Olavo de Carvalho: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
== Biografia ==


Filho de Luiz Gonzaga de Carvalho e Nicéa Pimentel de Carvalho, nasceu em Campinas por onde viveu por volta de 1 ano e meio.<ref>[http://www.blogtalkradio.com/olavo/2011/03/30/true-outspeak True outspeak 31, março 2011]</ref> É casado com Roxane Andrade de Souza e pai de 8 filhos, dos quais um deles, Luiz Gonzaga de Carvalho Neto, atualmente segue a vocação do pai e promove cursos de filosofia.<ref>[http://luizgonzagadecarvalho.com/ website do Luiz Gonzaga de Carvalho Neto]</ref>
Filho de Luiz Gonzaga de Carvalho e Nicéa Pimentel de Carvalho, nasceu em [[Campinas]] por onde viveu por volta de 1 ano e meio.<ref>[http://www.blogtalkradio.com/olavo/2011/03/30/true-outspeak True outspeak 31, março 2011]</ref> É casado com Roxane Andrade de Souza e pai de 8 filhos, dos quais um deles, Luiz Gonzaga de Carvalho Neto, atualmente segue a vocação do pai e promove cursos de filosofia.<ref>[http://luizgonzagadecarvalho.com/ website do Luiz Gonzaga de Carvalho Neto]</ref>


Olavo de Carvalho chegou a ser na juventude um [[militante]] [[comunista]].<ref> [http://epoca.globo.com/chat/anteriores/olavodecarvalho.htm Época Online - Chat - Arquivo] </ref> Colaborou no primeiro curso de extensão em [[astrologia]] na [[PUC]] de São Paulo, para os formandos em [[psicologia]] em [[1979]].<ref>[http://cnastrologia.org.br/site/blog/2010/01/27/juan-alfredo-cesar-muller/ Dados biográficos e da obra de Juan Alfredo César Müller]</ref>
Olavo de Carvalho chegou a ser na juventude um [[militante]] [[comunista]].<ref> [http://epoca.globo.com/chat/anteriores/olavodecarvalho.htm Época Online - Chat - Arquivo] </ref> Colaborou no primeiro curso de [[extensão universitária]] em [[astrologia]] na [[PUC]] de São Paulo, para os formandos em [[psicologia]] em [[1979]].<ref>[http://cnastrologia.org.br/site/blog/2010/01/27/juan-alfredo-cesar-muller/ Dados biográficos e da obra de Juan Alfredo César Müller]</ref>


Seu primeiro livro foi lançado em 1980 e chama-se "A imagem do homem na astrologia". Em 1996, publicou o livro que o tornou conhecido, "O imbecil coletivo: atualidades inculturais brasileiras", no qual critica o meio cultural e intelectual brasileiro. Trabalhou em [[revista]]s e [[periódico]]s tais como [[Bravo! (revista)|Bravo!]], [[Primeira Leitura]], [[O Globo]], [[Revista Época|Época]], [[Zero Hora]], [[Jornal do Brasil]] e [[Jornal da Tarde_(São Paulo)|Jornal da Tarde]], tendo sido demitido destes cinco últimos.<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/cartas_oglobo_oglobo.htm Cartas a O Globo e a Olavo de Carvalho].</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/100525dc.html Escolha desgraçada].</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/nota_zh.html Nota ao Zero Hora]</ref>
Seu primeiro [[livro]] foi lançado em [[1980]] e chama-se "A imagem do homem na astrologia". Em [[1996]], publicou o livro que o tornou conhecido, "O imbecil coletivo: atualidades inculturais brasileiras", no qual critica o meio cultural e [[intelectual]] brasileiro. Trabalhou em [[revista]]s e [[periódico]]s tais como [[Bravo! (revista)|Bravo!]], [[Primeira Leitura]], [[O Globo]], [[Revista Época|Época]], [[Zero Hora]], [[Jornal do Brasil]] e [[Jornal da Tarde_(São Paulo)|Jornal da Tarde]], tendo sido demitido destes cinco últimos.<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/cartas_oglobo_oglobo.htm Cartas a O Globo e a Olavo de Carvalho].</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/100525dc.html Escolha desgraçada].</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/nota_zh.html Nota ao Zero Hora]</ref>


Olavo de Carvalho declarou em seu programa que em dezembro de [[2009]] recebeu do governo dos [[Estados Unidos]] o [[visto]] especial de residência EB-1,<ref>[http://www.blogtalkradio.com/olavo/2009/12/28/true-outspeak Olavo de Carvalho, 2009, ''True Outspeak'']</ref> o qual é concedido a estrangeiros com "habilidade extraordinárias" na área educacional, artística, científica ou de negócios ou a "professores ou pesquisadores notáveis". Esse visto dá ao estrangeiro o direito de [[Green Card|residência permanente]] nos Estados Unidos.<ref>[http://www.uscis.gov/portal/site/uscis/menuitem.eb1d4c2a3e5b9ac89243c6a7543f6d1a/?vgnextoid=17b983453d4a3210VgnVCM100000b92ca60aRCRD&vgnextchannel=17b983453d4a3210VgnVCM100000b92ca60aRCRD Employment-Based Immigration: First Preference EB-1, US Citizenship and immigration services]</ref>
Olavo de Carvalho declarou em seu programa que em dezembro de [[2009]] recebeu do governo dos [[Estados Unidos]] o [[visto]] especial de residência EB-1,<ref>[http://www.blogtalkradio.com/olavo/2009/12/28/true-outspeak Olavo de Carvalho, 2009, ''True Outspeak'']</ref> o qual é concedido a estrangeiros com "habilidade extraordinárias" na área educacional, artística, científica ou de negócios ou a "professores ou pesquisadores notáveis". Esse visto dá ao estrangeiro o direito de [[Green Card|residência permanente]] nos Estados Unidos.<ref>[http://www.uscis.gov/portal/site/uscis/menuitem.eb1d4c2a3e5b9ac89243c6a7543f6d1a/?vgnextoid=17b983453d4a3210VgnVCM100000b92ca60aRCRD&vgnextchannel=17b983453d4a3210VgnVCM100000b92ca60aRCRD Employment-Based Immigration: First Preference EB-1, US Citizenship and immigration services]</ref>


Além da manutenção periódica da página pessoal com novos [[artigo (publicações)|artigo]]s e [[ensaio]]s, Carvalho ministra, com certa frequência, cursos à distância de [[História da Filosofia]] e realiza palestras e conferências, mantendo, desde 2006, um programa periódico de rádio em ''[[streaming]]'' pela [[internet]], denominado ''True Outspeak'', com participação do público por telefone, [[VOIP]] ou correio eletrônico, além de ser o presidente do [[Inter-american Institute]].<ref>[http://theinteramerican.org The Inter-american Institute]</ref>
Além da manutenção periódica da página pessoal com novos [[artigo (publicações)|artigo]]s e [[ensaio]]s, Carvalho ministra, com certa frequência, cursos à distância de [[História da Filosofia]] e realiza [[palestra]]s e [[conferência]]s, mantendo, desde [[2006]], um programa periódico de rádio em ''[[streaming]]'' pela [[internet]], denominado ''True Outspeak'', com participação do público por telefone, [[VOIP]] ou correio eletrônico, além de ser o presidente do [[Inter-american Institute]].<ref>[http://theinteramerican.org The Inter-american Institute]</ref>


Seus admiradores são, pejorativamente, chamados de ''"Olavettes."'' Demonstrando [[senso de humor]] e de oportunidade, Carvalho lançou uma [[marca]] de produtos com este mesmo nome, cuja venda ajuda a custear seus trabalhos.<ref>[http://olavettes.org/ Olavettes] - Página visitada em 15-08-2013.</ref>
Seus admiradores são, pejorativamente, chamados de ''"Olavettes."'' Demonstrando [[senso de humor]] e de oportunidade, Carvalho lançou uma [[marca]] de produtos com este mesmo nome, cuja venda ajuda a custear seus trabalhos.<ref>[http://olavettes.org/ Olavettes] - Página visitada em 15-08-2013.</ref>
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=== Oposição e críticas ===
=== Oposição e críticas ===


Olavo foi alvo de [[crítica]]s em diversas ocasiões, como por exemplo quando debateu com o ativista russo [[Aleksandr Dugin]].<ref>[http://debateolavodugin.blogspot.com/2011/07/dugins-conclusion.html Dugin's Conclusion]</ref><ref>[http://theinteramerican.org/blogs/olavo-de-carvalho/286-olavo-de-carvalho-debates-alexandr-dugin-iv.html Olavo de Carvalho debates Alexandr Dugin]</ref> Outros opositores foram [[Janer Cristaldo]],<ref>[http://www.baguete.com.br/colunistas/colunas/31/janer-cristaldo/27/01/2008/quem-financia-o-astrologo Quem financia o astrólogo?], artigo de Janer Cristaldo.</ref> jornalista e ex-colaborador de seu site [[Mídia Sem Máscara]], e [[Rodrigo Constantino]],<ref>[http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/02/desonestidade-de-olavo.html A Desonestidade de Olavo], artigo de Rodrigo Constantino.</ref><ref>[http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/02/vaidade-de-olavo.html A Vaidade de Olavo], artigo de Rodrigo Constantino.</ref> [[economista]] e [[liberal]], que afirma que "''Olavo foi alçado ao patamar de “líder iluminado” por seus seguidores, e isso o cegou''". Nessa lista poderia incluir-se também os jornalistas [[Mário Augusto Jakobskind]]<ref>[http://www.midiaindependente.org/pt/red/2005/10/335177.shtml Olavo de Carvalho no banco dos réus], artigo de Mário Augusto Jakobskind.</ref> e [[Sebastião Nery]],<ref>[http://www.tribuna.inf.br/anteriores/2003/junho/09/coluna.asp?coluna=nery Tribuna (processo)]</ref> e o engenheiro [[José Colucci Jr.]]<ref name="observatoriodaimprensa.com.br">[http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=297OFC002 O fantasma de Darwin], artigo de José Colucci Jr.</ref>
Olavo foi alvo de [[crítica]]s em diversas ocasiões, como por exemplo quando debateu com o [[ativista]] russo [[Aleksandr Dugin]].<ref>[http://debateolavodugin.blogspot.com/2011/07/dugins-conclusion.html Dugin's Conclusion]</ref><ref>[http://theinteramerican.org/blogs/olavo-de-carvalho/286-olavo-de-carvalho-debates-alexandr-dugin-iv.html Olavo de Carvalho debates Alexandr Dugin]</ref> Outros opositores foram [[Janer Cristaldo]],<ref>[http://www.baguete.com.br/colunistas/colunas/31/janer-cristaldo/27/01/2008/quem-financia-o-astrologo Quem financia o astrólogo?], artigo de Janer Cristaldo.</ref> jornalista e ex-colaborador de seu site [[Mídia Sem Máscara]], e [[Rodrigo Constantino]],<ref>[http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/02/desonestidade-de-olavo.html A Desonestidade de Olavo], artigo de Rodrigo Constantino.</ref><ref>[http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/02/vaidade-de-olavo.html A Vaidade de Olavo], artigo de Rodrigo Constantino.</ref> [[economista]] e [[liberal]], que afirma que "''Olavo foi alçado ao patamar de “líder iluminado” por seus seguidores, e isso o cegou''". Nessa lista poderia incluir-se também os jornalistas [[Mário Augusto Jakobskind]]<ref>[http://www.midiaindependente.org/pt/red/2005/10/335177.shtml Olavo de Carvalho no banco dos réus], artigo de Mário Augusto Jakobskind.</ref> e [[Sebastião Nery]],<ref>[http://www.tribuna.inf.br/anteriores/2003/junho/09/coluna.asp?coluna=nery Tribuna (processo)]</ref> e o engenheiro [[José Colucci Jr.]]<ref name="observatoriodaimprensa.com.br">[http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=297OFC002 O fantasma de Darwin], artigo de José Colucci Jr.</ref>
Em virtude de críticas realizadas em seus artigos e [[talk show]], Olavo foi acionado judicialmente em 2007 pelo professor aposentado de filosofia da [[Unicamp]] João Carlos Kfouri Quartim de Moraes,<ref>{{citar web |url=http://www.anovademocracia.com.br/no-6/1270-entrevista-quartim-de-moraes |título=Entrevista: Quartim de Moraes – ''Aspectos da formação do Exército desde a abolição da escravatura'' |acessodata=17-06-2013 | publicado=A Nova Democracia}}</ref><ref>{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/joao-quartim-de-moraes |título=João Quartim de Moraes |acessodata=17-06-2013 |autor=Ricardo Setti |data=29/12/2011 |obra=Veja Online (Política & Cia) |publicado=Editora Abril}}</ref> em conjunto com a Editora J.B. S/A e a [[Associação Comercial de São Paulo]], por menções ao assassinato do oficial do exército norte-americano [[Charles Chandler]] em 1968.<ref>{{citar web | url=http://www.olavodecarvalho.org/semana/070208jb.html |título=Apagando o passado |autor=Olavo de Carvalho | data=8 de fevereiro de 2007 | publicado=Jornal do Brasil}}</ref> Em sentença de 28 de novembro de 2012 somente as empresas foram condenadas a indenizar Quartim por [[danos morais]], constando ainda que Olavo deixou de fazer parte do processo, em virtude da desistência posterior do autor do prosseguimento da ação com relação a ele, por este residir em local incerto. A decisão ainda não [[trânsito em julgado|transitou em julgado]].<ref>{{citar web |url=http://esaj.tjsp.jus.br/cpo/pg/show.do?processo.codigo=2SZX71MZH0000&processo.foro=100 |título=Consulta de Processos do 1ºGrau |acessodata=17-06-2013 |data= 29/08/2007 |obra=processo 0217565-43.2007.8.26.0100 (583.00.2007.217565) |publicado=Portal e-SAJ – Peticionamento no TJSP - Tribunal de Justiça}}</ref>
Em virtude de críticas realizadas em seus [[Artigo (jornalismo)|Artigo]]s e [[talk show]], Olavo foi [[Ação (direito)|acionado judicialmente]] em [[2007]] pelo professor aposentado de filosofia da [[Unicamp]] João Carlos Kfouri Quartim de Moraes,<ref>{{citar web |url=http://www.anovademocracia.com.br/no-6/1270-entrevista-quartim-de-moraes |título=Entrevista: Quartim de Moraes – ''Aspectos da formação do Exército desde a abolição da escravatura'' |acessodata=17-06-2013 | publicado=A Nova Democracia}}</ref><ref>{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/joao-quartim-de-moraes |título=João Quartim de Moraes |acessodata=17-06-2013 |autor=Ricardo Setti |data=29/12/2011 |obra=Veja Online (Política & Cia) |publicado=Editora Abril}}</ref> em conjunto com a Editora J.B. S/A e a [[Associação Comercial de São Paulo]], por menções ao [[assassinato]] do oficial do exército norte-americano [[Charles Chandler]] em [[1968]].<ref>{{citar web | url=http://www.olavodecarvalho.org/semana/070208jb.html |título=Apagando o passado |autor=Olavo de Carvalho | data=8 de fevereiro de 2007 | publicado=Jornal do Brasil}}</ref> Em [[sentença]] de [[28 de novembro]] de [[2012]] somente as empresas foram condenadas a indenizar Quartim por [[danos morais]], constando ainda que Olavo deixou de fazer parte do [[processo (direito)|processo]], em virtude da desistência posterior do autor do prosseguimento da ação com relação a ele, por este residir em local incerto. A decisão ainda não [[trânsito em julgado|transitou em julgado]].<ref>{{citar web |url=http://esaj.tjsp.jus.br/cpo/pg/show.do?processo.codigo=2SZX71MZH0000&processo.foro=100 |título=Consulta de Processos do 1ºGrau |acessodata=17-06-2013 |data= 29/08/2007 |obra=processo 0217565-43.2007.8.26.0100 (583.00.2007.217565) |publicado=Portal e-SAJ – Peticionamento no TJSP - Tribunal de Justiça}}</ref>


=== Condecorações ===
=== Condecorações ===
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=== Os alvos de críticas ===
=== Os alvos de críticas ===


Entre indivíduos já criticados por Olavo estão [[Barack Obama]]<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/080912dce.html Site oficial, ''Radiografia do caso Obama'']</ref><ref>[http://www.midiasemmascara.org/?tag=olavo-de-carvalho ''Milagres da fé obâmica'', ''Mídia sem máscara'']</ref> (ver: [[Teorias da conspiração envolvendo Barack Obama]]), [[George Soros]],<ref name="olavodecarvalho.org">In [http://www.olavodecarvalho.org/semana/061001jbdomingo.html Pensando com a cabeça de George Soros]</ref> [[Al Gore]], [[Bill Clinton]],<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/clinton.htm Clinton, a guerra e a China]</ref> [[Che Guevara]],<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/intcrim2.htm Intriga criminosa 2]</ref> [[Leandro Konder]],<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/temfilosofo.htm O Brasil tem filósofo].</ref> e [[Chico Buarque]],<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/bravo_1998_julho.html Coisas Sérias].</ref><ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/semana/090727dc.html A fonte da eterna ignorância].</ref> além de [[Marilena Chauí]]<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/temfilosofo.htm O Brasil tem filósofo].</ref> e [[Emir Sader]].<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/emirsaderexiste.htm Emir Sader existe].</ref> Poderia-se citar ainda entidades como o [[Foro de São Paulo]], o [[MST]], o [[Partido dos Trabalhadores]], da [[CNBB]] (como divulgadora nacional da [[teologia da libertação]]).
Entre indivíduos já criticados por Olavo estão [[Barack Obama]]<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/080912dce.html Site oficial, ''Radiografia do caso Obama'']</ref><ref>[http://www.midiasemmascara.org/?tag=olavo-de-carvalho ''Milagres da fé obâmica'', ''Mídia sem máscara'']</ref> (ver: [[Teorias da conspiração envolvendo Barack Obama]]), [[George Soros]],<ref name="olavodecarvalho.org">In [http://www.olavodecarvalho.org/semana/061001jbdomingo.html Pensando com a cabeça de George Soros]</ref> [[Al Gore]], [[Bill Clinton]],<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/clinton.htm Clinton, a guerra e a China]</ref> [[Che Guevara]],<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/intcrim2.htm Intriga criminosa 2]</ref> [[Leandro Konder]],<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/temfilosofo.htm O Brasil tem filósofo].</ref> e [[Chico Buarque]],<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/bravo_1998_julho.html Coisas Sérias].</ref><ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/semana/090727dc.html A fonte da eterna ignorância].</ref> além de [[Marilena Chauí]]<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/temfilosofo.htm O Brasil tem filósofo].</ref> e [[Emir Sader]].<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/emirsaderexiste.htm Emir Sader existe].</ref> Poderia-se citar ainda entidades como o [[Foro de São Paulo]], o [[MST]], o [[Partido dos Trabalhadores]], da [[CNBB]] (como divulgadora nacional da [[teologia da libertação]]). Também critica duramente o [[ateísmo]] [[Antirreligião|antirreligioso]] radical que, segundo ele, foi a maior causa de violência ao longo da [[história do mundo]]<ref>[http://wn.com/olavo_de_carvalho_ate%C3%ADsmo World News] - Olavo De Carvalho Ateísmo. Página visitada em 10-09-2013.</ref> (''ver: [[Antiteísmo]] e [[Ateísmo Marxista-leninista]]'').


=== Marxismo e Capitalismo===
=== Marxismo e Capitalismo===
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=== Globalismo e socialismo ===
=== Globalismo e socialismo ===


[[Ficheiro:Olavo-lenin.jpg|thumb|esquerda|280px|O [[comunismo]] e suas variantes são alvos recorrentes das críticas filosóficas de Olavo de Carvalho – aqui o autor aparece sentado sobre uma estátua de [[Vladimir Lênin]] no [[Leste Europeu]].]]
Olavo critica fortemente o chamado movimento globalista, que em sua visão não trata-se apenas da simples defesa de abertura de mercados, mas sim da "introdução de regulamentações em escala mundial que transferem a soberania das nações para organismos internacionais", procurando o estabelecimento de uma "Nova Ordem Global". Tal ordem estaria associada à uma "uniformização econômica do planeta", e traria "no seu bojo as sementes de uma neo-religião híbrida, meio ecológica, meio ocultista (...) e cuja implantação resulta pura e simplesmente na destruição completa do cristianismo e do judaísmo". Os principais agentes do globalismo seriam as fundações [[Fundação Ford|Ford]], [[Rockefeller]] e, MacArthur, como também [[George Soros]] e seus associados, o [[Clube de Bilderberg|Clube Bilderberg]], o [[Council on Foreign Relations]], a [[Comissão Trilateral]], como também, politicamente, o "[[Partido Democrata]], [[Inter-American Dialogue|Diálogo Interamericano]], os Clintons, os Kennedys e uma multidão de Carters". Segundo Olavo esses chamados agentes globalistas financiam a esquerda latino-americana visando obter um "instrumento para enfraquecer a resistência americana, facilitando a implantação do governo mundial que a ONU já declarou ser seu objetivo prioritário para as próximas décadas".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/050725dc.htm Automacumba semântica]</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/121125dc.html Salvando o triunvirato global]</ref>


Olavo critica fortemente o chamado movimento globalista, que em sua visão não trata-se apenas da simples defesa de abertura de [[mercado]]s, mas sim da "introdução de regulamentações em escala mundial que transferem a soberania das nações para organismos internacionais", procurando o estabelecimento de uma "[[Nova Ordem Mundial (teoria conspiratória)|Nova Ordem Global]]". Tal ordem estaria associada à uma "uniformização econômica do planeta", e traria "no seu bojo as sementes de uma neo-religião híbrida, meio [[Ecologia|ecológica]], meio [[ocultista]] (...) e cuja implantação resulta pura e simplesmente na destruição completa do [[cristianismo]] e do [[judaísmo]]". Os principais agentes do [[globalismo]] seriam as fundações [[Fundação Ford|Ford]], [[Rockefeller]] e, MacArthur, como também [[George Soros]] e seus associados, o [[Clube de Bilderberg|Clube Bilderberg]], o [[Council on Foreign Relations]], a [[Comissão Trilateral]], como também, politicamente, o "[[Partido Democrata]], [[Inter-American Dialogue|Diálogo Interamericano]], os Clintons, os Kennedys e uma multidão de Carters". Segundo Olavo esses chamados agentes globalistas financiam a [[esquerda política]] latino-americana visando obter um "instrumento para enfraquecer a resistência americana, facilitando a implantação do governo mundial que a ONU já declarou ser seu objetivo prioritário para as próximas décadas".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/050725dc.htm Automacumba semântica]</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/121125dc.html Salvando o triunvirato global]</ref>
Afirma ainda que essa elite globalista nada tem a ver com o [[liberalismo econômico|capitalismo liberal]]. "Ao contrário: tudo fez para promover três tipos de socialismo: o [[Sociedade Fabiana|socialismo fabiano]] na [[Europa Ocidental]] e nos [[EUA]], o [[socialismo marxista]] na [[URSS]], na [[Europa Oriental]] e na [[China]] e o [[nacional-socialismo]] na [[Europa central]]. Gastou, nisso, rios de dinheiro. Criou o parque industrial soviético no tempo de [[Stálin]], a indústria bélica do [[Führer]] e, mais recentemente, a potência econômico-militar da China (...)".<ref name="acontecendo">[http://www.olavodecarvalho.org/semana/120829dc.html O que está acontecendo]</ref>


Afirma ainda que essa elite globalista nada tem a ver com o [[liberalismo econômico|capitalismo liberal]]. "Ao contrário: tudo fez para promover três tipos de socialismo: o [[Sociedade Fabiana|socialismo fabiano]] na [[Europa Ocidental]] e nos [[EUA]], o [[socialismo marxista]] na [[URSS]], na [[Europa Oriental]] e na [[China]] e o [[nacional-socialismo]] na [[Europa central]]. Gastou, nisso, rios de dinheiro. Criou o parque industrial soviético no tempo de [[Stálin]], a [[indústria bélica]] do [[Führer]] e, mais recentemente, a [[Grande potência|potência econômico-militar]] da China (...)".<ref name="acontecendo">[http://www.olavodecarvalho.org/semana/120829dc.html O que está acontecendo]</ref>
Olavo aponta que o chamado socialismo fabiano ("[[terceira via]], [[keynesianos]], [[sociais-democratas]]"<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0153.htm O mal é o que sai da boca do intelectual de esquerda], por Alceu Garcia</ref>) "distingue-se do marxista porque forma quadros de elite para influenciar as coisas desde cima em vez de organizar movimentos de massa. Seu momento de glória veio com a administração keynesiana de [[Roosevelt]], que, a pretexto de salvar o capitalismo, estrangulou a liberdade de mercado e criou uma burocracia estatal infestada de comunistas (...). No poder, os fabianos dão uma maquiada na economia capitalista enquanto fomentam por canais aparentemente neutros a disseminação de idéias socialistas, promovem a intromissão da burocracia em todos os setores da vida (não necessariamente os econômicos) e subsidiam a recuperação do socialismo revolucionário. Quando este está de novo pronto para a briga, (...) novamente eles fingirão salvar a pátria enquanto salvam, por baixo do pano, o socialismo".<ref name="stalin">[http://www.olavodecarvalho.org/semana/08032002globo.htm A mão de Stálin está sobre nós]</ref> "O fabianismo nunca foi inimigo do socialismo marxista: adora-o e cultiva-o, porque a economia marxista, incapaz de progresso tecnológico, lhe garante mercados cativos, e também porque sempre considerou o comunismo um instrumento da sua estratégia global. Os comunistas, é claro, respondem na mesma moeda, tentando usar o socialismo fabiano para seus próprios fins e infiltrando-se em todos os partidos socialistas democráticos do Ocidente".<ref name="acontecendo"/>


Olavo aponta que o chamado [[socialismo fabiano]] ("[[terceira via]], [[keynesianos]], [[sociais-democratas]]"<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0153.htm O mal é o que sai da boca do intelectual de esquerda], por Alceu Garcia</ref>) "distingue-se do marxista porque forma quadros de elite para influenciar as coisas desde cima em vez de organizar movimentos de massa. Seu momento de glória veio com a administração keynesiana de [[Roosevelt]], que, a pretexto de salvar o capitalismo, estrangulou a liberdade de mercado e criou uma burocracia estatal infestada de comunistas (...). No poder, os fabianos dão uma maquiada na economia capitalista enquanto fomentam por canais aparentemente neutros a disseminação de idéias socialistas, promovem a intromissão da [[burocracia]] em todos os setores da vida (não necessariamente os econômicos) e subsidiam a recuperação do socialismo revolucionário. Quando este está de novo pronto para a briga, (...) novamente eles fingirão salvar a pátria enquanto salvam, por baixo do pano, o socialismo".<ref name="stalin">[http://www.olavodecarvalho.org/semana/08032002globo.htm A mão de Stálin está sobre nós]</ref> "O fabianismo nunca foi inimigo do socialismo marxista: adora-o e cultiva-o, porque a economia marxista, incapaz de progresso tecnológico, lhe garante mercados cativos, e também porque sempre considerou o comunismo um instrumento da sua estratégia global. Os comunistas, é claro, respondem na mesma moeda, tentando usar o socialismo fabiano para seus próprios fins e infiltrando-se em todos os partidos socialistas democráticos do [[Ocidente]]".<ref name="acontecendo"/>
Com essa linha de raciocínio, afirma que a [[Guerra Fria]] "foi, em grande parte, puro fingimento: a elite Ocidental concorria com o comunismo sem nada fazer para destruí-lo. Ao contrário, ajudava-o substancialmente. (...) A concorrência entre “capitalismo” e “socialismo” foi um véu ideológico para uso das multidões, mas a luta entre Oriente e Ocidente é para valer".<ref name="acontecendo"/>


Nesse sentido Olavo enxerga como atuantes três grandes "projetos de dominação global":<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/110307debate.html Debate com Duguin - I]</ref> além do movimento acima mencionado (globalismo [[stricto sensu]] ou ocidental), estariam em ação os "globalistas islâmicos" que visariam a unificação de Estados muçulmanos em um "grande projeto do [[Califado]] Universal" (ver: [[Irmandade Muçulmana]]), como também um bloco "russo-chinês" cuja classe dominante seria oriunda da "Nomenklatura comunista" e composta "essencialmente de burocratas, agentes dos serviços de inteligência e oficiais militares", classe essa que, uma vez que teria admitido "a derrota do comunismo, (...) reagiu e criou do nada uma nova estratégia independente, o eurasianismo, mais hostil a todo o Ocidente do que o comunismo jamais foi".<ref name="acontecendo"/>
Com essa linha de raciocínio, afirma que a [[Guerra Fria]] "foi, em grande parte, puro fingimento: a elite Ocidental concorria com o comunismo sem nada fazer para destruí-lo. Ao contrário, ajudava-o substancialmente. (...) A concorrência entre “capitalismo” e “socialismo” foi um véu ideológico para uso das multidões, mas a luta entre [[Oriente]] e Ocidente é para valer".<ref name="acontecendo"/>
Nesse sentido Olavo enxerga como atuantes três grandes "projetos de dominação global":<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/110307debate.html Debate com Duguin - I]</ref> além do movimento acima mencionado ([[globalismo]] [[stricto sensu]] ou ocidental), estariam em ação os "globalistas islâmicos" que visariam a unificação de Estados muçulmanos em um "grande projeto do [[Califado]] Universal" (ver: [[Irmandade Muçulmana]]), como também um bloco "russo-chinês" cuja classe dominante seria oriunda da "[[Nomenklatura]] comunista" e composta "essencialmente de burocratas, agentes dos [[serviços de inteligência]] e oficiais militares", classe essa que, uma vez que teria admitido "a derrota do comunismo, (...) reagiu e criou do nada uma nova estratégia independente, o [[eurasianismo]], mais hostil a todo o Ocidente do que o comunismo jamais foi".<ref name="acontecendo"/>


=== Direita ideológica ===
=== Direita ideológica ===
Olavo define o [[conservadorismo]] como a "política que se constitui da síntese inseparável de economia de [[livre mercado]], democracia parlamentar, lei e ordem, moral judaico-cristã e predomínio da cultura clássica na educação".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/061001zh.html Baita democracia]</ref>
Olavo define o [[conservadorismo]] como a "[[política]] que se constitui da síntese inseparável de economia de [[livre mercado]], [[democracia parlamentar]], lei e ordem, [[moral]] [[Tradição judaico-cristã|judaico-cristã]] e predomínio da cultura clássica na [[educação]]".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/061001zh.html Baita democracia]</ref>


Ainda afirma que "é uma farsa monstruosa situar [[nazismo]] e [[fascismo]] na [[extrema-direita]], subentendendo que a [[democracia liberal]] está no centro, mais próxima do socialismo. Ao contrário: o que há de mais radicalmente oposto ao socialismo é a democracia liberal. Esta é a única verdadeira direita. É mesmo a extrema direita: a única que assume o compromisso sagrado de jamais se acumpliciar com o socialismo. Nazismo e fascismo não são extrema-direita, pela simples razão de que não são direita nenhuma: são o maldito centro, são o meio-caminho andado, são o abre-alas do sangrento carnaval socialista".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/verdadireita.htm A verdadeira direita]</ref>
Ainda afirma que "é uma farsa monstruosa situar [[nazismo]] e [[fascismo]] na [[extrema-direita]], subentendendo que a [[democracia liberal]] está no [[centro (política)|centro]], mais próxima do socialismo. Ao contrário: o que há de mais radicalmente oposto ao socialismo é a [[democracia liberal]]. Esta é a única verdadeira direita. É mesmo a [[extrema-direita]]: a única que assume o compromisso sagrado de jamais se acumpliciar com o socialismo. Nazismo e fascismo não são extrema-direita, pela simples razão de que não são direita nenhuma: são o maldito centro, são o meio-caminho andado, são o abre-alas do sangrento carnaval socialista".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/verdadireita.htm A verdadeira direita]</ref>


Sobre o [[golpe militar de 1964]], Olavo afirma que os militares "não eram conservadores de maneira alguma, eram indivíduos formados na tradição positivista – forte nos meios militares até hoje – que abomina o livre movimento das idéias na sociedade e acredita que o melhor governo possível é uma ditadura tecnocrática". "O [[positivismo]] nada tem de conservador: é, com o marxismo, uma das duas alas principais do movimento revolucionário. Compartilha com sua irmã inimiga a crença de que cabe à elite governante remoldar a sociedade de alto a baixo, falando em nome do povo para que o povo não possa falar em seu próprio nome".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/120803dc.html A falsa memória da direita]</ref> "E, na concorrência de poder e prestígio, eles eliminaram alguns políticos de direita da mais alta qualidade, como [[Carlos Lacerda]]. A [[Arena]] era ideologicamente inócua. De lá para cá, a classe política, que era de maioria direitista, acabou sendo marginalizada e deixando um espaço vazio. Esse espaço foi preenchido pelos políticos de esquerda que voltavam do exílio. Quando veio a Constituição de 1988, a esquerda já era praticamente hegemônica".<ref name="esquerda vacuo">[http://www.olavodecarvalho.org/textos/110403veja.html Olavo de Carvalho: esquerda ocupou vácuo pós-ditadura!]. Entrevista concedida a Gabriel Castro para a Veja Online, publicada em 3 de abril de 2011.</ref>
Sobre o [[golpe militar de 1964]], Olavo afirma que os militares "não eram conservadores de maneira alguma, eram indivíduos formados na tradição positivista – forte nos meios militares até hoje – que abomina o livre movimento das idéias na sociedade e acredita que o melhor governo possível é uma [[ditadura]] [[Tecnocracia|tecnocrática]]". "O [[positivismo]] nada tem de conservador: é, com o marxismo, uma das duas alas principais do movimento revolucionário. Compartilha com sua irmã inimiga a crença de que cabe à elite governante remoldar a sociedade de alto a baixo, falando em nome do povo para que o povo não possa falar em seu próprio nome".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/120803dc.html A falsa memória da direita]</ref> "E, na concorrência de poder e prestígio, eles eliminaram alguns políticos de direita da mais alta qualidade, como [[Carlos Lacerda]]. A [[Arena]] era ideologicamente inócua. De lá para cá, a classe política, que era de maioria direitista, acabou sendo marginalizada e deixando um espaço vazio. Esse espaço foi preenchido pelos políticos de esquerda que voltavam do exílio. Quando veio a [[Constituição de 1988]], a esquerda já era praticamente hegemônica".<ref name="esquerda vacuo">[http://www.olavodecarvalho.org/textos/110403veja.html Olavo de Carvalho: esquerda ocupou vácuo pós-ditadura!]. Entrevista concedida a Gabriel Castro para a Veja Online, publicada em 3 de abril de 2011.</ref>


Nesse mesmo sentido, diz que o governo militar "se ocupou de combater a guerrilha, mas não de combater o comunismo na esfera cultural, social e moral. Havia a famosa teoria da panela de pressão, do general [[Golbery do Couto e Silva]]. Ele dizia: 'Não podemos tampar todos os buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura'. A válvula que eles deixaram para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural. Na mesma época, uma parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc". "O período militar foi a época de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou tanto livro de esquerda".<ref name="esquerda vacuo"/>
Nesse mesmo sentido, diz que o governo militar "se ocupou de combater a [[guerrilha]], mas não de combater o comunismo na esfera cultural, social e moral. Havia a famosa teoria da panela de pressão, do general [[Golbery do Couto e Silva]]. Ele dizia: 'Não podemos tampar todos os buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura'. A válvula que eles deixaram para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural. Na mesma época, uma parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc". "O período militar foi a época de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou tanto livro de esquerda".<ref name="esquerda vacuo"/>


Segundo ele "o povo brasileiro é profundamente conservador. Sobretudo no aspecto social. É maciçamente contra o aborto, o feminismo radical, as quotas raciais, o gayzismo organizado. No entanto, não há político que fale em nome do povo". "O Brasil não tem uma direita há muito tempo. Nas últimas eleições presidenciais, os discursos de todos os candidatos eram semelhantes. O [[Democratas (Brasil)|Partido Democratas]] foi inspirado na esquerda norte-americana. Portanto, não pode ser considerado exemplo de partido conservador".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/100131entrevista.html O PT já nasceu corrompido]</ref> Acrescenta que "o [[PSDB]] é que não é [de direita]. O PSDB é um partido da Internacional Socialista que está comprometido com o globalismo de esquerda, com todos esses valores politicamente corretos. É a direita da esquerda. No Brasil, infelizmente, a política ficou reduzida a isso: uma luta entre a esquerda da esquerda e a direita da esquerda. Quem é conservador mesmo não se deixa enganar por PSDB".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/entrevista_fsp_fev2006.htm O povo brasileiro é maciçamente de direita]. Entrevista dada a Folha de São Paulo, publicada em 15 de fevereiro de 2006.</ref>
Segundo ele "o povo brasileiro é profundamente conservador. Sobretudo no aspecto social (''ver: [[Conservadorismo social]]''). É maciçamente contra o [[aborto]], o [[feminismo]] radical, as quotas raciais, o gayzismo organizado. No entanto, não há político que fale em nome do povo". "O Brasil não tem uma direita há muito tempo. Nas últimas eleições presidenciais, os discursos de todos os candidatos eram semelhantes. O [[Democratas (Brasil)|Partido Democratas]] foi inspirado na esquerda norte-americana. Portanto, não pode ser considerado exemplo de partido conservador".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/100131entrevista.html O PT já nasceu corrompido]</ref> Acrescenta que "o [[PSDB]] é que não é [de direita]. O PSDB é um partido da [[Internacional Socialista]] que está comprometido com o [[globalismo]] de esquerda, com todos esses valores [[politicamente correto]]s. É a direita da esquerda. No Brasil, infelizmente, a política ficou reduzida a isso: uma luta entre a esquerda da esquerda e a direita da esquerda. Quem é conservador mesmo não se deixa enganar por PSDB".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/entrevista_fsp_fev2006.htm O povo brasileiro é maciçamente de direita]. Entrevista dada a Folha de São Paulo, publicada em 15 de fevereiro de 2006.</ref>


Olavo também é crítico do liberalismo. "O conservadorismo é a arte de expandir e fortalecer a aplicação dos princípios morais e humanitários tradicionais por meio dos recursos formidáveis criados pela economia de mercado. O liberalismo é a firme decisão de submeter tudo aos critérios do mercado, inclusive os valores morais e humanitários. O conservadorismo é a civilização judaico-cristã elevada à potência da grande economia capitalista consolidada em Estado de direito. O liberalismo é um momento do processo revolucionário que, por meio do capitalismo, acaba dissolvendo no mercado a herança da civilização judaico-cristã e o Estado de direito".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/070308jb.html Por que não sou liberal]</ref>
Olavo também é crítico do [[liberalismo]]. "O conservadorismo é a arte de expandir e fortalecer a aplicação dos princípios morais e humanitários tradicionais por meio dos recursos formidáveis criados pela [[economia de mercado]]. O liberalismo é a firme decisão de submeter tudo aos critérios do mercado, inclusive os valores morais e humanitários. O conservadorismo é a civilização judaico-cristã elevada à potência da grande economia capitalista consolidada em [[Estado de direito]]. O liberalismo é um momento do processo revolucionário que, por meio do capitalismo, acaba dissolvendo no mercado a herança da civilização judaico-cristã e o Estado de direito".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/070308jb.html Por que não sou liberal]</ref>


===Ciência===
===Ciência===
Olavo criticou fortemente a figura de [[Isaac Newton]], vendo-o como uma fonte de "uma burrice formidável", e procurou refutar aspectos da [[mecânica newtoniana]] com argumentos filosóficos.<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/060615jb.html Nas origens da burrice ocidental].</ref> Segundo ele, ainda, "a ciência de [[Galileu]] e Newton fazia pouco caso da observação da natureza, preferindo a construção de modelos matemáticos sem equivalência na realidade sensível".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/avisos/curso_out2011.html Raízes da Modernidade].</ref>
Olavo criticou fortemente a figura de [[Isaac Newton]], vendo-o como uma fonte de "uma burrice formidável", e procurou refutar aspectos da [[mecânica newtoniana]] com argumentos filosóficos.<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/060615jb.html Nas origens da burrice ocidental].</ref> Segundo ele, ainda, "a ciência de [[Galileu]] e Newton fazia pouco caso da observação da natureza, preferindo a construção de modelos matemáticos sem equivalência na realidade sensível".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/avisos/curso_out2011.html Raízes da Modernidade].</ref>


Acrescenta, ainda, que "um fundo de charlatanismo parece já ter sido introduzido na física por Galileu, quando proclamou ter superado a noção da ciência antiga, segundo a qual um objeto não impelido por uma força externa permanece parado — uma ilusão dos sentidos, segundo ele. Na realidade, pontificava, um objeto em tais condições, permanece [[Lei da Inércia|parado ou em movimento retilíneo e uniforme]]. E, após ter assim derrubado a física antiga, esclarecia discretamente que o movimento retilíneo e uniforme não existe realmente, mas é uma ficção concebida pela mente para facilitar as medições. Ora, se o objeto não movido de fora permanece parado ou tem um movimento fictício, isto significa, rigorosamente, que ele permanece parado em todos os casos, exatamente como o dizia a física antiga, e que Galileu, mediante um novo sistema de medições, conseguiu apenas explicar por que ele permanece parado. Ou seja, Galileu não contestou a física antiga, apenas inventou um modo melhor de provar que ela tinha razão, e que o testemunho dos sentidos, sendo verídico o bastante, não tem em si a prova da sua veracidade — coisa que já era arroz-com-feijão desde o tempo de Aristóteles. Foi este episódio que inaugurou a mania dos cientistas modernos de tomarem simples mudanças de métodos como se fossem “provas” de uma nova constituição da realidade".<ref name="jardim"/>
Acrescenta, ainda, que "um fundo de [[charlatanismo]] parece já ter sido introduzido na [[física]] por Galileu, quando proclamou ter superado a noção da ciência antiga, segundo a qual um objeto não impelido por uma força externa permanece parado — uma ilusão dos [[sentido]]s, segundo ele. Na realidade, pontificava, um objeto em tais condições, permanece [[Lei da Inércia|parado ou em movimento retilíneo e uniforme]]. E, após ter assim derrubado a física antiga, esclarecia discretamente que o movimento retilíneo e uniforme não existe realmente, mas é uma ficção concebida pela mente para facilitar as medições. Ora, se o objeto não movido de fora permanece parado ou tem um movimento fictício, isto significa, rigorosamente, que ele permanece parado em todos os casos, exatamente como o dizia a física antiga, e que Galileu, mediante um novo sistema de medições, conseguiu apenas explicar por que ele permanece parado. Ou seja, Galileu não contestou a física antiga, apenas inventou um modo melhor de provar que ela tinha razão, e que o testemunho dos sentidos, sendo verídico o bastante, não tem em si a prova da sua veracidade — coisa que já era arroz-com-feijão desde o tempo de [[Aristóteles]]. Foi este episódio que inaugurou a mania dos cientistas modernos de tomarem simples mudanças de métodos como se fossem “provas” de uma nova constituição da realidade".<ref name="jardim"/>


Olavo defende que a [[Inquisição]] não promoveu um atraso no desenvolvimento científico. "Basta examinar o [[Index Librorum Prohibitorum]] para verificar que nele não consta nenhuma das obras de [[Copérnico]], [[Kepler]], Newton, [[Descartes]], Galileu, [[Bacon]], [[Harvey]] e ''tutti quanti''. A Inquisição examinava apenas livros de interesse teológico direto, que nada poderiam acrescentar ao desenvolvimento da ciência moderna". O processo de Galileu teria sido uma "farsa concebida pelo Papa, padrinho de Galileu, para que seu protegido se livrasse de um grupo de inquisidores fanáticos mediante uma simples declaração oral sem efeitos práticos, após a qual ele pôde continuar divulgando suas idéias sem que ninguém voltasse a incomodá-lo". "[[Giordano Bruno]] não fez nenhuma descoberta (...). Nem sequer estudou as ciências modernas, física, astronomia, biologia ou matemática. Ele não foi condenado por defender teorias científicas, mas por prática de feitiçaria, que na época era crime".<ref name="jardim"/>
Olavo defende que a [[Inquisição]] não promoveu um atraso no desenvolvimento científico. "Basta examinar o [[Index Librorum Prohibitorum]] para verificar que nele não consta nenhuma das obras de [[Copérnico]], [[Kepler]], Newton, [[Descartes]], Galileu, [[Bacon]], [[Harvey]] e ''tutti quanti''. A Inquisição examinava apenas livros de interesse teológico direto, que nada poderiam acrescentar ao desenvolvimento da ciência moderna". O processo de Galileu teria sido uma "farsa concebida pelo Papa, padrinho de Galileu, para que seu protegido se livrasse de um grupo de inquisidores fanáticos mediante uma simples declaração oral sem efeitos práticos, após a qual ele pôde continuar divulgando suas idéias sem que ninguém voltasse a incomodá-lo". "[[Giordano Bruno]] não fez nenhuma descoberta (...). Nem sequer estudou as ciências modernas, física, astronomia, [[biologia]] ou [[matemática]]. Ele não foi condenado por defender teorias científicas, mas por prática de [[feitiçaria]], que na época era [[crime]]".<ref name="jardim"/>


Olavo opõe-se a astrônomos e cientistas em geral que recusam a possibilidade da [[astrologia]] de tornar-se um ramo de estudo científico, vendo isto como uma postura partidária. "Existe uma correspondência estrutural entre a figura dos astros no céu na hora do nascimento e o caráter do indivíduo. Isso é comprovável".<ref>Entrevista de Olavo de Carvalho a Pedro Bial na GNT em 1996.</ref>
Olavo opõe-se a astrônomos e cientistas em geral que recusam a possibilidade da [[astrologia]] de tornar-se um ramo de estudo científico, vendo isto como uma postura partidária. "Existe uma correspondência estrutural entre a figura dos astros no céu na hora do nascimento e o caráter do indivíduo. Isso é comprovável".<ref>Entrevista de Olavo de Carvalho a Pedro Bial na GNT em 1996.</ref>


Ele também faz críticas ao [[heliocentrismo]] e à [[teoria da relatividade]]. Na visão do autor, o heliocentrismo não é uma teoria científica superior ao [[geocentrismo]]: "No confronto entre geocentrismo e heliocentrismo não existe nenhuma prova definitiva de um lado nem do outro". A [[experiência de Michelson-Morley]], na visão de Olavo, não trata-se de um forte indício da constância da velocidade da luz, e sim de uma evidência em favor do geocentrismo: estando a Terra parada em relação ao éter, não seria esperada variação na velocidade da luz. A teoria da Relatividade seria uma teoria com "noções estranhas" e que "nunca foram provadas", mas "intelectualmente elegantes", feita justamente para "salvar as aparências" do heliocentrismo. "O cidadão chamado [[Albert Einstein]] achou que era preferível modificar a física inteira só para não admitir que não havia provas do heliocentrismo".<ref>Seminário em evento do lançamento do livro "O Enigma Quântico", de Wolfgang Smith.</ref>
Ele também faz críticas ao [[heliocentrismo]] e à [[teoria da relatividade]]. Na visão do autor, o heliocentrismo não é uma [[teoria científica]] superior ao [[geocentrismo]]: "No confronto entre geocentrismo e heliocentrismo não existe nenhuma prova definitiva de um lado nem do outro". A [[experiência de Michelson-Morley]], na visão de Olavo, não trata-se de um forte indício da constância da [[velocidade da luz]], e sim de uma evidência em favor do geocentrismo: estando a Terra parada em relação ao [[éter (elemento)|éter]], não seria esperada variação na velocidade da luz. A [[teoria da relatividade]] seria uma teoria com "noções estranhas" e que "nunca foram provadas", mas "intelectualmente elegantes", feita justamente para "salvar as aparências" do heliocentrismo. "O cidadão chamado [[Albert Einstein]] achou que era preferível modificar a física inteira só para não admitir que não havia provas do heliocentrismo".<ref>Seminário em evento do lançamento do livro "O Enigma Quântico", de [[Wolfgang Smith]].</ref>


Outro alvo de crítica é o [[darwinismo]]. Segundo Olavo, "tudo o que ele ([[Darwin]]) fez foi arriscar uma nova explicação para essa teoria ([[teoria da evolução]]) – e a explicação estava errada. Ninguém mais, entre os autoproclamados discípulos de Darwin, acredita em '[[seleção natural]]'. A teoria da moda, o chamado '[[neodarwinismo]]', proclama que, em vez de uma seleção misteriosamente orientada ao melhoramento das espécies, tudo o que houve foram mudanças aleatórias. (...) O '[[design inteligente]]' não é apenas um complemento final da teoria darwinista, mas a sua premissa fundamental, espalhada discretamente por todo edifício argumentativo de [[A Origem das Espécies]]". Adiciona, ainda, que "o darwinismo é genocida em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/090220dc.html Por que não sou um fã de Charles Darwin].</ref>
Outro alvo de crítica é o [[darwinismo]]. Segundo Olavo, "tudo o que ele ([[Darwin]]) fez foi arriscar uma nova explicação para essa teoria ([[teoria da evolução]]) – e a explicação estava errada. Ninguém mais, entre os autoproclamados discípulos de Darwin, acredita em '[[seleção natural]]'. A teoria da moda, o chamado '[[neodarwinismo]]', proclama que, em vez de uma seleção misteriosamente orientada ao melhoramento das [[espécie]]s, tudo o que houve foram mudanças aleatórias. (...) O '[[design inteligente]]' não é apenas um complemento final da teoria darwinista, mas a sua premissa fundamental, espalhada discretamente por todo edifício argumentativo de [[A Origem das Espécies]]". Adiciona, ainda, que "o darwinismo é [[genocida]] em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/090220dc.html Por que não sou um fã de Charles Darwin].</ref>


Também é crítico do trabalho de [[Georg Cantor]] a respeito de [[número transfinito|números transfinitos]], acusando-o de confundir "números com seus meros signos", vendo seu trabalho como um "jogo de palavras" e uma "falsa lógica".<ref name="jardim">{{Citar livro |nome=Olavo de Carvalho |autorlink=Olavo de Carvalho |título=O jardim das aflições |subtítulo=de Epicuro à ressurreição de César (ensaio sobre o materialismo e a religião civil) |idioma= |edição=2ª |local= |editora=E Realizações/Indiana University |editor= |ano=2000 |páginas= |página=335 |coleção= |isbn=8588062011, 9788588062016 |issn= |notas=digitalizado 23 de set. 2008 |url=http://books.google.com.br/books?id=Ogd5AAAAMAAJ |acessodata= |seção= |url_seção= |ref= }}</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/europalivre.htm Deus acredita em você?].</ref>
Também é crítico do trabalho de [[Georg Cantor]] a respeito de [[número transfinito|números transfinitos]], acusando-o de confundir "números com seus meros signos", vendo seu trabalho como um "jogo de palavras" e uma "falsa lógica".<ref name="jardim">{{Citar livro |nome=Olavo de Carvalho |autorlink=Olavo de Carvalho |título=O jardim das aflições |subtítulo=de Epicuro à ressurreição de César (ensaio sobre o materialismo e a religião civil) |idioma= |edição=2ª |local= |editora=E Realizações/Indiana University |editor= |ano=2000 |páginas= |página=335 |coleção= |isbn=8588062011, 9788588062016 |issn= |notas=digitalizado 23 de set. 2008 |url=http://books.google.com.br/books?id=Ogd5AAAAMAAJ |acessodata= |seção= |url_seção= |ref= }}</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/europalivre.htm Deus acredita em você?].</ref>

Revisão das 02h17min de 11 de setembro de 2013

Olavo de Carvalho
Olavo-2.jpg
Carvalho em 2006.
Nascimento 29 de abril de 1947 (77 anos)
Campinas
Nacionalidade Brasil brasileiro
Ocupação Filósofo
Prêmios Medalha do Pacificador
Medalha Tiradentes
Medalha do Mérito Santos-Dumont
Ordem Nacional do Mérito da Romênia
Escola/tradição Realismo filosófico
Escolástica
Fenomenologia
Conservadorismo
Principais interesses Metafísica
Epistemologia
Política
Religião
História
Simbologia
Astrologia
Site oficial: Olavo de Carvalho.org

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho (Campinas, 29 de abril de 1947)[1] é um jornalista, filósofo,[2][3] professor, autor, conferencista[3], ensaísta[4][5] e ex-astrólogo brasileiro de matriz conservadora, considerado um dos articulistas mais abertamente de direita do país em atividade.[6]

Biografia

Filho de Luiz Gonzaga de Carvalho e Nicéa Pimentel de Carvalho, nasceu em Campinas por onde viveu por volta de 1 ano e meio.[7] É casado com Roxane Andrade de Souza e pai de 8 filhos, dos quais um deles, Luiz Gonzaga de Carvalho Neto, atualmente segue a vocação do pai e promove cursos de filosofia.[8]

Olavo de Carvalho chegou a ser na juventude um militante comunista.[9] Colaborou no primeiro curso de extensão universitária em astrologia na PUC de São Paulo, para os formandos em psicologia em 1979.[10]

Seu primeiro livro foi lançado em 1980 e chama-se "A imagem do homem na astrologia". Em 1996, publicou o livro que o tornou conhecido, "O imbecil coletivo: atualidades inculturais brasileiras", no qual critica o meio cultural e intelectual brasileiro. Trabalhou em revistas e periódicos tais como Bravo!, Primeira Leitura, O Globo, Época, Zero Hora, Jornal do Brasil e Jornal da Tarde, tendo sido demitido destes cinco últimos.[11][12][13]

Olavo de Carvalho declarou em seu programa que em dezembro de 2009 recebeu do governo dos Estados Unidos o visto especial de residência EB-1,[14] o qual é concedido a estrangeiros com "habilidade extraordinárias" na área educacional, artística, científica ou de negócios ou a "professores ou pesquisadores notáveis". Esse visto dá ao estrangeiro o direito de residência permanente nos Estados Unidos.[15]

Além da manutenção periódica da página pessoal com novos artigos e ensaios, Carvalho ministra, com certa frequência, cursos à distância de História da Filosofia e realiza palestras e conferências, mantendo, desde 2006, um programa periódico de rádio em streaming pela internet, denominado True Outspeak, com participação do público por telefone, VOIP ou correio eletrônico, além de ser o presidente do Inter-american Institute.[16]

Seus admiradores são, pejorativamente, chamados de "Olavettes." Demonstrando senso de humor e de oportunidade, Carvalho lançou uma marca de produtos com este mesmo nome, cuja venda ajuda a custear seus trabalhos.[17]

Oposição e críticas

Olavo foi alvo de críticas em diversas ocasiões, como por exemplo quando debateu com o ativista russo Aleksandr Dugin.[18][19] Outros opositores foram Janer Cristaldo,[20] jornalista e ex-colaborador de seu site Mídia Sem Máscara, e Rodrigo Constantino,[21][22] economista e liberal, que afirma que "Olavo foi alçado ao patamar de “líder iluminado” por seus seguidores, e isso o cegou". Nessa lista poderia incluir-se também os jornalistas Mário Augusto Jakobskind[23] e Sebastião Nery,[24] e o engenheiro José Colucci Jr.[25]

Em virtude de críticas realizadas em seus Artigos e talk show, Olavo foi acionado judicialmente em 2007 pelo professor aposentado de filosofia da Unicamp João Carlos Kfouri Quartim de Moraes,[26][27] em conjunto com a Editora J.B. S/A e a Associação Comercial de São Paulo, por menções ao assassinato do oficial do exército norte-americano Charles Chandler em 1968.[28] Em sentença de 28 de novembro de 2012 somente as empresas foram condenadas a indenizar Quartim por danos morais, constando ainda que Olavo deixou de fazer parte do processo, em virtude da desistência posterior do autor do prosseguimento da ação com relação a ele, por este residir em local incerto. A decisão ainda não transitou em julgado.[29]

Condecorações

Olavo de Carvalho recebeu os seguintes prêmios e medalhas honoríficas: Medalha do Pacificador (1999),[30] Medalha Tiradentes (2012),[31] Medalha do Mérito Santos-Dumont, distinção honorífica da Ordem Nacional do Mérito da Romênia, Primeiro Prêmio no concurso sobre José Ortega y Gasset (instituído pela embaixada do Reino da Espanha), Primeiro Prêmio no concurso de ensaios sobre história islâmica (instituído pela Embaixada do Reino da Arábia Saudita).[3]

O pensamento de Olavo de Carvalho

De acordo com o próprio Olavo de Carvalho, a tônica de seu pensamento é "a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia 'científica'".[1]

Os alvos de críticas

Entre indivíduos já criticados por Olavo estão Barack Obama[32][33] (ver: Teorias da conspiração envolvendo Barack Obama), George Soros,[34] Al Gore, Bill Clinton,[35] Che Guevara,[36] Leandro Konder,[37] e Chico Buarque,[38][39] além de Marilena Chauí[40] e Emir Sader.[41] Poderia-se citar ainda entidades como o Foro de São Paulo, o MST, o Partido dos Trabalhadores, da CNBB (como divulgadora nacional da teologia da libertação). Também critica duramente o ateísmo antirreligioso radical que, segundo ele, foi a maior causa de violência ao longo da história do mundo[42] (ver: Antiteísmo e Ateísmo Marxista-leninista).

Marxismo e Capitalismo

Olavo afirma que o capitalismo foi criado por religiosos protestantes, baseados na ideia da prática coletiva de valores cristãos no comércio.[43]

Afirma também que o marxismo não surgiu de nenhum estudo econômico científico e que a maior parte da obra de Karl Marx, incluindo conceitos de luta de classes, revolução, ditadura do proletariado, socialização dos meios de produção e missão da vanguarda revolucionária, já teria sido antecipada pelas mesmas doutrinas protestantes e reformistas. Afirma também que as ideias de Lênin e de Gramsci foram originadas por John Wyclif, John Huss, Thomas Münzer, entre outros.[44]

Globalismo e socialismo

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O comunismo e suas variantes são alvos recorrentes das críticas filosóficas de Olavo de Carvalho – aqui o autor aparece sentado sobre uma estátua de Vladimir Lênin no Leste Europeu.

Olavo critica fortemente o chamado movimento globalista, que em sua visão não trata-se apenas da simples defesa de abertura de mercados, mas sim da "introdução de regulamentações em escala mundial que transferem a soberania das nações para organismos internacionais", procurando o estabelecimento de uma "Nova Ordem Global". Tal ordem estaria associada à uma "uniformização econômica do planeta", e traria "no seu bojo as sementes de uma neo-religião híbrida, meio ecológica, meio ocultista (...) e cuja implantação resulta pura e simplesmente na destruição completa do cristianismo e do judaísmo". Os principais agentes do globalismo seriam as fundações Ford, Rockefeller e, MacArthur, como também George Soros e seus associados, o Clube Bilderberg, o Council on Foreign Relations, a Comissão Trilateral, como também, politicamente, o "Partido Democrata, Diálogo Interamericano, os Clintons, os Kennedys e uma multidão de Carters". Segundo Olavo esses chamados agentes globalistas financiam a esquerda política latino-americana visando obter um "instrumento para enfraquecer a resistência americana, facilitando a implantação do governo mundial que a ONU já declarou ser seu objetivo prioritário para as próximas décadas".[45][46]

Afirma ainda que essa elite globalista nada tem a ver com o capitalismo liberal. "Ao contrário: tudo fez para promover três tipos de socialismo: o socialismo fabiano na Europa Ocidental e nos EUA, o socialismo marxista na URSS, na Europa Oriental e na China e o nacional-socialismo na Europa central. Gastou, nisso, rios de dinheiro. Criou o parque industrial soviético no tempo de Stálin, a indústria bélica do Führer e, mais recentemente, a potência econômico-militar da China (...)".[47]

Olavo aponta que o chamado socialismo fabiano ("terceira via, keynesianos, sociais-democratas"[48]) "distingue-se do marxista porque forma quadros de elite para influenciar as coisas desde cima em vez de organizar movimentos de massa. Seu momento de glória veio com a administração keynesiana de Roosevelt, que, a pretexto de salvar o capitalismo, estrangulou a liberdade de mercado e criou uma burocracia estatal infestada de comunistas (...). No poder, os fabianos dão uma maquiada na economia capitalista enquanto fomentam por canais aparentemente neutros a disseminação de idéias socialistas, promovem a intromissão da burocracia em todos os setores da vida (não necessariamente os econômicos) e subsidiam a recuperação do socialismo revolucionário. Quando este está de novo pronto para a briga, (...) novamente eles fingirão salvar a pátria enquanto salvam, por baixo do pano, o socialismo".[49] "O fabianismo nunca foi inimigo do socialismo marxista: adora-o e cultiva-o, porque a economia marxista, incapaz de progresso tecnológico, lhe garante mercados cativos, e também porque sempre considerou o comunismo um instrumento da sua estratégia global. Os comunistas, é claro, respondem na mesma moeda, tentando usar o socialismo fabiano para seus próprios fins e infiltrando-se em todos os partidos socialistas democráticos do Ocidente".[47]

Com essa linha de raciocínio, afirma que a Guerra Fria "foi, em grande parte, puro fingimento: a elite Ocidental concorria com o comunismo sem nada fazer para destruí-lo. Ao contrário, ajudava-o substancialmente. (...) A concorrência entre “capitalismo” e “socialismo” foi um véu ideológico para uso das multidões, mas a luta entre Oriente e Ocidente é para valer".[47]

Nesse sentido Olavo enxerga como atuantes três grandes "projetos de dominação global":[50] além do movimento acima mencionado (globalismo stricto sensu ou ocidental), estariam em ação os "globalistas islâmicos" que visariam a unificação de Estados muçulmanos em um "grande projeto do Califado Universal" (ver: Irmandade Muçulmana), como também um bloco "russo-chinês" cuja classe dominante seria oriunda da "Nomenklatura comunista" e composta "essencialmente de burocratas, agentes dos serviços de inteligência e oficiais militares", classe essa que, uma vez que teria admitido "a derrota do comunismo, (...) reagiu e criou do nada uma nova estratégia independente, o eurasianismo, mais hostil a todo o Ocidente do que o comunismo jamais foi".[47]

Direita ideológica

Olavo define o conservadorismo como a "política que se constitui da síntese inseparável de economia de livre mercado, democracia parlamentar, lei e ordem, moral judaico-cristã e predomínio da cultura clássica na educação".[51]

Ainda afirma que "é uma farsa monstruosa situar nazismo e fascismo na extrema-direita, subentendendo que a democracia liberal está no centro, mais próxima do socialismo. Ao contrário: o que há de mais radicalmente oposto ao socialismo é a democracia liberal. Esta é a única verdadeira direita. É mesmo a extrema-direita: a única que assume o compromisso sagrado de jamais se acumpliciar com o socialismo. Nazismo e fascismo não são extrema-direita, pela simples razão de que não são direita nenhuma: são o maldito centro, são o meio-caminho andado, são o abre-alas do sangrento carnaval socialista".[52]

Sobre o golpe militar de 1964, Olavo afirma que os militares "não eram conservadores de maneira alguma, eram indivíduos formados na tradição positivista – forte nos meios militares até hoje – que abomina o livre movimento das idéias na sociedade e acredita que o melhor governo possível é uma ditadura tecnocrática". "O positivismo nada tem de conservador: é, com o marxismo, uma das duas alas principais do movimento revolucionário. Compartilha com sua irmã inimiga a crença de que cabe à elite governante remoldar a sociedade de alto a baixo, falando em nome do povo para que o povo não possa falar em seu próprio nome".[53] "E, na concorrência de poder e prestígio, eles eliminaram alguns políticos de direita da mais alta qualidade, como Carlos Lacerda. A Arena era ideologicamente inócua. De lá para cá, a classe política, que era de maioria direitista, acabou sendo marginalizada e deixando um espaço vazio. Esse espaço foi preenchido pelos políticos de esquerda que voltavam do exílio. Quando veio a Constituição de 1988, a esquerda já era praticamente hegemônica".[54]

Nesse mesmo sentido, diz que o governo militar "se ocupou de combater a guerrilha, mas não de combater o comunismo na esfera cultural, social e moral. Havia a famosa teoria da panela de pressão, do general Golbery do Couto e Silva. Ele dizia: 'Não podemos tampar todos os buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura'. A válvula que eles deixaram para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural. Na mesma época, uma parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc". "O período militar foi a época de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou tanto livro de esquerda".[54]

Segundo ele "o povo brasileiro é profundamente conservador. Sobretudo no aspecto social (ver: Conservadorismo social). É maciçamente contra o aborto, o feminismo radical, as quotas raciais, o gayzismo organizado. No entanto, não há político que fale em nome do povo". "O Brasil não tem uma direita há muito tempo. Nas últimas eleições presidenciais, os discursos de todos os candidatos eram semelhantes. O Partido Democratas foi inspirado na esquerda norte-americana. Portanto, não pode ser considerado exemplo de partido conservador".[55] Acrescenta que "o PSDB é que não é [de direita]. O PSDB é um partido da Internacional Socialista que está comprometido com o globalismo de esquerda, com todos esses valores politicamente corretos. É a direita da esquerda. No Brasil, infelizmente, a política ficou reduzida a isso: uma luta entre a esquerda da esquerda e a direita da esquerda. Quem é conservador mesmo não se deixa enganar por PSDB".[56]

Olavo também é crítico do liberalismo. "O conservadorismo é a arte de expandir e fortalecer a aplicação dos princípios morais e humanitários tradicionais por meio dos recursos formidáveis criados pela economia de mercado. O liberalismo é a firme decisão de submeter tudo aos critérios do mercado, inclusive os valores morais e humanitários. O conservadorismo é a civilização judaico-cristã elevada à potência da grande economia capitalista consolidada em Estado de direito. O liberalismo é um momento do processo revolucionário que, por meio do capitalismo, acaba dissolvendo no mercado a herança da civilização judaico-cristã e o Estado de direito".[57]

Ciência

Olavo criticou fortemente a figura de Isaac Newton, vendo-o como uma fonte de "uma burrice formidável", e procurou refutar aspectos da mecânica newtoniana com argumentos filosóficos.[58] Segundo ele, ainda, "a ciência de Galileu e Newton fazia pouco caso da observação da natureza, preferindo a construção de modelos matemáticos sem equivalência na realidade sensível".[59]

Acrescenta, ainda, que "um fundo de charlatanismo parece já ter sido introduzido na física por Galileu, quando proclamou ter superado a noção da ciência antiga, segundo a qual um objeto não impelido por uma força externa permanece parado — uma ilusão dos sentidos, segundo ele. Na realidade, pontificava, um objeto em tais condições, permanece parado ou em movimento retilíneo e uniforme. E, após ter assim derrubado a física antiga, esclarecia discretamente que o movimento retilíneo e uniforme não existe realmente, mas é uma ficção concebida pela mente para facilitar as medições. Ora, se o objeto não movido de fora permanece parado ou tem um movimento fictício, isto significa, rigorosamente, que ele permanece parado em todos os casos, exatamente como o dizia a física antiga, e que Galileu, mediante um novo sistema de medições, conseguiu apenas explicar por que ele permanece parado. Ou seja, Galileu não contestou a física antiga, apenas inventou um modo melhor de provar que ela tinha razão, e que o testemunho dos sentidos, sendo verídico o bastante, não tem em si a prova da sua veracidade — coisa que já era arroz-com-feijão desde o tempo de Aristóteles. Foi este episódio que inaugurou a mania dos cientistas modernos de tomarem simples mudanças de métodos como se fossem “provas” de uma nova constituição da realidade".[60]

Olavo defende que a Inquisição não promoveu um atraso no desenvolvimento científico. "Basta examinar o Index Librorum Prohibitorum para verificar que nele não consta nenhuma das obras de Copérnico, Kepler, Newton, Descartes, Galileu, Bacon, Harvey e tutti quanti. A Inquisição examinava apenas livros de interesse teológico direto, que nada poderiam acrescentar ao desenvolvimento da ciência moderna". O processo de Galileu teria sido uma "farsa concebida pelo Papa, padrinho de Galileu, para que seu protegido se livrasse de um grupo de inquisidores fanáticos mediante uma simples declaração oral sem efeitos práticos, após a qual ele pôde continuar divulgando suas idéias sem que ninguém voltasse a incomodá-lo". "Giordano Bruno não fez nenhuma descoberta (...). Nem sequer estudou as ciências modernas, física, astronomia, biologia ou matemática. Ele não foi condenado por defender teorias científicas, mas por prática de feitiçaria, que na época era crime".[60]

Olavo opõe-se a astrônomos e cientistas em geral que recusam a possibilidade da astrologia de tornar-se um ramo de estudo científico, vendo isto como uma postura partidária. "Existe uma correspondência estrutural entre a figura dos astros no céu na hora do nascimento e o caráter do indivíduo. Isso é comprovável".[61]

Ele também faz críticas ao heliocentrismo e à teoria da relatividade. Na visão do autor, o heliocentrismo não é uma teoria científica superior ao geocentrismo: "No confronto entre geocentrismo e heliocentrismo não existe nenhuma prova definitiva de um lado nem do outro". A experiência de Michelson-Morley, na visão de Olavo, não trata-se de um forte indício da constância da velocidade da luz, e sim de uma evidência em favor do geocentrismo: estando a Terra parada em relação ao éter, não seria esperada variação na velocidade da luz. A teoria da relatividade seria uma teoria com "noções estranhas" e que "nunca foram provadas", mas "intelectualmente elegantes", feita justamente para "salvar as aparências" do heliocentrismo. "O cidadão chamado Albert Einstein achou que era preferível modificar a física inteira só para não admitir que não havia provas do heliocentrismo".[62]

Outro alvo de crítica é o darwinismo. Segundo Olavo, "tudo o que ele (Darwin) fez foi arriscar uma nova explicação para essa teoria (teoria da evolução) – e a explicação estava errada. Ninguém mais, entre os autoproclamados discípulos de Darwin, acredita em 'seleção natural'. A teoria da moda, o chamado 'neodarwinismo', proclama que, em vez de uma seleção misteriosamente orientada ao melhoramento das espécies, tudo o que houve foram mudanças aleatórias. (...) O 'design inteligente' não é apenas um complemento final da teoria darwinista, mas a sua premissa fundamental, espalhada discretamente por todo edifício argumentativo de A Origem das Espécies". Adiciona, ainda, que "o darwinismo é genocida em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era".[63]

Também é crítico do trabalho de Georg Cantor a respeito de números transfinitos, acusando-o de confundir "números com seus meros signos", vendo seu trabalho como um "jogo de palavras" e uma "falsa lógica".[60][64]

Quanto à resistência que suas idéias sofreram dentro da comunidade científica, chegou a afirmar: "Não conheço fanáticos mais irracionais do que os adeptos de teorias científicas".[65]

Livros publicados

  • A imagem do homem na astrologia. São Paulo: Jvpiter. 1980.
  • O crime da Madre Agnes ou A confusão entre espiritualidade e psiquismo. São Paulo: Speculum. 1983.
  • Questões de simbolismo astrológico. São Paulo: Speculum. 1983
  • Universalidade e abstração e outros estudos. São Paulo: Speculum. 1983.
  • Astros e símbolos. São Paulo: Nova Stella. 1985.
  • Astrologia e religião. São Paulo: Nova Stella. 1986.
  • Fronteiras da tradição. São Paulo: Nova Stella. 1986.
  • Símbolos e mitos no filme "O silêncio dos inocentes". Rio de Janeiro: Instituto de Artes Liberais. 1992.
  • Os gêneros literários: seus fundamentos metafísicos. 1993.
  • O caráter como forma pura da personalidade. 1993.
  • A nova era e a revolução cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci. Rio de Janeiro: Instituto de Artes Liberais & Stella Caymmi. 1994.[nota 1]
  • Uma filosofia aristotélica da cultura. Rio de janeiro: Instituto de Artes Liberais. 1994.
  • O jardim das aflições: de Epicuro à ressurreição de César - Ensaio sobre o materialismo e a religião civil. Rio de Janeiro: Diadorim. 1995.[60]
  • Aristóteles em nova perspectiva: Introdução à teoria dos quatro discursos. Rio de janeiro: Topbooks. 1996.[66]
  • O imbecil coletivo: atualidades inculturais brasileiras. Rio de Janeiro: Faculdade da Cidade. 1996.
  • O futuro do pensamento brasileiro. Estudos sobre o nosso lugar no mundo. 1998.
  • O imbecil coletivo II: A longa marcha da vaca para o brejo e, logo atrás dela, os filhos da PUC, as quais obras juntas formam, para ensinança dos pequenos e escarmento dos grandes. Rio de Janeiro: Topbooks. 1998.
  • Coleção história essencial da filosofia. São Paulo: É Realizações. 2002-2006.
  • A Dialética Simbólica - Ensaios Reunidos São Paulo: É Realizações. 2006.
  • Maquiavel ou A Confusão Demoníaca São Paulo: Vide Editorial. 2011.[67]
  • A filosofia e seu Inverso, São Paulo: Vide Editorial. 2012.
  • Os EUA e a nova ordem mundial (coautor Alexandre Dugin), São Paulo: Vide Editorial, 2012.
Como autor secundário
  • Arthur Schopenhauer - Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (dialética erística). Introdução, notas e comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.
  • Otto Maria Carpeaux - Ensaios reunidos, 1942-1978. Organização, introdução e notas de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: UniverCidade & Topbooks. 1999.
  • Émile Boutroux - Aristóteles. Introdução e notas de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Record. 1999.
  • René Guénon - A Metafísica Oriental. Tradução de Olavo de Carvalho.

Ver também

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Referências

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  2. Wilson Espíndola (2012). «O enigma Olavo de Carvalho» (html). Jornal Opção. Consultado em 17 de junho de 2013 
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  44. O inimigo é um só
  45. Automacumba semântica
  46. Salvando o triunvirato global
  47. a b c d O que está acontecendo
  48. O mal é o que sai da boca do intelectual de esquerda, por Alceu Garcia
  49. A mão de Stálin está sobre nós
  50. Debate com Duguin - I
  51. Baita democracia
  52. A verdadeira direita
  53. A falsa memória da direita
  54. a b Olavo de Carvalho: esquerda ocupou vácuo pós-ditadura!. Entrevista concedida a Gabriel Castro para a Veja Online, publicada em 3 de abril de 2011.
  55. O PT já nasceu corrompido
  56. O povo brasileiro é maciçamente de direita. Entrevista dada a Folha de São Paulo, publicada em 15 de fevereiro de 2006.
  57. Por que não sou liberal
  58. Nas origens da burrice ocidental.
  59. Raízes da Modernidade.
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  63. Por que não sou um fã de Charles Darwin.
  64. Deus acredita em você?.
  65. Cinismo pedagógico.
  66. Aristóteles em nova perspectiva. introdução à teoria dos quatro discursos. [S.l.]: Topbooks. 1996. p. 200. ISBN 858806233X, 9788588062337 Verifique |isbn= (ajuda)  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  67. Maquiavel ou A Confusão Demoníaca. [S.l.]: Vide Editorial. p. 93. ISBN 8562910031, 9788562910036 Verifique |isbn= (ajuda)  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)

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