Central Sport Club
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Nome | Central Sport Club | |||
Alcunhas | Alvinegro Alvinegro do Agreste Patativa do Agreste Central de Caruaru | |||
Torcedor(a)/Adepto(a) | Alvinegro Centralino Centralista | |||
Mascote | Patativa | |||
Principal rival | Porto-PE | |||
Fundação | 15 de junho de 1919 (103 anos) | |||
Estádio | Lacerdão | |||
Capacidade | 20 000[carece de fontes] | |||
Localização | Caruaru, PE | |||
Presidente | Adauto Freire | |||
Treinador(a) | Márcio Goiano | |||
Patrocinador(a) | Aposta Ganha | |||
Material (d)esportivo | Pratic Sport | |||
Competição | Pernambucano - Série A1 | |||
Ranking nacional | ![]() | |||
Website | Facebook Oficial Instagram Oficial | |||
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Central Sport Club é uma agremiação esportiva de Caruaru, no Estado de Pernambuco, fundada a 15 de junho de 1919. Sua principal atividade esportiva é o futebol.
História[editar | editar código-fonte]
Fundação[editar | editar código-fonte]
O Central Sport Club foi fundado em 15 de junho de 1919, a uma da tarde, na Sociedade Musical Comercial Caruaruense, tendo como representante o Sr. Francisco Porto de Oliveira. Foram eleitos: José Faustino Vila Nova (Presidente), João Batista de Oliveira (Vice-Presidente), Severino de Sales Tiné (1º Secretário), Arlindo de Vasconcelos Limeira (2º Secretário), Artur Leandro Sales (Tesoureiro), Ângelo Emídio de Lira (Vice-Tesoureiro), Francisco Porto de Oliveira (Orador) e Severino José Bezerra (Diretor de Esportes). Como consta na primeira "Ata de fundação", Foi estabelecida uma joia de 2.000 réis e 500 réis de mensalidade.[2]
O título do clube foi sugerido pelo Sr. Severino Bezerra, recebendo esse nome em homenagem à Estrada Central de Ferro de Pernambuco, denominação que os ingleses da Great Western deram a ferrovia que cortava Caruaru na direção do Sertão. As cores preto e branco, segundo o Professor José Florêncio Neto (Machadinho), ex-jogador do time caruaruense no início da equipe, foram escolhidas em face do símbolo do clube, a patativa, pássaro de canto harmonioso.[3]
No início o time só disputava jogos amistosos. Mesmo assim, revelou grandes jogadores como Machadinho, Zuza, Teonilo, Pedro, Rochura, Joaquim, Alemão e Tutu.
Início da carreira profissional[editar | editar código-fonte]
Em 1936 o Vasco da Gama veio a Caruaru para um amistoso. O time carioca suou para conseguir vencer o Central por 1 a 0. Os centralinos ainda conseguiram o empate, com Tutu, mas o árbitro anulou, erroneamente, o gol.
Um ano depois, o Central finalmente era incluído entre os grandes do futebol pernambucano e começou a disputar o campeonato estadual. Foi o primeiro time do interior do estado a participar do Campeonato Pernambucano de Futebol. Porém, no mesmo ano, cansado de diversos equívocos de arbitragem, a diretoria retirou a equipe do torneio. O Central filiou-se,então, à Liga Esportiva Caruaruense e faturou os títulos de 1942, 1945, 1948, 1951/52, 1954, 1958. Em 1951, a Patativa conseguiu um feito histórico, vencendo o Jocaru por 23 a 0, o meia Milton foi o artilheiro do jogo com 11 gols. O final da década de 1950 é marcado pelas obras de construção do Estádio Pedro Victor de Albuquerque.
O alvinegro do Agreste só voltou a disputar o Campeonato Pernambucano da Primeira Divisão em 1960, depois de um grande apoio do presidente da Liga Desportiva Caruarense, Gercino Pereira Tabosa e do presidente da FPF, Rubem Moreira da Silva. Logo o time se transformou na quarta força de pernambucano, sendo o destaque do interior e o fiel da balança no certame.
Em 1964, o Central comandado por um dos seus maiores craques, Vadinho, faz um campeonato pernambucano brilhante, em especial no 1º turno, com apenas uma derrota em Recife para o Campeão, Náutico Capibaribe, terminando o certame na 3ª colocação, até então, o melhor resultado de um time do interior de Pernambuco na História.
Em 1965, o Central Sport Club de maneira invicta vence o Torneio Gercino Tabosa ao empatar com o Santa Cruz por 1 a 1 no Estádio Pedro Victor de Albuquerque, competição que teve a participação ainda do Campeão Sergipano do ano, o Confiança, e do Vice-Campeão Alagoano, o Capelense.
Em 04 de fevereiro de 1968, o Central vence a Seleção Argentina de Novos (chamada atualmente de seleção pré-olímpica), um feito histórico para o clube.
No ano de 1972, marca a estreia do Central Sport Club em um Campeonato Nacional, a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, onde terminou empatado na 1ª posição do grupo, não se classificando para a fase final apenas devido aos critérios de desempate.
Ascensão à elite do futebol brasileiro[editar | editar código-fonte]
Em 1980, a grande reforma no Estádio Pedro Victor de Albuquerque, atual Lacerdão, foi concluída. O jogo inaugural foi marcado no dia 19 de outubro do mesmo ano, o Central venceu a Seleção Nigeriana de Futebol por 3 a 1. Gil Mineiro, jogador do Central Sport Club, marcou o 1º gol após a reconstrução.
Também na década de 1980, em especial os anos de 1983 e 1986, o Central passa a ser concorrente efetivo do Campeonato Pernambucano, disputando ponto a ponto, turnos e returnos do certame com Sport, Santa Cruz e Náutico.
No ano de 1986 ocorre a maior glória do Central Sport Club, que em uma disputa emocionante com o Americano vence o Grupo F do Torneio Paralelo (uma espécie de Série B, mas não é reconhecido pela CBF como tal), conseguindo acesso imediato à fase final do certame, a Série A ao lado de Flamengo, Grêmio, Fluminense, dentre outros. Como os vencedores de cada grupo subiram diretamente para a segunda fase da Série A, não houve uma fase final. O Central reivindica o reconhecimento pela CBF desse título como da Série B de 1986, que seria dividido entre Treze, Inter de Limeira e Criciúma.[4][5][6]
Neste mesmo ano, no dia 22 de outubro de 1986 ocorreu o maior recorde de público da história do interior de Pernambuco, 24.450 pessoas foram assistir a vitória do Central por 2 a 1 contra o Flamengo na fase final da competição.
O Central continuou fazendo boas campanhas na Série "B" do Campeonato Brasileiro até que em 1995 surgiu nova oportunidade de acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Após campanha brilhante, o Central chegou a fase final do certame em conjunto com o Athlético Paranaense, Coritiba e Mogi Mirim. Em um dos mais disputados quadrangulares ocorridos na Série B, ascenderam o Atlético Paranaense e o Coritiba frustrando o sonho alvinegro patativa de retornar à primeira divisão.
Campanhas irregulares[editar | editar código-fonte]
O final da década de 90 é marcado por uma série de administrações desastrosas que culminaram com o rebaixamento da equipe tanto do Campeonato Pernambucano da Primeira Divisão, quanto da Série "B" do Campeonato Brasileiro.
Em 1999, vence o Campeonato Pernambucano da Série A2 e retorna à primeira divisão estadual. Em 2001, vence a Copa Pernambuco. Em 2002, vence a Copa Governador Jarbas Vasconcelos torneio batizado carinhosamente de "pernambuquinho". É a época da reconstrução da equipe que volta a ocupar o local destaque em Pernambuco que sempre foi seu. Após brilhantes campanhas no Campeonato Pernambucano de 2007 e 2008, tendo sido inclusive, Vice-Campeão Estadual, o Central é classificado para a Copa do Brasil. Elimina em 2008 o Remo-PA, e enfrenta o Palmeiras na segunda fase da competição. Em 2009, elimina o Ceará e enfrenta o Vasco da Gama na 2ª Fase da Competição, reeditando um confronto clássico que tinha ocorrido há mais de 74 anos.
Em 2011, torna-se o primeiro clube do interior na História, a vencer um turno do Campeonato Pernambucano.
Em 2015, repete o feito da conquista do turno, ao vencer a Taça Governador Eduardo Campos, o Primeiro Turno do Campeonato Pernambucano.
Em 2018, após vencer o Sport por 1 a 0 na semifinal, o Central se classificou pela primeira vez à final do Campeonato Pernambucano, contra o Náutico. Acabou perdendo o título para o timbu, tendo empatado em 0x0 em Caruaru e perdendo por 2x1 na Arena Pernambuco.
Estádio Luiz José de Lacerda[editar | editar código-fonte]
O estádio Luiz José de Lacerda, popularmente conhecido como "Lacerdão", é localizado em Caruaru, Pernambuco, e possui mais de 70 anos de História, sendo a casa do Central. Seu uso pelo clube iniciou na primeira metade do século XX, quando ainda era um campo de pelada.[2]
O estádio teve outros nomes antes: Central Park no início da História do clube; e depois Pedro Victor de Albuquerque, como passou a ser chamado por muitos anos. Recebeu seu nome atual em homenagem ao esforço do empresário Luiz José Lacerda, que foi fundamental para a ampliação do Estádio no final da década de 1970 e início da década de 1980.
O jogo inaugural após a ampliação foi marcado no dia 19 de outubro de 1980, o Central venceu a Seleção Nigeriana de Futebol por 3 a 1. Gil Mineiro, então jogador do Central Sport Club, marcou o primeiro gol.
Atualmente, o Lacerdão tem capacidade aproximada de 20.000 pessoas, sendo o maior estádio particular do interior do Norte/Nordeste e o quarto maior estádio de Pernambuco, apenas ficando atrás da Ilha do Retiro (estádio do Sport), da Arena Pernambuco e do Arruda (estádio do Santa Cruz).
O Estádio já foi palco de confrontos do Central com diversas seleções e clubes, tais como: a Seleção Principal da Nigéria; a Seleção de Novos da Argentina (atualmente conhecida como seleção pré-olímpica); e contra clubes campeões brasileiros, a exemplo de Flamengo-RJ, Fluminense-RJ, Vasco-RJ, Grêmio-RS, Atlético-PR, Coritiba-PR, Guarani-SP e Palmeiras-SP.
Recorde de público[editar | editar código-fonte]
No dia 22 de outubro de 1986, ocorreu o maior recorde de público da história de Caruaru: 24.450 pessoas foram assistir à vitória do Central por 2 a 1, contra o Flamengo-RJ, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro do mesmo ano[2]
Símbolos do Clube[editar | editar código-fonte]
Mascote[editar | editar código-fonte]
Diz-se que, no campo onde treinavam os jogadores do Central, no início da história do clube, encontravam-se muitas patativas nas árvores ao redor, como se observassem os jogos do time local. Dessa presença constante, o passáro tornou-se símbolo do clube.[carece de fontes]
Escudo[editar | editar código-fonte]
O escudo do Central sofreu variações ao longo dos anos, mas sempre mantendo suas cores: o preto e o branco, oriundas da patativa. Seu escudo sofreu mínimas alterações nos últimos 40 anos, trazendo a mascote, o nome do time e listras verticais brancas e negras.
Hino[editar | editar código-fonte]
O Central Sport Club teve três hinos oficiais em sua História. O primeiro foi composto por Yêdo Silva, no ano de 1921, porém infelizmente não há registro de sua letra, nem partitura. O segundo foi composto pelo ex-atleta do clube José Florêncio Neto, o Professor Machadinho, no ano de 1968. O terceiro e último, que é o utilizado até hoje, foi composto pelo Cantor Israel Filho, no ano de 1995.[7][8][9]
Títulos[editar | editar código-fonte]
ESTADUAIS | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
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Copa Pernambuco | 1 | 2001 |
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Campeonato Pernambucano - Série A2 | 2 | 1999 e 2022 |
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Torneio Incentivo Pernambucano | 3 | 1973, 1974 e 1975 |
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Torneio Início de Pernambuco | 1 | 1973![]() |
MUNICIPAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
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Liga Esportiva Caruaruense | 9 | 1942![]() ![]() |
Outros torneios[editar | editar código-fonte]
Torneio Qualificatório do Campeonato Brasileiro Série B 1994 - Zona Pernambuco: 1 (1993
)
Categorias de Base[editar | editar código-fonte]
Sub-20 (Júnior)[editar | editar código-fonte]
Campeonato Pernambucano de Juniores: 1 (1983)
Torneio Início de Pernambuco – Júnior: 2 (1964 e 1974)
Liga Desportiva Caruaruense - 2º divisão: 1 (2001).
Sub-17 (Juvenil)[editar | editar código-fonte]
Futsal[editar | editar código-fonte]
Futebol feminino[editar | editar código-fonte]
Copa Vivo dos Campeões (Aberto Feminino) - 2011
Campanhas de destaque[editar | editar código-fonte]
Nacionais[editar | editar código-fonte]
4ª colocado no Campeonato Brasileiro Série B: 1995
5ª colocado no Campeonato Brasileiro Série B: 1983
7ª colocado no Campeonato Brasileiro Série B: 1984
8ª colocado no Campeonato Brasileiro Série B: 1985
8ª colocado na Copa João Havelange – Módulos Verde e Branco: 2000
Regionais[editar | editar código-fonte]
Estaduais[editar | editar código-fonte]
Vice-campeão do Campeonato Pernambucano: 2 (2007 e 2018)
3º colocado no Campeonato Pernambucano de Futebol: 3 (1964, 1986 e 2008)
4º colocado no Campeonato Pernambucano de Futebol: 27 (1961, 1962, 1963, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1975, 1976, 1977, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1987, 1989, 1990, 1993, 2001, 2002 e 2010)
Vice-campeão da Copa Pernambuco: 3 (1996, 1999 e 2009)
Vice-campeão do Campeonato Pernambucano - Série A2: 1 (2005).
Vice-campeão do Torneio Incentivo da FPF: 2 (1976 e 1977)
Vice-campeão do Torneio Início de Pernambuco: 1 (1978)
3º colocado no Torneio Cidade do Recife: 1 (1971)
Vice-campeão do Campeonato Pernambucano Júnior: 1 (1965)
Futsal[editar | editar código-fonte]
Estatísticas[editar | editar código-fonte]
Participações[editar | editar código-fonte]
Participações em 2022 |
Competição | Temporadas | Melhor campanha | Estreia | Última | P ![]() |
R ![]() | |
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Campeonato Pernambucano | 60 | Vice-campeão (2007 e 2018) | 1937 | 2023 | 3 | |
Série A2 | 3 | Campeão (1999 e 2022) | 1999 | 2022 | 3 | ||
![]() |
Campeonato Brasileiro | 2 | 33º colocado (1986) | 1979 | 1986 | ||
Série B | 18 | 4º colocado (1995) | 1972 | 1997 | 1 | 2 | |
Série C | 5 | 8º colocado (2000) | 2000 | 2008 | |||
Série D | 11 | 12º colocado (2009) | 2009 | 2021 | |||
Copa do Brasil | 3 | 2ª Fase (2008 e 2009) | 2008 | 2019 |
Histórico em competições oficiais[editar | editar código-fonte]
- Participações na Copa do Brasil
Em 2008, fez uma campanha notável, eliminando o Remo na 1ª fase, após empatar em seus domínios pelo placar de 0 a 0, vencendo no jogo de volta por 2 a 0, em Belém. Na 2ª fase, enfrentou o Palmeiras e foi eliminado.
Em 2009, o Central voltou a surpreender um adversário tradicional. Na 1ª fase, o alvinegro de Caruaru recebeu a equipe do Ceará. No Lacerdão, a partida ficou no 0 a 0. No jogo da volta, o Ceará conseguiu abrir o marcador, no segundo tempo, após uma cobrança de pênalti. Quase no fim do jogo, numa falha de recuo de bola para o goleiro cearense, o estreante Buiú roubou a bola do arqueiro e marcou para empatar o jogo em 1 a 1. Estava garantida a passagem para a 2ª fase, na qual o clube seria eliminado pelo Vasco da Gama.
Referências
- ↑ CBF (4 de dezembro de 2017). «RNC - Ranking Nacional dos Clubes 2018» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 4 de dezembro de 2017
- ↑ a b c Online, J. C. (5 de janeiro de 2018). «Central de Coração - JC Online». Central de Coração - JC Online (em inglês). Consultado em 7 de outubro de 2019
- ↑ referência encontrada na Revista Caruaru Hoje, nº 4, de março de 2001, Souza Pepeu.
- ↑ «Por que, 30 anos depois, três times brigam por título que nunca existiu?». ESPN. 21 de outubro de 2016. Consultado em 31 de março de 2017
- ↑ «Série B sem fim: 30 anos depois, três clubes ainda buscam o título de 1986». Globoesporte.com. 18 de dezembro de 2016. Consultado em 18 de abril de 2017
- ↑ «Campeões do Brasileiro Série B». Campeões do Futebol. Consultado em 31 de março de 2017
- ↑ «Hino do Central». especiais.jconline.ne10.uol.com.br
- ↑ «'És filho de Caruaru': o Central Sport Club além das quatro linhas». novamais.com
- ↑ «'És filho de Caruaru': o Central Sport Club além das quatro linhas». g1.globo.com