Franco de Rosa
Franco de Rosa | |
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Nascimento | Francisco Paulo Amaral de Rosa 2 de janeiro de 1956 São Paulo |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | desenhista de banda desenhada, argumentista de banda desenhada, editor, editor de fanzine |
Distinções |
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Página oficial | |
http://quadrimanias.blogspot.com/ | |
Francisco Paulo Amaral de Rosa, mais conhecido como Franco de Rosa (Água Rasa,[1] São Paulo, 2 de janeiro de 1956), é um jornalista, editor e quadrinista brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Aos 15 anos, produziu o fanzine FRAMA, ao lado de Matheus, um colega da escola.[2][3] Começou sua carreira em 1974, publicando as tiras Chucrutz e o cangaceiro Capitão Caatinga, esse último publicado no extinto Notícias Populares.[1] Em 1979, produziu histórias do Zorro e colaborou com a revista de humor Klik (editada por Wagner Augusto), ambas pela EBAL.[1][4] A partir dos anos 1980, começou a fazer ilustrações para a Folha da Tarde, onde produziu a tira Caras e Caretas (também publicada no fanzine Rabo de Peixe de Worney Almeida de Souza)[5] e revistas. Na editora Grafipar, produziu quadrinhos eróticos, onde publicou Zamor, o selvagem, ilustrado por Watson Portela, Mozart Couto e Gustavo Machado, a série contava a história de guerreiro usando uma faca tecnológica na América do Sul pré-histórica,[6] época em que existiria o lendário continente Atlântida.[7][1][8] e Ultraboy, história em estilo mangá inspirado no herói japonês Ultraman.[9]
Com o fim da Grafipar, fundou em 1984, ao lado de Paulo Paiva, a editora Maciota,[10] também conhecida como Press, onde voltou a produzir quadrinhos do Zorro[1] e Close, inspirada na modelo transexual Roberta Close.[11]
Ainda em 1984, ao lado de Gualberto Costa, Jal e Worney Almeida de Souza, ajudou a fundar a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC - ESP), responsável pelo Prêmio Angelo Agostini[12] EM 1985, publicou o fanzine Quadrimania, trazendo uma seleção de artigos da coluna de mesmo nome publicada no jornal Folha da Tarde.[13]
Após o fim da Maciota/Press, ilustrou o cowboy espacial Bravestarr da Filmation para a Abril Jovem[14] e passou a atuar na Nova Sampa, onde produziu revistas de atividades da franquia de anime e mangá Os Cavaleiros do Zodíaco.[1][10] Em 1987, tornou-se colunista de quadrinhos, começando a escrever regularmente sobre o assunto. Em 1997, foi um dos fundadores da Editora Mythos, ao lado de Dorival Vitor Lopes e Hélcio de Carvalho,[15] onde publicou Oscarzinho, versão infantil do ex-jogador de basquete Oscar Schmidt.[1] Em 1998, ao lado de Carlos Mann (dono da gibiteria Comix Book Shop), fundou o estúdio o Opera Graphica, que prestava serviços para a Editora Escala e mais tarde se tornaria uma editora.[16]
Em 2002, publicou a personagem Ginah na revista Brakan – O Vingador da Opera Graphica, revista que publicava a série do gênero espada e feitiçaria Brakan de Júlio Emílio Braz (roteiros) e Mozart Couto (desenhos).[17]
Em 2003, propôs à King Features Syndicate um projeto de uma revista licenciada do Fantasma em estilo mangá. O projeto não foi aceito pelo syndicate. A Opera Graphica (pelo selo Editoractiva) e a Editora Minuano publicaram Fantagor, uma revista no formato de bolso (semelhante aos mangás Editora JBC), com roteiros e arte de Pierre Viegas.[18] Os nomes dos personagens lembram o do universo do Fantasma,[19][20] em 2009, a editora Oper Graphica foi encerrada,[21] no ano seguinte, Rosa cria a Editorial Kalaco.[22] Ainda em 2010, roteirizou um álbum sobre o médium Chico Xavier, ilustrado por Rodolfo Zalla e publicado pela Ediouro[23]
Como freelancer, criou o projeto de Didi & Lili - Geração Mangá, baseada no personagem de mesmo nome do humorista Renato Aragão e sua filha, a atriz Lívian Aragão, publicado em 2010 pela Editora Escala,[24] pelo seu estúdio Free, a Editora Minuano publicou em 2013, o livro ilustrado escrito por Ataíde Braz com capa de Arthur Garcia e arte interna de Mozart Couto, publicado pela Editora Minuano.[25]
Em 2018, foi lançada uma nova HQ de Ultraboy, desenhada por Maurilio DNA e lançada na Comic Con Experience.[26]
Em 2019, publica pela editora Melhoramentos adaptações de quadrinhos de romances brasileiros: Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto, ilustrada por ele, com roteiro de Gonçalo Júnior e O Alienista de Machado de Assis, roteirizada por e ilustrada por Arthur Garcia.[27] Em dezembro de 2020, a Editora Universo Fantástico lançou uma campanha de financiamento coletivo no Catarse para publicar um álbum de Zamor, o selvagem.[28][6]
Bibliografia parcial
[editar | editar código-fonte]- As Taradinhas dos Quadrinhos (Opera Graphica, 2003)
- Hentai - A Sedução do Mangá (organização, Opera Graphica, 2006)
- O Fantasma - Biografia Oficial do Primeiro Herói Fantasiado dos Quadrinhos (Opera Graphica, 2009)
- Almanaque Shoujo Mangá - O Poder da Sedução Feminina (Editora Escala, 2009) [vários autores]
- SPLISH! SPLASH! Os enamorados dos Quadrinhos (organização, Editorial Kalaco, 2011)
- Sketchbook CUSTOM (Criativo Editora, 2017)
- StripBook Caras e Caretas (Criativo Editora, 2017)
Prêmios
[editar | editar código-fonte]Ganhou o Prêmio Angelo Agostini em 1990 e 1991 na categoria Troféu Jayme Cortez e, em 2010, como "Mestre do quadrinho nacional".[29][10][30][31][32]
Referências
- ↑ a b c d e f g Entrevista: Franco de Rosa
- ↑ Danto, Gian (2012). Grafipar: A Editora Que Saiu do Eixo. [S.l.]: Editorial Kalaco. 61 páginas
- ↑ Franco de Rosa Editora Criativo
- ↑ «Sebastião Seabra». Bigorna.net. 3 de outubro de 2005
- ↑ de Rosa, Franco (2017). «"Tá me tirando?». Tirinhas Ed.01. Col: Guia Curso de Desenho. [S.l.]: On Line Editora. pp. 6–9
- ↑ a b «Mozart Couto está de volta com Zamor – O Selvagem, no Catarse». Universo HQ. 14 de janeiro de 2021. Consultado em 14 de janeiro de 2021
- ↑ Amaral, Francisco (1982). «Entrevista: Franco de Rosa». Grafipar. Almanaque Zamor, o selvagem
- ↑ Roberto Guedes (2003). «Os Vários sósias de Tarzan». Opera Graphica. Stripmania (2). ISSN 1677-0862
- ↑ Os gibis que (quase) ninguém lembra mais
- ↑ a b c «Entrevista: Franco de Rosa». Bigorna.net. 12 de junho de 2009
- ↑ «Bigorna.net: Artigos: Grafipar, o sonho comunitário do quadrinho brasileiro». www.bigorna.net. Consultado em 11 de dezembro de 2023
- ↑ A fundação da ABRADEMI, associação de mangá
- ↑ Júnior, Gonçalo (2006). Biblioteca dos Quadrinhos. [S.l.]: Opera Graphica. 330 páginas. ISBN 85-89961-85-0
- ↑ Guedes, Roberto (2005). A Saga dos Super-Heróis Brasileiros. São Paulo: Opera Graphica. p. 90
- ↑ Mythos - Editora 20 anos de paixão[ligação inativa]
- ↑ Francisco Ucha (Junho de 2009). «Uma ópera e seu maestro». Associação Brasileira de Imprensa. Jornal da ABI (342)
- ↑ «Depois de bastante polêmica, Brakan - O Vingador volta às bancas». UNIVERSO HQ. 3 de dezembro de 2002. Consultado em 21 de dezembro de 2019
- ↑ Naranjo, Marcelo (6 de agosto de 2003). «Fantagor é o novo mangá da Opera Graphica». Universo HQ
- ↑ Lancaster, Alexandre. «Reformular Para Não Morrer! — Parte 1». Anime Pró
- ↑ Lancaster, Alexandre. «Reformular Para Não Morrer! – Parte 2». Anime Pró
- ↑ Último livro da Opera Graphica é dedicado ao personagem Fantasma
- ↑ Flash Gordon chega ao Brasil por nova editora
- ↑ Andréa Pereira (29 de junho de 2009). «Chico Xavier em quadrinhos pela Ediouro». HQManiacs
- ↑ Didi Mocó ganha versão mangá
- ↑ Velozes e Vorazes: romance no estilo mangá
- ↑ de Rosa, Franco (2019). Prado, Joe; Freitas da Costa, Ivan, eds. Grande Almanaque dos Super-Heróis Brasileiros (PDF). Brazil: Chiaroscuro Studios. p. 114
- ↑ «Coleção da Editora Melhoramentos traz clássicos da literatura brasileira em quadrinhos». 15 de maio de 2020
- ↑ «Zamor, o Selvagem». Catarse. Consultado em 28 de dezembro de 2020
- ↑ «Tudo sobre o Dia do Quadrinho Nacional e o Troféu Angelo Agostini». Bigorna.net. 16 de dezembro de 2005
- ↑ «26º Ângelo Agostini: Como foi». Impulso HQ. 3 de março de 2010
- ↑ «Franco de Rosa na Biblioteca de São Paulo». Impulso HQ. 22 de julho de 2010
- ↑ «Opera Graphica volta ao mercado com livro do jornalista Gonçalo Junior». Universo HQ. 14 de janeiro de 2013