Watson Portela
Watson Portela | |
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Nascimento | 18 de outubro de 1950 (73 anos) Recife |
Cidadania | Brasil |
Irmão(ã)(s) | Wilde Portela |
Ocupação | desenhista de banda desenhada, ilustrador, editor de fanzine, ensino de arte |
Prêmios |
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Página oficial | |
http://watsonparalelasportela.blogspot.com/ | |
Watson Barroso Portela (Recife, Pernambuco, 18 de outubro de 1950) é quadrinista brasileiro. É irmão do roteirista Wilde Portela.[1]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Nascido em Camaragibe, Recife, Pernambuco, filho de Petrônio Portela e Suzete Portela Costa.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Iniciou a carreira na década de 1970, fazendo tiras para o Diário de Pernambuco, em 1975, foi contemplado em um concurso da revista Gibi Semanal da Rio Gráfica Editora, em 1976, a convite do editor Lotário Vecchi, mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a colaborar com a Editora Vecchi, onde desenhou produziu histórias de terror para as revista Spektro e Pesadelo,[2] cocriou e desenhou o faroeste Chet, inspirado no faroeste italiano Tex da Sergio Bonelli Editore, que trazia roteiro de seu irmão Wilde Portela, a princípio, o cowboy era publicado na revista de outro cowboy da Bonelli, Ken Parker de Giancarlo Berardi (roteiros) e Ivo Milazzo (desenhos),[3] Watson também desenhou uma capa de Tex.[1] Ainda na Vecchi, a HQ Paralela, uma história de ficção científica envolvendo um cangaceiro chamado Asa Branca,[4][5] mais tarde essa história faria parte da série Paralelas.[6]
Chegou a produzir as HQs Caçador de Esmeraldas e Napoleão Bonaparte para a EBAL de Adolfo Aizen, mas elas acabaram não sendo publicadas.[7] Além de quadrinhos, fez a capa do álbum Até a Amazônia? (1978) do grupo Quinteto Violado.[1]
Em 1980, mudou-se para Curitiba e passa a colaborar com a editora Grafipar, que tinha como editor o veterano Claudio Seto, onde desenhou quadrinhos eróticos, o satírico Super-Gay,[8] Zamor, o selvagem, série criada por Franco de Rosa ambientada na lendária Atlântida, com um guerreiro forte similar a Tarzan, Conan e tantos outros[9] usando uma faca tecnológica,[10] o cowboy Rex, inspirado em Jonah Hex da DC Comics[11] e até histórias infanto-juvenis com um traço inspirado nos mangás como Xanadu em Almanaque Xanadu[12] e Robô Gigante, uma história sobre um mecha com roteiro de Claudio Seto.[13] Para Bloch Editores, desenhou a revista Trapalhões.[14]
Colaborou com o fanzine Historieta de Oscar Kern[15] e a revista Maturi do GRUPEHQ (Grupo de Pesquisa de História em Quadrinhos) do Rio Grande do Norte.[16] Em 1986, sua irmã Tête Portela[nota 1] editou o fanzine Gang Portela[18] Ainda em 1986, publicou duas histórias da série Vôo Livre na revista Radar da editora Press[19] de Franco de Rosa e Paulo Paiva.[20]
Em 1987, se muda para São Paulo e é contratado pela Abril Jovem, onde fez capas para HQs da DC Comics: Super-Homem,Crise nas Infinitas Terras, Novos Titãs e da Marvel Comics: Capitão América, Heróis da TV Grandes Heróis Marvel e Marvel Especial, ilustrou histórias brasileiras de Mysty, personagem da Marvel criado por Trina Robbins, no Brasil, os roteiros forma escritos por Lúcia Nóbrega.[21] Também colaborou com a revista adulta Aventura e Ficção, que a principio publicava histórias da Marvel e depois histórias da revista espanhola Cimoc e por fim, HQs brasileira, nela publicou a série Vôo Livre,[22][23] desenhou HQs de He-Man[24] das séries japonesas de tokusatsu como Jaspion e Changeman,[25] novamente com Trapalhões[26] e até mesmo o Pato Donald da Disney.[27]
No final da década de 1980, foi agenciado pela Commu International, publicando nos mercados franco-belga e holandês.[28] No final da década de 90, produziu livros de como desenhar mangá e ministrou curso de desenho em Pernambuco.[29]
Em 2001 ilustrou matérias para a revista Playboy,[30] nesse mesmo ano publicou na Coleção Opera Brasil da Opera Graphica, o álbum A Última Missão, um crossover de personagens criados por Eugênio Colonnese.[31] Na Editora Escala, trabalho na revista Como Fazer Passo a Passo - Curso Prático de Desenho, um manual de como desenhar mangá.[32]
Em 2002, publica nas revistas Almanaque de Quadrinhos e Banzai – O Melhor do Mangá Brasileiro da Editora Escala, nessa última, novamente usando o estilo mangá,[33] no mesmo ano, a Opera Graphica lança na Coleção Opera Brasil, um álbum da série Paralelas, com histórias publicadas pela Grafipar[34] e um álbum inédito, O lado escuro da alma.[35] Em 2005, ilustrou Os Guerreiros das Dunas, uma HQ sobre a resistência de índios potiguaras contra invasores portugueses, roteirizada por Emanoel Amaral, um dos fundadores do GRUPEHQ[36] com financiamento da Lei de Cultura Estadual de Rio Grande do Norte.[37] Em 2006, publicou o álbum O último Vôo Livre pela editora MRD.[22]
E 2009, ganhou o 25º Prêmio Angelo Agostini na categoria Mestre do quadrinho nacional.[38]
Em 2011 desenhou a personagem Tina de Mauricio de Sousa no álbum MSP Novos 50 publicado pela Panini.[39] Em 2013, publica na revista independente Mundo Paralelo.[40]
Ilustrou a graphic novel Cabeça Oca e os Elfos de Terra Ronca, publicada em 2014, com roteiros de Christie Queiroz e capa do italiano Andrea Freccero.[41]
Em 2015, a Devir Livraria publica um álbum da série Paralelas,[42] no mesmo ano, o autor é premiado pelo Troféu HQ Mix na categoria Grande Mestre dos Quadrinhos.[43]
Influências
[editar | editar código-fonte]Suas primeiras influências foram artistas do mercado americano como C. C. Beck[1] e Jack Kirby, depois passou a se inspirar em autores de outras nacionalidades, como o argentino José Luis Salinas e os artistas do quadrinho franco-belga,[7] como, Hergé, um expoente do estilo linha clara, além de Moebius, Sérge Clerc, Yves Chaland e Jean-Claude Mézières.[1]
Notas
Referências
- ↑ a b c d e f Carim Oliveira, André (novembro de 2017). «Entrevista com Watson Portela». Clube de Autores. Múltiplo (13)
- ↑ «Pesadelo era o humor negro nas bancas». UNIVERSO HQ. 8 de março de 2007. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ Ota. «Bigorna.net: Artigos: Os quadrinhos nacionais da Vecchi - Parte Final». Bigorna.net. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ Guimarães, Edgard (2014). «Asa Branca» (PDF). Quadrinhos brasileiros de ficção científica e fantasia. Quadrinhos brasileiros de ficção científica e fantasia. 1
- ↑ Andrade, Floreal (20 de julho de 2015). «HQ que Acontece: Paralelas». Consultado em 13 de dezembro de 2019
- ↑ «Bigorna.net: Gibizóide: Spektro, A Revista do Terror #20». www.bigorna.net. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ a b Giovanni, Voltolini (junho de 1985). «Entrevista». Maciota. Spektros
- ↑ «SUPER-GAY». UNIVERSO HQ. 1 de dezembro de 2012. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ Guedes, Roberto (2003). «Os Vários sósias de Tarzan». Opera Graphica. Stripmania (2). ISSN 1677-0862
- ↑ Amaral, Francisco (1982). «Entrevista: Franco de Rosa». Grafipar. Almanaque Zamor, o selvagem
- ↑ Salles, José (30 de julho de 2005). «Bang-bang Brasiliano». Bigorna.net
- ↑ Marcelo Naranjo. «Almanaque Xanadu». Universo HQ
- ↑ Marcelo Naranjo (30 de novembro de 2015). «Os gibis que (quase) ninguém lembra mais». Universo HQ
- ↑ Marcus Ramone (29 de julho de 2009). «Os Trapalhões na Bloch Editores: a história de um clássico dos quadrinhos». Universo HQ
- ↑ «Historieta: muito mais que um fanzine». UNIVERSO HQ. 1 de outubro de 2007. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ GRUPEHQ e a revista Maturi
- ↑ «Família Portela na ativa». AQC-ESP. Consultado em 22 de março de 2022
- ↑ Guimarães, Edgard (2000). Fanzine. [S.l.]: independente. 36 páginas
- ↑ «Bigorna.net: Gibizóide: Radar, uma revista com jeito de fanzine». www.bigorna.net. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ «Bigorna.net: Entrevistas: Entrevista: Franco de Rosa». www.bigorna.net. Consultado em 18 de dezembro de 2019
- ↑ Daniela Marino (18 de agosto de 2015). «A representado feminina em Misty nas publicações produzidas no Brasil e nos Estados Unidos» (PDF). Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos
- ↑ a b «Bigorna.net: Resenha: O último Vôo Livre - Parte 1». www.bigorna.net. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ «No caminho da Aventura e Ficção». UNIVERSO HQ. 26 de outubro de 2004. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ «He-Man and The Masters of The Universe # 15». UNIVERSO HQ. 22 de março de 2013. Consultado em 13 de dezembro de 2019
- ↑ Magico (18 de março de 2004). «O Fantástico Jaspion». site RedeRPG. Consultado em 30 de novembro de 2009
- ↑ «Didi Volta para o Futuro # 1». UNIVERSO HQ. 18 de fevereiro de 2011. Consultado em 13 de dezembro de 2019
- ↑ «Watson Portela». Inducks
- ↑ Braz, Ataide (2000). «A invasão de quadrinhos brasileiros na Europa». Editora Escala. Comix Book Shop Magazine (20)
- ↑ «Curso Prático de Mangá». Editora Escala. Como Fazer Passo A Passo (5). 1999
- ↑ Sidney Gusman (11 de agosto de 2001), Desenhistas de quadrinhos brilham em outras publicações, Universo HQ
- ↑ press release (8 de novembro de 2001). «A Última Missão, outro lançamento da Editora Opera Graphica». Universo HQ
- ↑ Ariadne Pimenta (agosto de 2017). «Mangá X, quando o mangaká brasileiro teve mais espaço para publicar». Editora Escala. Neo Tokyo (119): 18-19. ISSN 1809-1784
- ↑ «Três opções em quadrinhos nacionais nas bancas, pela Editora Escala». UNIVERSO HQ. 7 de novembro de 2002. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ Martins, Jotapê (5 de março de 2002). «Paralelas». Omelete. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ Martins, Jotapê (19 de novembro de 2002). «Coleção Opereta». Omelete. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ «Quadrinhos do bem no Beco da Lama». Tribuna do Norte. Consultado em 16 de dezembro de 2019
- ↑ «Os Guerreiros das Dunas: álbum com HQ nacional». UNIVERSO HQ. 23 de junho de 2005. Consultado em 13 de dezembro de 2019
- ↑ «Entrega do 25º Prêmio Angelo Agostini». UNIVERSO HQ. 5 de fevereiro de 2009. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ «Resenha HQB: MSP novos 50 | | Impulso HQ». 15 de setembro de 2011. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ «Revista brasileira Mundo Paralelo aposta em aventura e ficção». UNIVERSO HQ. 30 de janeiro de 2013. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ «Andrea Freccero e Watson Portela em graphic novel do Cabeça Oca». UNIVERSO HQ. 30 de outubro de 2014. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ Samir Naliato (21 de maio de 2015). «Acordes 2, Paralelas e Zé Gatão: mais três quadrinhos nacionais pela Devir». Universo HQ
- ↑ Thiago Colás (6 de agosto de 2015). «Os vencedores do Troféu HQMix». HQManiacs. Arquivado do original em 24 de outubro de 2015