Rubem Fonseca: diferenças entre revisões
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Revisão das 19h49min de 30 de maio de 2013
Rubem Fonseca | |
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Nascimento | 11 de maio de 1925 (99 anos) Juiz de Fora, Brasil |
Nacionalidade | ![]() |
Ocupação | Escritor |
Principais trabalhos | Agosto, O Caso Morel, O Selvagem da Ópera "IANKA MEU AMOR" |
José Rubem Fonseca (Juiz de Fora, 11 de maio de 1925) é um escritor, crítico e roteirista produtor de cinema brasileiro.
É formado em Direito, tendo exercido várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 2002, venceu o Prémio Camões, o mais prestigiado galardão literário para a língua portuguesa, uma espécie de Prémio Nobel para escritores lusófonos.
Biografia
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Maio de 2013) |
Graduou-se em Ciências Humanas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da então Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em 30 de novembro de 1942 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Muitos dos fatos vividos naquela época e dos seus companheiros de trabalho estão imortalizados em seus livros. Aluno brilhante da Escola de Polícia, não demonstrava, então, pendores literários. Ficou pouco tempo nas ruas. Foi, na maior parte do tempo em que trabalhou, até ser exonerado em 6 de fevereiro de 1958, um policial de gabinete. Cuidava do serviço de relações públicas da polícia.
Em julho de 1954 recebeu uma licença para estudar e depois dar aulas sobre esse assunto na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Na Escola de Polícia destacou-se em Psicologia.
Contemporâneos de Rubem Fonseca dizem que, naquela época, os policiais eram mais juízes de paz, apartadores de briga, do que autoridades. Rubem Fonseca via, debaixo das definições legais, as tragédias humanas e conseguia resolvê-las. Nesse aspecto, afirmam[quem?], ele era admirável. Escolhido, com mais nove policiais cariocas, para se aperfeiçoar nos Estados Unidos, entre setembro de 1953 e março de 1954, aproveitou a oportunidade para estudar administração de empresas na New York University. Após sair da polícia, Rubem Fonseca trabalhou na Light até se dedicar integralmente à literatura.
Reconhecidamente uma pessoa que, como Dalton Trevisan, adora o anonimato, é descrito por amigos como pessoa simples, afável e de ótimo humor.
As obras de Rubem Fonseca geralmente retratam, em estilo seco e direto, a luxúria e a violência urbana, em um mundo onde marginais, assassinos, prostitutas, miseráveis e delegados se misturam. A história através da ficção é também uma marca de Rubem Fonseca, como nos romances Agosto (seu livro mais famoso) em que retratou as conspirações que resultaram no suicídio de Getúlio Vargas, e em O Selvagem da Ópera em que retrata a vida de Carlos Gomes, ou ainda A Cavalaria Vermelha, livro de Isaac Babel retratado em Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos.
Criou, para protagonizar alguns de seus contos e romances, um personagem antológico: o advogado Mandrake, mulherengo, cínico e imoral, além de profundo conhecedor do submundo carioca. Mandrake foi transformado em série para a rede de televisão HBO, com roteiros de José Henrique Fonseca, filho de Rubem, e o ator Marcos Palmeira no papel-título.
É viúvo de Théa Maud e tem três filhos: Maria Beatriz, José Alberto e o cineasta José Henrique Fonseca.
Obras
Romances
- O caso Morel (1973)
- A grande arte (1983)
- Bufo & Spallanzani (1986)
- Vastas emoções e pensamentos imperfeitos (1988)
- Agosto (1990)
- O selvagem da ópera (1994)
- O doente Molière (2000)
- Diário de um fescenino (2003)
- Mandrake, a bíblia e a bengala (2005)
- O Seminarista (2009)
- José (2011)
Contos
- Os prisioneiros (1963)
- A coleira do cão (1965)
- Lúcia McCartney (1967)
- Feliz Ano Novo (1975)
- O cobrador (1979)
- Romance negro e outras histórias (1992)
- O buraco na parede (1995)
- Histórias de amor (1997)
- A confraria dos espadas (1998)
- Secreções, excreções e desatinos (2001)
- Pequenas criaturas (2002)
- 64 Contos de Rubem Fonseca (2004)
- Ela e outras mulheres (2006)
- Axilas e Outras Histórias Indecorosas (2011)
Outros
- O homem de fevereiro ou março (antologia, 1973)
- E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto (novela, 1997)
- O romance morreu (crônicas, 2007)
- 64 Contos de Rubem Fonseca (Antologia de contos, 2004)
Prêmios
- Coruja de Ouro pelo roteiro de Relatório de um homem casado, filme dirigido por Flávio Tambellini
- Kikito do Festival de Gramado, pelo roteiro de Stelinha, dirigido por Miguel Faria Jr.
- Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte pelo roteiro de A grande arte, filme dirigido por Walter Salles Jr.
- Prêmio Jabuti
- Correntes de Escrita (2012) - Póvoa de Varzim - Portugal
Bibliografia crítica
- MORAIS JUNIOR, Luis Carlos de. "O mago artificial", in O Estudante do Coração. Rio de Janeiro: Quártica, 2010.
- PETROV, Petar Dimitrov. O Realismo na Ficção de José Cardoso Pires e Rubem Fonseca. Lisboa: Algés, 2000.
- POLESSA, Maria Luiza de Castro. Rubem Fonseca: Retratos e Conversas. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1986.
- SANTOS, Rosa Maria dos. O Conto Policial em Poe e Rubem Fonseca. Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, 1998.
- SILVERMAN, Malcolm. "Rubem Fonseca", págs. 261-277, in Moderna Ficção Brasileira 2. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/MEC, 1981.
- SILVA, Deonísio da. Rubem Fonseca. Coleção Perfis do Rio. Rio de Janeiro: Relume-Dumará/Rio Arte, 1996.
- TELLO Garrido, Romeo. La Violencia como Estética de la Misantropia. Cuatro Acercamientos a la Obra de Rubem Fonseca. México, 1993.
- VIEGAS, Ana Cristina Coutinho. Campos Recepcionais na Obra de Rubem Fonseca. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1998.
- VIEIRA, Nelson H. An ‘Uncanny’ Vision of Art and Reality in Brazil: Rubem Fonseca’s Bufo & Spallanzani. Brown University, /n/d/
Ligações externas
Precedido por Maria Cecilia Caldeira |
![]() 1970 |
Sucedido por Ricardo Ramos |
Precedido por José J. Veiga |
![]() 1984 |
Sucedido por João Ubaldo Ribeiro |
Precedido por — |
![]() 1993 |
Sucedido por Nelson Rodrigues, Marcos Rey e Hilda Hilst |
Precedido por Dalton Trevisan, Regina Rheda e Victor Giudice |
![]() 1996 |
Sucedido por Marina Colasanti, Silviano Santiago e Antônio Carlos Villaça |
Precedido por Fernando Sabino |
![]() 2003 |
Sucedido por Sergio Sant’Anna |
Precedido por Maria Velho da Costa |
Prêmio Camões 2003 |
Sucedido por Agustina Bessa-Luís |
- Nascidos em 1925
- Escritores contemporâneos do Brasil
- Romancistas do Brasil
- Contistas de Minas Gerais
- Roteiristas do Brasil
- Escritores vencedores do Prémio Camões
- Prêmio Jabuti
- Escritores de Minas Gerais
- Naturais de Juiz de Fora
- Ex-alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro
- Ateus do Brasil