Ota (cartunista)

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Ota
Nascimento Otacílio Costa d'Assunção Barros
4 de julho de 1954
Rio de Janeiro
Morte 24 de setembro de 2021
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação jornalista, cartunista, editor, desenhista de banda desenhada, tradutor, argumentista de banda desenhada
Prêmios
Empregador(a) Editora Brasil-América Limitada, Vecchi (editora), Grupo Editorial Record, Rio Gráfica Editora, Editora Mythos, Panini Comics, Ediouro Publicações
Página oficial
http://www.ota.com.br/

Ota (Rio de Janeiro, 4 de julho de 1954 – Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2021),[1] nome artístico de Otacílio Costa d'Assunção Barros,[2] foi um cartunista, quadrinista, editor e escritor brasileiro. Era formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Ingressou na EBAL em 1970, permanecendo até o final de 1973, quando entrou para a Editora Vecchi. No mesmo ano, lançou pela editora Górrion três edições totalmente autorais da revista Os Birutas, cujos personagens também foram publicados como tiras diárias no período entre 1972 e 73. Nessa mesma época colaborou para publicações underground como A Roleta, Vírus e A Mosca.

Em 1974 se tornou o editor responsável pela versão brasileira da revista humorística Mad,[3] também exerceu função similar na revista de terror Spektro a partir de 1977.[4] Com a falência da Vecchi em 1983, porém, ambas deixaram de ser publicadas. Voltou para a EBAL para trabalhar na editoração da Cinemin, uma publicação voltada ao cinema, retornando a seu antigo cargo em 1984 quando a Mad voltou pela Editora Record.

Após um período reunindo em torno de 150 quadrinhos eróticos brasileiros impressos na década de 1960 (os chamados "catecismos") publicou pela Record em 1984 o livro O Quadrinho Erótico de Carlos Zéfiro, com uma análise da obra de Zéfiro que ajudou a formar o reconhecimento em torno de seu trabalho.[5]

Em 1994, recebeu o prêmio de Melhor Revista Independente no Troféu HQ Mix, do Rio de Janeiro, pela criação da Revista do Ota, em 1993. O periódico, porém, não foi além do primeiro número. Ainda em 1994, tentou retomar a publicação da Spektro que, devido a problemas de distribuição, teve o mesmo destino da Revista do Ota.

Manteve seu cargo na Mad após uma nova mudança de editora em 2000, quando a revista foi assumida pela Mythos.

Em 2005, assinou uma coluna sobre quadrinhos no Jornal do Brasil.[2]

Emm 2006, começa a publicar a tira Concursino para o jornal Folha Dirigida[6] e editou a revista Eca Magazine, um suplemento da revista Mad da Mythos.

Em março de 2008, após dois anos fora das bancas, a Mad voltou a ser publicada pela Panini. Ota foi convidado a supervisionar o conteúdo nacional da revista, enquanto outro editor ficaria responsável pela adaptação do material internacional. Sete edições depois, motivado por desentendimentos editoriais, Ota deixou o cargo ocupado por ele por 34 anos, perfazendo um total de mais de 300 volumes publicados.[7] Na mesma época, declarou que iria leiloar toda sua coleção de objetos, artigos e revistas relacionados à Mad.[8]

Foi responsável pela restauração, seleção e tradução das revistas Luluzinha e Recruta Zero da Pixel Media, selo da Ediouro Publicações,[9] também foi responsável pela coleção de álbuns remasterizados de Asterix pela Editora Record.[10]

Em 2016, publicou de forma independente, o e-book A garota bipolar - o começo de tudo,[11] a série A garota bipolar [12] teve edições impressas em formatinho, vendendo cerca de 3000 exemplares. Em junho de 2020, pela Tai Editora lançou um projeto de financiamento coletivo no Catarse de uma coletânea da série.[13] Em junho de 2021, passou a publicar tiras sobre o ambiente universitário no site da Faculdade Campos Elíseos.[14] Em 2021, começou a colaborar com a Editora Lorentz na produção de Alvar Mayor volume 2 e 3 efetuando a diagramação. Morreu no dia 24 de setembro de 2021, no Rio de Janeiro, aos 67 anos de idade.[15] Em outubro de 2022, o álbum A Garota Bipolar - The UltimOta Edition foi publicado pela Tai Editora.[16]

Bibliografia parcial[editar | editar código-fonte]

  • O Quadrinho Erótico de Carlos Zéfiro, Editora Record, 1984
  • O relatório Ota do sexo, Barba Negra/Leya, 2010

Referências

  1. Dia, O. (24 de setembro de 2021). «Cartunista Ota é encontrado morto em apartamento na Tijuca | Rio de Janeiro». O Dia. Consultado em 5 de fevereiro de 2022 
  2. a b Carlos Spider (17 de junho de 2005). «Ota em coluna do JB Online». HQManiacs 
  3. O mundo de Ota
  4. Marcelo Naranjo. «No Brasil, terror tinha nome: Spektro». Universo HQ 
  5. Marcelo Naranjo, sobre o press release (18 de julho de 2003). «Conheça mais detalhes sobre o álbum Na Trilha do Prazer». Universo HQ. Arquivado do original em 25 de novembro de 2010 
  6. «Reforma gráfica coincide com maioridade». Associação Brasileira de Imprensa. 16 de novembro de 2006 
  7. Revista "Mad" volta a circular no Brasil na próxima semana - Folha Online
  8. «G1 > Pop & Arte - NOTÍCIAS - Ota deixa a 'MAD' brasileira e promete leiloar coleção particular». G1. 15 de outubro de 2008. Consultado em 24 de junho de 2020 
  9. Maurício Peixoto (21 de março de 2013). «Colecionador de gibis, o cartunista tijucano Ota Assunção restaura velhos exemplares». Extra 
  10. Carlos Costa sobre release (6 de setembro de 2012). «Record prepara coleção definitiva de Asterix». HQManiacs. Arquivado do original em 15 de setembro de 2015 
  11. Cartunista Ota lança hoje o livro virtual 'A garota bipolar - o começo de tudo'
  12. Ex-editor da revista "Mad" no Brasil vende gibis para "não morrer de fome"
  13. «Ação, distopia, drama e humor em quadrinhos para apoiar no Catarse». UNIVERSO HQ. 19 de junho de 2020. Consultado em 24 de junho de 2020 
  14. «Lendário Ex-Diretor da MAD agora é FCE!». FCE - Faculdade Campos Elíseos. Consultado em 9 de junho de 2021 
  15. «Cartunista Ota é encontrado morto em casa no Rio». G1. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  16. «A Garota Bipolar, último título de Ota, volta ao Catarse em campanha de curta duração». UNIVERSO HQ. 13 de outubro de 2022. Consultado em 13 de outubro de 2022 
Web

Ligações externas[editar | editar código-fonte]