Heitor Schuch
Heitor Schuch | |
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Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul | |
Período | 1º de janeiro de 2015 até atualidade[1] |
Legislaturas | 55ª (2015 - 2019) 56ª (2019 - 2023) 56ª (2023 - 2027) |
Deputado Estadual do Rio Grande do Sul | |
Período | 1º de fevereiro de 2003 até 1º de fevereiro de 2015 |
Legislaturas | 51ª (2003 - 2007) 52ª (2007 - 2011) 53ª (2011 - 2015) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Heitor José Schuch |
Nascimento | 25 de março de 1962 (62 anos) Santa Cruz do Sul, RS |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | PSB (2001-presente) |
Profissão | Agricultor familiar |
Website | heitorschuch |
Heitor José Schuch (Santa Cruz do Sul, 25 de março de 1962) é um agricultor familiar e político brasileiro filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Atualmente exerce seu segundo mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul.[1] Até junho de 2021, Heitor divergiu do governo Bolsonaro 71% das vezes nas votações da câmara.[2]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Heitor Schuch nasceu em Santa Cruz do Sul em 1962 e é filho de Edgar Christovao Schuch e Carlinda Edy Schuch. Foi secretário geral e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município entre 1987 e 1992; tesoreiro da Federação dos Trabalhadores Rurais (FETAG/RS) entre 1992 e 1995 e presidente da mesma entidade entre 1995 e 2002.[1] Em 2002 se elegeu deputado estadual e se reelegeu duas vezes.[3]
Deputado Estadual[editar | editar código-fonte]
Em 2010, foi um dos Deputados Estaduais do Rio Grande do Sul que votou a favor do aumento de 73% nos próprios salários em dezembro, fato esse que gerou uma música crítica chamada "Gangue da Matriz" composta e interpretada pelo músico Tonho Crocco, que fala em sua letra os nomes dos 36 deputados (inclusive o de Heitor Schuch) que foram favoráveis a esse autoconcedimento salarial;[4] Giovani Cherini como presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na ocasião entrou com uma representação contra o músico, Cherini falou que era um crime contra honra e o título era extremamente agressivo e fazia referência a criminosos que mataram o jovem Alex Thomas, na época Adão Villaverde que se tornou o sucessor na presidência da Assembleia Legislativa, expressou descontentamento discordando da decisão de Cherini,[5] mas em agosto do mesmo ano o próprio Giovani Cherini ingressou com petição pedindo o arquivamento contra o músico com a alegação que não era vítima no processo (seu nome não aparecia na letra, pois como presidente do parlamento gaúcho na ocasião não podia votar) e que defendia a liberdade de expressão,[6] na época Tonho recebeu apoio de uma loja que espalhou 20 outdoors pela capital Porto Alegre e também imenso apoio por redes sociais.[7]
Deputado federal[editar | editar código-fonte]
Na eleição de 2014, apoiando a candidatura eleita de José Ivo Sartori (PMDB) ao governo do estado, Heitor se elegeu deputado federal.[3] Nesse primeiro mandato, Heitor cronologicamente votou contra o PL 4330 da Terceirização;[8] contra às Medidas Provisórias 664 e 665 (de ajuste fiscal propostas por Dilma Rousseff) relativas à pensão por morte e ao seguro desemprego respectivamente;[9][10] a favor do Impeachment de Dilma (PT);[10] a favor da cassação de Eduardo Cunha (PMDB);[10] contra desobrigar a Petrobras de participar de todos os blocos de exploração do pré-sal;[10] contra a PEC do Teto de Gastos;[10] contra a reforma do ensino médio;[10] contra a Reforma Trabalhista;[10] a favor de assegurar a prática da vaquejada como manifestação cultural;[10] contra a rejeição das denúncias contra Michel Temer (PMDB)[10] e a favor da MP da reforma do FIES.[10] Heitor esteve ausente na votação sobre a intervenção federal na segurança do RJ.[10]
Na eleição estadual de 2018, o PSB apoiou a reeleição de Sartori ao governo do estado (que não teve êxito), enquanto Heitor se reelegeu deputado federal.[3] Nesse segundo mandato, Heitor cronologicamente votou a favor de criminalizar responsáveis por rompimento de barragens;[11] contra a PEC da Reforma da Previdência e a favor de excluir os professores nas regras da mesma;[11] contra a MP da Liberdade Econômica;[11] contra alteração no Fundo Eleitoral;[11] contra cobrança de bagagem por companhias aéreas;[11] contra o PL 3723 que regulamenta a prática de atiradores e caçadores;[11] a favor do "Pacote Anti-crime" de Sergio Moro;[11] a favor da suspensão do mandato do deputado Wilson Santiago (PTB/PB), acusado de corrupção;[11] a favor de ajuda financeira aos estados durante a pandemia de COVID-19;[11] contra o Contrato Verde e Amarelo;[11] contra a MP 910 (conhecida como MP da Grilagem);[12] contra a flexibilização de regras trabalhistas durante a pandemia;[11] contra o congelamento do salário dos servidores;[11] a favor da convocação de uma Convenção Interamericana contra o Racismo;[11] duas vezes contra destinar verbas do novo FUNDEB para escolas ligadas às igrejas;[13][14] contra a autonomia do Banco Central;[11] a favor da manutenção da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL/RJ)[11] contra a validação da PEC da Imunidade Parlamentar;[15] contra a PEC Emergencial (que trata do retorno do auxílio emergencial por mais três meses e com valor mais baixo);[11] contra classificar a educação como "serviço essencial" (possibilitando o retorno das aulas presenciais durante a pandemia);[16] contra acabar com o Licenciamento Ambiental para diversas atividades;[11] a favor da suspensão de despejos durante a pandemia[11] e contra a privatização da Eletrobras.[11] Heitor esteve ausente nas votações sobre a MP 867 (que segundo ambientalistas alteraria o Código Florestal anistiando desmatadores);[17] o Novo Marco Legal do Saneamento;[11] possível redução do Fundo Eleitoral;[11] anistia da dívida das igrejas[18] e permitir que empresas possam comprar vacinas da COVID-19 sem doar ao SUS.[11]
Desempenho eleitoral[editar | editar código-fonte]
Ano | Eleição | Cargo | Partido | Coligação | Suplentes | Votos | Resultado[3] |
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2002 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PSB | sem coligação proporcional | Vanderlan Vasconselos (PSB), Wainer Machado (PSB) |
39.886 (0,74%) |
Eleito (34ª pessoa mais votada, 2ª no partido) |
2006 | Estadual do Rio Grande do Sul | sem coligação proporcional | Alexandre Roso (PSB), Vanderlan Vasconselos (PSB) |
59.397 (1,10%) |
Reeleito (12ª pessoa mais votada, 1ª no partido) | ||
2010 | Estadual do Rio Grande do Sul | PSB / PCdoB / PR | Jussara Cony (PCdoB), Vanderlan Vasconselos (PSB) |
66.591 (1,18%) |
Reeleito (7ª pessoa mais votada, 1ª na coligação) | ||
2014 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PSB / PPS / PSD / PTdoB / PHS / PSL / PSDC |
Beto Grill (PSB), Roseli Poggere (PSB) |
101.243 (1,84%) |
Eleito (25ª pessoa mais votada, 2ª na coligação) | |
2018 | Estadual do Rio Grande do Sul | PSB / PR / PATRI | José Stédile (PSB), Diza Gonzaga (PSB) |
109.053 (1,98%) |
Reeleito (9ª pessoa mais votada, 2ª na coligação) | ||
2022 | Estadual no Rio Grande do Sul | - | Dalciso Oliveira (PSB) | 77.616
(1,26%) |
Reeleito (28ª pessoa mais votada, 1ª no partido) |
Referências
- ↑ a b c Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado federal Heitor Schuch». Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ Congresso em Foco (4 de junho de 2021). «Radar do Congresso: perfil do deputado federal Heitor Schuch». Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ a b c d Poder360. «Candidaturas de Heitor Schuch». Consultado em 13 de junho de 2021
- ↑ «Política - 03/08/2011 - Tonho Crocco responde a ação criminal por música contra deputados». Consultado em 3 de setembro de 2022
- ↑ «Para Cherini, título de música de Tonho Crocco "é extremamente agressivo"». Consultado em 3 de setembro de 2022
- ↑ «Cherini diz em nota que processo contra Tonho Crocco deve terminar». Consultado em 3 de setembro de 2022
- ↑ «Justiça arquiva processo contra Tonho Crocco». Consultado em 3 de setembro de 2022
- ↑ EBC (8 de abril de 2015). «Confira como votou cada deputado no projeto de lei da terceirização». Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ G1 (13 de maio de 2015). «Saiba como cada deputado votou a segunda MP do ajuste fiscal». Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k G1. «O Voto dos Deputados - 55ª Legislatura (2015 - 2019)». Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v G1. «O Voto dos Deputados - 56ª Legislatura (2019 - 2023)». Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ Ana Carolina Amaral (12 de maio de 2020). «341 deputados votaram pela 'MP da grilagem'». Folha de S. Paulo. Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ Guilherme Mendes e Larissa Calixto (10 de dezembro de 2020). «Deputados destinam dinheiro público a escolas ligadas a igrejas. Veja como cada um votou». Congresso em Foco. Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ Marina Oliveira (17 de dezembro de 2020). «Veja como cada deputado votou na regulamentação do Fundeb». Congresso em Foco. Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ Guilherme Amado (25 de fevereiro de 2021). «Saiba como cada deputado votou na validade da PEC da Imunidade». Época (Globo). Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ Congresso em Foco (21 de abril de 2021). «Como votou cada deputado em PL que aprovou educação como serviço essencial». Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ Rafael Neves (29 de maio de 2019). «Veja os deputados favoráveis à MP que muda Código Florestal». Congresso em Foco. Consultado em 12 de junho de 2021
- ↑ Flávia Said (9 de setembro de 2020). «Veja como cada deputado votou na emenda que perdoa dívidas de igrejas». Congresso em Foco. Consultado em 12 de junho de 2021