Francisco Emanuel Penteado

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Francisco Emanuel Penteado
Francisco Emanuel Penteado
em ficha da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo
Nascimento 29 de dezembro de 1952
Taquaritinga, Brasil
Morte 15 de março de 1973 (20 anos)
São Paulo, Brasil
Nacionalidade Brasil brasileiro
Ocupação estudante, guerrilheiro

Francisco Emanuel Penteado (Taquaritinga, 29 de dezembro de 1952São Paulo, 15 de março de 1973[1]) foi um estudante e guerrilheiro brasileiro, de um grupo de militantes da Ação Libertadora Nacional, morto pelo Regime Militar no Brasil em uma emboscada no bairro da Penha, em São Paulo.[1]

É um dos casos investigados pela Comissão Nacional da Verdade.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 29 de dezembro de 1952, na cidade de Taquaritinga, no interior de São Paulo. Filho de Francisco Santa Cruz Negreiros Penteado e Nair Pereira Pinto. Iniciou a militância ainda em sua cidade-natal, mas mudou-se para São Paulo, onde dividia seu tempo entre os estudos e as ações pela ALN.[2]

Militância[editar | editar código-fonte]

Como estudante secundarista, Francisco Emanuel Penteado começou sua militância política em Taquaritinga, com apenas 16 anos, em 1969. A mudança para São Paulo não o afastou do movimento, e, na capital, atuou no Grupo Tático Armado da ALN, coordenado por Gelson Reicher. De 1971 a até o momento de sua morte, viveu em São Paulo na clandestinidade. Desde 1971, membros da ALN e do Molipo vinham sendo presos pelo regime militar, e Francisco Emanuel Penteado teve sua prisão decretada em 23 de outubro de 1972.[2]

Morte[editar | editar código-fonte]

Foi morto em uma emboscada na Rua Caquito, no bairro da Penha (São Paulo), no dia 15 de março de 1973, ao lado de Arnaldo Cardoso Rocha e Francisco Seiko Okama, ambos também militantes da ALN. Preso no DOI-CODI na época, o professor universitário Amílcar Baiardi foi o último a dar um testemunho à relatora da CEMDP (Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos) antes da conclusão das circunstâncias da morte de Francisco Emanuel Penteado. O militante foi interrogado em uma quadra de esportes e alvejado com três tiros disparados pelos agentes, um deles de cima para baixo, segundo o laudo da necropsia. Penteado e os outros dois militantes foram deixados na quadra por mais de uma hora até que o carro fúnebre do IML chegasse para recolhê-los.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Desaparecidos políticos». desaparecidospoliticos.org.br 
  2. a b c http://cemdp.sdh.gov.br/modules/desaparecidos/acervo/ficha/cid/311 «CEMDP» Verifique valor |url= (ajuda). cemdp.sdh.gov.br