Usuário(a):Camillo Cavalcanti/Eduardo Portella

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Eduardo Mattos Portella
Nascimento 8 de outubro de 1932 (91 anos)
Salvador
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação Crítico, professor, escritor, conferencista, pesquisador, pensador, advogado e político

Eduardo Mattos Portella (Salvador, 8 de outubro de 1932) é um crítico, professor, escritor, conferencista, pesquisador, pensador, advogado e político brasileiro. Pertence à Academia Brasileira de Letras.

Integrou o gabinete civil do Presidente Juscelino Kubitschek. Foi ministro da Educação no governo João Figueiredo, de 15 de março de 1979 a 26 de novembro de 1980, lutando pela anistia: "O que me deixou contente foi ter sido convidado a ser ministro da Abertura. Nem sempre os meus prazos coincidiram com os dos militares, sobretudo da comunidade de informações. Mas eu, como ministro, recusei a censura, anistiei todos."[1] Foi demitido pelos militares porque apoiou a greve dos professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Deixou registrada nos anais da história a frase "Não sou ministro; estou ministro", demonstrando a transitoriedade de seu ministério. Teve o apoio da então deputada Maria da Conceição Tavares, em discurso aos parlamentares.

Foi secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro entre 1987 e 1988. Coordenou a pasta de Educação, Cultura e Comunicação da Comissão de Estudos para a Constituição de 1988, ligada à presidência da República.

Ocupou a vice-presidência e a presidência da Conferência Mundial da UNESCO de 1997 a 1999. Hoje é o diretor do Fundo Internacional para a Promoção da Cultura (IFPC, na sigla em inglês).

A Universidade Federal do Rio de Janeiro lhe deu o título de Professor emérito. Permanece como pesquisador nível 1 do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Fundador e diretor das Edições Tempo Brasileiro, introduziu Heidegger no Brasil, além de divulgar o Formalismo Russo de Yuri Tynianov. A Tempo Brasileiro é hoje a principal editora das obras de Jürgen Habermas.

Eduardo Portella defendeu tese de doutorado em 1970, propondo um método crítico de base hermenêutica, teórica e filosófica, com fortes inclinações liberais e antipositivistas. Foi publicada sob o título Fundamento da Investigação Literária (1973, refundida em 1974). Este fundamento é a visualização do entre-texto, fronteira entre linguagem e uso da língua, responsável pela literariedade. À frente dos parâmetros usuais, sua tese acerca do Romantismo para professor titular jamais foi publicada.

Eduardo Portella tem um pensamento notadamente avançado: a) concebe a realidade numa recusa da tripartição linear do tempo (presente, passado e futuro); b) define literatura e arte como dimensões últimas do homem; e c) assinala a Liberdade como destino do Ser.

Títulos Honoríficos[editar | editar código-fonte]

A lista abaixo é uma pequena seleção das condecorações de Eduardo Portella:

  • Gran Cruz de la Orden del Mérito Civil, Madri (2001)
  • Medalha Rui Barbosa, Fundação Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro (1999)
  • Medalha do Conselho Federal de Educação, Brasília (1987)
  • Doutor Honoris-Causa, Universidade Federal da Bahia (1983)
  • Doutor Honoris-Causa, Universidade Federal do Ceará (1981)
  • Gran-Cruz de la Orden Civil de Alfonso X, el Sabio, Madri (1980)
  • Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, Brasília (1979)
  • Grande Medalha da Inconfidência, Minas Gerais (1979)

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Dimensões I (1958);
  • José de Anchieta, Nossos Clássicos (1959);
  • Dimensões II (1959);
  • Nota prévia a Cruz e Sousa (1961);
  • África, colonos e cúmplices (1961);
  • Política externa e povo livre (1963);
  • Literatura e realidade nacional (1963);
  • Dimensões III (1965);
  • Teoria da comunicação literária (1970);
  • Fundamento da investigação literária (1973);
  • Teoria literária, org. (1975);
  • O paradoxo romântico (1976);
  • Vanguarda e cultura de massa (1978);
  • Retrato falado da educação brasileira (1978);
  • A letra viva da Universidade (1980);
  • O Romance de 30 no Nordeste (1983);
  • Confluências (1983);
  • Democracia transitiva (1983);
  • O intelectual e o poder (1983);
  • Brasil à vista (1985);
  • Ação cultural e diferença nacional (1992);
  • México: Guerra e Paz (2001);
  • A Sabedoria da Fábula (2011).

Dimensões I[editar | editar código-fonte]

CAPÍTULO I-A PROPÓSITO DE UMA TERCEIRA EDIÇÃO[editar | editar código-fonte]

Essa terceira edição tem como objetivo revelar os problemas dos ensaios com muito mais fortuna crítica. Os artigos que estão nesta obra são de meados dos anos cinquenta, retirados da coluna o livro e a perspectiva. Para ser mais explicito em sua obra o autor retirou dessa edição artigos que para ele pareciam redundantes.

CAPÍTULO II-PROBLEMA DE CRÍTICA[editar | editar código-fonte]

A CRÍTICA LITERÁRIA COMO PROBLEMA

A crítica militante tem como problema superar a crítica impressionista. Para que essa superação aconteça é necessário que trate a atividade crítica como relação tridimensional. No trabalho dessas dimensões está a intuição, sendo a crítica literária brasileira desenvolvida apenas através dessa dimensão, tornando assim o julgamento crítico precário. Essa crítica deve juntar-se a outra dimensão que é o saber do mecanismo próprio. Outro problema da crítica está em tratar uma obra poética como subjetivista, chegando mais próximo da exterioridade, ou seja, aos conflitos do autor do que a própria estrutura da obra. Para se chegar a compreensão da crítica brasileira de hoje, é preciso está diante de uma Estilística aberta, onde o rigor é iluminado por uma intuição poética.

EM TORNO DE UM CONCEITO DE CRÍTICA LITERÁRIA

A evolução da crítica parti de dois momentos, o primeiro momento consiste em ultrapassar o impressionismo e obter uma ampliação de doutrinas. O segundo momento consiste em partir de um texto poético já elaborado, para ter uma dada produção. A crítica procura se reajustar culturalmente através da revisão de métodos e processos. Ao adotar a periodização estilística o historiador passa a ter a autonomia literária, assim A Literatura no Brasil se torna mais elevada, atendendo mais do que ao seu próprio desejo, se tornando em obra e não apenas história literária.

TRISTÃO DE ATHAYDE E O "NEOMODERNISMO"

O estudo da literatura brasileira teve duas contribuições: Introdução à Literatura Brasileira e Quadro Sintético da Literatura brasileira. Esse Quadro Sintético da Literatura Brasileira se preocupou mais em ser didático do que como crítico literário em ser rigoroso, daí a entender como o crítico Alceu Amoroso Lima não compreendia uma crítica literária sem o amor. Esta obra trata do neomodernismo como sendo respostas ao fenômeno literário, onde se encontram num mesmo movimento, acadêmicos e revolucionários. Pelo fato do neomodernismo valorizar o eterno, os escritores de outras gerações se aproximam dele. Alceu Amoroso Lima ao escrever o Quadro Sintético da Literatura Brasileira, torna-se um admirável escritor por unir ética e estética, fazendo da nossa literatura um perfil coeso.

CRÍTICA E HISTORIOGRAFIA LITERÁRIA

A historiografia literária conceitua uma obra, apoiada na teoria literária. A autora Lúcia Miguel-Ferreira ao escrever o livro Prosa de Ficção tenta integrar história e arte, e aproximar a crítica da história literária. Este livro é de uma compreensão dos movimentos literários da ficção brasileira no decorrer dos cinquenta anos (1870/1920). Ao se fazer uma história da literatura brasileira hoje é necessário estabelecer contraponto entre análise estrutural e investigação histórica. A história da literatura brasileira precisa de novos textos e de correção dos textos já editados, para ser reescrita como uma nova verdade e definitiva.

CAPÍTULO III-PROBLEMAS DE FICÇÃO[editar | editar código-fonte]

UM ROMANCE E SUA DIALÉTICA

Retrata Guimarães Rosa como fenômeno da ficção moderna deixando de ser apenas um romancista para ser uma teoria pratica do romance, sendo o seu livro Grandes Sertões Veredas um fenômeno que causa perplexidade pelo severo esforço de compreensão. Guimarães Rosa se tornou a nosso romancista integrador pelos recursos, técnicas e linguagem utilizados no seu romance Grandes Sertões Veredas, o seu compromisso era exclusivamente criar, mas nele carregava o mundo. Sendo difícil enquadrar sua arte em qualquer compartimento. Guimarães caminhou para a literatura brasileira enriquecendo a tradição. Sendo a este romancista que deixou de ser romancista para ser uma teoria pratica do romance que a literatura brasileira deve mais do que soluções, perspectivas.


CYRO DOS ANJOS E A PSICOLOGIA DA FORMA

Retratam os três romances Abdias, O Amanuense Belmiro e Montanha do respeitável romancista Cyro dos Anjos. Com sua conduta novelística Cyro dos Anjos surpreende com sua atitude estética literária que deve ser louvada. Atitude escandalosamente modernista de escritor em que a vida e a razão se confundem formando um organismo harmonioso. Sendo identificado nele uma coerência que liga os três romances. Nos três uma mesma atitude orienta a elaboração do argumento. Os problemas são equacionados nos conflitos do homem com outros homem ou consigo mesmo. Seu estilo é o homem enquanto projeto existencial: intolerável e redentor.


SOBRE A ESTILÍSTICA DAS FONTES LITERÁRIAS

Retrata a obra “A Madona de Cedro” como um momento de maior coerência e de maior intensidade na trajetória novelística de Antônio Callado. O autor elabora uma temática onde o universo interior dos personagens se sobrepõe ao seu próprio mundo. Em “ Madona De Cedro” a linguagem e a atmosfera romanescas se combinam e se harmonizam tornado o seu romance orgânico, intenso e coerente.

A CIDADE E A LETRA

Retrata a crônica como gênero literário especifico e autônomo, guardando nesta noção de autonomia uma inevitável relatividade, por que ninguém delimitou com nitidez as fronteiras desse território chamado crônica . Até que ponto deve ser considerado autônomo a obra onde suas principais características seja a ambiguidade. Sendo cada vez menos frequente a crônica se transforma em ensaio no sentido brasileiro. Acrônica muitas vezes se apresenta sob a forma de um poema em prosa. Sendo conveniente insistir que acrônica como gênero literário que sai do jornal. A crônica brasileira tem procurado ser uma crônica urbana, o maior problema para o cronista é fugir da transitoriedade que persegue a vida além da noticia. Não existindo ainda uma teoria da crônica que seja mais ou menos coerente.


CAPÍTULO IV- PROBLEMAS DE POESIA[editar | editar código-fonte]

CASSIANO RICARDO: NOVO SENTIDO DA EXPRESSÃO

Cassiano Ricardo é um poeta modernista da primeira geração. Sua poesia, de acordo com Alceu Amoroso Lima, está dividida em três fases: a parnasiana, a nacionalista e a filosófica. A etapa parnasiana ou anacrônica procurou expressar a poesia através de normas que se dirigem à aceitação e deixam de lado a invenção. A fase nacionalista está voltada para a liberdade da criação poética moderna, por isso ela possui uma escrita com linguagem popular. Já na etapa filosófica, o poeta alcançou uma linguagem universal que lhe conferiu diferentes estilos de expressões poéticas. Por ser um poeta modernista e histórico, Cassiano procurou retratar em suas obras, o conflito do homem e sua confirmação existencial no tempo. O romantismo também é uma característica desse poeta, pois ele capta com sensibilidade o seu objetivo histórico.

A MÚSICA DAS CONSOANTES

José Paulo Moreira da Fonseca, de acordo com Eduardo Portella, é um poeta nacional que procurou o conteúdo da imagem para expressar seus conceitos e valores lógicos. Ele aplicou nos versos, características que demonstram a vontade de fugir da realidade cotidiana e a insistente procura pelo infinito e universal, por isso, seus poemas de cunho religioso possuem aspectos cronológicos descontínuos e com simultaneidade. As despojadas canções de Fonseca são portadoras de jogos consonantais e solenes que substituem a métrica tradicional.

JOÃO CABRAL DE MELO NETO: POESIA E ESTILO

Através da compreensão histórica e da lucidez, João Cabral de Melo Neto construiu um dinamismo literário rico em surpresas. Os poemas desse escritor da geração modernista de 1945 obtêm forma por meio de uma estrutura aberta que cria seus próprios limites e pela alusão às imagens poéticas. A expressão poética de João Cabral, segundo Portella, é dotada de aspectos que envolvem os sentidos, a afetividade, o Nordeste árido, a reflexão, o objeto conceitual, entre outros.

POESIA, FOLCLORE E CULTURA POPULAR

O discurso da obra de Renato Almeida visa abordar o folclore com suas manifestações na cultura popular. A matéria-prima folclórica, por ser um movimento vivo e dinâmico, foi um grande impulso energético na obra de Renato Almeida. Eduardo Portella ressalva ainda que, a poesia de Almeida entende o pensamento coletivo como forma de exprimir as características da cultura popular e que a inteligência é o agente de interação entre natureza e espírito.

CAPÍTULO V- PROBLEMAS TEÓRICOS[editar | editar código-fonte]

SENTIDO E CONTEUDO DA IDADE MÉDIA

Ernest Robert Curtius com suas ideias conseguiu alcançar a consciência do legado medieval, através de valores fundamentais constituintes do pensamento ocidental: o Cristianismo e a Antiguidade com aspecto clássico. Curtius elaborou um elemento essencial para o entendimento da Idade Média que, ficou conhecido como a teoria do Tópico. Essa teoria buscou entender o ambiente comum existente no pensamento de recriação desse período. De acordo com Eduardo Portella, Curtius tem uma atenção especial voltada para a poesia trovadoresca, porque ele gostava de estudar autores que insistiam numa produção poética em latim.

UM TROVADOR GALEGO-PORTUGUÊS

A literatura galego-portuguesa abrangeu vários trovadores, como por exemplo, Martim Codax que, escreveu suas canções por meio de uma linguagem literária distinta da linguagem prosaica presente na sua região. Codax ainda utiliza as paralelísticas como uma forma de expressão. Uma curiosidade das canções trovadorescas dele é o fato delas não possuírem pontuação, mas um grande feito dele foi a brilhante ideia de empregar a filologia como um método de convencimento e construtor fundamental da investigação literária e histórica.


A TRADUÇÃO COMO POSSIBILIDADE Retrata o problema da tradução como debate mecanista. O problema da tradução assume uma alternativa pouco flexível. Sendo a tradução cumprida quando todos os elementos sígnicos são transmitidos. Cada tradução, com efeito, ou mutila ou cria uma nova expressão. O problema da tradução ainda não mereceu um penetrante estudo. A dois tipos de tradução, natural que é reprodutora e a tradução cultural que é criadora. Devendo a tradução integrar e superar essa duas dimensões.

REALIDADE E DESTINO DE UMA CULTURA

Retrata os tensos movimentos de uma travessia cultural. Utilizando a teoria funcionalista do professor Bronislau Malinowski que vê na cultura “ um vasto aparelho em parte humano e em parte espiritual”. Tratando também a ideia de cultura do ponto de vista dos povos da periferia histórica a noção de autonomia e de dependência cultural. Sendo o Brasil empreendedor de uma marcha acelerada e urgente, animando pela conquista de se mesmo. Explicando a confiança e a certeza.


-Raeltom Munizo (discussão) 13h11min de 23 de fevereiro de 2013 (UTC)--Sarah chaves (discussão) 20h16min de 2 de março de 2013 (UTC)--Maírags (discussão) 13h35min de 13 de março de 2013 (UTC)

Teoria da Comunicação Literária[editar | editar código-fonte]

Esta obra de Eduardo Portella relata sobre o problema da literatura hoje, através de uma revisão crítica, levando em conta as camadas de criação de uma obra literária.

O processo de construção do fenômeno literário:

Para compreender como se constitui o fenômeno literário é necessário que se recuse a ordenação cronológica da história, já que essa constituição é pluridimensional. A percepção e imaginação do leitor, o esforço de desrealização do autor são formas de constituição da dinâmica da dialética. A imaginação e a percepção faz da literatura um fenômeno imaginário, por ser fonte de qualquer fazer artístico. O autor ao desrealizar uma obra parte da realidade para criar uma realidade e o resultado dessa construção é o fenômeno da arte. O fenômeno artístico dispõe de dois elementos, matéria e forma para se tornar sólido. A linguagem é expressa pelo discurso literário, por isso a linguagem literária é fonte de criação.

A controvérsia metodológica da crítica literária:

O conhecimento da literatura quando se constituiu como crítica iniciou uma controvérsia metodológica, essa controvérsia tem como objetivo alcançar níveis de cientificidade mais acentuados. A crítica não se trata de julgamento de autores e obras, mas da investigação de cada elemento que compõem a obra. Ao se fazer uma investigação é preciso ter num mesmo movimento o elemento investigado, o desconhecido na estrutura, sujeito investigador e o campo de investigação. A crítica literária brasileira se desenvolveu em níveis sistemáticos e problemáticos, já que atualmente parti de outras críticas já consagradas. A metalinguagem é objeto de observação do fenômeno literário, por ter muito par ser investigado. A investigação hoje está em torno da possibilidade de ter o estruturalismo iluminado pela ontologia do ser.

O Realismo como estrutura e as ameaças de setorização:

O realismo é uma categoria artística, em que o real se torna dado da literatura para que esta manifeste a totalidade do real. O real corre o risco de ter a sua totalidade desarticulada, mas essa desarticulação é superada dentro da estrutura. A dicotomia não analisa o fenômeno como um todo, faz dele estrutura partida, desintegrando o real fazendo da consciência a fundadora da realidade e tornando essa realidade estática. Um personagem romanesco não é cópia da vida cotidiana, se assim fosse não estaria sendo produzida arte, pois o imaginário seria reduzido e reduzindo também o fazer literário a um realismo externo. O realismo faz com que a literatura organize o espaço e o tempo, o tempo é o movimento em direção ao núcleo e o espaço é o movimento dentro do núcleo. A literatura é a imagem continua do real, com isso a temporalidade se torna estrutura unitária do tempo. Ao passar pela antiliteratura, o real e o ideal tem sua dialética reestabelecida surgindo um realismo aberto.

Literatura e teoria da comunicação:

Com o nascimento de outros tipos de comunicações como as telenovelas, reportagens e cinema, a literatura teve de evoluir e passar por caminho desconhecidos para se consolidar. A teoria da comunicação quando tomada como processo de medição da informação acaba por si distanciar da criação literária. A comunicação é efetiva através do sistema de signos, mas a literatura ultrapassa a comunicação por apenas partir desse sistema para se estruturar. Para o estudo desse sistema é preciso refletir sobre a fonte dessa linguagem, com isso a literatura não pode ser pensada em torno da teoria da comunicação, mas ser problematizada em metacomunicação.

A literatura no tempo planetário:

Ao se instalar um tempo utilitário pelo domínio planetário, a controvérsia humana tornou-se objetividade. Com isso é gerado um distanciamento entre pessoa e objeto, o qual os sistemas de comunicação tentam eliminar através da técnica. O fazer literário encara um desafio com os veículos de comunicação, pelo fato desses veículos passarem informação de maneira mais dinâmica. A contestação da literatura se dá pelos produtos culturais e pelos veículos de comunicação. Tendo em vista o homem como núcleo de valores e o que foi, é e será a literatura no tempo planetário é estabelecido um confronto, por conseguinte uma investigação a qual toma o homem como ponto de partida.

Crítica literária e estruturalismo:

O estruturalismo se encontra com a crítica literária através de três dimensões dadas igualmente na estrutura do comportamento humano: a sentimentalidade, a racionalidade e valorização ou julgamento. A crítica literária é a tensão entre o científico e o artístico, pelo fato da crítica está ligada ao científico e a literária é a que revela a intenção artística. A estrutura pode solucionar o problema que há entre ciência e arte quando os seus elementos adquirem novos significados. O estruturalismo estabelece uma metodologia científica ao utilizar juntamente a diacronia e a sincronia. A crítica literária deve estabelecer medida para a arte e para a ciência em sua estrutura. Uma crítica ao partir para a utilização de recursos técnicos está apta a compreender mais uma obra, já que na literatura os recursos técnicos são estruturas de linguagem.

Visão prospectiva da literatura no Brasil:

Entre a literatura esgotada e a literatura que está nascendo se encontra a chamada paraliteratura, ela é qualquer texto sem literariedade. A cultura brasileira não formou seu próprio signo poético, por isso a paraliteratura é considerada uma literatura da crise literária. A crônica se tornou um gênero literário, mas não pode ser pensada como literatura convencional, e sim como manifestação literária. A vanguarda nasceu com o intuito de desafiar a crise, sendo ela encontrada entre o ideal artístico e a nova linguagem. A nova literatura brasileira torna-se o deve ser do fazer literário, para que possa se constituir firmemente ela deverá se questionar dentro dos modelos de tensão e rejeitar as estruturas binárias.

--Maírags (discussão) 21h18min de 12 de novembro de 2012 (UTC)

Fundamento da Investigação Literária[editar | editar código-fonte]

Nota à Segunda Edição

Eduardo Portella iniciou a apresentação das ideias expostas nessa obra que, primeiro se intitulou Crítica literária: método e ideologia, numa tese de doutorado na Faculdade de Letras da UFRJ. Essa crítica está interessada no fundamento essencial do entre-texto (discurso-poético) e não no trabalho literário já fundado e circulando como mercadoria. O autor atenta-se também à base da essência, existência e verdade para compreender o Ser(realidade), a arte e a ideologia da poesia.

Introdução

A análise literária dessa edição procurou atingir novos horizontes de entendimento do discurso, por isso, Eduardo Portella utilizou a hermenêutica ontológica como método para entender a ideologia do literário. Então, através dessa ontologia,seu trabalho, diferentemente dos ideais epistemológicos que, tem por objeto de estudo científico, a língua, visou abordar a linguagem do entre-texto.

Capítulo I- Opção Científica do Conhecimento e Peculiaridade do Fenômeno Literário

O ocidente ao optar pela ciência moderna que iniciou-se durante o Renascimento, como mecanismo de estudar o real, fez a arte se tornar naquele momento o lar do irreal, sendo que na verdade, a arte é a dimensão que dá origem ao ser humano e sua cultura. A ciência se caracteriza por buscar através de vários experimentos metodológicos, os fatos, por isso as realizações científicas se autopromovem, enquanto os feitos e as expressões poéticas da arte demonstram a forma do Ser.

O entre-texto, por ser um modelo literário polissêmico, possui tanto um nível eurítico durante seu processamento, quanto um fenômeno de ordem de sistemática que contém comunicação. O literário, de acordo com a ontologia hermeneutica, não seria o texto escrito, mas um dinâmico discurso ficcional e, por tal razão, quanto mais ambígua for a linguagem literária, maior será a plurissignificação da poesia.

Capítulo II- A Estratégia da Transformação no Pacto Língua e Linguagem

A arte possui uma característica heterogênea devido à presença da linguagem. Já a ciência por está ligada ao sistema de signos, a língua, é considerada homogênea. O discurso literário, por sua vez, não é apenas discurso, mas precisamente, a linguagem formando a poesia.

O Signo (linguagem) é o dinamismo e a morada da realidade, por isso, o real pode manifestar e aparentar-se através do Signo que, também dá finalidade aos signos do sistema linguístico, além de ser a fonte do literário. A análise de Eduardo Portella demonstrou que na elaboração de um discurso, o autor irá utilizar a mimeses para expressar suas ideias utópicas. Então, o entre-texto resulta da tensão fundamental que existe entre língua e linguagem.

Capítulo III- Produção e Produtividade Poética

A produção e produtividade são abordadas com sinônimos de quantidade e qualidade, respectivamente. Os signos linguísticos são exemplos da quantidade de informação presente numa língua, já a qualidade vai além do sistema fechado em si, ou seja, é algo capaz de alcançar novos sentidos no horizonte, como por exemplo, a “pedra” que, na poesia ganha vários propósitos e significados ficcionais através da linguagem.

Capítulo IV- A Ideologia Esquiva no Dinamismo do Entre-Texto

A ideologia é o centro do discurso-poético, porque o tema, estilo e fazer literário são resultados de sua dinâmica energia. Pelo fato do sentido da obra literária está dentro da ideologia, o docente Eduardo Portella pretendeu com sua crítica, investigar e entender essa essencialidade do discurso ficcional. Portanto, essa energia estabelece na literatura a interação do pré-texto(linguagem) com o texto (língua), construindo assim, a profunda e densa polissemia da poesia.

Capítulo V- No Jogo da Verdade a Crítica é Criação

A crítica literária desse capítulo procurou entender a ontologia do intenso jogo da verdade, por meio do fundamento interno e ideológico da obra. A verdade é algo que está ligado ao ser humano, pois é ele quem a interpreta em sua manifestação histórica e por isso, ela, a cultura, a religião e a arte,entre outras, são criações do homem. Então, pela análise desse capítulo é possível afirmar que, a ontologia tem como verdade, a crítica.

Capítulo VI- Estatuto e Compromisso da Teoria Literária

A diferença entre Teoria Literária e Teoria da Literatura, de acordo com o autor, está no fato da primeira ser uma forma de reflexão surgida do literário e a segunda uma classificação nominal do texto. Por tal razão, Eduardo Portella optou pela terminologia da reflexão para entender o fenômeno literário da verdade poética.

Nesse capítulo há também a análise do conceito de arte definida por Platão como mimeses (imitação do real) que, a partir dessa ideia, Eduardo Portella reformula a mimeses e define a arte como uma criação inspirada na realidade.

Raeltom Munizo (discussão) 13h19min de 23 de fevereiro de 2013 (UTC)

Confluências[editar | editar código-fonte]

No livro Confluências cujo o significado é(1.Ponto de convergência, 2.Lugar onde se juntam dois ou mais rios)Manifestações da Consciência Comunicativa de Eduardo Portela ,Critica literária expõem ideias do autor sobre diferentes assuntos referente a literatura.

I PARTE[editar | editar código-fonte]

No primeiro capitulo“CONSCIÊNCIA COMUNICATIVA”. Retrata a importância da consciência comunicativa que segundo Eduardo Portela “É um processo racional dotado de afetividade e sociabilidade voltado para uma compreensão orientadora da ação”. Sendo a consciência comunicativa dividida em dois polos que são rigorosamente contemporâneos, que é uma instância conciliadora do sujeito com a sua existência o mundo existencial é formado de coisas e pessoas mas sobretudo pela força criadora do trabalho. Consciência comunicativa se destaca por compreender uma luta contra o bloqueio e o confinamento sendo que esta assegura um caráter “mundano” e não apenas “escolar” ou “erudito” do saber. A comunicação enquanto entidade social é o outro da consciência sendo este um novo poder no qual o sujeito transcendental tem de ceder. E a consciência comunicativa começa originalmente da linguagem e o primeiro compromisso da linguagem é evitar as desfigurações do real. “ O ponto de encontro entre consciência e realidade , chama-se _LINGUAGEM.” A Consciência comunicativa transporta na balança da mudança histórica a subjetividade guardada para se mesma. Abrindo-se consciência e descentralizando da identidade.

No segundo capitulo “PROMETEU, O POETA”. Retratando as duvidas e incertezas do homem Eduardo Portela faz uma homenagem a Roberto Alvim Corrêa que diz ser o Prometeu que se fez poeta para ser mais Prometeu destacado o ato de escrever como flama irredutível ,pratica criadora do homem ,sendo ele próprio produto do que produz ,compara o pensador e o poeta destacado que ambos estão incendiados pelo fogo da linguagem. Prometeu da mitologia grega roubou o fogo do céu para desespero e fúria de Zeus, ele criou o homem sendo o fogo a linguagem a poesia e isto esta implícito ou explicito na palavra de Roberto Alvim Corrêa, Segundo Eduardo Portela “Em Roberto Alvim Correa o que é sua opção é a nossa lição”.

II PARTE[editar | editar código-fonte]

No terceiro capitulo “LITERATURA BRASILEIRA: PRELIMINARES”. Retrata a teoria literária não se conformando com a descrição, vicio acadêmico, mas antes que sistematizada fossem problematizada não sendo como estilo de tempo. Sendo o período que conforme a crise do renascimento que vive e se alimenta do intercambio como se a confluência fosse a intransferível morada. As primeiras produções da literatura brasileira adquirem contorno nesta crise, sendo as primeiras configurações maneirista ou barrocas de nossa literatura que guarda peculiaridades os escritores dos séculos XVI e XVII, o que nos possibilitará a valorização mais adequada de nossa origens, literárias será a transparência maneirista. A primeira delas a minuciosa atenção para como esboços ocultando o contraponto da cultura letrada e cultura iletrada. “o brasil nasce, no mesmo instante em que o ocidente renasce”. A cultura brasileira surge sob a ambiguidade. A carta de Pero Vaz Caminha já expressava esta ambivalência de acordo com a explosão do deslumbramento. O literário se abre a partir do intertexto sendo instaurado estilisticamente do processo de metáfora . Sendo que ser libertada da prisão formal “A historia da literatura brasileira manifesta, nos seus esboços a ante visão do projeto nacional em meio a toda sorte de obstáculos culturais” e em nome da independência nacional nasce a necessidade a dependência da linguagem literária .

No quarto capitulo “A LINHA DO HORIZONTE RENASCENTISTA “. Retrata a intensidade textual da literatura remontando ao passado Renascentista reconhecendo as incidência maneirista são consumados da modernidade entre o “cômico popular” e o burguês. Com a crise o Brasil é matriculado na escola da igreja que trazia a missão de restaurar a fé, corrigir os desvios e conquista novos caminhos. Ao contrario do Renascimento a Idade Media toma consciência da sua condição e reage como mola do sistema de produção. A crise do Renascimento foi causado pelo poder instituído e controlado pela igreja. A figura humana renuncia a extroversão renascentista para interiorizar-se e com a convicção antropocêntrica da época, instala-se a duvida: e assim nasce o homem maneirista. Podendo dizer que “o homem maneirista é mais porque é menos “. Sendo a Idade Media a crença em Deus e o renascimento, a confiança no homem. O maneirismo no brasil não alcança a suas matrizes europeias. O barroco faz o seu aparecimento no outro reprimido ou proibido na contracena metropolitana, o homem dessa época é alternado entre o sacro e o profano, beato e pagão que quer ir ao céu sem abrir mão de qualquer coisa da terra “ Tanto o maneirismo quanto o barroco levantam voo sob o signo da transitoriedade “, “o barroco transpõem , o barroco dispõe“. E é no barroco que o brasil consegue instaurar a sua diferença.

No quinto capitulo '“ GREGÓRIO DE MATOS-A TESOURA, O TESOURO”. Eduardo Portela faz uma critica a Gregório de Matos declarando “Um plural, desconcertante e infindável “. Existe dois grandes eixos na poética gregoriana de um lado maneirista e do outro barroco, Gregório de matos ao longo de um processo de liberação progressiva, foi imagem do ante poder permanecendo em constante provocação é intitulado Boca do inferno. A religiosidade desesperada de Gregório de Matos é crente e incrédula. Possuindo ele um impulso irônico dirigindo para a sátira. Em Gregório a contradição é saudavelmente cultivada. O riso de Gregório e desconcertante não ri, ridiculariza. Na sátira de Gregório a rebelião esta no interior do verso. Tendo a linguagem em toda a sua radicalidade, transforma o fracasso em triunfo.

No sexto capitulo '“DA CRISE DO RENASCIMENTO A CRISE DA MODERNIDADE: LUÍS DE CAMÕES”. Retrata que no trabalho realizado por Camões na linha do horizonte moderno desenha o percurso da modernidade, Camões experimenta, duas situações reconhecendo a experiência como fonte do saber. Camões evita a lírica petrarquiana provavelmente sedentária “em camões se funda no reconhecimento da impossibilidade de consertar o mundo, e dai decorre o seu caráter indiscutivelmente trágico; Camões destaca a importância do dialogo. “É sob a égide de camões que a língua portuguesa atual nasce”. E é nesse dialogo que se dirige os que virão Camões um poeta da modernidade. E assim Portela faz um elogio “ Por isso todos os tempos, somos reconhecidos e nos reconhecemos nele. Em Luís Vaz de Camões “.

III PARTE[editar | editar código-fonte]

No sétimo capitulo “OS TERMOS DO CONTRATO NA CIDADE LIBERAL”. Segundo Eduardo Portela o discurso liberal é iluminado pelo sistema do século XVII, e sobre tudo no século XVIII sob os acessos compulsivos da razão experimentou o primeiro choque ao depara-se com as sombras do caminho do progresso. Sendo que o ano setecentos deve ser visto como época dos contrates havendo o fascínio da literatura plena teve a necessidade de incluir a normatividade como núcleo. O romantismo tenta resolver as contradições da ilustração. Sendo o romantismo “generoso” da missão Europa. O novo sistema é realizado em torno da Ideia. Na estética de Hegel a síntese esta confiada a historia. Segundo Portela o programa romântico paga o preço da ilusão, trata a síntese como esquema previsível e controlado. A literatura é esquivada como elemento do prazer. A literatura plena destituída de relativizações descende do mito da felicidade completa. E permitida a ironia que desempenhe o seu papel de agente do processo textual. A ironia é tematizada a partir da Inter textualização. Nietzsche foi o primeiro irônico dos tempos modernos. Nos primeiros dias do romantismo o conceito de ironia é ima síntese conciliadora absolutamente harmonizada. A ironia romântica e confiante e plena ao contrario da moderna que é vazia. E é nessa viagem interminável que este processo de Inter textualização orientada pela consciência comunicativa concede a compreensão do real.

No oitavo capitulo “GONÇALVES DE MAGALHÃES, A DIFÍCIL TRANSIÇÃO”. Para compreender a realidade pelos românticos oscila entre a fotografia e a tarefa de juntar mito e religião. E segundo Portela “A literatura fez desse principio um postulado supremo” Portela faz uma critica a Gonçalves Magalhães sob a proteção da monarquia de Pedro II, prefere absorver a instaurar, reproduzir a criar, copiar a realizar. O romantismo nasce quebrado partido pelo conformismo. “Magalhães romântico mal sucedido clássico retardatário” (Eduardo Portela -1974)

No nono capitulo “JOSE DE ALENCAR E O OUTRO ROMANTISMO”. A obra de Jose de Alencar adquire um novo romantismo modernizador, sensível ligado a pulsações coletivas, isso faz constatar na existência de pelos menos dois romantismos. Jose de Alencar se sobressai a função do presente instigado pelo impulso do futuro. Portela afirma “cidade em Alencar é experiência e é linguagem”. Sendo a paisagem determinante nas relações entre pessoas. Alencar aprendeu com Macedo os segredos da politica do sucesso. A lição de Alencar fortalece num contexto de critica cultural. Jose de Alencar trabalha em outro romantismo.

No decimo capitulo “A PAIXÃO PROIBIDA”. Retrata as artimanhas da modernidade a respeito do romântico. Segundo Eduardo Portela “O fazer literário logo se revelou discriminatório” somente se recuperando quando apreendido no seu vigor paradoxal. Mas sempre o processo romântico se contradiz e a cada minuto aflora o perfil paradoxal. E é na modernidade que se verifica o influxo a sedutor vem ser o herói da paixão, chegado ser um pouco além o discurso do sedutor. Preenchendo o romance o espaço branco da lírica. Segundo Eduardo Portela “ O romance é a epopeia ao vivo”. O romance registra a nunca sutil engenharia das proibições. O romantismo e suas relações com a modernidade são paradoxais.

IV PARTE[editar | editar código-fonte]

No decimo primeiro capitulo “AUGUSTO DOS ANJOS, UMA POÉTICA DA CONFLUÊNCIA”. Retrata Augusto Dos Anjos como desafortunado autor do EU. O poeta só é poeta quando morre na vida da obra. Segundo Portela é difícil diagnosticar o poeta Augusto Dos Anjos, pois sua doença é cultural pela “má consciência o poeta é entregue a uma espécie de descristianização”. Augusto dos anjos é um desafio critico. Augusto desidealizou o conceito de gosto para de sacralizar linguagem para de preconceituosamente a experiência humana.

V PARTE[editar | editar código-fonte]

No decimo segundo capitulo “CONVIVÊNCIA E COMPROMISSO INTELECTUAL”.Faz uma biografia dos titulares da cadeira n°27 que vai de Joaquim Nabuco ( o fundador ) a Octávio de Faria . Joaquim Nabuco (1949-1910) foi o que trouxe consigo o sentido da grandeza e pode pensar a nação no voo universal. Seguido de Levy Carneiro (1882-1971) Leva adiante a lição do seu mestre Rui Barbosa e que é atenta às palpitações comunitárias e que se afirma como esteio consensual do Estado de Direito. Chegando a Octávio de Faria, crescendo por suas mãos uma literatura problemática que ultrapassa os limites cronológicos que são por ele mesmo estipulados, mas foi nesta mesma cadeira que se afirmou no rumo de Joaquim Nabuco e Octávio de Faria um lugar superior da convivência.

No decimo terceiro capitulo “EDUCAÇÃO E ESTADO”.Faz uma homenagem a Anísio Teixeira(o patrono)e Hermes Lima o primeiro ocupante da cadeira n° 8. Anísio Teixeira que chega a compreensão operativa do estado por intermédio da educação. Hermes Lima âncora o seu entendimento da educação no porto seguro ESTADO. Ambos buscaram o encontro do homem moderno com a técnica, promoveram o reflorestamento da cultura. Hermes Lima publica o livro: Anísio Teixeira, Estadista da Educação. O novo ideário proposto por Anísio Teixeira e valoriza do por Hermes Lima. Anísio Teixeira e Hermes Lima acreditaram e confiaram nas mediações da educação e do estado. Eles dissolveram as barreiras entre o poder e o saber.

VI PARTE[editar | editar código-fonte]

No decimo quarto capitulo “FICÇÃO E RENOVAÇÃO NO NORDESTE DOS ANOS 30”. Declara que o romance de 30 não reproduzindo o escândalo revolucionário dos anos 20 representa fazer um esforço terrível. A leitura do romance nordestino é reduzida a relações de violência. Como critica a literatura foi conhecida como “sorriso da sociedade”. Mas não tardou para que este sorriso fosse logo recolhido. O romance do Nordeste foi considerado como lição de vida.

No decimo quinto capitulo “GILBERTO FREIRE E A ECLOSÃO NARRATIVA”. Homenageia Gilberto Freire, por criar o estilo Gilberto Freire declarando que este foi o arrumador da casa nos anos 30, sendo que nem sempre sua atitude foi compreendida por seus companheiros. Pode-se ligar Gilberto Freire a ficção moderna no Brasil.

VII PARTE[editar | editar código-fonte]

No decimo sexto capitulo “CRITICA DA RAZÃO IMPURA”. Retrata o III Congresso Afro Brasileiro um estudo do negro e do Afro-brasileiro na maneira de se esquivar ao autoritarismo. Sendo em Gilberto Freyre demostrada a razão afetiva que se propaga por todos os cantos do empreendimento sendo esse o motivo de ser o primeiro pensador dotado de consciência comunicativa. A consciência comunicativa e contrario ao saber soberano ela nutre da relação, parceria e o acordo, sendo esta empenhada em mostrar. Por isso o Brasil de Gilberto Freyre emerge e ganha vida em suas estórias erguidas sobre a pauta alternativa do III Congresso Afro-brasileiro.

No decimo sétimo capitulo “O LIVRO E O TEMPO”. Declara que o livro amplia a fonte da historia toda vez que ultrapassa os seus limites temáticos e ergue o seu próprio tempo. O livro Casa Grande e Senzala estar localizado na linha divisória de ciência e arte. Sendo também um discurso singularmente plural.

VIII PARTE[editar | editar código-fonte]

No decimo oitavo capitulo “JORGE AMADO AS CENAS ABERTA”. Retrata o escritor brasileiro Jorge Amado que estreou em 1931 com o livro “O País Do Carnaval” utilizando de movimentos tensos e partidos periferias e guetos. Também nas cenas abertas os personagens constituem de fatores de descompressão ideológicas. O desempenho de Jorge amado mantem-se nas distancias das armadilhas da nossa cultura.

No decimo nono capitulo “INFATIGÁVEL SONHO DA LIBERDADE”. Nas fabulas de Jorge Amado se encontra a hora dos sem vez do contrato sem preconceitos. Jorge Amado cede à mordacidade e é nele que perpassa o infatigável sonho da liberdade de Jorge Amado.


IX PARTE[editar | editar código-fonte]

No vigésimo capitulo “O ROSTO DA ESFINGE”. No livro uma aprendizagem ou o livro dos prazeres se descobre uma espécie de indicação ao universo de Clarice Lispector. Sendo este livro uma eterna fabula de amor envolve uma experiência enigmática como o rosto da esfinge ”decifra-me ou ti devoro”. Esse amor se transpõe ao limite do saber. Não importando se o livro de Clarice Lispector seja um romance ou não ele é tudo ao mesmo tempo e é em meio da silencio se instaura a linguagem como no rosto da esfinge.

No vigésimo primeiro capitulo “O GRITO DO SILENCIO”. Fala de uma nova Clarice “exterior e explicita”. Sendo a opção de Clarice Lispector a linguagem o verdadeiro lugar da existência antes o silêncio agora dilacerada do grito sendo preciso ouvir o grito no exterior do silencio.

X PARTE[editar | editar código-fonte]

No vigésimo segundo capitulo “A LITERATURA RECESSIVA”. Declara a forma canônica do ocidente que desestabiliza o conceito. Tornando a construção da literatura uma preocupação permanente com o destinatário o conceito cede ao fato e cede de uma espécie de estética instantânea. Devendo ser uma ação interativa entre o autor texto e destinatário como um encalço.



--Sarah chaves (discussão) 03h18min de 17 de março de 2013 (UTC)

Bibliografia Crítica[editar | editar código-fonte]

  • NEJAR, Carlos. Eduardo Portella: ação e argumentação. Rio de Janeiro: Antares, 1985.
  • SEPÚLVEDA, Carlos (org.). Eduardo Portella: a Linguagem solidária. Rio de Janeiro: Topbooks, 2003.

Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]

Membro da Academia Brasileira de Letras, é o sexto ocupante da cadeira 27, eleito em 19 de março de 1981, recebido em 18 de agosto de 1981 pelo acadêmico Afrânio Coutinho. Recebeu as acadêmicas Lygia Fagundes Telles e Zélia Gattai e os acadêmicos Carlos Nejar, Celso Furtado, Cândido Mendes de Almeida, João Ubaldo Ribeiro, Ivan Junqueira e Alfredo Bosi.

Referências

Wikiquote
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Euro Brandão
Ministro da Educação do Brasil
19791980
Sucedido por
Rubem Carlos Ludwig
Precedido por
Otávio de Faria
ABL - cadeira 27
1981 — atualidade
Sucedido por
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