Josef Stalin: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Adicionei uma imagem.
Adicionei novas informações com referências e duas imagens.
Linha 17: Linha 17:
|assinatura = Stalin Signature.svg
|assinatura = Stalin Signature.svg
}}
}}

'''Josef Vissarionovitch Stalin''' (em [[Língua russa|russo]]: '''Иосиф Виссарионович Сталин'''; [[Gori]], [[18 de dezembro]] de [[1878]] — [[Moscou]], [[5 de março]] de [[1953]]) foi [[secretário-geral]] do [[Partido Comunista da União Soviética]] e do [[Comitê Central]] a partir de [[1922]] até a sua [[morte]] em [[1953]], sendo assim o líder soberano da [[União Soviética]]. Seu nome de nascimento era '''Ioseb Besarionis Dze Djughashvili''' (em [[língua georgiana|georgiano]]: - '''იოსებ ბესარიონის ძე ჯუღაშვილი'''; em [[Língua russa|russo]]: Ио́сиф Виссарио́нович Джугашви́ли, ''Ióssif Vissariónovich Djugashvíli''). Em [[língua portuguesa|português]] seu nome é referido algumas vezes como '''José Estaline'''.<ref>[http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Tribunal-de-Kiev-condena-Jose-Estaline.rtp&article=310362&visual=3&layout=10&tm=7 Tribunal de Kiev condena José Estaline] - [[RTP]], [[13 de janeiro]] de [[2010]] (visitado em 23-2-2010).</ref>
'''Josef Vissarionovitch Stalin''' (em [[Língua russa|russo]]: '''Иосиф Виссарионович Сталин'''; [[Gori]], [[18 de dezembro]] de [[1878]] — [[Moscou]], [[5 de março]] de [[1953]]) foi [[secretário-geral]] do [[Partido Comunista da União Soviética]] e do [[Comitê Central]] a partir de [[1922]] até a sua [[morte]] em [[1953]], sendo assim o líder soberano da [[União Soviética]]. Seu nome de nascimento era '''Ioseb Besarionis Dze Djughashvili''' (em [[língua georgiana|georgiano]]: - '''იოსებ ბესარიონის ძე ჯუღაშვილი'''; em [[Língua russa|russo]]: Ио́сиф Виссарио́нович Джугашви́ли, ''Ióssif Vissariónovich Djugashvíli''). Em [[língua portuguesa|português]] seu nome é referido algumas vezes como '''José Estaline'''.<ref>[http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Tribunal-de-Kiev-condena-Jose-Estaline.rtp&article=310362&visual=3&layout=10&tm=7 Tribunal de Kiev condena José Estaline] - [[RTP]], [[13 de janeiro]] de [[2010]] (visitado em 23-2-2010).</ref>

[[Ficheiro:Stalin 1902 Colour.jpg|200px|thumb|Stalin em [[1902]].]]
Sob a liderança de Stalin, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da [[Alemanha nazista]] na [[Segunda Guerra Mundial]] ([[1939]] - [[1945]]) e passou a atingir o [[estatuto]] de [[superpotência]], após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho semelhante ao do antigo [[Império Russo]].
Sob a liderança de Stalin, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da [[Alemanha nazista]] na [[Segunda Guerra Mundial]] ([[1939]] - [[1945]]) e passou a atingir o [[estatuto]] de [[superpotência]], após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho semelhante ao do antigo [[Império Russo]].


Linha 30: Linha 29:
Nascido em uma pequena cabana na cidade [[Geórgia|georgiana]] de [[Gori]] e filho de uma [[costureira]] e de um [[sapateiro]], o jovem Stalin teve uma infância difícil e infeliz.
Nascido em uma pequena cabana na cidade [[Geórgia|georgiana]] de [[Gori]] e filho de uma [[costureira]] e de um [[sapateiro]], o jovem Stalin teve uma infância difícil e infeliz.


Chegou a estudar em um [[colégio]] religioso de [[Tiflis]], capital georgiana, para satisfazer os anseios de sua mãe, que queria vê-lo [[seminarista]]. Mas logo acabou enveredando pelas atividades revolucionárias contra o [[tsar|regime tsarista]]. Passou anos na prisão (por organizar [[assalto]]s, num dos quais 40 pessoas foram mortas) e, quando libertado, aliou-se a [[Vladimir Lenin]] e outros, que planejavam a [[Revolução Russa]].
Chegou a estudar em um [[colégio]] religioso de [[Tiflis]], capital georgiana, para satisfazer os anseios de sua mãe, que queria vê-lo [[seminarista]]. Mas logo acabou enveredando pelas atividades revolucionárias contra o [[tsar|regime tsarista]].

Na juventude, adotou o nome ''Koba'' mas também era conhecido como ''David'', ''Nijeradze'', ''Chijikov'', ''Ivanovitch'' e, antes da [[I Guerra Mundial]], mudou seu nome definitivamente para ''Stalin'' (''homem de aço'').<ref>[http://educaterra.terra.com.br/voltaire/seculo/2003/03/10/001.htm Educaterra] - Stalin, o fantasma inquietante. Página acessada em [[25 de Novembro]] de [[2011]].</ref> Era portador de defeitos físicos (seu pé esquerdo era defeituoso e o braço esquerdo era mais curto que o direito) por este motivo, foi dispensado do [[serviço militar]], não lutando na guerra.<ref>[http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/grande-farsa-stalin-433834.shtml Guia do Estudante] - A grande farsa de Stálin. Página acessada em 25 de Novembro de 2011.</ref>

{{imagem múltipla
| footer = Stalin em [[1902]]. Seu pai [[Besarion Jughashvili]] ([[1849]] ou [[1850|50]]-[[1909]]) e sua mãe [[Ketevan Geladze]] ([[1858]]-[[1937]]).
| image1 = Stalin 1902 Colour.jpg
| width1 = 157
| image2 = Vissarion Jughashvili.jpg
| width2 = 160
| image3 = Ekaterina Dzhugashvili.jpg
| width3 = 200
}}

Passou anos na prisão (por organizar [[assalto]]s, num dos quais 40 pessoas foram mortas) e, quando libertado, aliou-se a [[Vladimir Lenin]] e outros, que planejavam a [[Revolução Russa]].


Stalin chegou ao posto de secretário-geral do [[Partido Comunista da União Soviética]] entre 1922 e 1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto de século, transformando o país numa superpotência.
Stalin chegou ao posto de secretário-geral do [[Partido Comunista da União Soviética]] entre 1922 e 1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto de século, transformando o país numa superpotência.
Linha 54: Linha 67:


=== Depurações ===
=== Depurações ===

[[Ficheiro:Nikolai Jezhov.jpg|200px|thumb|[[Nikolai Yezhov]], chefe da [[NKVD]] no período [[1936]]-[[1938|38]]]].
[[Ficheiro:Nikolai Jezhov.jpg|200px|thumb|[[Nikolai Yezhov]] chefe da [[NKVD]] no período [[1936]]-[[1938|38]], foi também vítima do stalinismo em 1940. Este é o detalhe de uma fotografia maior onde Yezhov aparece ao lado de Stalin. Posteriormente, a fotografia original foi adulterada para remover sua imagem (''ver: [[falsificações de fotografias na União Soviética]]).'']]

A condenação dos contra-revolucionários nos julgamentos de 1937-38 depois das depurações no Partido, exército e no aparelho estatal, tem raízes na história inicial do movimento revolucionário da [[Rússia]].
A condenação dos contra-revolucionários nos julgamentos de 1937-38 depois das depurações no Partido, exército e no aparelho estatal, tem raízes na história inicial do movimento revolucionário da [[Rússia]].



Revisão das 17h30min de 25 de novembro de 2011

Josef Stalin
Иосиф Виссарионович Сталин
Josef Stalin
Josef Stalin
Иосиф Виссарионович Сталин
Líder da União Soviética União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
Período 3 de abril de 1922
a 5 de março de 1953
Antecessor(a) Vladimir Lenin
Sucessor(a) Nikita Khrushchov
Dados pessoais
Nascimento 21 de dezembro de 1878
Gori
Império Russo
Morte 5 de março de 1953 (74 anos)
Moscou, RSFS da Rússia
União Soviética
Prêmio(s) Pessoa do Ano (1939 e 1942)
Cônjuge Ekaterina Svanidze (1903 a 1907)
Nadezhda Alliluyeva (1919 a 1932)
Partido Partido Comunista da União Soviética
(partido único)
Religião Igreja Ortodoxa Georgiana
depois ateísmo
Profissão Ativista e político
Assinatura Assinatura de Josef Stalin

Josef Vissarionovitch Stalin (em russo: Иосиф Виссарионович Сталин; Gori, 18 de dezembro de 1878Moscou, 5 de março de 1953) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comitê Central a partir de 1922 até a sua morte em 1953, sendo assim o líder soberano da União Soviética. Seu nome de nascimento era Ioseb Besarionis Dze Djughashvili (em georgiano: - იოსებ ბესარიონის ძე ჯუღაშვილი; em russo: Ио́сиф Виссарио́нович Джугашви́ли, Ióssif Vissariónovich Djugashvíli). Em português seu nome é referido algumas vezes como José Estaline.[1]

Sob a liderança de Stalin, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e passou a atingir o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo.

Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Stalin, Nikita Khrushchov, apresentou seu Discurso secreto oficialmente chamado "Sobre o culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual iniciou-se um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Stalin, alguns o vendo como tirano e outros como líder habilidoso.

Biografia

Ver artigo principal: Era Stálin (1927-1953)

Nascido em uma pequena cabana na cidade georgiana de Gori e filho de uma costureira e de um sapateiro, o jovem Stalin teve uma infância difícil e infeliz.

Chegou a estudar em um colégio religioso de Tiflis, capital georgiana, para satisfazer os anseios de sua mãe, que queria vê-lo seminarista. Mas logo acabou enveredando pelas atividades revolucionárias contra o regime tsarista.

Na juventude, adotou o nome Koba mas também era conhecido como David, Nijeradze, Chijikov, Ivanovitch e, antes da I Guerra Mundial, mudou seu nome definitivamente para Stalin (homem de aço).[2] Era portador de defeitos físicos (seu pé esquerdo era defeituoso e o braço esquerdo era mais curto que o direito) por este motivo, foi dispensado do serviço militar, não lutando na guerra.[3]

Stalin em 1902. Seu pai Besarion Jughashvili (1849 ou 50-1909) e sua mãe Ketevan Geladze (1858-1937).

Passou anos na prisão (por organizar assaltos, num dos quais 40 pessoas foram mortas) e, quando libertado, aliou-se a Vladimir Lenin e outros, que planejavam a Revolução Russa.

Stalin chegou ao posto de secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1922 e 1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto de século, transformando o país numa superpotência.

Antes da Revolução Russa de 1917, Stalin era o editor do jornal do partido, o Pravda ("A Verdade"), e teve uma ascensão rápida, tornando-se em novembro de 1922 o Secretário-geral do Comitê Central, um cargo que lhe deu bases para ascender aos mais altos poderes. Após a morte de Lenin, em 1924, tornou-se a figura dominante da política soviética – embora Lenin o considerasse apto para um cargo de comando, ele ignorava a astúcia de Stalin, cujo talento quase inigualável para as alianças políticas lhe rendera tantos aliados quanto inimigos. Seus epítetos eram "Guia Genial dos Povos" [4][5] e "O Pai dos Povos".

De acordo com Alan Bullock,[6] uma discordância com Stalin em qualquer assunto tornava-se não uma questão de oposição política, mas um crime capital, uma prova, ipso facto, de participação em uma conspiração criminosa envolvendo traição e a intenção de derrubar o regime Soviético.

Purgas e deportações

A "Grande Purga" ou "Grande Expurgo"

Ver artigo principal: Grande Expurgo
Ficheiro:Stalin-Lenin-Kalinin-1919.jpg
Stalin, Lenin e Kalinin, em 1919.

Em 1928 iniciou um programa de industrialização intensiva e de coletivização da agricultura soviética (plano quinquenal), impondo uma grande reorganização social e provocando a fome - genocídio na Ucrânia (Holodomor), em 1932 - 1933. Esta fome foi imposta ao povo ucraniano pelo regime soviético, tendo causado um mínimo de 4,5 milhões de mortes na Ucrânia, além de 3 milhões de vítimas noutras regiões da U.R.S.S. Nos anos 1930 consolidou a sua posição através de uma política de modernização da indústria. Como arquitecto do sistema político soviético, criou uma poderosa estrutura militar e de policiamento. Mandou prender e deportar opositores, ao mesmo tempo que cultivava o culto da personalidade como arma ideológica.

A acção persecutória de Stalin, supõe-se, estendeu-se mesmo a território estrangeiro, uma vez que o assassinato de Leon Trótski, então exilado no México é creditado a ele. Por mais que Trótski tomasse todas as providências para proteger-se de agentes secretos, Ramón Mercader, membro do Partido dos Comunistas da Catalunha, foi para o México e conseguiu ganhar a confiança do dissidente, para executá-lo com um golpe de picareta.

Desconfiando que as reformas econômicas que implantara produziam descontentamento entre a população, Stalin dedicou-se, nos anos 1930, a consolidar seu poder pessoal. Tratou de expulsar toda a oposição política. Se alguém lhe parecesse indesejável desse ponto de vista, ele se encarregava de desacreditá-lo perante a opinião pública. Em 1934, Sergei Kirov, principal líder do Partido Comunista em Leningrado - e tido como sucessor presuntivo de Stalin - foi assassinado por um anônimo, Nikolaev, de forma até agora obscura; muitos consideram até hoje que Stalin não teria sido estranho a este assassinato. Seja como fôr, Stalin utilizou o assassinato como pretexto imediato para uma série de repressões que passaram para a história como o "Grande Expurgo".

Sergei Kirov e Stalin em 1934.

Estes deram-se no período entre 1934 e 1938 no qual Stalin concedeu tratamento duro a todos que tramassem contra o Estado soviético, ou mesmo supostos inimigos do Estado. Entre os alvos mais destacados dessa ação, estava o Exército Vermelho: parte de seus oficiais acima da patente de major foi presa, inclusive treze dos quinze generais-de-exército. Entre estes, Mikhail Tukhachevsky foi uma de suas mais famosas vítimas. Sofreu a acusação de ser agente do serviço secreto alemão. Com base em documentos entregues por Reinhard Heydrich, chefe do Serviço de Segurança das SS, Tukhachevsky foi executado, além de deportar muitos outros para a Sibéria. Com isso foi enfraquecido o comando militar soviético; ou seja, Stalin acreditou nas informações de Heydrich, e sua atitudade acabou debilitando a estrutura militar russa, que no entanto conseguiu resistir ao ataque das tropas da Alemanha.

O principal instrumento de perseguição foi a NKVD. De acordo com Alan Bullock,[7] o uso de espancamentos e tortura era comum, um fato francamente admitido por Khrushchev em seu famoso discurso posterior à morte de Stalin, onde ele citou uma circular de Stalin para os secretários regionais em 1939, confirmando que isto tinha sido autorizado pelo Comitê Central em 1937.

Depurações

Ficheiro:Nikolai Jezhov.jpg
Nikolai Yezhov chefe da NKVD no período 1936-38, foi também vítima do stalinismo em 1940. Este é o detalhe de uma fotografia maior onde Yezhov aparece ao lado de Stalin. Posteriormente, a fotografia original foi adulterada para remover sua imagem (ver: falsificações de fotografias na União Soviética).

A condenação dos contra-revolucionários nos julgamentos de 1937-38 depois das depurações no Partido, exército e no aparelho estatal, tem raízes na história inicial do movimento revolucionário da Rússia.

Milhões de pessoas participaram no quê acreditavam ser uma batalha contra o csar e a burguesia. Ao ver que a vitória seria inevitável, muitas pessoas entraram para o partido. Entretanto nem todos haviam se tornado bolcheviques porque concordavam com o socialismo. A luta de classes era tal que muitas vezes não havia tempo nem possibilidades para pôr à prova os novos militantes. Até mesmo militantes de outros partidos inimigos dos bolcheviques foram aceitos depois triunfo da revolução. Para uma parcela desses novos militantes foram dados cargos importantes no Partido, Estado e Forças Armadas, tudo dependendo da sua capacidade individual para conduzir a luta de classes.

Eram tempos muito difíceis para o jovem Estado soviético e a grande falta de comunistas, ou simplesmente de pessoas que soubessem ler, o Partido era obrigado a não fazer grandes exigências no que diz respeito à qualidade dos novos militantes. De todos estes problemas formou-se com o tempo uma contradição que dividiu o Partido em dois campos - de um lado os que queriam ir para frente na luta pela sociedade socialista, por outro lado os que consideravam que ainda não havia condições para realizar o socialismo e que propunha uma política social-democrata. A origem destas últimas ideias vinha de Trótski, um antigo inimigo de Lênin que havia entrado para o Partido em Julho de 1917, ou seja pouco antes da insurreição.

Trótski foi com o tempo obtendo apoio de alguns dos bolcheviques mais conhecidos. Esta oposição unida contra os ideais defendidas pelos marxistas - leninistas, eram uma das alternativas na votação partidária sobre a política a seguir pelo Partido, realizada em 27 de Dezembro de 1927. Antes desta votação foi realizada uma grande discussão durante vários anos e não houve dúvida quanto ao resultado. Dos 725.000 votos, a oposição só obteve 6.000 - ou seja, menos de 1% dos militantes do Partido apoiaram a Oposição trotskista.

Deportações

Antes, durante e depois da Segunda Guerra, Stalin conduziu uma série de deportações em grande escala que acabaram por alterar o mapa étnico da União Soviética. Estima-se que entre 1941 e 1949 cerca de 3,3 milhões de pessoas foram deportadas para a Sibéria ou para repúblicas asiáticas. Separatismo, resistência/oposição ao governo soviético e colaboração com a invasão alemã eram alguns dos motivos oficiais para as deportações.

Primeira página de uma lista de 346 pessoas a serem executadas. No alto, Stalin escreveu "за" (sim). O 12º nome é do escritor judeu-russo Isaac Babel.

Durante o governo de Stalin os seguintes grupos étnicos foram completamente ou parcialmente deportados: ucranianos, polacos, coreanos, alemães, tchecos, lituanos, arménios, búlgaros, gregos, finlandeses, judeus entre outros. Os deportados eram transportados em condições espantosas, frequentemente em caminhões de gado, milhares de deportados morriam no caminho. Aqueles que sobreviviam eram mandados a Campos de Trabalho Forçado.

Em fevereiro de 1956, no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, Nikita Khrushchov condenou as deportações promovidas por Stalin, em seu relatório secreto. Nesse momento começa a chamada desestalinização, que, de chofre, engloba todos os partidos comunistas do mundo. Na verdade, esta desestalinização foi a afirmação de que Stalin cometeu excessos graças ao culto à personalidade que fora promovido ao longo de sua carreira política. Para vários autores anticomunistas, teria sido somente neste sentido que teria havido desestalinização, porquanto o movimento comunista na URSS deu prosseguimento à prática stalinista sem a figura de Stalin. De fato, a desestalinização não alterou em nada o caráter unipartidário do estado soviético e o poder inconteste exercido pelo Partido e pelos seus órgãos de repressão, mas significou também o fim da repressão policial em massa (a internação maciça de presos políticos em campos de concentração sendo abandonada, muito embora os campos continuassem como parte do sistema penal, principalmente para presos comuns), a cassação de grande parte das sentenças stalinistas e o retorno e reintegração à vida quotidiana de grande massa de presos políticos e deportados. A repressão política, muito embora tenha continuado, não atingiu jamais, durante o restante da história soviética, os níveis de violência do stalinismo, principalmente porque foi abandonada a prática das purgas internas em massa no Partido.

As deportações acabaram por influenciar o surgimento de movimentos separatistas nos estados bálticos, no Tartaristão e na Chechênia, até os dias de hoje.

Número de vítimas

Ficheiro:Бутовский полигон. Средняя часть основной вывески. Бутовский полигон-2.jpg
Fotos de vítimas do Grande Expurgo baleadas pela NKVD no Polígono de Butovo,[8] Moscou.

Em 1991, com o colapso da União Soviética, parte dos arquivos soviéticos finalmente foi disponibilizada. Os relatórios do governo continham os seguintes registros[9]:

Entre 1921–53 o número de condenações políticas foi de 4.060.306, divididas da seguinte maneira:

Quantidade de pessoas Tipo de condenação
799.473 Pena de morte
2.634.397 Trabalhos forçados
413.512 Exílio
215.942 Outras

Já quanto as condenações não-políticas, entre 1937–52, 34.228 pessoas foram executadas.[10]

Entretanto, esses números devem ser maiores, pois os arquivos soviéticos não omissos em vários aspectos: por exemplo, eles não abrangem as várias Transferências populacionais na União Soviética.[11] Esta é uma omissão relevante, pois, de acordo com Eric D. Weitz[12], a taxa mortalidade das mais de 600.000 pessoas deportadas do Cáucaso entre 1943 e 1944 chegava a 25%, o que acrescentaria mais 150.000 vítimas mortas. [13]

Grigori Zinoviev discursando (centro). Zinoviev, que fora um dos líderes mais influentes do partido comunista soviético, foi executado por ordem de Stalin após um julgamento-espetáculo.

Outros dados que não constam dos arquivos da NKVD incluem o controverso e famoso Massacre de Katyn, bem como diversos outros de menor repercussão em áreas ocupadas. Também não constam as execuções de desertores pela NKVD durante a guerra, que se estima em 158.000 execuções. [14][15]

Além disso, as estatísticas oficiais de mortalidade nos Gulags excluem as mortes ocorridas logo após a libertação dos prisioneiros, mas cuja morte estava ligada ao tratamento recebido naqueles campos de trabalho forçado.[16]

A ideia de que os arquivos guardados pelas autoridades soviéticas são incompletos e não refletem a totalidades das vítimas é apoiada por diversos historiadores, a exemplo de Robert Gellately e Simon Sebag Montefiore.[17][18]. Segundo eles, além dos registros não serem abrangentes, é altamente provável, por exemplo, que suspeitos presos e torturados até a morte durante investigações não sejam contabilizados como execução (não são contados como vítimas de pena de morte).[19][20]

Após a extinção do regime comunista na União Soviética, historiadores passaram a estimar que, excluindo os que morreram por fome, entre 4-10 milhões de pessoas morreram sob o regime de Stalin.[21] O escritor russo Vadim Erlikman, por exemplo, faz as seguintes estimativas:[22]

Quantidade de pessoas Razão da morte
1,5 milhão Execução
5 milhões Gulags
1,7 milhão Deportados¹
1 milhão Países ocupados²

¹ Erlikman estima um total de 7,5 milhões de deportados.

² Diz respeito aos mortos civis durante a ocupação russa.

Este total estimado de 9 milhões, para alguns pesquisadores, deve ainda ser somado a 6-8 milhões dos mortos na Fome soviética de 1932-1933, episódios também conhecidos como Holodomor. Existe controvérsia entre historiadores a respeito desta fome ter sido ou não provocada deliberadamente por Stalin para suprimir opositores de seu regime. [23][24] Muitos argumentam que a fome ocorreu por questões circunstanciais não desejadas por Stalin ou que foi uma consequência acidental de uma tentativa de forçar a coletivização naquelas áreas afetadas pela fome.[25][26][27] Todavia, também existem argumentos no sentido contrário, de que a fome foi sim provocada por Stalin. Para a última corrente, uma prova de que a fome foi provocada seria o fato de que a exportação de grãos da União Soviética para a Alemanha Nazista aumentou consideravelmente no ano de 1933, o que provaria que havia alimento disponível.[28][29][30] Esta versão da história é retratada pelo documentário The Soviet Story.

Sendo assim, se o número de vítimas da fome for incluído, chega-se a um número mínimo de 10 milhões de mortes (mínimo de 4 milhões de mortos por fome e mínimo de 6 milhões de mortos pelas demais causas expostas). No entanto, Steven Rosefielde tem como mais provável o número de 20 milhões de mortos [31], Simon Sebag Montefiores sugere número um pouco acima de 20 milhões, no que é acompanhado por Dmitri Volkogonov (autor de Stalin: Triunfo e Tragédia), Alexander Nikolaevich Yakovlev, Stéphane Courtois e Norman Naimark. [32] O pesquisador Robert Conquest recentemente reviu sua estimativa original de 30 milhões de vítimas para cerca de 20 milhões [33], afirmando ainda ser muitíssimo pouco provável qualquer número abaixo de 15 milhões de vidas ceifadas pelo regime de Stalin. [34]

O Pacto Ribbentrop-Molotov

Em 23 de agosto de 1939 foi celebrado em Moscou um pacto entre a União Soviética e a Alemanha Nazista, pelo qual os dois países comprometeram-se a não se atacarem militarmente e não intervirem em caso de invasão a um terceiro [35]. Este pacto de não-agressão ficou conhecido como Pacto Ribbentrop-Molotov, nome dos Ministros do Exterior alemão e soviético. O pacto incluía um "protocolo adicional secreto", hoje público, que traçava um esboço da divisão territorial posteriormente concretizada na Polônia (considerando os rios Vístula, San e Narew)[36]. Tendo a garantia de que a União Soviética não retaliaria, uma semana após a celebração do pacto, Adolf Hitler invadiu a Polônia e 16 dias depois ocorreu a Invasão Soviética da Polónia. Stalin esperava ganhar tempo e reorganizar a força industrial-militar da qual a União Soviética não poderia prescindir com vistas a um confronto com a Alemanha Nazista que para alguns sempre fora inevitável[carece de fontes?]. E Hitler estava ansioso por evitar um confronto imediato com os soviéticos, pois naquele momento ocupar-se-ia de Reino Unido e França[carece de fontes?]. O Pacto Molotov-Ribbentrop assegurou em setembro de 1939 a divisão do território polonês entre os nazistas e os soviéticos.

Mas a invasão da União Soviética pelas forças alemãs, em 1941, levou-o a aliar-se ao Reino Unido e aos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Sob a sua ferrenha direção, o exército soviético conseguiu fazer recuar os invasores — não sem perdas humanas terríveis — e ocupar terras na Europa Oriental, contribuindo decisivamente para a derrota da Alemanha Nazista.

Seus críticos, como Leon Trótski, este que tinha relações próximas com a Alemanha Nazista, como escudo contra o socialismo soviético, denunciaram o pacto com o governo nazista como uma traição imperdoável e mais um dos crimes do stalinismo contra o movimento operário internacional. Já o stalinismo sempre considerou essa uma manobra genial de Stalin, objetivando impedir o avanço nazista e ganhar tempo, o que lhe permitiu vencer a Segunda Guerra Mundial.

Com a sua esfera de influência alargada à metade oriental da Europa, nos chamados Estados Operários, Stalin foi uma personagem-chave do pós-guerra. Dominando países como a República Democrática Alemã, Polônia, Tchecoslováquia, Bulgária, Hungria e a Roménia, estabeleceu a hegemonia soviética no Bloco de Leste e rivalizou com os Estados Unidos na liderança do mundo.

Stalin e Ribbentrop na assinatura do pacto.
Avanço das forças da Alemanha Nazista e da URSS sobre a Polônia.
Linha de demarcação entre as forças militares alemãs e soviéticas, após a invasão da Polónia em Setembro de 1939, conforme pré-demarcado no Pacto Ribbentrop-Molotov.

Benefícios

Ainda que considerado por muitos historiadores como uma figura prejudicial na história da União Soviética, outros consideram-o como um líder que trouxe diversos benefícios para a nação.[37][38]

A sua campanha de industrialização e coletivização, ainda que tenha causado diversas crises, promoveu o avanço da economia soviética e o progresso do país a uma superpotência, nas honras pela vitória na guerra contra o nazismo também está o nome de Stalin, o grandes progressos nas áreas da educação, principalmente no combate contra o analfabetismo, e da saúde, com as campanhas de formação médica, também foram conquistas do governo de Stalin.[39]

Roy Medvedev, crítico ferrenho de Stalin, afirmou que antes de seu governo, o país convivia com a força do arado primitivo, e logo após, o país passou a conviver com os ruídos de reatores nucleares, de forma a estampar o rápido desenvolvimento da União Soviética.[40]

Stalin e religião

A relação de Stalin com a religião é complexa[41]. Por um lado ele adotou a mesma posição que Lenin e Marx, segundo a qual a religião é um ópio que precisa ser removido a fim de que a sociedade comunista ideal possa ser construída. Neste sentido, Stalin promoveu o ateísmo nas escolas, a propaganda anti-religiosa massiva e editou leis contrárias a religião.

Segundo Pospielovsky, no final da década de 1930 era perigoso envolver-se publicamente com qualquer religião na União Soviética, pois havia uma "campanha de terror" movida contra estas.[42]

A perseguição contínua aos religiosos durante a década de 30 resultou na quase extinção da Igreja Ortodoxa Russa: vários templos foram demolidos e cerca de 10.000 padres, monges e freiras foram perseguidos e executados. Estima-se ainda que mais de 100.000 religiosos foram mortos durante as purgas de 1937-1938.[43]

Apesar de tudo isto, alguns historiadores, como Vladislav Zubok e Constantine Pleshakov, sugerem que "o ateísmo de Stalin manteve-se enraizado em alguma vaga ideia de Deus da natureza".[44] Apontam como evidência disto vários fatos, por exemplo: Stalin reabriu as igrejas russas durante a Segunda Guerra Mundial seguindo um sinal que ele acreditava ter recebido dos céus. [45] Ainda, Stalin nunca foi contra a religião fora da União Soviética e por várias vezes chegou a apoiar facções religiosas no exterior, como foi o caso dos separatistas muçulmanos de Uyghur Ili, que fundaram uma teocracia islâmica no Turquestão.

Morte

Em 5 de março de 1953, Stalin morreu de hemorragia cerebral fato que, segundo muitos, ainda merece uma profunda investigação; existem aqueles que acreditam que ele foi assassinado.[46] Outros historiadores, no entanto, ainda consideram que Stalin morreu de causas naturais.[carece de fontes?]

O período imediatamente anterior ao seu falecimento, nos meses de fevereiro-março de 1953 foram marcados por uma atividade febril de Stalin nos preparativos de uma nova onda de perseguições e campanhas repressivas, exceção até para os padrões da era stalinista. Tratava-se do conhecido complô dos médicos: em 3 de janeiro de 1953, foi anunciado que nove catedráticos de medicina, quase todos judeus e que tratavam dos membros da liderança soviética, tinham sido "desmascarados" como agentes da espionagem americana e britânica, membros de uma organização judaica internacional, e assassinos de importantes líderes soviéticos.

Manifestação de luto por Stalin (Rostock, Alemanha Oriental, 9 de Março de 1953).

Tratava-se da preparação de um novo julgamento-espetáculo, desta vez com claros traços de anti-semitismo, que certamente levaria a um pogrom nacional, e que implicaria, segundo Isaac Deutscher, na auto-destruição das próprias raízes ideológicas do regime, razão pela qual a morte de Stalin pareceu a muitos ter sido provocada pelos seus seguidores imediatos, claramente alarmados diante da iminente fascistização promovida por Stalin. O fato de que Beria estivesse alheio à preparação deste novo expurgo fêz com que ele fosse apresentado como possível autor intelectual do suposto assassinato de Stalin; o fato é, no entanto, que Stalin era idoso e que sua saúde, desde o final da Segunda Guerra Mundial, era precária; aqueles que tiveram contato pessoal com ele nos seus últimos anos lembram-se do contraste entre sua imagem pública de ente semi-divino e sua aparência real, devastada pela idade. Simon Sebag Montefiore considera que, apesar de Stalin haver recebido assistência atrasada para o derrame que o vitimaria, a tecnologia médica da época nada poderia fazer por ele em termos terapêuticos.

Seu corpo ficaria exposto no mesmo salão que Lenin até o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), realizado as portas fechadas em fevereiro de 1956, no qual Nikita Khrushchov, seu sucessor, denunciou no chamado "relatório secreto" as práticas stalinistas, particularmente o chamado "culto à personalidade".

Malenkov assume o governo após a morte de Stalin mas, devido às posições que defendia, foi forçado a renunciar à liderança do Partido em 13 de março, sendo sucedido por Nikita Khruschev em setembro.

Após o XX Congresso do PCUS o corpo de Stalin foi enterrado próximo aos muros do Kremlin, sendo o túmulo mais visitado ali. Seu epíteto era "O Pai dos Povos".

Uma década após a morte de Stalin, sua política seria defendida e até seguida em parte por parte do novo secretário-geral, Leonid Brejnev, que após a saída de Khrushchov, tentaria "reabilitar" o nome de Stalin.

Em 1965, em uma comemoração dos vinte anos da Grande Guerra Patriótica, sob aplausos, citou pela primeira vez positivamente o nome de Stálin após sua morte, e disse que iria usar o mesmo título que usava o antigo líder, Secretário-Geral, o que na época era algo intolerável; realmente, Brejnev fora impedido por forças maiores de realizar a reabilitação de Stálin, mas seguiu uma política que se estruturava bastante nas raízes do Stalinismo, chamada Brejnevismo, que defendia a burocracia no estado, o culto da personalidade, a hegemonia soviética e o expansionismo do país, uma das poucas diferenças, era a invocação da paz pela parte desta doutrina; ficaria conhecida como "neostalinismo" e "doutrina Brejnev".[48]

Em 1978, centenário de seu nascimento, a mando de Leonid Brejnev, seu túmulo foi reformado e um busto do antigo líder erguido sobre ele, tornando-se um túmulo de herói nacional.

Ver também

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Josef Stalin
Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Josef Stalin

  • Volkogonov, Dmitri. Stalin – triunfo e tragédia. Ed. Nova Fronteira em 2 vols.
  • Deutscher, Isaac. Stalin. Uma biografia política. Civilização Brasileira, 2006.
  • Lewin, Moshe. The Soviet Century.
  • Medvedev, Zhores A. Um Stalin desconhecido. Rio de Janeiro: Record, 2006.
  • Montefiore, Simon Stalin: A corte do czar vermelho. Companhia das Letras, 2006.
  • Montefiore, Simon O jovem Stalin. Companhia das Letras, 2008.
  • Tremain, Rose. Stalin. Rio de Janeiro: Renes, 1975. 160 p. (História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial; líderes; 11).
  • Deutscher, Isaac. Trotski - O profeta armado 1879-1921. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2005
  • Deutscher, Isaac. Trotski - O profeta desarmado 1921-1929. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2005
  • Deutscher, Isaac. Trotski - O profeta banido (1929-1940). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2006

Referências

  1. Tribunal de Kiev condena José Estaline - RTP, 13 de janeiro de 2010 (visitado em 23-2-2010).
  2. Educaterra - Stalin, o fantasma inquietante. Página acessada em 25 de Novembro de 2011.
  3. Guia do Estudante - A grande farsa de Stálin. Página acessada em 25 de Novembro de 2011.
  4. Um outro olhar sobre Stalin
  5. Stalin é pop
  6. Alan Bullock - Hitler and Stalin: Parallel Lives - Vintage 1993 - pág.471
  7. Alan Bullock - Hitler and Stalin: Parallel Lives - Vintage 1993 - pág.505
  8. Prime - Novos mártires da Rússia no século 20. Página acessada em 24 de Novembro de 2011.
  9. Stephen G. Wheatcroft, "Victims of Stalinism and the Soviet Secret Police: The Comparability and Reliability of the Archival Data. Not the Last Word", Fonte: Europe-Asia Studies, Vol. 51, No. 2 (Mar. 1999), pp. 315–345
  10. Stephen G. Wheatcroft, "Victims of Stalinism and the Soviet Secret Police: The Comparability and Reliability of the Archival Data. Not the Last Word", Fonte: Europe-Asia Studies, Vol. 51, No. 2 (Mar. 1999), pp. 315–345
  11. Simon Sebag Montefiore. Stalin: The Court of the Red Tsar. [S.l.: s.n.] p. 649. ISBN 0753817667 
  12. "A century of genocide: utopias of race and nation". Eric D. Weitz (2003). Princeton University Press. p.82. ISBN 0691009139
  13. Nicholas Werth, "A state against its people: violence, repression and terror in the Soviet Union" in Stéphane Courtois, Mark Kramer. The Black Book of Communism: Crimes, Terror, Repression. Harvard University Press, 1999. pp. 33–268: p.223. ISBN 0-674-07608-7
  14. "Recording a Hidden History". The Washington Post. 5 April 2006
  15. Roberts, Geoffrey. "Stalin's wars: from World War to Cold War, 1939–1953". New Heaven, CT; London: Yale University Press, 2006 (ISBN 0300112041), p. 98
  16. Ellman, Michael. Soviet Repression Statistics: Some Comments Europe-Asia Studies. Vol 54, No. 7, 2002, 1151–1172
  17. Applebaum 2003
  18. «Soviet Studies»  See also: Robert Gellately. Lenin, Stalin, and Hitler: The Age of Social Catastrophe. Knopf, 2007 ISBN 1400040051 p. 584: "Anne Applebaum is right to insist that the statistics 'can never fully describe what happened.' They do suggest, however, the massive scope of the repression and killing."
  19. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome RedTsar
  20. Robert Gellately. Lenin, Stalin, and Hitler: The Age of Social Catastrophe. Knopf, 2007. ISBN 1400040051 p. 256
  21. Getty, Rittersporn, Zemskov. «Victims of the Soviet Penal System in the Pre-war Years». Cópia arquivada em 11 June 2008  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda) No mesmo sentido: Stephen Wheatcroft (1996). «The Scale and Nature of German and Soviet Repression and Mass Killings, 1930–45» (PDF). Europe-Asia Studies. Consultado em 28 December 2008  Verifique data em: |acessodata= (ajuda) eStephen Wheatcroft (1990). «More light on the scale of repression and excess mortality in the Soviet Union in the 1930s» (PDF). Soviet Studies. Consultado em 28 December 2008  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  22. Vadim Erlikman (2004). Poteri narodonaseleniia v XX veke: spravochnik. Moscow 2004: Russkai︠a︡ panorama. ISBN 5-93165-107-1 
  23. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Ellman
  24. Ellman, Michael (2005). «The Role of Leadership Perceptions and of Intent in the Soviet Famine of 1931–1934» (PDF). Routledge. Europe-Asia Studies. 57 (6): 823–41. doi:10.1080/09668130500199392. Consultado em 4 July 2008  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  25. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome davies-wheatcroft-2004
  26. R. W. Davies, Stephen G. Wheatcroft: The Years of Hunger: Soviet Agriculture, 1931–1933, 2004 ISBN 0-333-31107-8
  27. Andreev, EM, et al., Naselenie Sovetskogo Soiuza, 1922–1991. Moscow, Nauka, 1993. ISBN 5-02-013479-1
  28. Naimark, Norman M. Stalin's Genocides (Human Rights and Crimes against Humanity). Princeton University Press, 2010. pp. 134–135. ISBN 0691147841
  29. Rosefielde, Steven. Red Holocaust. Routledge, 2009. ISBN 0415777577 pg. 259
  30. Snyder, Timothy. Bloodlands: Europe Between Hitler and Stalin. Basic Books, 2010. ISBN 0465002390 pp. vii, 413
  31. Steven Rosefielde. Documented Homicides and Excess Deaths: New Insights into the Scale of Killing in the USSR during the 1930s. Communist and Post-Communist Studies, Vol. 30, No. 3, pp. 321–333, 1997. University of California
  32. Simon Sebag Montefiore. Stalin: The Court of the Red Tsar. [S.l.: s.n.] p. 649: "Perhaps 20 million had been killed; 28 million deported, of whom 18 million had slaved in the Gulags.". ISBN 0753817667  Também: Dmitri Volkogonov. Autopsy for an Empire: The Seven Leaders Who Built the Soviet Regime. [S.l.: s.n.] pp. 139: "Between 1929 and 1953 the state created by Lenin and set in motion by Stalin deprived 21.5 million Soviet citizens of their lives.". ISBN 0684834200  eAlexander N. Yakovlev; Austin, Anthony; Hollander, Paul (10 April 2004). A Century of Violence in Soviet Russia. [S.l.]: Yale University Press. p. 234: "My own many years and experience in the rehabilitation of victims of political terror allow me to assert that the number of people in the USSR who were killed for political motives or who died in prisons and camps during the entire period of Soviet power totaled 20 to 25 million. And unquestionably one must add those who died of famine– more than 5.5 million during the civil war and more than 5 million during the 1930s.". ISBN 9780300103229  Verifique data em: |data=, |ano= / |data= mismatch (ajuda) and Robert Gellately. Lenin, Stalin, and Hitler: The Age of Social Catastrophe. Knopf, 2007 ISBN 1400040051 p. 584: "More recent estimations of the Soviet-on-Soviet killing have been more 'modest' and range between ten and twenty million." and Stéphane Courtois. The Black Book of Communism: Crimes, Terror Repression. Harvard University Press, 1999. p. 4: "U.S.S.R.: 20 million deaths." and Jonathan Brent, Inside the Stalin Archives: Discovering the New Russia. Atlas & Co., 2008 (ISBN 0977743330) Introduction online (PDF file): Estimations on the number of Stalin's victims over his twenty-five year reign, from 1928 to 1953, vary widely, but 20 million is now considered the minimum. and Steven Rosefielde. Red Holocaust. Routledge, 2009. ISBN 0415777577 p.17: "We now know as well beyond a reasonable doubt that there were more than 13 million Red Holocaust victims 1929–53, and this figure could rise above 20 million." and Norman Naimark. Stalin's Genocides (Human Rights and Crimes against Humanity). Princeton University Press, 2010. p. 11: "Yet Stalin's own responsibility for the killing of some fifteen to twenty million people carries its own horrific weight..."
  33. Robert Conquest. The Great Terror: A Reassessment, Oxford University Press, 1991 (ISBN 0-19-507132-8)
  34. Robert Conquest, The Great Terror: A Reassessment, 40th Anniversary Edition, Oxford University Press, 2007, in Preface, p. xvi: "Exact numbers may never be known with complete certainty, but the total of deaths caused by the whole range of Soviet regime's terrors can hardly be lower than some fifteen million."
  35. http://www.lituanus.org/1989/89_1_03.htm É o que se extrai dos artigos 1 e 2 do tratado scanneado.
  36. http://www.lituanus.org/1989/89_1_03.htm No item 2 do protocolo lê-se: "Em caso de eventual rearranjo territorial e político das áreas pertencentes ao estado polonês, as esferas de influência da Alemanha e da URSS devem ser delineadas aproximadamente pelas linhas dos rios Narew, Vistula e San"
  37. http://www.hist-socialismo.com/docs/UmOutroOlharStaline.pdf Outro olhar sobre Staline - Ludo Martens
  38. Um Stalin Desconhecido, de Roy Medvedev (ISBN 1585675024)
  39. http://books.google.com.br/books?id=v3BrNF80AzUC&pg=PA264&lpg=PA264&dq=Roy+Medvedev+stalin&source=bl&ots=mocnoJHJA-&sig=eAVzffx7S-R6U-7h7TmmuNGm6y4&hl=pt-BR&ei=S7dUTv3ALs3TgQeF7t0z&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=7&ved=0CE8Q6AEwBg#v=onepage&q&f=false Roy Medvedev, Stalin Semi-Liar >> Situado na página da referência
  40. Dimitri Volkogonov, Os Sete Chefes do Império Soviético - página 176.
  41. Avalos, Hector, Fighting Words: The Origins Of Religious Violence. by, p. 325
  42. Dimitry V. Pospielovsky. A History of Soviet Atheism in Theory and Practice, and the Believer, vol 2: Soviet Anti-Religious Campaigns and Persecutions, St Martin's Press, New York (1988) p. 89
  43. Alexander N. Yakovlev; Austin, Anthony; Hollander, Paul (10 April 2004). A Century of Violence in Soviet Russia. [S.l.]: Yale University Press. p. 165. ISBN 9780300103229  Verifique data em: |data=, |ano= / |data= mismatch (ajuda) See also: Richard Pipes (2001). Communism: A History. [S.l.]: Modern Library Chronicles. p. 66. ISBN 0679640509 
  44. Vladislav Zubok; Constantine Pleshakov. Inside the Kremlin's Cold War: From Stalin to Khrushchev. [S.l.: s.n.] p. 4. ISBN 0674455312 
  45. (Radzinsky 1996, pp. 472–3)
  46. A. Avtorkhanov desenvolveu uma detalhada teoria, publicada inicialmente em 1976, apontando Beria como o principal culpado por um envenenamento de consequências a longo prazo.
  47. http://www.ng.ru/ideas/2005-05-20/10_stalin.html - Традиции сталинизма как идеологии и практики будоражат воображение влиятельных политических сил
  48. The Soviet colossus: history and aftermath, Michael Kort, páginas 318 e 319

Precedido por
Vladimir Lenin
Secretário-Geral do
Partido Comunista da União Soviética

1924 — 1953
Sucedido por
Nikita Khrushchov
Precedido por
Adolf Hitler
Pessoa do ano
1939
Sucedido por
Winston Churchill
Precedido por
Franklin Delano Roosevelt
Pessoa do ano
1942
Sucedido por
George Marshall

Predefinição:Bom interwiki Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA