Paulo Egídio Martins
Paulo Egídio Martins | |
|---|---|
| 49.º Governador de São Paulo | |
| Período | 15 de março de 1975 até 15 de março de 1979 |
| Vice-governador | Ferreira Filho |
| Antecessor(a) | Laudo Natel |
| Sucessor(a) | Paulo Maluf |
| Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil | |
| Período | 13 de janeiro de 1966 até 15 de março de 1967 |
| Presidente | Castelo Branco |
| Antecessor(a) | Daniel Agostinho Faraco |
| Sucessor(a) | Macedo Soares |
| Ministro do Trabalho do Brasil | |
| Período | 18 de julho de 1966 até 1 de agosto de 1966 |
| Presidente | Castelo Branco |
| Antecessor(a) | Walter Barcelos |
| Sucessor(a) | Gonzaga Nascimento |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | 2 de maio de 1928 São Paulo, SP |
| Morte | 12 de fevereiro de 2021 (92 anos) São Paulo, SP |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Progenitores | Mãe: Júlia Machado Martins Pai: Paulo César Gomes Martins |
| Cônjuge | Brasília Martins |
| Partido | ARENA (1966-1979) PP (1980-1981) PDS (1983-1984) PMDB (1984-1988) PSDB (2005-2021) |
| Profissão | Empresário |
Paulo Egídio Martins[nota 1] (São Paulo, 2 de maio de 1928 – São Paulo, 12 de fevereiro de 2021) foi um empresário e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Foi governador do estado de São Paulo entre 1975 e 1979, durante o período da ditadura militar brasileira.[1]
Biografia
[editar | editar código]Filho de Paulo César Gomes Martins e de Júlia Machado, formou-se pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil (atual UFRJ), no Rio de Janeiro, em 1951. Foi superintendente do Departamento de Engenharia e depois, gerente geral da Byington & Cia.
Carreira política
[editar | editar código]Ministro da Indústria e Comércio
[editar | editar código]Iniciou sua carreira política no período da Ditadura militar brasileira, quando foi ministro da Indústria e Comércio do governo do presidente Humberto Castelo Branco. Era grande acionista do Banco Comind e na época de sua morte era diretor-presidente da Itaucorp S/A.
Governador de São Paulo (1975 - 1979
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Paulo Egídio foi o 49º. Governador do estado de São Paulo, durante a Ditadura militar brasileira. Foi eleito indiretamente durante o governo de Ernesto Geisel, pelo então colégio eleitoral da Assembleia Legislativa.
À época filiado à Aliança Renovadora Nacional (ARENA),[2] enfrentou logo no início de sua gestão as epidemias de meningite meningocócica e das primeiras pandemias de encefalite no estado, incluindo a Grande São Paulo e o Litoral Sul.
Em seu governo, o jornalista Vladimir Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura, canal de televisão da Fundação Padre Anchieta, vinculada ao estado paulista, foi torturado e assassinado nas dependendências do DOI-CODI, em 1975. Outro episódio notório, ocorrido do DOI-CODI, foi o assassinato de Manoel Fiel Filho.[2][3] Seu secretário de Cultura, José Mindlin, afastou-se do governo pouco tempo depois desse episódio. A violenta repressão da manifestação estudantil na PUC, em 1977, sob as ordens do coronel Erasmo Dias, também foi outro episódio autoritário que ocorreu durante o seu governo.[4]
Durante seu governo, Paulo Egídio inaugurou obras viárias importantes, como a Rodovia dos Bandeirantes e a pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes. Paulo Egídio também foi responsável pela assinatura do acordo entre o Ministério da Aeronáutica e o governo do estado em 4 de maio de 1976, que mais tarde ergueria o Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos, na década de 1980.[5]
Na área de saneamento básico, Paulo Egídio realizou o maior plano de saneamento básico do país de até então: através da Sabesp, dobrou a capacidade de tratamento de água na região metropolitana de São Paulo, aumentando a cobertura de atendimento de água em regiões onde o serviço ainda não estava disponível e diminuiu a mortalidade infantil. Paulo Egídio também estimulou a Sabesp a aumentar a quantidade de municípios do interior e litoral atendidos pela empresa em serviços de água e esgotos, garantindo maiores padrões de qualidade à população e a garantia de um melhor atendimento ambiental para estes municípios, muitos deles carentes. Uma frase marcante foi "Minha maior obra será enterrada e o povo não se lembrará".[carece de fontes]
Na área da saúde, Paulo Egídio construiu, no conjunto do Hospital das Clínicas da USP, o prédio dos ambulatórios, o Instituto do Coração e o Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, bem como 67 laboratórios de pesquisa. Construiu o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.[6]
Na área de educação, inaugurou a Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Não conseguiu emplacar seu candidato, o prefeito Olavo Setúbal, para a sucessão no governo estadual. Acabou transmitindo o cargo para Paulo Maluf.
Tendo integrado a ARENA, o PP e o PMDB, encontrava-se filiado ao PSDB desde 2005. Lançou, em 2007, sua autobiografia, intitulada Paulo Egydio Conta e editada pela Fundação Getúlio Vargas, com base nos depoimentos dados ao Centro de Documentação da mesma instituição.[7]
Paulo Egídio reformou e renomeou o Rodoviária de São Carlos que leva o seu nome,[8] a rodovia que liga Rodovia Dutra a Campos do Jordão,[carece de fontes] construiu a rodovia que sai da estrada Velha Campos do Jordão / S.J. dos Campos ao Sul de Minas, passando por São Bento do Sapucaí, construiu o Auditório Claudio Santoro, (A empresa responsável foi a CONSTRUBASE) em Campos do Jordão.[carece de fontes]
Notas e referências
Notas
- ↑ Pela grafia original, mantida ao longo de sua vida e adotada antes do Formulário Ortográfico de 1943, Paulo Egydio Martins.
Referências
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «PAULO EGYDIO MARTINS». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 12 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «Aos 90 anos, ex-governador Paulo Egydio mantém olhar político». Estadão Conteúdo. IstoÉ. 3 de maio de 2018. Consultado em 21 de outubro de 2020
- ↑ Bergamo, Mônica (14 de janeiro de 2007). «Egydio relata suspeita sobre Herzog e faz crítica a d. Paulo». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de outubro de 2020
- ↑ Gaspar, Alberto (22 de setembro de 2017). «PUC-SP lembra os 40 anos da invasão por policiais para impedir ato contra ditadura». G1. Consultado em 19 de abril de 2023
- ↑ «Morre Paulo Egydio Martins, ex-governador de São Paulo, aos 92 anos». Poder360. 13 de fevereiro de 2021. Consultado em 19 de abril de 2023
- ↑ «Morre aos 92 anos Paulo Egídio Martins, ex-governador de São Paulo [12/02/2021]». noticias.uol.com.br. Consultado em 21 de outubro de 2021
- ↑ Martins, Paulo Egidio (2007). Paulo Egydio conta: depoimento ao CPDOC/FGV. [S.l.: s.n.]
- ↑ «TERMINAL RODOVIÁRIO "PAULO EGYDIO MARTINS"». www.saocarlos.sp.gov.br. Consultado em 19 de abril de 2023
Ligações externas
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| Precedido por Daniel Agostinho Faraco |
Ministro da Indústria e Comércio do Brasil 1966 — 1967 |
Sucedido por Edmundo de Macedo Soares e Silva |
| Precedido por Walter Peracchi Barcelos |
Ministro do Trabalho e Previdência Social do Brasil 1966 |
Sucedido por Luís Gonzaga do Nascimento e Silva |
| Precedido por Laudo Natel |
Governador de São Paulo 1975 — 1979 |
Sucedido por Paulo Maluf |
- Nascidos em 1928
- Mortos em 2021
- Ministros do Governo Castelo Branco
- Ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil
- Ministros do Trabalho do Brasil
- Governadores do estado de São Paulo
- Empresários do estado de São Paulo
- Naturais da cidade de São Paulo
- Membros do Conselho Monetário Nacional
- Membros da Aliança Renovadora Nacional
- Membros do Partido Popular (Brasil)
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1980)
- Membros do Partido da Social Democracia Brasileira
- Alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro
- Políticos do estado de São Paulo do século XX
