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Poliamor: diferenças entre revisões

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*[http://www.polyamory.org Página oficial do grupo alt.polyamory]
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*Página sobre Poliamor no facebook. https://www.facebook.com/casala3/
*[http://polyportugal.blogspot.com Blog do grupo PolyPortugal] (inclui resumo de dissertação de mestrado sobre o tema)
*[http://polyportugal.blogspot.com Blog do grupo PolyPortugal] (inclui resumo de dissertação de mestrado sobre o tema)
*[http://interact.com.pt/17/poliamor/ Ensaio na revista académica Interact sobre a história da palavra]
*[http://interact.com.pt/17/poliamor/ Ensaio na revista académica Interact sobre a história da palavra]

Revisão das 00h14min de 25 de janeiro de 2017

Polyamory Pride em São Francisco, 2004

Poliamor (do grego πολύ - poli, que significa muitos ou vários, e do Latim amor, significando amor) é a prática, o desejo, ou a aceitação de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos, não devendo no entanto ser confundido com pansexualidade.
Poliamor é frequentemente descrito como consensual, ético, responsável e não-monogâmico. A palavra é por vezes utilizado num sentido mais amplo para se referir a relações sexuais ou romântico que não incluem apenas sexo, embora haja discordância sobre quão amplamente se aplica; a ênfase na ética, honestidade e transparência como um todo é amplamente considerada por seus defensores como crucial para definir sua característica.

Em outras palavras, o poliamor como opção ou modo de vida, defende a possibilidade prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com vários parceiros simultaneamente.

O Poliamor como movimento é mais visível e organizado principalmente nos Estados Unidos, acompanhado de perto por movimentos na Alemanha e Reino Unido. No Brasil, já há até jurisprudência reconhecendo relações poliamorosas,[1] sendo uma das principais estudiosas do assunto no país, a dra Regina Navarro. Em Portugal, tem sido o comunicólogo Daniel Cardoso quem mais tem trabalhado o tema. Recentemente, a imprensa em geral tem feito a cobertura quer do movimento poliamor em si, quer dos episódios que lhe estão ligados. Em Novembro de 2005 realizou-se a Primeira Conferência Internacional sobre Poliamor[2] em Hamburgo, Alemanha. Realizou-se, de 25 a 27 de Setembro de 2015, em Lisboa, Portugal, a 1st Non-Monogamies and Contemporary Intimacies Conference.

A palavra em si já foi inventada várias vezes, a maior parte das quais sob a forma de adjectivo (inclusivamente utilizado para referir Henrique VIII, Rei da Inglaterra). Existe publicada em Português uma breve história sobre a palavra.[3] A palavra foi, em 2014, reconhecida oficialmente em vários dicionários online (e.g.: Priberam, Infopédia) de Português de Portugal.

Formas de Poliamor

Existem várias maneiras de o pôr em prática, consoante às preferências dos interessados, e necessariamente deve envolver o consentimento e a confiança mútua de todas as partes envolvidas.

Polifidelidade: envolve múltiplas relações românticas com contacto sexual restrito a parceiros específicos do grupo.

Sub-relacionamentos: distinguem-se entre relações "primárias" e "secundárias" (um exemplo é a maioria dos casamentos abertos)

Poligamia (poliginia e poliandria): uma pessoa casa com diversas pessoas (estas podem ou não estarem casadas ou terem relações românticas entre elas).

Relações em Grupo/casamento em grupo: todos se consideram associados de forma igualitária.

  • Popularizado até certo ponto por Robert A. Heinlein, em romances como: Stranger in a Strange Land e The Moon Is a Harsh Mistress, Starhawk nos seus livros The Fifth Sacred Thing e Walking to Mercury.

Redes de relacionamentos interconectados: uma pessoa em particular pode ter relações de diversas naturezas com diversas pessoas.

Relações Mono/Poli: um parceiro é monogâmico, mas permite que o outro tenha relações exteriores.

Os chamados "acordos geométricos", que são descritos de acordo com o número de pessoas envolvidas e pelas suas ligações.

  • Exemplos incluem "trios" e "quadras", assim como as geometrias "V" e "N". O elemento comum de uma relação V é algumas vezes referido como "pivô" ou "charneira", e os parceiros ligados indirectamente são referidos como os "braços". Os parceiros-braço estão ligados de forma mais clara com o parceiro pivô do que entre si. Situação contrastante com o "triângulo", em que todos os 3 parceiros estão ligados de forma equitativa. Um trio pode ser um "V" , um triângulo, ou um "T" (um casal com uma relação estreita entre si e uma relação mais ténue com o terceiro). A geometria da relação pode variar ao longo do tempo.

Algumas pessoas em relações sexuais e/ou emocionais exclusivas podem, mesmo assim, auto-intitularem-se poliamorosas, se tiverem laços emocionais relevantes com outras pessoas. Adicionalmente, pessoas que se descrevem como poliamorosas podem entrar em relações monogâmicas com um determinado parceiro, quer por terem negociado a situação, quer por se sentirem bem com a situação monogâmica com aquele parceiro em particular.

Alguns praticantes do poliamor são adeptos do swing.

Relações abertas

A expressão relacionamento aberto indica uma relação afetiva estável (usualmente entre duas pessoas) em que os participantes são livres para terem outros parceiros. Se o casal que escolhe esta alternativa é casado, fala-se em casamento aberto. "Relação aberta" e "poliamor" não são sinónimos. Em termos genéricos, "aberto" refere-se a uma não exclusividade sexual no relacionamento, enquanto o poliamor envolve a extensão desta não exclusividade para o campo afetivo ao permitir que se criem laços emocionais exteriores à relação primordial com certa estabilidade.

  • Alguns relacionamentos definem regras restritas (ex: polifidelidade); estas relações são poliamorosas, mas não abertas.
  • Alguns relacionamentos permitem sexo fora da relação primária, mas não uma ligação emocional (como no swing); estas relações são abertas, mas não poliamorosas.
  • Alguns poliamorosos não aceitam as dicotomias de "estar numa relação/não estar numa relação" e "parceiros/não parceiros". Sem esta separação não faz sentido classificar uma relação de "aberta" ou "fechada".

Grupos de Suporte e Intervenção

Símbolo do poliamor.

Poliamor como modo de vida pode, em muitas sociedades, ser contra as normas de comportamento geralmente aceitas (mesmo quando respeita as leis vigentes). Assim, os seus praticantes e/ou simpatizantes sofrem pressão mononormativa para se adequarem à norma de comportamento. Para se ajudarem mutuamente ou conhecerem pessoas com modo de vida semelhante, simpatizantes e praticantes do poliamor têm-se constituído em redes locais ou virtuais de suporte, discussão ou mesmo intervenção social (usando extensivamente a internet). Neste último caso, poli-activistas procuram intervir na sociedade em que se inserem, tentando criar uma imagem positiva e merecedora de respeito junto à sociedade majoritária. Por outro lado, consideram que a ajuda e o suporte emocional por vezes lá prestado constitui por si mesmo uma forma de intervenção social.[carece de fontes?]

Em Portugal, o grupo PolyPortugal existe desde 2006, e está intimamente ligado com o movimento LGBT. Ao longo dos últimos anos, o grupo tem apostado em várias formas de divulgação pública do conceito, tanto através de participações nos media, como em colaborações com outros grupos activistas e até uma juventude partidária.

Referências

  1. Jornal Jurid, Juiz reconhece duplicidade de relacionamento e determina a partilha dos bens, 17 de Novembro de 2008, ISSN 1980-4288. Citação: "De acordo com o juiz Adolfo, a psicologia moderna chama essa relação triangular de "poliamorismo", que se constitui na coexistência de duas ou mais relações afetivas paralelas em que as pessoas se aceitam mutuamente.", Visitada 2013-12-11.
  2. International Conference on Polyamory & Mono-Normativity
  3. interact: Poliamor, ou Da Dificuldade de Parir um Meme Substantivo

Ver também

Na Wikipedia anglófona

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Poliamor