Posídon: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Revertidas edições por 201.8.140.12 por mudar a grafia (usando Huggle)
Linha 5: Linha 5:
| espaço_entre_células = 5;
| espaço_entre_células = 5;
| espaço_conteúdo-borda_das_células = 5;
| espaço_conteúdo-borda_das_células = 5;
| título = Posídon
| título = Poseidon
| título-estilo = height: 1em; background-color: #50C878;
| título-estilo = height: 1em; background-color: #50C878;
| imagem = Poseidon sculpture Copenhagen 2005.jpg
| imagem = Poseidon sculpture Copenhagen 2005.jpg
Linha 26: Linha 26:
}}
}}


Na [[mitologia grega]], '''Posídon''' ({{langx|grc|Ποσειδῶν||''Poseidōn''}}),<ref>[[Houaiss]], verbete ''posídeon'', etimologia: "gr. poseideôn,ônos 'id.', do gr. Poseidôn,ônos 'Posídon, deus das águas'; ver posid(on)</ref> também conhecido como '''Poseidon''', '''Possêidon''' ou '''Posidão'''<ref>Forma adotada por vários tradutores, como por exemplo no ''site'' [http://recantodasletras.uol.com.br/biografias/931844 Recanto das Letras] ([[UOL]]), na edição da ''[[Odisseia]]'' pela editora [[Cultrix]], e por [http://www.prodema.ufpb.br/revistaartemis/numero8/artigos/artigo_01.pdf Flávia Maria Marquetti], da [[Universidade da Paraíba]].</ref>, assumiu o estatuto de [[Divindade|deus]] supremo do [[mar]], conhecido pelos [[Mitologia romana|romanos]] como [[Netuno (mitologia)|Netuno]] <ref name="fulgencio.1.4">[[Fulgêncio (mitógrafo)|Fulgêncio]], ''Mitologias'', Livro I, 4, ''A Fábula de Netuno'' [http://www.theoi.com/Text/FulgentiusMythologies1.html <nowiki>[em linha]</nowiki>]</ref> possivelmente tendo origem [[etruscos|etrusca]] como ''Nethuns''.<ref>[[George Dennis]], ''Cities and Cemeteries of Etruria'' (1848), ''Introduction'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Gazetteer/Places/Europe/Italy/_Periods/Roman/Archaic/Etruscan/_Texts/DENETR*/Introduction/1.html <small><nowiki>[em linha]</nowiki></small>]</ref> Também era conhecido como o deus dos [[terremoto]]s <ref name="herodoto.7.129">{{citar heródoto|7|129}}</ref>. Os símbolos associados a Posídon com mais frequência eram o [[tridente]] e o [[golfinho]].
Na [[mitologia grega]], '''Poseidon''' ({{langx|grc|Ποσειδῶν||''Poseidōn''}}),<ref>[[Houaiss]], verbete ''posídeon'', etimologia: "gr. poseideôn,ônos 'id.', do gr. Poseidôn,ônos 'Posídon, deus das águas'; ver posid(on)</ref> também conhecido como '''Poseidon''', '''Possêidon''' ou '''Posidão'''<ref>Forma adotada por vários tradutores, como por exemplo no ''site'' [http://recantodasletras.uol.com.br/biografias/931844 Recanto das Letras] ([[UOL]]), na edição da ''[[Odisseia]]'' pela editora [[Cultrix]], e por [http://www.prodema.ufpb.br/revistaartemis/numero8/artigos/artigo_01.pdf Flávia Maria Marquetti], da [[Universidade da Paraíba]].</ref>, assumiu o estatuto de [[Divindade|deus]] supremo do [[mar]], conhecido pelos [[Mitologia romana|romanos]] como [[Netuno (mitologia)|Netuno]] <ref name="fulgencio.1.4">[[Fulgêncio (mitógrafo)|Fulgêncio]], ''Mitologias'', Livro I, 4, ''A Fábula de Netuno'' [http://www.theoi.com/Text/FulgentiusMythologies1.html <nowiki>[em linha]</nowiki>]</ref> possivelmente tendo origem [[etruscos|etrusca]] como ''Nethuns''.<ref>[[George Dennis]], ''Cities and Cemeteries of Etruria'' (1848), ''Introduction'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Gazetteer/Places/Europe/Italy/_Periods/Roman/Archaic/Etruscan/_Texts/DENETR*/Introduction/1.html <small><nowiki>[em linha]</nowiki></small>]</ref> Também era conhecido como o deus dos [[terremoto]]s <ref name="herodoto.7.129">{{citar heródoto|7|129}}</ref>. Os símbolos associados a Posídon com mais frequência eram o [[tridente]] e o [[golfinho]].


A origem de Posídon é [[Creta|cretense]],<ref>Campbell, Joseph: ''As máscaras de Deus'', vol. 3 - Mitologia ocidental, Editora Palas Athena</ref> como atesta seu papel no mito do [[Minotauro]]. Na civilização minóica era o deus supremo, senhor do raio, atributo de [[Zeus]] no panteão grego, daí o acordo da divisão de poderes entre eles, cabendo o mar ao antigo rei dos deuses minóicos.
A origem de Poseídon é [[Creta|cretense]],<ref>Campbell, Joseph: ''As máscaras de Deus'', vol. 3 - Mitologia ocidental, Editora Palas Athena</ref> como atesta seu papel no mito do [[Minotauro]]. Na civilização minóica era o deus supremo, senhor do raio, atributo de [[Zeus]] no panteão grego, daí o acordo da divisão de poderes entre eles, cabendo o mar ao antigo rei dos deuses minóicos.
== Nascimento ==
== Nascimento ==

Revisão das 22h34min de 29 de setembro de 2013

 Nota: Para por outras acepções, veja Poseidon (desambiguação).
Poseidon
Posídon
Escultura de Poseidon em Copenhagen.
Deus do mar, dos terremotos e dos cavalos
Morada Mar
Cônjuge Anfitrite
Pais Cronos e Reia
Irmãos Héstia, Hades, Hera, Zeus e Deméter
Filhos Teseu, Tritão, Polifemo, Belo, Agenor, Neleu
Romano equivalente Netuno

Na mitologia grega, Poseidon (em grego clássico: Ποσειδῶν; romaniz.:Poseidōn),[1] também conhecido como Poseidon, Possêidon ou Posidão[2], assumiu o estatuto de deus supremo do mar, conhecido pelos romanos como Netuno [3] possivelmente tendo origem etrusca como Nethuns.[4] Também era conhecido como o deus dos terremotos [5]. Os símbolos associados a Posídon com mais frequência eram o tridente e o golfinho.

A origem de Poseídon é cretense,[6] como atesta seu papel no mito do Minotauro. Na civilização minóica era o deus supremo, senhor do raio, atributo de Zeus no panteão grego, daí o acordo da divisão de poderes entre eles, cabendo o mar ao antigo rei dos deuses minóicos.

Nascimento

Posídon era um dos filhos de Cronos e Reia, e, como seus irmãos e irmãs, foi engolido por Cronos ao nascer[7]. A ordem de nascimento de seus irmãos, segundo Pseudo-Apolodoro, é Héstia (a mais velha), seguida de Deméter e Hera, seguidas de Hades e Posídon[7]; o próximo a nascer, Zeus, foi escondido por Reia em Creta[8][9], que deu uma pedra para Cronos comer[9][10]. Higino enumera os filhos de Saturno e Ops como Vesta, Ceres, Juno, Júpiter, Plutão e Netuno[11], ele também relata uma versão alternativa da lenda, em que Saturno encerra Orco no Tártaro e Netuno em baixo do mar, em vez de comê-los[9].

Primordialmente Zeus terá obrigado seu pai, Cronos, a regurgitar e restabelecer a vida aos filhos que este engoliu, entre eles está Posídon, explicando assim Zeus como o irmão mais novo, pois sua mãe Reia, deu uma pedra em seu lugar.

Vida inicial

Posídon fora criado entre os Telquines, os demónios de Rodes. Quando atinge a maturidade, apaixonou-se por Hália, uma das irmãs dos Telquines, e desse romance nascem seis filhos e uma filha, de nome Rodo, daí o nome da ilha de Rodes[12].

Deus

Posídon disputou com Atena para decidir qual dos dois seria o padroeiro de Atenas.

Segundo Marco Terêncio Varrão, citado por Agostinho de Hipona, as mulheres da Ática tinham o direito ao voto na época do rei Cécrope I. Quando este rei fundou uma cidade, nela brotaram uma oliveira e uma fonte de água. O rei perguntou ao oráculo de Delfos o que isso queria dizer, e resposta foi que a oliveira significava Minerva e a fonte de água Netuno, e que os cidadãos deveriam escolher entre os dois qual seria o nome da cidade. Todos os cidadãos foram convocados a votar, homens e mulheres; os homens votaram em Netuno, as mulheres em Minerva, e Minerva venceu por um voto. Netuno ficou irritado, e atacou a cidade com as ondas. Para apaziguar o deus (que Agostinho chama de demônio), as mulheres de Atenas aceitaram três castigos: que elas perderiam o direito ao voto, que nenhum filho teria o nome da mãe e que ninguém as chamaria de atenienses.[13]

Na Ilíada, Posídon aparece-nos como o deus supremo dos mares, comandando não apenas as ondas, correntes e marés, mas também as tempestades marinhas e costeiras, provocando nascentes e desmoronamentos costeiros com o seu tridente. Embora seu poder pareça ter se estendido às nascentes e lagos, os rios, por sua vez, têm as suas próprias deidades, não obstante o facto de que Posídon fosse dono da magnífica ilha de Atlântida.

Geralmente, Posídon usava a água e os terremotos para exercer vingança, mas também podia apresentar um caráter cooperativo. Ele auxiliou bastante os gregos na Guerra de Troia, mas levou anos se vingando de Odisseu, que havia ferido a cria de um de seus ciclopes.

Posídon, 550–525 a.C. – peça depositada no Louvre

Os navegantes oravam a ele por ventos favoráveis e viagens seguras, mas seu humor era imprevisível. Apesar dos sacrifícios, que incluíam o afogamento de cavalos, ele podia provocar tempestades, maus ventos e terremotos por capricho.

Considerando que as inúmeras aventuras amorosas de Posídon foram todas frutíferas em descendentes, é de notar que, ao contrário dos descendentes de seu irmão Zeus, os filhos do deus dos mares, tal como os de seu irmão Hades, são quase todos maléficos e de temperamentos violentos. Alguns exemplos: de Teosa nasce o ciclope Polifemo; de Medusa nasce o gigante Crisaor e o cavalo alado, Pégaso; de Amimone nasce Náuplio; com Deméter nasce Despina, deusa do inverno que acaba com tudo o que sua mãe e sua meia-irmã Perséfone cultivam, também congela as águas; com Ifimedia, nascem os irmãos gigantes Oto e Efialtes (os Aloídas), que chegaram mesmo a declarar guerra aos deuses. Por sua vez, os filhos que teve com Halia cometeram tantas atrocidades que o pai teve de os enterrar para evitar-lhes maior castigo.

Casou ainda com Anfitrite,[14] filha de Oceano e Tétis,[15] de quem nasceu o seu filho Tritão,[14] o deus dos abismos oceânicos, que ajudou Jasão e os seus argonautas a recuperar o Velocino de ouro,[carece de fontes?] e Rode, que se casou com Hélio.[14]

Filhos

Existem várias listas de filhos deste deus. Higino enumera os seguintes filhos[16]:

Referências

  1. Houaiss, verbete posídeon, etimologia: "gr. poseideôn,ônos 'id.', do gr. Poseidôn,ônos 'Posídon, deus das águas'; ver posid(on)
  2. Forma adotada por vários tradutores, como por exemplo no site Recanto das Letras (UOL), na edição da Odisseia pela editora Cultrix, e por Flávia Maria Marquetti, da Universidade da Paraíba.
  3. Fulgêncio, Mitologias, Livro I, 4, A Fábula de Netuno [em linha]
  4. George Dennis, Cities and Cemeteries of Etruria (1848), Introduction [em linha]
  5. Heródoto, Histórias, Livro VII, Polímnia, 129 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]
  6. Campbell, Joseph: As máscaras de Deus, vol. 3 - Mitologia ocidental, Editora Palas Athena
  7. a b Pseudo-Apolodoro, Biblioteca (Pseudo-Apolodoro), 1.1.5
  8. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca (Pseudo-Apolodoro), 1.1.6
  9. a b c Higino, Fabulae, CXXXIX, Curetes
  10. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca (Pseudo-Apolodoro), 1.1.7
  11. Higino, Fabulae, Prefácio
  12. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro V, 55.4
  13. Marco Terêncio Varrão, citado por Agostinho de Hipona, A Cidade de Deus, Livro XVIII, Capítulo 9, Quando a cidade de Atenas foi fundada, e a razão que Varrão dá para o seu nome
  14. a b c Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.4.4
  15. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.2.2
  16. Higino, Fabulae, CLVII, Filhos de Netuno

Bibliografia

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Posídon

Predefinição:Link FA