Central Sport Club

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Central
CentralSC1919.png
Nome Central Sport Club
Alcunhas Alvinegro
Alvinegro do Agreste
Patativa do Agreste
Central de Caruaru
Torcedor(a)/Adepto(a) Alvinegro
Centralino
Centralista
Mascote Patativa
Principal rival Porto-PE
Fundação 15 de junho de 1919 (103 anos)
Estádio Lacerdão
Capacidade 20 000[carece de fontes?]
Localização Caruaru, PE
Presidente Adauto Freire
Treinador(a) Márcio Goiano
Patrocinador(a) Aposta Ganha
Material (d)esportivo Pratic Sport
Competição Pernambucano - Série A1
Ranking nacional Aumento 112.º lugar, 540 pontos[1]
Website Facebook Oficial
Instagram Oficial
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

Central Sport Club é uma agremiação esportiva de Caruaru, no Estado de Pernambuco, fundada a 15 de junho de 1919. Sua principal atividade esportiva é o futebol.

História[editar | editar código-fonte]

Fundação[editar | editar código-fonte]

Elenco do Central na década de 1920.

O Central Sport Club foi fundado em 15 de junho de 1919, a uma da tarde, na Sociedade Musical Comercial Caruaruense, tendo como representante o Sr. Francisco Porto de Oliveira. Foram eleitos: José Faustino Vila Nova (Presidente), João Batista de Oliveira (Vice-Presidente), Severino de Sales Tiné (1º Secretário), Arlindo de Vasconcelos Limeira (2º Secretário), Artur Leandro Sales (Tesoureiro), Ângelo Emídio de Lira (Vice-Tesoureiro), Francisco Porto de Oliveira (Orador) e Severino José Bezerra (Diretor de Esportes). Como consta na primeira "Ata de fundação", Foi estabelecida uma joia de 2.000 réis e 500 réis de mensalidade.[2]

O título do clube foi sugerido pelo Sr. Severino Bezerra, recebendo esse nome em homenagem à Estrada Central de Ferro de Pernambuco, denominação que os ingleses da Great Western deram a ferrovia que cortava Caruaru na direção do Sertão. As cores preto e branco, segundo o Professor José Florêncio Neto (Machadinho), ex-jogador do time caruaruense no início da equipe, foram escolhidas em face do símbolo do clube, a patativa, pássaro de canto harmonioso.[3]

Central de Caruaru em 1929: Milton Piancó, Cabral, Roxura (Manoel Carvalhal), Maldição (Vicente Ferrer), Neco Pereira, João Ferrer, Seixas, Fernando Ferrer, Zé de Nane, Cordeiro, Dão Rico, Nestor, Machadinho (José Florêncio Neto), Dedé Molambo e o Presidente da equipe: Valfrido Nunes

No início o time só disputava jogos amistosos. Mesmo assim, revelou grandes jogadores como Machadinho, Zuza, Teonilo, Pedro, Rochura, Joaquim, Alemão e Tutu.

Início da carreira profissional[editar | editar código-fonte]

Em 1936 o Vasco da Gama veio a Caruaru para um amistoso. O time carioca suou para conseguir vencer o Central por 1 a 0. Os centralinos ainda conseguiram o empate, com Tutu, mas o árbitro anulou, erroneamente, o gol.

Um ano depois, o Central finalmente era incluído entre os grandes do futebol pernambucano e começou a disputar o campeonato estadual. Foi o primeiro time do interior do estado a participar do Campeonato Pernambucano de Futebol. Porém, no mesmo ano, cansado de diversos equívocos de arbitragem, a diretoria retirou a equipe do torneio. O Central filiou-se,então, à Liga Esportiva Caruaruense e faturou os títulos de 1942, 1945, 1948, 1951/52, 1954, 1958. Em 1951, a Patativa conseguiu um feito histórico, vencendo o Jocaru por 23 a 0, o meia Milton foi o artilheiro do jogo com 11 gols. O final da década de 1950 é marcado pelas obras de construção do Estádio Pedro Victor de Albuquerque.

O alvinegro do Agreste só voltou a disputar o Campeonato Pernambucano da Primeira Divisão em 1960, depois de um grande apoio do presidente da Liga Desportiva Caruarense, Gercino Pereira Tabosa e do presidente da FPF, Rubem Moreira da Silva. Logo o time se transformou na quarta força de pernambucano, sendo o destaque do interior e o fiel da balança no certame.

Em 1964, o Central comandado por um dos seus maiores craques, Vadinho, faz um campeonato pernambucano brilhante, em especial no 1º turno, com apenas uma derrota em Recife para o Campeão, Náutico Capibaribe, terminando o certame na 3ª colocação, até então, o melhor resultado de um time do interior de Pernambuco na História.

Sob o olhar do Presidente Luiz Lacerda, Desportista Gercino Tabosa entrega o Troféu do Campeonato ao Capitão Jucélio do Central de Caruaru

Em 1965, o Central Sport Club de maneira invicta vence o Torneio Gercino Tabosa ao empatar com o Santa Cruz por 1 a 1 no Estádio Pedro Victor de Albuquerque, competição que teve a participação ainda do Campeão Sergipano do ano, o Confiança, e do Vice-Campeão Alagoano, o Capelense.

Em 04 de fevereiro de 1968, o Central vence a Seleção Argentina de Novos (chamada atualmente de seleção pré-olímpica), um feito histórico para o clube.

Central de Caruaru, Time Base de 1964

No ano de 1972, marca a estreia do Central Sport Club em um Campeonato Nacional, a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, onde terminou empatado na 1ª posição do grupo, não se classificando para a fase final apenas devido aos critérios de desempate.

Ascensão à elite do futebol brasileiro[editar | editar código-fonte]

Em 1980, a grande reforma no Estádio Pedro Victor de Albuquerque, atual Lacerdão, foi concluída. O jogo inaugural foi marcado no dia 19 de outubro do mesmo ano, o Central venceu a Seleção Nigeriana de Futebol por 3 a 1. Gil Mineiro, jogador do Central Sport Club, marcou o 1º gol após a reconstrução.

Também na década de 1980, em especial os anos de 1983 e 1986, o Central passa a ser concorrente efetivo do Campeonato Pernambucano, disputando ponto a ponto, turnos e returnos do certame com Sport, Santa Cruz e Náutico.

No ano de 1986 ocorre a maior glória do Central Sport Club, que em uma disputa emocionante com o Americano vence o Grupo F do Torneio Paralelo (uma espécie de Série B, mas não é reconhecido pela CBF como tal), conseguindo acesso imediato à fase final do certame, a Série A ao lado de Flamengo, Grêmio, Fluminense, dentre outros. Como os vencedores de cada grupo subiram diretamente para a segunda fase da Série A, não houve uma fase final. O Central reivindica o reconhecimento pela CBF desse título como da Série B de 1986, que seria dividido entre Treze, Inter de Limeira e Criciúma.[4][5][6]

Neste mesmo ano, no dia 22 de outubro de 1986 ocorreu o maior recorde de público da história do interior de Pernambuco, 24.450 pessoas foram assistir a vitória do Central por 2 a 1 contra o Flamengo na fase final da competição.

O Central continuou fazendo boas campanhas na Série "B" do Campeonato Brasileiro até que em 1995 surgiu nova oportunidade de acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Após campanha brilhante, o Central chegou a fase final do certame em conjunto com o Athlético Paranaense, Coritiba e Mogi Mirim. Em um dos mais disputados quadrangulares ocorridos na Série B, ascenderam o Atlético Paranaense e o Coritiba frustrando o sonho alvinegro patativa de retornar à primeira divisão.

Campanhas irregulares[editar | editar código-fonte]

O final da década de 90 é marcado por uma série de administrações desastrosas que culminaram com o rebaixamento da equipe tanto do Campeonato Pernambucano da Primeira Divisão, quanto da Série "B" do Campeonato Brasileiro.

Em 1999, vence o Campeonato Pernambucano da Série A2 e retorna à primeira divisão estadual. Em 2001, vence a Copa Pernambuco. Em 2002, vence a Copa Governador Jarbas Vasconcelos torneio batizado carinhosamente de "pernambuquinho". É a época da reconstrução da equipe que volta a ocupar o local destaque em Pernambuco que sempre foi seu. Após brilhantes campanhas no Campeonato Pernambucano de 2007 e 2008, tendo sido inclusive, Vice-Campeão Estadual, o Central é classificado para a Copa do Brasil. Elimina em 2008 o Remo-PA, e enfrenta o Palmeiras na segunda fase da competição. Em 2009, elimina o Ceará e enfrenta o Vasco da Gama na 2ª Fase da Competição, reeditando um confronto clássico que tinha ocorrido há mais de 74 anos.

Em 2011, torna-se o primeiro clube do interior na História, a vencer um turno do Campeonato Pernambucano.

Em 2015, repete o feito da conquista do turno, ao vencer a Taça Governador Eduardo Campos, o Primeiro Turno do Campeonato Pernambucano.

Em 2018, após vencer o Sport por 1 a 0 na semifinal, o Central se classificou pela primeira vez à final do Campeonato Pernambucano, contra o Náutico. Acabou perdendo o título para o timbu, tendo empatado em 0x0 em Caruaru e perdendo por 2x1 na Arena Pernambuco.

Estádio Luiz José de Lacerda[editar | editar código-fonte]

O estádio Luiz José de Lacerda, popularmente conhecido como "Lacerdão", é localizado em Caruaru, Pernambuco, e possui mais de 70 anos de História, sendo a casa do Central. Seu uso pelo clube iniciou na primeira metade do século XX, quando ainda era um campo de pelada.[2]

O estádio teve outros nomes antes: Central Park no início da História do clube; e depois Pedro Victor de Albuquerque, como passou a ser chamado por muitos anos. Recebeu seu nome atual em homenagem ao esforço do empresário Luiz José Lacerda, que foi fundamental para a ampliação do Estádio no final da década de 1970 e início da década de 1980.

O jogo inaugural após a ampliação foi marcado no dia 19 de outubro de 1980, o Central venceu a Seleção Nigeriana de Futebol por 3 a 1. Gil Mineiro, então jogador do Central Sport Club, marcou o primeiro gol.

Campo do Central de Caruaru, novembro de 2012.
Campo do Central de Caruaru, novembro de 2012.

Atualmente, o Lacerdão tem capacidade aproximada de 20.000 pessoas, sendo o maior estádio particular do interior do Norte/Nordeste e o quarto maior estádio de Pernambuco, apenas ficando atrás da Ilha do Retiro (estádio do Sport), da Arena Pernambuco e do Arruda (estádio do Santa Cruz).

O Estádio já foi palco de confrontos do Central com diversas seleções e clubes, tais como: a Seleção Principal da Nigéria; a Seleção de Novos da Argentina (atualmente conhecida como seleção pré-olímpica); e contra clubes campeões brasileiros, a exemplo de Flamengo-RJ, Fluminense-RJ, Vasco-RJ, Grêmio-RS, Atlético-PR, Coritiba-PR, Guarani-SP e Palmeiras-SP.

Recorde de público[editar | editar código-fonte]

No dia 22 de outubro de 1986, ocorreu o maior recorde de público da história de Caruaru: 24.450 pessoas foram assistir à vitória do Central por 2 a 1, contra o Flamengo-RJ, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro do mesmo ano[2]

Símbolos do Clube[editar | editar código-fonte]

Mascote[editar | editar código-fonte]

Diz-se que, no campo onde treinavam os jogadores do Central, no início da história do clube, encontravam-se muitas patativas nas árvores ao redor, como se observassem os jogos do time local. Dessa presença constante, o passáro tornou-se símbolo do clube.[carece de fontes?]

Escudo antigo, semelhante ao atual

Escudo[editar | editar código-fonte]

O escudo do Central sofreu variações ao longo dos anos, mas sempre mantendo suas cores: o preto e o branco, oriundas da patativa. Seu escudo sofreu mínimas alterações nos últimos 40 anos, trazendo a mascote, o nome do time e listras verticais brancas e negras.


Hino[editar | editar código-fonte]

O Central Sport Club teve três hinos oficiais em sua História. O primeiro foi composto por Yêdo Silva, no ano de 1921, porém infelizmente não há registro de sua letra, nem partitura. O segundo foi composto pelo ex-atleta do clube José Florêncio Neto, o Professor Machadinho, no ano de 1968. O terceiro e último, que é o utilizado até hoje, foi composto pelo Cantor Israel Filho, no ano de 1995.[7][8][9]

Títulos[editar | editar código-fonte]

ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
PEtrophy.png Copa Pernambuco 1 2001
PEtrophy.png Campeonato Pernambucano - Série A2 2 1999 e 2022
PEtrophy.png Torneio Incentivo Pernambucano 3 1973, 1974 e 1975
PEtrophy.png Torneio Início de Pernambuco 1 1973Cscr-featured.png
MUNICIPAIS
Competição Títulos Temporadas
Bandeira de Caruaru.jpg Liga Esportiva Caruaruense 9 1942Cscr-featured.png, 1943, 1944, 1945, 1948, 1951Cscr-featured.png, 1952, 1953 e 1958

Outros torneios[editar | editar código-fonte]

  • BrasilTorneio Qualificatório do Campeonato Brasileiro Série B 1994 - Zona Pernambuco: 1 (1993Cscr-featured.png)

Categorias de Base[editar | editar código-fonte]

Sub-20 (Júnior)[editar | editar código-fonte]

Cscr-featured.png Campeão invicto

Sub-17 (Juvenil)[editar | editar código-fonte]

  • Pernambuco Campeonato Pernambucano Juvenil: 1 (1983)
  • Copa Esperança-Sub-17 (2002)

Futsal pictogram.svg Futsal[editar | editar código-fonte]

  • Pernambuco Campeonato Pernambucano Adulto - 2013
  • Pernambuco Copa Pernambuco Adulto - 2014.

Futebol feminino[editar | editar código-fonte]

  • Coat of arms of Recife.svg Copa Vivo dos Campeões (Aberto Feminino) - 2011

Campanhas de destaque[editar | editar código-fonte]

Nacionais[editar | editar código-fonte]

Regionais[editar | editar código-fonte]

  • Brasil Nordeste maploc.png Vice-campeão da Taça Henrique Jacques: 1 (1965)

Estaduais[editar | editar código-fonte]

Futsal pictogram.svg Futsal[editar | editar código-fonte]

  • Brasil 3ª colocado na Taça Brasil de Futsal: 2014
  • Brazil Region Nordeste.svg 3ª colocado na Taça Nordeste de Futsal: 2014

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Participações[editar | editar código-fonte]

Participações em 2022
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última P Aumento R Baixa
Pernambuco Campeonato Pernambucano 60 Vice-campeão (2007 e 2018) 1937 2023 3
Série A2 3 Campeão (1999 e 2022) 1999 2022 3
Brasil Campeonato Brasileiro 2 33º colocado (1986) 1979 1986
Série B 18 4º colocado (1995) 1972 1997 1 2
Série C 5 8º colocado (2000) 2000 2008
Série D 11 12º colocado (2009) 2009 2021
Copa do Brasil 3 2ª Fase (2008 e 2009) 2008 2019

Histórico em competições oficiais[editar | editar código-fonte]

Participações na Copa do Brasil

Em 2008, fez uma campanha notável, eliminando o Remo na 1ª fase, após empatar em seus domínios pelo placar de 0 a 0, vencendo no jogo de volta por 2 a 0, em Belém. Na 2ª fase, enfrentou o Palmeiras e foi eliminado.

Em 2009, o Central voltou a surpreender um adversário tradicional. Na 1ª fase, o alvinegro de Caruaru recebeu a equipe do Ceará. No Lacerdão, a partida ficou no 0 a 0. No jogo da volta, o Ceará conseguiu abrir o marcador, no segundo tempo, após uma cobrança de pênalti. Quase no fim do jogo, numa falha de recuo de bola para o goleiro cearense, o estreante Buiú roubou a bola do arqueiro e marcou para empatar o jogo em 1 a 1. Estava garantida a passagem para a 2ª fase, na qual o clube seria eliminado pelo Vasco da Gama.

Referências

  1. CBF (4 de dezembro de 2017). «RNC - Ranking Nacional dos Clubes 2018» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 4 de dezembro de 2017 
  2. a b c Online, J. C. (5 de janeiro de 2018). «Central de Coração - JC Online». Central de Coração - JC Online (em inglês). Consultado em 7 de outubro de 2019 
  3. referência encontrada na Revista Caruaru Hoje, nº 4, de março de 2001, Souza Pepeu.
  4. «Por que, 30 anos depois, três times brigam por título que nunca existiu?». ESPN. 21 de outubro de 2016. Consultado em 31 de março de 2017 
  5. «Série B sem fim: 30 anos depois, três clubes ainda buscam o título de 1986». Globoesporte.com. 18 de dezembro de 2016. Consultado em 18 de abril de 2017 
  6. «Campeões do Brasileiro Série B». Campeões do Futebol. Consultado em 31 de março de 2017 
  7. «Hino do Central». especiais.jconline.ne10.uol.com.br 
  8. «'És filho de Caruaru': o Central Sport Club além das quatro linhas». novamais.com 
  9. «'És filho de Caruaru': o Central Sport Club além das quatro linhas». g1.globo.com 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Central Sport Club