José Poy

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
José Poy
José Poy
Poy em 1959
Informações pessoais
Nome completo José Poy
Data de nasc. 11 de abril de 1926
Local de nasc. Rosário, Argentina
Morto em 8 de fevereiro de 1996 (69 anos)
Local da morte São Paulo, Brasil
Altura 1,71 m
Informações profissionais
Posição goleiro
Função treinador
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1944–1946
1947
1948
1948–1962
Rosário Central
Banfield
Rosário Central
São Paulo
jogos (golos)
Times/clubes que treinou
1964–1965
1965
1966
1971
1972
1973–1976
1981–1982
1982
1982–1983
1984
1987–1988
1992–1993
1994–1995
São Paulo
Botafogo-SP[1]
Ponte Preta[1]
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Santa Cruz[2]
Portuguesa[2]
São Paulo
Portuguesa
XV de Jaú
Portuguesa
XV de Jaú

José Poy (Rosário, 11 de abril de 1926São Paulo, 8 de fevereiro de 1996) foi um treinador e futebolista argentino que atuou como goleiro.

Faleceu devido a um câncer da próstata.

Carreira[editar | editar código-fonte]

José Poy chegou ao São Paulo em 1948, vindo do Rosário Central, da Argentina, mas só firmou-se como titular em 1950.[3]

Teve seu nome cotado para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo FIFA de 1954, mesmo sendo argentino. A imprensa pressionou, os dirigentes chegaram a consultá-lo sobre a eventual naturalização, mas a ideia acabou não vingando.[4]

Fora dos gramados, o goleiro teve grande importância para o São Paulo, clube do qual ainda é ídolo. Ajudou a construir o Estádio do Morumbi, vendendo títulos de cadeira cativa, a principal fonte de renda para a obra até 1968 — teria vendido mais de oito mil cativas, e foi constantemente usado como garoto propaganda pelo clube.[5][6]

Encerrou a carreira em 1962 para se tornar treinador. Dirigiu o próprio do time do São Paulo diversas vezes, entre 1964 e 1982, tendo sido campeão paulista em 1975, vice nacional em 1971 e em 1973, vice da Libertadores em 1974 e vice paulista em 1982. Comandou o time por 422 partidas, sendo o terceiro técnico que mais treinou o Tricolor do Morumbi.[7]

Também é ídolo do XV de Jaú, pelos anos em que lá trabalhou.[8] Em 1994, salvou o time da queda para a Série A3 e, no ano seguinte, conseguiu o acesso à Primeira Divisão.[9] Nas cinco últimas partidas da campanha, já estava doente, mas dirigiu a equipe em uma cadeira de rodas.[9]

Entrevistas[editar | editar código-fonte]

Em 1993, José forneceu uma entrevista ao Museu da Pessoa[10], que quando indagado sobre o motivo de inicialmente não desejar atuar na posição de goleiro responde com tom descontraído e alegre.

"Olha, a paixão de todo goleiro é marcar gol, não sei se você sabe, é isso mesmo. A paixão de todo goleiro... Pois pode perguntar todos os goleiros antigos ou de hoje, todos eles têm a paixão de jogar na linha e marcar um gol."
— José Poy

 Em entrevista ao Museu da Pessoa

Títulos[editar | editar código-fonte]

Como jogador[editar | editar código-fonte]

São Paulo

Como treinador[editar | editar código-fonte]

São Paulo

Referências

  1. a b «S. Paulo joga em Campinas». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo (27 854): 35. 6 de fevereiro de 1966. ISSN 1516-2931. Consultado em 6 de fevereiro de 2022 
  2. a b «São Paulo contrata Poy e busca atacante». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo (29 151): 24. 22 de junho de 1982. ISSN 1516-2931. Consultado em 13 de julho de 2021 
  3. «José Poy, um ídolo e um exemplo no Morumbi». oGol. Consultado em 13 de julho de 2021 
  4. Michael Serra (14 de junho de 2015). «Há 66 anos, Jose Poy estreava pelo São Paulo». Site oficial do São Paulo. Consultado em 13 de julho de 2021 
  5. «José Poy: Amor e Dedicação ao São Paulo.». São Paulindas. 21 de outubro de 2010 [ligação inativa]
  6. «José Poy… levantou paredes pelo São Paulo». Tardes de Pacaembu. 21 de março de 2013. Consultado em 13 de julho de 2021 
  7. «A última vitória de José Poy no São Paulo». Trivela. 30 de julho de 2014. Consultado em 13 de julho de 2021 
  8. Rogério Micheletti. «Poy - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 13 de julho de 2021 
  9. a b «Ex-goleiro do São Paulo morre de câncer aos 69 anos». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo (37 368): E2. 9 de fevereiro de 1996. ISSN 1516-2931. Consultado em 7 de junho de 2016 
  10. «Tricolor hermano». Museu da Pessoa. 9 de dezembro de 1993. Consultado em 6 de novembro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]