pesando de 7 a 20,9 toneladas.<ref name=SMBM06/><ref name=TH07/> Outros grandes terópodes carnívoros incluíam ''[[Giganotossauro]]'', ''[[Carcharodontossauro]]'' e ''[[Tiranossauro]]''.<ref name=TH07/> ''[[Therizinosaurus]]'' e ''[[Deinocheirus]]'' estavam entre os mais altos dos terópodes. O maior dinossauro ornithischiano foi provavelmente o [[Hadrosauridae|hadrosaurídeo]] ''[[Shantungossauro]]'', que media 16 metros e pesava cerca de 13 toneladas.<ref name="DFG97">{{cite book|chapter=Shantungosaurus |last=Glut |first=Donald F. |authorlink=Donald F. Glut |title=Dinosaurs: The Encyclopedia |year=1997 |publisher=McFarland & Co |location=Jefferson, North Carolina |pages=816–817 |isbn=0-89950-917-7 }}</ref>

O menor dinossauro conhecido é o [[Mellisuga helenae|beija-flor de abelhas]],<ref name=discovering_dinosaurs>Norell, M., Gaffney, E.S., and Dingus, L. (2000). ''Discovering dinosaurs: Evolution, extinction, and the lessons of prehistory''. University of California Press.</ref> com um comprimento de apenas 5 cm e massa de cerca de 1,8 g.<ref>{{cite web |url=http://www.birds.com/species/a-b/bee-hummingbird/ |title=Bee Hummingbird (Mellisuga helenae) : Birds.com: Online Birds Guide with Facts, Articles, Videos, and Photos |accessdate=2015-03-07 |deadurl=yes |archiveurl=https://web.archive.org/web/20150403005328/http://www.birds.com/species/a-b/bee-hummingbird/ |archivedate=2015-04-03 |df= }}</ref> Os menores dinossauros não-aviários conhecidos eram do tamanho de [[pombo]]s e eram os terópodes mais intimamente relacionados às aves.<ref name=zhang2008/> Por exemplo, o ''[[Anchiornis huxleyi]]'' é atualmente o menor dinossauro não-aviário descrito a partir de uma amostra adulta, com um peso estimado de 110 gramas<ref name=anchiadvance/> e um comprimento total do esqueleto de 34 cm.<ref name=zhang2008/><ref name=anchiadvance/> Os menores dinossauros herbívoros não-aviários incluíam o ''[[Microceratus]]'' e o ''[[Wannanosaurus]]'', com cerca de 60 cm de comprimento cada.<ref name=Holtz2007/><ref name="butler&zhao2009"/>


== Grupos de dinossauros ==
== Grupos de dinossauros ==

Revisão das 04h39min de 29 de março de 2019

 Nota: Para outros significados de Dinossauro, veja Dinossauro (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaDinossauros
Ocorrência: Triássico Médio-Recente 233,23–0 Ma

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauriformes
Clado: Dinosauria
Owen, 1842
Subgrupos

Dinossauros ou dinossáurios[1] (do grego δεινός σαῦρος, deinos sauros,[2] que significa "lagarto terrível") constituem um grupo de diversos animais, membros do clado Dinosauria.[3] Acredita-se que os dinossauros apareceram há, pelo menos, 233 milhões de anos,[4] e que, por mais de 167 milhões de anos, foram o grupo animal dominante na Terra, num período geológico de tempo que vai desde o período Triássico até o final do período Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos,[5] quando um evento catastrófico ocasionou a extinção em massa de quase todos os dinossauros, com exceção de algumas espécies emplumadas, as aves.

A hipótese mais aceita é de que o meteorito encontrado na cratera de Chicxulub, na Península de Iucatã,[6] foi o responsável pela extinção dos dinossauros, ao colidir com a Terra e originar uma grande explosão, que carbonizou bilhões de animais instantaneamente, levantando também uma nuvem de poeira tão espessa, que bloqueou a luz do sol e transformou o planeta em um local extremamente frio, em um evento meteorológico similar ao inverno nuclear, eliminando quase todas as espécies existentes de dinossauros.[7][8] Pouquíssimos dinossauros sobreviveram, e eram todos avianos e pequenos, e eram provavelmente terrestres, já que as florestas foram amplamente destruídas por incêndios após o impacto do meteoro, e somente aves que não dependiam de árvores para obter alimento e esconderijo poderiam ter sobrevivido.[9]

O registro fóssil indica que os dinossauros emplumados surgiram durante o período Jurássico, embora exista a possibilidade de que os primeiros dinossauros já possuíssem protopenas no período Triássico. Após o evento da extinção em massa, os únicos dinossauros que sobreviveram foram as aves.[10][11][12] Usando evidências fósseis, os paleontólogos identificaram mais de quinhentos diferentes gêneros e mais de mil diferentes espécies de dinossauros não-avianos, alguns sendo herbívoros, outros carnívoros, assim como havia também espécies bípedes e quadrúpedes. Muitas espécies possuíam estruturas, como chifres ou cristas (como o tricerátope), e alguns grupos chegaram a desenvolver modificações esqueléticas, como armaduras ósseas (como o anquilossauro) e velas dorsais (como o espinossauro). Estes animais variavam muito em tamanho e peso, com dinossauros terópodes não-avianos adultos medindo menos de quarenta centímetros (como o epidexiptérix), enquanto os maiores saurópodes podiam chegar a uma altura de cerca de vinte metros (como o argentinossauro).[13]

Embora a palavra dinossauro signifique "lagarto terrível", esses animais não eram lagartos ou mesmo répteis no sentido tradicional, e sim ornitodiros, diferenciando-se dos répteis principalmente por suas patas eretas, pela postura, comportamento normalmente ativo e metabolismo aviano, incluindo o mantimento de uma temperatura constante.[14] Durante a primeira metade do século XX, a maior parte da comunidade científica acreditava que os dinossauros eram lentos e pouco inteligentes, no entanto, a maioria das pesquisas realizadas desde a década de 1970 indicaram que estes animais eram ágeis, com elevado metabolismo e com numerosas adaptações para a interação social, em certos grupos, principalmente os terópodes. O primeiro dinossauro a ser descrito foi o megalossauro, em um trabalho publicado por William Buckland em 1824, apesar de que o naturalista Gideon Mantell já havia descoberto em 1822 o fóssil de um iguanodonte, mas somente publicou a descrição em 1825.[15]

Etimologia

O termo "Dinosauria" foi proposto em 1842 por Richard Owen para classificar os grandes esqueletos de animais extintos, que haviam sido recém-descobertos no Reino Unido. A palavra, em latim, deriva do grego δεινός σαῦρος, que significa "lagarto terrível", apesar desses animais serem ornitodiros, e, portanto, taxonomicamente distantes dos lagartos.[16][17]

Esses animais, assim como todos os demais seres vivos, existentes ou extintos, foram batizados de acordo com a nomenclatura binomial, promulgada por Carlos Lineu no século XVIII, que estabelecia que todos os animais deviam ser nomeados usando termos das línguas grega ou latina, como foi o caso do primeiro gênero de dinossauro não-aviano catalogado, o megalossauro (que vem do grego μεγάλο σαύρος), cujo nome significa "lagarto grande". No entanto, no decorrer dos anos, muitos dinossauros foram classificados com termos vindos de outros idiomas, como o dilongue, que vêm da língua chinesa, significando "dragão imperador",[18] e também o mapussauro, que vem da língua indígena mapuche, significando lagarto da terra.[19]

Definição

Esqueleto de um Triceratops, Museu de História Natural do Condado de Los Angeles.

Na taxonomia filogenética, dinossauros são geralmente definidos como o grupo consistindo em Triceratops, pássaros, seu ancestral comum mais recente e todos os seus descendentes, com base na divisão tradicional do grupo em Ornithischia ("quadril de pássaro") e Saurischia ("quadril de lagarto", tradicionalmente incluindo Theropoda e Sauropodomorpha). Apesar do nome e do formato do quadril, as aves são saurísquios e não ornitísquios.[14] Esta divisão foi recentemente questionada por diferentes pesquisadores, que acreditam que os terópodes são mais próximos dos ornitísquios do que dos sauropodomorfos e herrerassaurídeos.[20][21]

As aves são agora reconhecidas como sendo a única linhagem sobrevivente de dinossauros terópodes. Na taxonomia tradicional, as aves eram consideradas uma classe separada que evoluiu dos dinossauros, uma superordem distinta. No entanto, a maioria dos paleontólogos contemporâneos rejeitam o estilo tradicional de classificação em favor da taxonomia filogenética; esta abordagem exige que, para que um grupo seja natural, todos os descendentes de membros do grupo também devem ser incluídos no grupo. As aves são, portanto, consideradas dinossauros e os dinossauros não estão, portanto, extintos.[22] As aves são classificadas como pertencentes ao subgrupo Maniraptora, que são os celurossauros, que são terópodes, que são saurísquios, que são dinossauros.[23]

Pesquisas realizadas por Matthew Baron, David B. Norman e Paul M. Barrett em 2017, sugeriram uma revisão radical da sistemática dinossauriana. A análise filogenética de Baron et al. recuperou o Ornithischia como estando mais próximo do Theropoda do que do Sauropodomorpha, em oposição à união tradicional de terópodes com sauropodomorfos. Eles ressuscitaram o clado Ornithoscelida para se referir ao grupo que contém Ornithischia e Theropoda. A própria Dinosauria foi redefinida como o último ancestral comum do Triceratops horridus, do Passer domesticus, do Diplodocus carnegii e de todos os seus descendentes, para garantir que saurópodes e seus parentes permaneçam incluídos como dinossauros.[24][25]

Descrição geral

Na taxonomia filogenética, as aves estão incluídas no grupo Dinosauria.

Usando uma das definições acima, os dinossauros podem ser geralmente descritos como arcossauros com membros posteriores eretos sob o corpo.[26] Muitos grupos de animais pré-históricos são popularmente concebidos como dinossauros, como ictiossauros, mosassauros, plesiossauros, pterossauros e pelicossauros (especialmente o Dimetrodon), apesar de não serem classificados cientificamente como dinossauros e de nenhum deles terem a postura ereta dos membros posteriores, característica dos verdadeiros dinossauros.[27] Os dinossauros foram os vertebrados terrestres dominantes do Mesozóico, especialmente os períodos Jurássico e Cretáceo. Outros grupos de animais eram restritos em tamanho e nichos; mamíferos, por exemplo, raramente excediam o tamanho de um gato doméstico e geralmente eram carnívoros, do tamanho de roedores de presas pequenas.[28]

Os dinossauros sempre foram um grupo extremamente variado de animais; de acordo com um estudo de 2006, mais de 500 gêneros de dinossauros não-aviários foram identificados com certeza até agora e o número total de gêneros preservados no registro fóssil foi estimado por volta de 1850, dos quais quase 75% ainda serão descobertos.[29] Um estudo anterior previa que existiam 3.400 gêneros de dinossauros, incluindo muitos que não teriam sido preservados no registro fóssil.[30] Em 17 de setembro de 2008, 1.047 espécies diferentes de dinossauros foram nomeadas.[31]

Em 2016, o número estimado de espécies de dinossauros que existiam na era Mesozóica foi estimado em 1.543 a 2.468.[32][33] Alguns são herbívoros, outros carnívoros, incluindo comedores de sementes, comedores de peixe, insetívoros e onívoros. Embora os dinossauros fossem ancestralmente bípedes (assim como todos os pássaros modernos), algumas espécies pré-históricas eram quadrúpedes e outras, como o anchissauro e o iguanodonte, podiam andar com facilidade em duas ou quatro patas. Modificações cranianas como chifres e cristas são traços de dinossauros comuns e algumas espécies extintas possuíam armaduras ósseas. Embora conhecidos pelo tamanho grande, muitos dinossauros mesozóicos eram do tamanho de um humano ou menores, sendo que os pássaros modernos geralmente são pequenos em tamanho. Os dinossauros habitam hoje todos os continentes e os fósseis mostram que alcançaram tal distribuição global pelo menos no início do período Jurássico.[34] Aves modernas habitam a maioria dos habitats disponíveis, de terrestres a marinhos, e há evidências de que alguns dinossauros não-aviários (como o microraptor) podiam voar ou pelo menos planar, e outros, como espinossaurídeos, tinham hábitos semiaquáticos.[35]

Características anatômicas notáveis

Embora descobertas recentes tenham dificultado a apresentação de uma lista universalmente aceita de características distintivas dos dinossauros, quase todos os dinossauros descobertos até agora compartilham certas modificações no esqueleto ancestral do arcossauro, ou são descendentes claros de dinossauros mais antigos que apresentam essas modificações. Embora alguns grupos posteriores de dinossauros apresentassem outras versões modificadas dessas características, eles são considerados típicos para Dinosauria; os primeiros dinossauros os tinham e passavam para seus descendentes. Tais modificações, originadas no ancestral comum mais recente de um certo grupo taxonômico, são chamadas de sinapomorfias de tal grupo.[36]

Uma avaliação detalhada das inter-relações dos dinossauros por Sterling Nesbitt [34] confirmou ou encontrou as seguintes doze sinapomorfias não ambíguas, algumas anteriormente conhecidas:

Vértebras cranianas e cervicais do abelissaurídeo terópode Carnotaurus com epífises claramente visíveis. Neste gênero, os epífofos são grandemente aumentados.
  • no crânio, uma fossa supratemporal (escavação) está presente em frente à fenestra supratemporal, a abertura principal no teto do crânio traseiro;
  • epipofisos apontando indiretamente para trás nos cantos superiores traseiros, presentes nas vértebras cervicais anteriores (da frente) por trás do atlas e do áxis, as duas primeiras vértebras do pescoço;
  • ápice da crista deltopeitoral (uma projeção na qual os músculos deltopeitorais se ligam) localizada em ou mais de 30% abaixo do comprimento do úmero (osso do braço);
  • rádio, um osso do braço inferior, menor que 80% do comprimento do úmero;
  • quarto trocanter (projeção onde o músculo caudofemoralis se fixa no eixo traseiro interno) no fêmur (osso da coxa) é uma flange afiada;
  • quarto trocanter assimétrico, com margem distal, inferior, formando um ângulo mais acentuado em relação ao eixo;
  • no astrágalo e no calcâneo, os ossos do tornozelo superior, a faceta articular proximal, a superfície de conexão superior, para a fíbula ocupa menos de 30% da largura transversal do elemento
  • os ossos na parte de trás do crânio não se encontram ao longo da linha média no chão da cavidade endocraniana, o espaço interno da caixa craniana;
  • na pélvis, as superfícies articulares proximais do ísquio com o ílio e o púbis são separadas por uma grande superfície côncava (na parte superior do ísquio, uma parte da articulação do quadril aberto está localizada entre os contatos com o osso púbis e ílio);
  • A crista cnemial na tíbia (parte protuberante da superfície superior da tíbia) se arqueia anterolateralmente (curvas para a frente e para o lado externo);
  • cume distanciado vertical presente na face posterior da extremidade distal da tíbia (a superfície posterior da extremidade inferior da tíbia);
  • superfície articular côncava para a fíbula do calcâneo (a superfície superior do calcâneo, onde toca a fíbula, tem um perfil oco).

Nesbitt encontrou um número de novas sinapomorfias em potencial, e descontou algumas sinapomorfias previamente sugeridas. Alguns destes também estão presentes em silesaurídeos, que Nesbitt recuperou como grupo-irmão de Dinosauria, incluindo um grande trocanter anterior, metatarsos II e IV de comprimento sub-igual, contato reduzido entre ísquio e púbis, a presença de uma crista cnemial na tíbia e de um processo ascendente no astrágalo e muitos outros.[37]

Diagrama de um crânio típico:
j: osso jugal, po: osso pós-orbital, p: osso parietal, sq: osso escamosal, q: osso quadrado, qj: osso quadradojugal

Uma variedade de outras características do esqueleto são compartilhadas pelos dinossauros. No entanto, por serem comuns a outros grupos de arcossauros ou não estarem presentes em todos os dinossauros primitivos, essas características não são consideradas sinapomorfias. Por exemplo, como diapsídeos, os dinossauros possuíam ancestralmente dois pares de fenestras temporais (aberturas no crânio por trás dos olhos) e, como membros do grupo diacósico Archosauria, tinham aberturas adicionais no focinho e na mandíbula inferior.[38] Além disto, várias características que se pensava serem sinapomorfias agora são conhecidas por terem aparecido antes dos dinossauros, ou estavam ausentes nos primeiros dinossauros e evoluíram independentemente em diferentes grupos de dinossauros. Estas incluem uma escápula alongada ou omoplata; um sacro composto de três ou mais vértebras fundidas (três são encontrados em alguns outros arcossauros, mas apenas dois são encontrados em herrerassauros);[37] e um acetábulo perfurado, ou encaixe do quadril, com um orifício no centro de sua superfície interna (como no Saturnalia, por exemplo).[39][40] Outra dificuldade em determinar características distintamente dinossaurianas é que os primeiros dinossauros e outros arcossauros do final do Triássico são frequentemente pouco conhecidos e eram semelhantes em muitos aspectos; esses animais foram por vezes erroneamente identificados na literatura.[41]

Articulações do quadril e posturas posteriores de: (da esquerda para a direita) répteis típicos (alastrando), dinossauros e mamíferos (eretos) e rauisuchianos (eretos).

Os dinossauros ficam com os membros posteriores eretos de uma maneira semelhante à maioria dos mamíferos modernos, mas distintos da maioria dos outros répteis, cujos membros estendem-se para os lados.[42] Esta postura deve-se ao desenvolvimento de um recesso voltado para o lado da pelve (geralmente um encaixe aberto) e uma cabeça distinta voltada para dentro do fêmur.[43] Sua postura ereta permitiu que os primeiros dinossauros respirassem com facilidade enquanto se moviam, o que provavelmente permitia níveis de resistência e atividade que superavam os de répteis "extensos".[44] Membros eretos provavelmente também ajudaram ma evolução do grande tamanho ao reduzir as tensões de flexão nos membros.[45] Alguns arcossauros não-dinossauros, incluindo rauisuchianos, também tinham membros eretos, mas conseguiram isso por uma configuração "pilar ereta" da articulação do quadril, onde em vez de ter uma projeção do fêmur inserido em um soquete no quadril, o osso pélvico superior era girado para formar um tipo de prateleira suspensa.[45]

História evolucionária

Origem e evolução inicial

Diagrama da evolução dos dinossauros.

Os dinossauros divergiram de seus ancestrais arquiossauros durante entre o meio e o final do período Triássico, cerca de 20 milhões de anos após o evento de extinção do Permiano-Triássico ter eliminado estimados 95% de toda a vida na Terra.[46][47] A datação radiométrica da formação rochosa que continha fósseis do antigo gênero Eoraptor, com 231,4 milhões de anos, estabelece sua presença no registro fóssil nesta época.[48] Paleontólogos pensam que o Eoraptor se assemelha ao ancestral comum de todos os dinossauros;[49] se isto for verdade, seus traços sugerem que os primeiros dinossauros eram pequenos predadores bípedes.[50] A descoberta de ornitodiranos primitivos, semelhantes a dinossauros, como Marasuchus e Lagerpeton, em estratos argentinos do Triássico Médio, corrobora esta visão; a análise de fósseis recuperados sugere que estes animais eram de fato pequenos predadores bípedes. Os dinossauros podem ter surgido já há 243 milhões de anos, como evidenciado pelos restos do gênero Nyasassauro desse período, embora os fósseis conhecidos destes animais sejam fragmentários demais para dizer se são dinossauros propriamente ditos ou parentes muito próximos.[51] Recentemente, foi determinado que o Staurikosaurus da Formação Santa Maria, no Brasil, data de 233,23 milhões de anos atrás, tornando-o mais velho em idade geológica do que o Eoraptor.[52]

O Staurikosaurus é um dos mais antigos dinossauros conhecidos.

Quando os dinossauros apareceram, eles não eram os animais terrestres dominantes. Os habitats terrestres foram ocupados por vários tipos de arcosauromorfos e terapsídeos, como cinodontes e rincossauros. Seus principais concorrentes eram os pseudosuchia, como aetossauros, ornithosuchidos e rauisuchianos, que tiveram mais sucesso que os dinossauros.[53] A maioria destes outros animais foi extinta no Triássico, em um dos dois eventos. Primeiro, há cerca de 215 milhões de anos, uma variedade de arcosauromorfos basais, incluindo os protorossauros, foi extinta. Isto foi seguido pelo evento de extinção do Triássico-Jurássico (cerca de 200 milhões de anos atrás), que viu pôs fim à maioria dos outros grupos de primeiros arcossauros, como aetossauros, ornithosuchidos, phytossauros e rauisuchianos. Rincossauros e dicinodontes sobreviveram (pelo menos em algumas áreas) pelo menos até o Noriano tardio e o início do Rhaetiano, respectivamente,[54][55] sendo que a data exata de sua extinção é incerta. Essas perdas deixaram para trás uma fauna terrestre de crocodilomorfos, dinossauros, mamíferos, pterossauros e tartarugas.[37] As primeiras linhagens dos primeiros dinossauros se diversificaram através dos andares Carniano e Noriano do Triássico, possivelmente ocupando os nichos dos grupos que foram extintos.[56] Também notavelmente, houve uma elevada taxa de extinção durante o Evento Pluvial Carniano.[57]

Evolução e paleobiogeografia

A evolução dos dinossauros após o Triássico segue as mudanças na vegetação e a localização dos continentes. No final do Triássico e no início do Jurássico, os continentes estavam conectados como a única massa de terra chamada Pangeia e havia uma fauna de dinossauros em todo o mundo composta principalmente por carnívoros coelófsoides e herbívoros sauropodomorfos precoces.[58] As plantas de gimnospermas (particularmente as coníferas), uma potencial fonte de alimento, irradiavam-se no final do Triássico. Os primeiros sauropodomorfos não tinham mecanismos sofisticados para processar alimentos na boca e devem ter empregado outros meios de decompor os alimentos ao longo do trato digestivo.[59] A homogeneidade geral das faunas dos dinossauros continuou no meio e no final do Jurássico, onde a maioria das localidades tinha predadores consistindo de ceratossaurianos, espinossauroides e carnossauros, e herbívoros, que consistiam de ornitísquios estegossauros e grandes saurópodes. Exemplos disto incluem a Formação Morrison da América do Norte e a Formação Tendaguru da Tanzânia. Os dinossauros na China mostram algumas diferenças, com terópodes sinraptorídeos especializados e saurópodes incomuns de pescoço longo, como o Mamenchisaurus.[58] Ankylossauros e ornitópodes também estavam se tornando mais comuns, mas prossaurópodes tinham sido extintos. Coníferas e pteridófitas eram as plantas mais comuns. Os saurópodes, como os prossaurópodes anteriores, não eram processadores orais, mas os ornitísquios estavam desenvolvendo vários meios de lidar com alimentos, incluindo potenciais órgãos semelhantes a bochechas para manter os alimentos na boca e movimentos mandibulares para moer alimentos.[59] Outro evento evolutivo notável do Jurássico foi o aparecimento de aves verdadeiras, descendentes de coelurossaurídeos maniraptorianos.[60]

Esqueleto de Marasuchus lilloensis, um ornithodiran parecido com um dinossauro.

No início do Cretáceo e com a fragmentação do Pangea, os dinossauros estavam se tornando fortemente diferenciados. A primeira parte deste período viu a disseminação de anquilossauros, iguanodontes e braquiossaurídeos pela Europa, América do Norte e Norte da África. Estes foram posteriormente suplementados ou substituídos na África por grandes terópodes espinossaurídeos e carcharodontossaurídeos, além de saurópodes rebbachisaurídeos e titanossaurídeos, também encontrados na América do Sul. Na Ásia, os coelurossauros maniraptorianos, como os dromeossaurídeos, troodontídeos e oviraptorossauros, tornaram-se os terópodes comuns, e os anquilossaurídeos e os primeiros ceratópsios, como o psitacossauro, tornaram-se herbívoros importantes. Enquanto isto, a Austrália era o lar de uma fauna de anquilossauros basais, hipsilopodontes e iguanodontes.[58] Os estegossauros parecem ter sido extintos em algum momento no início ou final do Cretáceo. Uma grande mudança no início deste período, que seria ampliada no final do Cretáceo, foi a evolução das plantas com flores. Ao mesmo tempo, vários grupos de dinossauros herbívoros desenvolveram maneiras mais sofisticadas de processar alimentos por via oral. Os ceratópsios desenvolveram um método de cortar com os dentes empilhados uns sobre os outros e iguanodontes refinaram um método de moagem com fileiras de dentes, o que foi levado ao seu extremo nos hadrosaurídeos.[59] Alguns saurópodes também desenvolveram fileiras dentárias, melhor exemplificadas pelo Nigersaurus.[61]

As primeiras formas Herrerassauro (grande), Eoraptor (pequena) e um crânio de Plateosaurus.

Havia três faunas dinossauros em geral no final do Cretáceo. Nos continentes da América do Norte e Ásia, os principais terópodes eram tiranossaurídeos e vários tipos de terópodes maniraptorianos menores, com um agrupamento de herbívoros predominantemente ornitisquiano de hadrossaurídeos, ceratópsios, ankylossaurídeos e paquicefalossaurídeos. Nos continentes do sul que compunham o Gondwana, agora em fragmentação, os abelisaurídeos eram os terópodes comuns e os saurópodes titanossaurianos, os herbívoros comuns. Finalmente, na Europa, os dromaeossaurídeos, os iguanodontídeos rabdodontídeos, os anquilossaurígenos nodossaurídeos e os saurópodes titanossaurídeos foram predominantes.[58] As plantas floridas irradiavam muito,[59] com as primeiras gramíneas aparecendo no final do Cretáceo.[62] Os terópodos também irradiavam como herbívoros ou onívoros, com os terizinossaurianos e os ornitomimosaurianos se tornando comuns.[59]

O evento de extinção do Cretáceo-Paleogeno, ocorrido há aproximadamente 66 milhões de anos no final do período Cretáceo, causou a extinção de todos os grupos de dinossauros, com exceção dos pássaros neornitinos. Alguns outros grupos de diapsídeos, como crocodilianos, sebecosuchianos, tartarugas, lagartos, cobras, esfodontanos e coristoderanos, também sobreviveram ao evento.[63]

As linhagens sobreviventes de aves neornitinas, incluindo os ancestrais das ratites, patos e galinhas, e uma variedade de aves aquáticas, diversificaram-se rapidamente no início do período Paleogênico, entrando em nichos ecológicos deixados vagos pela extinção de grupos de dinossauros do Mesozóico, como as arborícolas enantiornitinas, as aquáticas hesperornithiformes e até os terópodes terrestres maiores (na forma de Gastornis, Eogruidae, Bathornithidae, Geranoididae, Dromornithidae e "aves do terror"). É frequentemente citado que os mamíferos competiam com as neornitinas pela dominância da maioria dos nichos terrestres, mas muitos desses grupos coexistiam com faunas ricas de mamíferos durante a maior parte do Cenozóico.[64] Aves de terror e bathornithidos ocuparam corporações carnívoras juntamente com mamíferos predadores[65][66] e as ratites ainda são bastante bem sucedidas como herbívoros de tamanho médio; os eogruiidos duraram da mesma forma do Eoceno ao Plioceno, apenas se extinguindo muito recentemente, após mais de 20 milhões de anos de coexestência com muitos grupos de mamíferos.[67]

Classificação

Ver artigo principal: Taxonomia dos dinossauros

Os dinossauros pertencem a um grupo conhecido como arcossauros, que também inclui os crocodilianos modernos. Dentro deste grupo, os dinossauros são diferenciados mais notavelmente por sua marcha: pernas de dinossauros se estendem diretamente abaixo do corpo, enquanto as pernas de lagartos e crocodilos se espalham para os lados.[36]

Coletivamente, os dinossauros como um clado são divididos em dois ramos primários, Saurischia e Ornithischia. Saurischia inclui aqueles que compartilham um ancestral comum mais recente com as aves do que com os Ornithischia, enquanto que os Ornithischia incluem todos que compartilham um ancestral comum mais recente com Triceratops do que com os Saurischia. Anatomicamente, esses dois grupos podem ser distinguidos mais notavelmente por sua estrutura pélvica. Os primeiros saurísquios ("ancas de lagartos", do grego sauros (σαῦρος), que significa "lagarto", e ischion (ἰσχίον), que significa "articulação do quadril") mantiveram a estrutura do quadril de seus ancestrais, com um osso púbico dirigido cranialmente ou para frente.[43] Esta forma básica foi modificada pela rotação do púbis para trás em graus variados em vários grupos (Herrerasaurus,[68] therizinosauroides,[69] dromeossaurídeos[70] e aves[60]). Saurischia inclui os terópodes (exclusivamente bípedes e com uma ampla variedade de dietas) e os sauropodomorfos (herbívoros de pescoço longo que incluem grupos de quadrúpedes avançados).[71][72]

Em contraste, os ornitísquios ("aninhados em pássaros", do grego ornitheios (ὀρνίθειος), que significa "de um pássaro", e ischion (ἰσχίον), que significa "quadril") tinham uma pélvis que se assemelhava superficialmente à pélvis de um pássaro: o osso púbico era orientado caudalmente (apontando para trás). Ao contrário dos pássaros, o púbis ornitisquiano também costuma ter um processo adicional de avanço. Ornithischia inclui uma variedade de espécies que eram principalmente herbívoras. (nota: os termos "quadril de lagarto" e "quadril de pássaro" são erros de compreensão - pássaros evoluíram de dinossauros com "quadris de lagarto").[36]

Taxonomia

Ver artigo principal: Taxonomia dos dinossauros

O clado Dinosauria é tradicionalmente subdivido em duas ordens de acordo com a estrutura do pélvis e algumas outras características anatômicas. A classificação a seguir é baseada nas relações evolutivas dos grupos de dinossauros, e organizada a partir da lista de espécies mesozóicas de dinossauros de Holtz (2007).[73] A cruz (†) simboliza táxons extintos.

  • Dinosauria
  • Saurischia ("quadril de lagarto"; inclui Theropoda e Sauropodomorpha)
Impressão artística de seis terópodes dromeossaurídeos (da esquerda para a direita): Microraptor, Velociraptor, Austroraptor, Dromaeosaurus, Utahraptor e Deinonychus.
  • Coelophysoidea (pequenos terópodes primitivos; inclui Coelophysis e parentes próximos)
  • Dilophosauridae (terópodes carnívoros primitivos com cristas)
  • Ceratosauria (normalmente possuíam chifres e/ou outras estrutuas faciais elaboradas; foram o grupo dominante de carnívoros no Hemisfério Sul durante o Cretáceo)
  • Tetanurae ("caudas rígidas"; inclui a maioria dos terópodes)
  • Therizinosauria (herbívoros bípedes com grandes garras nas mãos e cabeças pequenas)
  • Oviraptorosauria (maioria desdentada; sua dieta e estilo de vida são controversos)
  • Archaeopterygidae (pequenos terópodes alados, possivelmente pássaros)
  • Deinonychosauria (de pequeno ou médio porte; extremamente parecidos com pássaros, e com garras distintivas em forma de foice, uma em cada pé)
  • Avialae (pássaros modernos e extintos)
Impressão artística de quatro saurópodes macronários (da esquerda para a direita): Camarasaurus, Brachiosaurus, Giraffatitan e Euhelopus.
  • Sauropodomorpha (herbívoros com pequenas cabeças, e pescoços e caudas longos)
  • Guaibasauridae (pequenos sauropodomorfos onívoros primitivos)
  • Plateosauridae ("prossaurópodes" primitivos e estritamente bípedes)
  • Riojasauridae (pequenos sauropodomorfos primitivos)
  • Massospondylidae (pequenos sauropodomorfos primitivos)
  • Sauropoda (enormes e pesados, normalmente com mais de 15 m de comprimento; quadrúpedes)
  • Diplodocoidea (crânios e caudas alongados; dentes normalmente estreitos e com forma de lápis)
  • Macronaria (crânios largos; dentes com forma de lápis ou colher)
  • Brachiosauridae (macronários de braços e pescoços longos)
  • Titanosauria (grupo diverso; robustos, com quadris largos; mais comuns no Cretáceo Superior nos continentes do Sul)
Restauração de seis ornitópodes: Camptossauro, Iguanodon, Shantungossauro, Dryosaurus, Corythosaurus e Tenontosaurus.
  • Ornithischia ("quadril de pássaro"; grupo diverso de herbívoros bípedes e quadrúpedes)
  • Heterodontosauridae (pequenos ornitísquios herbívoros ou onívoros com dentes caninos)
  • Thyreophora (dinossauros de armadura; maioria quadrúpede)
  • Ankylosauria (escudos como armadura primária; alguns tinham porretes na ponta da cauda)
  • Stegosauria (esporões e placas como armadura primária)
  • Ornithopoda (tamanho variado; bípdes e quadrúpedes; evoluíram um método de mastigar usando a flexibilidade do crânio e numerosos dentes)
  • Marginocephalia (caracterizados pelo crânio bem desenvolvido)
  • Pachycephalosauria (bípedes com crânios com domos ou protuberâncias)
  • Ceratopsia (quadrúpedes com escudos no crânio; muitos tinham chifres)

Biologia

O conhecimento sobre os dinossauros é derivado de uma variedade de registros fósseis e não fósseis, incluindo ossos, fezes (quando fossilizadas são chamadas de coprólitos) e pegadas fossilizadas, Gastrólito e penas, impressões de pele, órgãos internos e tecidos moles.[74][75] Muitos campos de estudo contribuem para nossa compreensão sobre dinossauros, incluindo a física (especialmente a biomecânica), a química e a biologia, bem como as ciências da terra (da qual a paleontologia é uma sub-disciplina).[76][77] Dois temas em particular têm sido de interesse nos estudo sobre os dinossauro: seu tamanho e seu comportamento.[78]

Tamanho

Escala comparando os maiores dinossauros conhecidos de certos grupos: Shantungosaurus (Ornithopoda), Argentinosaurus (Sauropodomorpha), Spinosaurus (Theropoda), Stegosaurus (Thyreophora) e Triceratops (Marginocephalia).

A evidência atual sugere que o tamanho médio dos dinossauros variou no Triássico, Jurássico inferior, Jurássico Superior e no Cretáceo.[79] Os terópodes, quando classificadas por peso estimado em categorias baseadas na ordem de magnitude, têm na maioria das vezes kg 100-1000, enquanto predadores carnívoros do Holoceno tinham no máximo kg 10-100.[80] O modo de massas do corpo de dinossauro era entre uma e dez toneladas.[81] Isso contrasta fortemente com o tamanho do mamíferos no período Cenozoico, estimados pelo Museu Nacional de História Natural em cerca de 2 a 5 kg.[82]

Os saurópodes eram os maiores e mais pesados dos dinossauros. Durante grande parte da era dos dinossauros, os menores saurópodes eram maiores do que qualquer outra espécie em seu habitat. Em termos de ordem de magnitude, estes animais são maiores do que qualquer outra coisa que, desde então, caminhou pela Terra. Os mamíferos gigantes pré-históricos, como o Paraceratherium e o elefante-de-presas-retas-asiático foram ínfimos diante dos saurópodes gigantes. Apenas um punhado de animais aquáticos modernos podem aproximar-se ou superá-los em tamanho.[83] Existem várias vantagens seletivas propostas para o grande tamanho dos saurópodes, incluindo a proteção, a redução de predadores em potencial, o uso de energia e a longevidade, mas pode ser que a vantagem mais importante era dietética. Animais de grande porte são mais eficientes na digestão de pequenos animais, porque a comida passa mais tempo em seus sistemas digestivos. Isso também lhes permite subsistir com alimentos com menor valor nutritivo do que os animais menores. Restos de saurópodes são encontrados principalmente em formações rochosas, interpretadas como seca ou na época seca, e a capacidade de comer grandes quantidades de nutrientes de baixa procura teria sido vantajoso em tais ambientes.[84]

Maiores e menores

Os cientistas provavelmente nunca estarão certos dos maiores e menores dinossauros que já existiram. Isso ocorre porque apenas uma pequena porcentagem de animais fossiliza e a maioria deles permanece enterrada na terra. Poucos dos espécimes que são recuperados são esqueletos completos e impressões de pele e outros tecidos moles são raras. Reconstruir um esqueleto completo, comparando o tamanho e a morfologia dos ossos com os de espécies semelhantes e mais conhecidas, é uma arte inexata e reconstruir os músculos e outros órgãos do animal vivo é, na melhor das hipóteses, um processo de adivinhação instruída.[85]

Tamanho comparativo do Argentinosaurus ao humano médio.

O dinossauro mais alto e mais pesado, conhecido de bons esqueletos, é o Giraffatitan brancai (anteriormente classificado como espécie de Brachiosaurus). Seus restos mortais foram descobertos na Tanzânia entre 1907 e 1912. Os ossos de vários indivíduos de tamanho similar foram incorporados ao esqueleto agora montado e exposto no Museum für Naturkunde em Berlim;[86] tem 12 metros de altura, 21,8-22,5 metros de comprimento[87][88] e teria pertencido a um animal que pesava entre 30.000 e 60.000 kg. O maior dinossauro completo é o Diplodocus de 27 metros de comprimento, que foi descoberto em Wyoming, nos Estados Unidos, e exibido no Carnegie Natural History Museum de Pittsburgh em 1907.[89] O dinossauro mais longo conhecido é o Patagotitan: o esqueleto do Museu Americano de História Natural tem 37 metros de comprimento. O Museu Carmen Funes, no entanto, tem um esqueleto reconstruído Argentinosaurus, com 39,7 metros de comprimento.[90]

Haviam dinossauros maiores, mas o conhecimento sobre eles é baseado inteiramente em um pequeno número de fósseis fragmentados. A maioria dos maiores espécimes herbívoros registrados foram descobertos na década de 1970 ou posteriormente e incluem o massivo Argentinosaurus, que pode ter pesado entre 80.000 e 100.000 kg e atingido 30-40 metros de comprimento; alguns dos mais longos foram o Diplodocus hallorum, de 33,5 metros de comprimento (anteriormente Seismosaurus),[84] o Supersaurus, de 33-34 metros de comprimento,[91] e o Patagotitan, de 37 metros de comprimento; o mais alto era o Sauroposeidon, com 18 metros de altura, um ser vivo que conseguiria chegar na janela do sexto andar de um edifício.[91]

Ficheiro:Human-eoraptor size comparison(v2).png
Tamanho comparativo do Eoraptor ao humano médio.

O dinossauro mais pesado e mais longo pode ter sido o Amphicoelias fragillimus, conhecido apenas a partir de um arco neural vertebral parcial agora perdido, descrito em 1878. A partir da ilustração deste osso, o animal pode ter tido 58 metros de comprimento e ter pesado 122,4 toneladas.[84] No entanto, como nenhuma evidência adicional de saurópodes deste tamanho foi encontrada e como o descobridor, Edward Cope, já havia cometido erros tipográficos antes, é provável que tenha sido uma superestimação extrema.[92]

O maior dinossauro carnívoro era o Espinossauro, com comprimento de 12,6 a 18 metros e pesando de 7 a 20,9 toneladas.[93][94] Outros grandes terópodes carnívoros incluíam Giganotossauro, Carcharodontossauro e Tiranossauro.[94] Therizinosaurus e Deinocheirus estavam entre os mais altos dos terópodes. O maior dinossauro ornithischiano foi provavelmente o hadrosaurídeo Shantungossauro, que media 16 metros e pesava cerca de 13 toneladas.[26]

O menor dinossauro conhecido é o beija-flor de abelhas,[95] com um comprimento de apenas 5 cm e massa de cerca de 1,8 g.[96] Os menores dinossauros não-aviários conhecidos eram do tamanho de pombos e eram os terópodes mais intimamente relacionados às aves.[97] Por exemplo, o Anchiornis huxleyi é atualmente o menor dinossauro não-aviário descrito a partir de uma amostra adulta, com um peso estimado de 110 gramas[98] e um comprimento total do esqueleto de 34 cm.[97][98] Os menores dinossauros herbívoros não-aviários incluíam o Microceratus e o Wannanosaurus, com cerca de 60 cm de comprimento cada.[99][100]

Grupos de dinossauros

Estegossauros

Ver artigo principal: Stegosauria
Um Tuojiangosaurus sendo atacado por um Monolophosaurus.

A infraordem Stegosauria recebeu esse nome por causa do estegossauro e agrupa dinossauros que possuem diversas características em comum, como, por exemplo: corpos gigantescos com cabeças pequenas, fileiras duplas de enormes placas ósseas dispostas de ambos os lados da coluna vertebral, esporões na cauda entre outros. Cada espécie se destacando pela forma, disposição das placas e ferrões e tamanho. Essas placas podem ter tido diversas funções mas não se sabe com certeza qual era sua função, algumas teorias dizem que elas serviam para aquecer o corpo como painéis solares, outras dizem que serviria para efeitos visuais para o acasalamento.[carece de fontes?]

Durante o Cretáceo seus pescoços tornaram-se mais longos com o tempo e suas pequenas cabeças tornaram-se estreitas, capazes de morder seletivamente as melhores partes de cicas com seus bicos. Quando estes tipos de plantas diminuíram na diversidade, assim fizeram os estegossauros, que se tornaram extintos durante a primeira metade do período Cretáceo.[14]

Anquilossauros

Ver artigo principal: Ankylosauria
Edmontonia, um anquilossauro.

A infraordem Ankylosauria recebeu este nome por causa do anquilossauro e formam um grupo de dinossauros caracterizados por possuírem armaduras corpóreas providas de grossos osteodermas. Alguns animais deste grupo possuíam caudas que terminavam em uma ponta grossa que poderia ser usada como arma. O corpo dos anquilossauros os transformava em excelentes armas de defesa sendo que em alguns casos até as pálpebras dos olhos eram "blindadas" por uma espécie de persiana óssea, em um combate eles ficariam de lado para o atacante e lhes ameaçariam com a cauda que poderia desferir uma pancada que intimidaria até os maiores predadores da Terra e, em caso de fuga, eles poderia acertar pancadas com facilidade em quem os tivessem perseguindo. Se extinguiram no evento KT.[14]

Ornitópodes

Ver artigo principal: Ornithopoda
Vários ornitópodes.

A infraordem Ornithopoda é um grupo de dinossauros ornitísquios que começaram como pequenos herbívoros terrícolas, e cresceram em tamanho e número até tornarem-se os mais bem sucedidos herbívoros do Cretáceo em todo o mundo, dominando as paisagens da América do Norte.[carece de fontes?]

Sua maior vantagem evolutiva era o desenvolvimento progressivo do aparelho mastigatório, rivalizando o dos modernos mamíferos como a vaca doméstica em sofisticação. Eles alcançaram seu ápice nos hadrossauros, antes de serem varridos pelo evento de extinção do Cretáceo-Paleogeno junto com todos os outros dinossauros não-avianos.[carece de fontes?]

Sua forma varia de pequenos bípedes de pocuo mais de 1 metro, como Valdosaurus canaliculatus e Notohypsilophodon comodorensis até semi-quadrúpedes de 15 metros, como o Shantungosaurus giganteus.[14]

Ceratopsídeos

Ver artigo principal: Ceratopsia
Triceratops, o mais conhecido ceratopsídeo.

A infraordem Ceratopsia (do latim "com chifre no rosto")[101] é um grupo de dinossauros marginocefalianos quadrúpedes e herbívoros, característicos do período Cretáceo. Os ceratopsianos, como são chamados os dinossauros pertencentes a essa ordem, viveram principalmente em regiões que actualmente são a Ásia e a América do Norte. Os primeiros membros do grupo Ceratopsia, como o psitacossauro, eram pequenos animais bípedes e sem estruturas elaboradas na cabeça. Membros posteriores, incluindo ceratopsídeos como Centrosaurus e Triceratops, tornaram-se quadrúpedes muito grandes e desenvolveram elaborados chifres faciais e cristas que se estendem ao longo do pescoço. Embora estes podem ter servido para proteger os pescoços vulneráveis dos predadores, eles podem também ter sido utilizados para a exposição, a termorregulação, músculos da mastigação ou alguma combinação dos anteriores.[carece de fontes?]

Esses dinossauros variavam muito de tamanho e forma, indo de animais de 50 centímetros, como Yamaceratops dorngobiensis e Liaoceratops yanzigouensis, até gigantes de mais de 8 metros de comprimento, como Triceratops horridus e Eotriceratops xerinsularis.[14]

O nome Ceratopsia que, como visto anteriormente, vem do latim "rosto com chifre" se deve ao fato de uma parte desses dinossauros possuírem um ou mais chifres na face, embora, apesar do nome, alguns, como o Protoceratops, encontrado na Mongólia, não possuíam chifre.[14]

Paquicefalossauros

Ver artigo principal: Pachycephalosauria
Pachycephalosaurus.

A infraordem Pachycephalosauria (do grego "lagartos de cabeça espessa") é um grupo de dinossauros ornitópodos marginocefalianos bípedes e herbívoros que habitaram a Terra durante o período Cretáceo, onde atualmente estão as terras da América do Norte e da Ásia. A característica mais marcante destes animais era o topo do crânio, que possuía em alguns animais vários centímetros de espessura, podiam apresentar formato de domo ou ainda era adornada com espinhos (como o Stygimoloch). A função de tal característica incomum é desconhecida. Até recentemente especulava-se que os membros desta subordem utilizavam seus crânios em disputas territoriais ou por um parceiro sexual batendo suas cabeças uma contra as outras (tal qual fazem alguns antílopes). No entanto, estudos recentes apontaram que haveria grandes danos ao cérebro do animal, caso ele chocasse sua cabeça contra a de outro indivíduo, sugerindo que talvez seu crânio fosse utilizado para a defesa contra predadores ou as disputas por parceiros eram realizadas com golpes desferidos contra as laterais do rival (assim como as girafas o fazem). Todos os paquicefalossaurianos têm uma saliência na parte interior do crânio.[carece de fontes?]

Sauropodomorfos

Ver artigo principal: Sauropodomorpha
Um bando de Brontosaurus.

A subordem Sauropodomorpha foi um dos dois grandes grupos de dinossauros saurísquios ou dinossauros com bacia de réptil. Os seus corpos eram geralmente enormes, com um pescoço muito comprido que terminava em uma cabeça muito pequena. A cauda, também muito comprida, junto com uma grande unha que a maioria dos saurópodes possuíam na pata dianteira, eram suas únicas armas de defesa, além de seu tamanho. Os saurópodes eram quadrúpedes herbívoros, com patas altas, retas como colunas, terminadas em pés dotados de dedos curtos e bastante parecidas com as dos elefantes. Sauropodomorfos mais primitivos, porém, eram bípedes, e alguns, como o Panphagia e o Pampadromaeus eram predadores.[14]

Muitos dos saurópodes não dispunham de mandíbulas e dentes apropriados para mastigar, de modo que engoliam grandes quantidades de matéria vegetal que, em seguida, eram "trituradas" no estômago por pedras ingeridas, chamadas gastrólitos, para facilitar a fermentação e a digestão do alimento.[carece de fontes?]

O Plateosaurus, que viveu no Triássico e é um dos mais antigos sauropodomorfos herbívoros, mas não é um saurópode verdadeiro. Gêneros bem conhecidos de saurópodes Jurássicos incluem Brachiosaurus, Diplodocus, Apatosaurus e Brontosaurus. Saurópodes apareceram pela primeira vez no início do Período Jurássico, onde pouco se assemelhavam ao grupo estreitamente relacionado (e possivelmente ancestral) "Prosauropoda". Até o Jurássico (150 milhões de anos atrás), os saurópodes tinham se tornado comuns (especialmente os neossaurópodes). Até o Cretáceo Superior, esses grupos tinham sido principalmente substituídos pelos titanossauros, que tiveram uma distribuição quase global e incluíam espécies como o Alamosaurus e o Argentinosaurus. No entanto, como todos os outros dinossauros não-aviários, os titanossauros se extinguiram no evento KT. Restos fossilizados de sauropodomorfos foram encontrados em todos os continentes, incluindo a Antártica.[102]

Sua forma varia de pequenos bípedes onívoros de 1,5 metro de comprimento, como o Pampadromeus barberenai, até gigantescos quadrúpedes herbívoros de mais de 30 metros de comprimento, como Supersaurus vivianae e Argentinosaurus huinculensis.[14]

Terópodes

Ver artigo principal: Theropoda
Tarbosaurus, um dos maiores predadores do Cretáceo.

A subordem Theropoda foi um dos dois grandes grupos de dinossauros saurísquios (ou do grupo Ornithoscelida, segundo classificações alternativas recentes) que viveram a partir do final do Triássico até o presente, habitando todos os continentes. Desde o evento KT a 66 milhões de anos, os únicos representantes deste grupo são os pássaros modernos. Terópodes são um grupo diverso e grande de dinossauros caracterizados por serem exclusivamente bípedes, e normalmente eram carnívoros ou onívoros, embora existam exemplos herbívoros.[14]

Terópodes apareceram no Triássico Superior (por volta de 230 milhões de anos atrás ou mais) e os terópodes não-avianos foram os predadores terrestres dominantes do início do Jurássico até a extinção em massa no final do Cretáceo (por volta de 66 milhões de anos atrás), quando a maioria das espécies do grupo foram extintas junto com o resto dos dinossauros não-avianos e grande quantidade de fauna e flora dessa época.[carece de fontes?]

Sua forma varia de pequenos nectarívoros voadores de 6 centímetros de comprimento, como o Mellisuga helenae, até predadores gigantes de mais de 12 metros de comprimento, como o Spinosaurus aegyptiacus, Giganotosaurus carolinii, Carcharodontosaurus saharicus, Mapusaurus roseae ou o Tyrannosaurus rex. Sabe-se hoje que terópodes do clado Coelurosauria (como o Velociraptor mongoliensis e o Troodon formosus) possuíam penas. Não coincidentemente, este clado também inclui todas as aves, tanto extintas quanto atuais.[14][103]

Um estranho dinossauro foi descoberto na década de 1860 em calcários da Formação Solnhofen, no sul da Alemanha. Esse animal, notável pelas penas fossilizadas, foi conhecido como Archaeopteryx. Por muito tempo foi chamado de "primeira ave" (Urvogel, em alemão), embora talvez não seja o ancestral direto das aves atuais, embora seja certamente próximo destas, por fazer parte do clado Avialae. Tempos depois, na China, foram encontrados dinossauros não-avianos com penas entre eles Microraptor, Dilong e Sinosauropteryx. Mesmo antes da descoberta de penas em dinossauros não-avianos, já se sabia que estes não eram ectotérmicos como os répteis, mas ativos e homeotérmicos como as aves,[104] além de serem ancestrais destas. Já se especulava também que alguns deles possuíssem penas,[105] e as descobertas feitas no final da década de 1990 e durante o século XXI confirmaram esta hipótese. Hoje, as aves não são simplesmente consideradas descendentes dos dinossauros, mas sim dinossauros propriamente ditos.[106]

Lusofonia

Brasil

Ver artigo principal: Lista de dinossauros do Brasil

Cerca de 30 espécies de dinossauros não-avianos já foram descobertas no Brasil até agora, incluindo animais como Oxalaia quilombensis, Staurikosaurus pricei, Mirischia asymmetrica, Amazonsaurus maranhensis, Brasilotitan nemophagus, Irritator challengeri (mesmo que Angaturama limai) e Gondwanatitan faustoi. O maior dinossauro já encontrado no país é o Austroposeidon magnificus, de cerca de 25 metros de comprimento.[107] Atualmente, existem mais de 1900 espécies conhecidas de aves no Brasil.[108]

Portugal

Miragaia longicollum, um dinossauro ornitísquio descoberto em Portugal.

A maioria dos dinossauros em Portugal são do Jurássico Superior da Bacia Lusitânica.[109] Inclui espécies como o Allosaurus europaeus, Draconyx loureiroi, Lourinhanosaurus antunesi, Miragaia longicollum, Torvosaurus, Ceratosaurus, entre outros. Também são conhecidas numerosas pegadas.[110]

Extinção dos dinossauros não-avianos

Ver artigo principal: Extinção do Cretáceo-Paleogeno

Muitos supõem que há 66 milhões de anos houve uma extinção em massa de espécies animais e vegetais incluindo os dinossauros. Diversas teorias tentam explicar esse fato, mas a mais provável de todas, e até mesmo a mais famosa, é a de que um grande asteroide tenha caído na Terra[111][112] e levantado poeira suficiente na atmosfera para impedir que a luz do Sol alcançasse a superfície. Como consequência disso, muitas espécies vegetais que necessitam fazer fotossíntese para viver teriam morrido e, por fim, os dinossauros herbívoros. Sem os dinossauros herbívoros para comer, todos os carnívoros também acabam morrendo, marcando assim o fim da era dos dinossauros. Apesar disso, existem pelo menos mais dez teorias que tentam explicar o motivo do desaparecimento dos dinossauros.[carece de fontes?]

Evento de impacto

Ver artigo principal: Cratera de Chicxulub
A cratera de Chicxulub na ponta da Península de Iucatã; o corpo celeste que formou esta cratera pode ter causado a extinção dos dinossauros.

A teoria de colisão de asteroide, que foi trazida a conhecimento mundial em 1980 por Walter Alvarez e colegas, liga a extinção em massa no fim do período Cretáceo a um impacto de bólido há aproximadamente 66 milhões de anos.[113]

Alvarez propôs que um aumento súbito nos níveis de irídio, gravado ao redor do mundo na camada de rochas do período, era uma evidência direta de impacto. A maior parte das evidências sugere agora que um bólido de aproximadamente 5 a 15 km de largura colidiu nas proximidades da península de Iucatã, criando a cratera de Chicxulub, com aproximadamente 180 km de diâmetro, e provocando a extinção em massa.[114][115]

Os cientistas não estão certos se os dinossauros estavam prosperando ou em declínio antes do evento de impacto. Alguns cientistas propõem que o meteorito causou uma queda longa e anormal da temperatura atmosférica da Terra, enquanto outros afirmam que ela teria, ao contrário, criado uma onda de calor incomum. Embora a velocidade de extinção não possa ser deduzida somente a partir do registro fóssil, vários modelos sugerem que a extinção foi extremamente rápida. O consenso entre os cientistas que defendem esta teoria é que o impacto causou a extinção de forma direta (pelo calor do impacto do meteorito) e indiretamente (através de um resfriamento global mundial provocado pelo material ejetado pelo impacto refletindo a radiação térmica do sol).[116]

Em setembro de 2007, pesquisadores dos Estados Unidos, liderados por William Bottke do Southwest Research Institute em Boulder, Colorado, e cientistas checos usaram simulações de computador para identificar a provável origem do impacto de Chicxulub. Eles calcularam uma probabilidade de 90% de que um asteroide gigante chamado Baptistina, com cerca de 160 km de diâmetro, orbitando no cinturão de asteroides que fica entre Marte e Júpiter, foi atingido por um pequeno asteroide desconhecido com cerca de 55 km de diâmetro, há cerca de 160 milhões de anos. O impacto quebrou Baptistina, criando um agrupamento que é conhecido hoje como a família Baptistina. Os cálculos indicam que alguns dos fragmentos foram arremessados em órbitas cruzando a da Terra, um destes fragmentos sendo o meteorito de 10 km de largura que atingiu a península mexicana de Iucatã, há 66 milhões de anos, criando a cratera de Chicxulub.[117]

Uma explicação semelhante, mas mais controversa, propõe que "a passagem da [hipotética] estrela companheira do Sol, Nêmesis, através da nuvem de Oort, provocaria chuvas de cometas." Um ou mais desses cometas, em seguida, colidiram com a Terra aproximadamente ao mesmo tempo, causando a extinção em massa. Tal como acontece com o impacto de um asteroide, o resultado final deste bombardeio de cometas teria sido uma queda brusca na temperatura global, seguido por um período de frio prolongado.[118]

Basaltos de Decão

Antes de 2000, os argumentos de que os derrames basálticos de Decão causaram a extinção eram geralmente ligados à visão de que a extinção foi gradual, já que pensava-se que estes eventos de derrame basáltico começaram há cerca de 68 milhões de anos e duraram mais de 2 milhões de anos. No entanto, há indícios de que dois terços dos basaltos de Decão foram criados em apenas 1 milhão de anos, há cerca de 65,5 milhões de anos, e por isso estas erupções teriam causado uma extinção relativamente rápida, possivelmente em um período de milhares de anos, mas ainda mais longo do que seria esperado de um evento de impacto.[119][120]

Os derrames de Decão poderiam ter causado a extinção através de vários mecanismos, incluindo a liberação atmosférica de poeira e aerossóis sulfúricos, que podem ter bloqueado a luz solar e, consequentemente, reduzido a fotossíntese nas plantas. Além disso, o vulcanismo de Decão pode ter resultado em emissões de dióxido de carbono, o que teria aumentado o efeito estufa quando a poeira e os aerossóis citados anteriormente fossem eliminados da atmosfera.[120] Antes da extinção em massa dos dinossauros, a liberação de gases vulcânicos durante a formação dos basaltos de Decão "contribuiu para um aquecimento global, aparentemente maciço. Alguns dados apontam para um aumento médio de temperatura de 8 °C, no último meio milhão de anos antes do impacto [em Chicxulub].[119][120]

Nos anos em que a teoria dos basaltos de Decão estava ligada a uma extinção lenta, Luis Walter Alvarez (que morreu em 1988) respondia que os paleontólogos estavam sendo enganados por dados esparsos. Embora a sua afirmação não tenha sido inicialmente bem recebida, estudos intensivos em locais ricos em fósseis deram peso à sua afirmação. Eventualmente, a maioria dos paleontólogos começou a aceitar a ideia de que as extinções em massa no fim do período cretáceo foram na sua maioria, ou pelo menos em parte, causadas por um grande impacto na Terra. No entanto, mesmo Walter Alvarez reconhecia que houve outras mudanças importantes na Terra, mesmo antes do impacto, como uma queda no nível do mar e erupções vulcânicas maciças que produziram os basaltos de Decão na Índia, e estes podem ter contribuído para a extinção.[121]

Incapacidade de se adaptar

Lloyd et al. (2008) observou que, em meados do Cretáceo, plantas angiospermas floríferas se tornaram uma parte importante dos ecossistemas terrestres, que antes eram dominados por gimnospermas como as coníferas. Coprólitos — fezes fossilizadas — de dinossauros indicam que, enquanto alguns comiam angiospermas, a maioria dos dinossauros herbívoros comiam principalmente gimnospermas. A análise estatística feita por Lloyd et al. concluiu que, ao contrário de estudos anteriores, os dinossauros não se diversificaram muito no final do Cretáceo. Lloyd et al. sugeriu que o fracasso dos dinossauros em se diversificar, enquanto os ecossistemas estavam mudando, os condenou à extinção.[122]

Ver também

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