Assexualidade: diferenças entre revisões
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'''Assexualidade''' é a falta total, parcial ou condicional de atração sexual a qualquer pessoa, com pouco ou inexistente interesse nas [[Comportamento sexual humano|atividades sexuais humanas]].<ref name="Crooks">{{citar livro|autor1 =Robert L. Crooks |autor2 =Karla Baur|título=Our Sexuality|isbn=978-1305887428|publicado=[[Cengage Learning]]|ano=2016|página=300|acessodata=4 de janeiro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=isIaCgAAQBAJ&pg=PT300}}</ref><ref name="Helm">{{citar livro|autor =Katherine M. Helm|título=Hooking Up: The Psychology of Sex and Dating|isbn=978-1610699518|publicado=[[ABC-CLIO]]|ano=2015|página=32|acessodata=4 de janeiro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=O3K9CgAAQBAJ&pg=PA32}}</ref><ref name="Kelly">{{citar livro|último = Kelly|primeiro = Gary F.|título= Sexuality Today: The Human Perspective|edição=7|ano= 2004 |publicado= [[McGraw-Hill]] |isbn= 978-0-07-255835-7|página= 401|capítulo= Chapter 12 |postscript = Asexuality is a condition characterized by a low interest in sex.}}</ref> Pode ser considerada uma [[orientação sexual]] |
'''Assexualidade''' é a falta total, parcial ou condicional de atração sexual a qualquer pessoa, com pouco ou inexistente interesse nas [[Comportamento sexual humano|atividades sexuais humanas]].<ref name="Crooks">{{citar livro|autor1 =Robert L. Crooks |autor2 =Karla Baur|título=Our Sexuality|isbn=978-1305887428|publicado=[[Cengage Learning]]|ano=2016|página=300|acessodata=4 de janeiro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=isIaCgAAQBAJ&pg=PT300}}</ref><ref name="Helm">{{citar livro|autor =Katherine M. Helm|título=Hooking Up: The Psychology of Sex and Dating|isbn=978-1610699518|publicado=[[ABC-CLIO]]|ano=2015|página=32|acessodata=4 de janeiro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=O3K9CgAAQBAJ&pg=PA32}}</ref><ref name="Kelly">{{citar livro|último = Kelly|primeiro = Gary F.|título= Sexuality Today: The Human Perspective|edição=7|ano= 2004 |publicado= [[McGraw-Hill]] |isbn= 978-0-07-255835-7|página= 401|capítulo= Chapter 12 |postscript = Asexuality is a condition characterized by a low interest in sex.}}</ref> Pode ser considerada uma [[orientação sexual]] ou a falta de uma.<ref name= Bogaert2004>{{Citar periódico |último= Bogaert |primeiro= Anthony F. |ano= 2004 |título= Asexuality: prevalence and associated factors in a national probability sample |periódico= [[Journal of Sex Research]] |volume= 41 |número= 3 |páginas= 279–87 |pmid=15497056 |doi= 10.1080/00224490409552235}}</ref><ref name="Sexual orientation">{{Citar periódico |último= Melby |primeiro= Todd |título= Asexuality gets more attention, but is it a sexual orientation? |periódico= Contemporary Sexuality |data= novembro de 2005 |volume= 39 |número= 11 |páginas= 1, 4–5 |issn= 1094-5725 |url= http://www.apositive.org/wordpress_backup/?page_id=222 |acessodata= 20 de novembro de 2011 |postscript= [http://journalseek.net/cgi-bin/journalseek/journalsearch.cgi?field=title&query=1094-5725 The journal currently does not have a website]}}</ref><ref name="Sex and society">{{Citar livro |editor= Marshall Cavendish |título= Sex and Society |url= https://books.google.com/books?id=aVDZchwkIMEC&pg=PA82 |acessodata= 27 de julho de 2013 |volume= 2 |ano= 2010 |publicado= Marshall Cavendish |isbn= 978-0-7614-7906-2 |páginas= 82–83 |contribuição= Asexuality}}</ref> Pode também ser categorizada [[hiperónimo|mais largamente]] para incluir um amplo espectro de [[assexualidade cinza|subidentidades assexuais]].<ref>{{citar periódico|último =Scherrer|primeiro =Kristin|título=Coming to an Asexual Identity: Negotiating Identity, Negotiating Desire|periódico=Sexualities|volume=11|número=5|páginas=621–641|doi=10.1177/1363460708094269|pmid=20593009|pmc=2893352|ano=2008}}</ref> |
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A assexualidade é distinta da [[abstinência sexual|abstenção de atividade sexual]] e do [[celibato]],<ref name="Halter">{{Citar livro |autores= Margaret Jordan Halter, Elizabeth M. Varcarolis |título= Varcarolis' Foundations of Psychiatric Mental Health Nursing |isbn= 1-4557-5358-0 |publicado= [[Elsevier Health Sciences]] |ano= 2013 |página= 382 |acessodata= 7 de maio de 2014 |url= https://books.google.com/books?id=mZ15AAAAQBAJ&pg=PA382&dq=&hl=en&sa=X&ei=ysV7Upr5FfPnsATW8IGYBw&ved=0CC0Q6AEwAA#v=onepage&q=&f=false}}</ref><ref name="DePaulo">{{Citar web |primeiro= Bella |último= DePaulo |título= ASEXUALS: Who Are They and Why Are They Important? |publicado= ''[[Psychology Today]]'' |data= 26 de setembro de 2011 |acessodata= 13 de dezembro de 2011 |url= http://www.psychologytoday.com/blog/living-single/200912/asexuals-who-are-they-and-why-are-they-important}}</ref> que são comportamentais e geralmente motivados por fatores como crenças pessoais, sociais, ou religiosas de um indivíduo.<ref>''The American Heritage Dictionary of the English Language'' (3d ed. 1992), registros de ''celibacy'' e ''abstinence''</ref> Acredita-se que a orientação sexual, ao contrário do comportamento sexual, é "duradoura".<ref name="apahelp">{{Citar web |título= Sexual orientation, homosexuality and bisexuality |publicado= [[American Psychological Association]] |acessodata= 30 de março de 2013 |url= http://www.apa.org/helpcenter/sexual-orientation.aspx}}</ref> Algumas pessoas assexuais engajam em atividades sexuais, mesmo não tendo desejo por sexo ou atração sexual, por uma variedade de razões, como a vontade de sentir ou dar prazer a alguém, ou o desejo de ter filhos.<ref name="Prause"/><ref name="Halter"/> |
A assexualidade é distinta da [[abstinência sexual|abstenção de atividade sexual]] e do [[celibato]],<ref name="Halter">{{Citar livro |autores= Margaret Jordan Halter, Elizabeth M. Varcarolis |título= Varcarolis' Foundations of Psychiatric Mental Health Nursing |isbn= 1-4557-5358-0 |publicado= [[Elsevier Health Sciences]] |ano= 2013 |página= 382 |acessodata= 7 de maio de 2014 |url= https://books.google.com/books?id=mZ15AAAAQBAJ&pg=PA382&dq=&hl=en&sa=X&ei=ysV7Upr5FfPnsATW8IGYBw&ved=0CC0Q6AEwAA#v=onepage&q=&f=false}}</ref><ref name="DePaulo">{{Citar web |primeiro= Bella |último= DePaulo |título= ASEXUALS: Who Are They and Why Are They Important? |publicado= ''[[Psychology Today]]'' |data= 26 de setembro de 2011 |acessodata= 13 de dezembro de 2011 |url= http://www.psychologytoday.com/blog/living-single/200912/asexuals-who-are-they-and-why-are-they-important}}</ref> que são comportamentais e geralmente motivados por fatores como crenças pessoais, sociais, ou religiosas de um indivíduo.<ref>''The American Heritage Dictionary of the English Language'' (3d ed. 1992), registros de ''celibacy'' e ''abstinence''</ref> Acredita-se que a orientação sexual, ao contrário do comportamento sexual, é "duradoura".<ref name="apahelp">{{Citar web |título= Sexual orientation, homosexuality and bisexuality |publicado= [[American Psychological Association]] |acessodata= 30 de março de 2013 |url= http://www.apa.org/helpcenter/sexual-orientation.aspx}}</ref> Algumas pessoas assexuais engajam em atividades sexuais, mesmo não tendo desejo por sexo ou atração sexual, por uma variedade de razões, como a vontade de sentir ou dar prazer a alguém, ou o desejo de ter filhos.<ref name="Prause"/><ref name="Halter"/> |
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A aceitação da assexualidade como orientação sexual e o início das [[Método científico|pesquisas científicas]] em relação ao tema ainda são muito recentes,<ref name="Helm"/><ref name="Prause">{{citar periódico|último =Prause |primeiro =Nicole |autor2 =Cynthia A. Graham |data=agosto de 2004 |url=http://www.kinseyinstitute.org/publications/PDF/PrauseGrahamPDF.pdf |título=Asexuality: Classification and Characterization |periódico=[[Archives of Sexual Behavior]] |volume=36 |páginas=341–356 |acessodata=31 de agosto de 2007 |doi=10.1007/s10508-006-9142-3 |pmid=17345167 |número=3 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070927014407/http://www.kinseyinstitute.org/publications/PDF/PrauseGrahamPDF.pdf |arquivodata=27 de setembro de 2007 |urlmorta= sim}}</ref><ref name="Sexual orientation"/> conforme um corpo crescente de perspetivas tanto sociológicas começou a desenvolver-se.<ref name="Prause"/> Enquanto alguns investigadores afirmam que |
A aceitação da assexualidade como orientação sexual e o início das [[Método científico|pesquisas científicas]] em relação ao tema ainda são muito recentes,<ref name="Helm"/><ref name="Prause">{{citar periódico|último =Prause |primeiro =Nicole |autor2 =Cynthia A. Graham |data=agosto de 2004 |url=http://www.kinseyinstitute.org/publications/PDF/PrauseGrahamPDF.pdf |título=Asexuality: Classification and Characterization |periódico=[[Archives of Sexual Behavior]] |volume=36 |páginas=341–356 |acessodata=31 de agosto de 2007 |doi=10.1007/s10508-006-9142-3 |pmid=17345167 |número=3 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070927014407/http://www.kinseyinstitute.org/publications/PDF/PrauseGrahamPDF.pdf |arquivodata=27 de setembro de 2007 |urlmorta= sim}}</ref><ref name="Sexual orientation"/> conforme um corpo crescente de perspetivas tanto sociológicas começou a desenvolver-se.<ref name="Prause"/> Enquanto alguns investigadores afirmam que assexualidade é orientação sexual, outros investigadores discordam.<ref name="Sexual orientation"/><ref name="Sex and society"/> |
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Diversas comunidades assexuais começaram a formar-se desde o advento da Internet e das [[mídias sociais]]. A mais prolífica e conhecida delas é a Asexual Visibility and Education Network (AVEN), fundada em 2001 por [[David Jay]].<ref name="Sex and society"/><ref name="Swash">{{Citar web |primeiro= Rosie |último= Swash |título= Among the asexuals |publicado= ''[[The Guardian]]'' |data= 25 de fevereiro de 2012 |acessodata= 2 de fevereiro de 2013 |url= http://www.guardian.co.uk/lifeandstyle/2012/feb/26/among-the-asexuals}}</ref> |
Diversas comunidades assexuais começaram a formar-se desde o advento da Internet e das [[mídias sociais]]. A mais prolífica e conhecida delas é a Asexual Visibility and Education Network (AVEN), fundada em 2001 por [[David Jay]].<ref name="Sex and society"/><ref name="Swash">{{Citar web |primeiro= Rosie |último= Swash |título= Among the asexuals |publicado= ''[[The Guardian]]'' |data= 25 de fevereiro de 2012 |acessodata= 2 de fevereiro de 2013 |url= http://www.guardian.co.uk/lifeandstyle/2012/feb/26/among-the-asexuals}}</ref> |
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[[File:Kinsey Scale.svg|thumb|upright=1.3|[[Escala de Kinsey]] de respostas sexuais, que indicam graus de [[orientação sexual]]. A escala original incluía uma designação de "X", que indicava uma carência de comportamento sexual.<ref name="Lehmiller">{{citar livro|autor =Justin J. Lehmiller|título=The Psychology of Human Sexuality|publicado=[[John Wiley & Sons]]|isbn=978-1119164708|página=250|data=2017|acessodata=29 de novembro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=ytk5DwAAQBAJ&pg=PT250}}</ref>]] |
[[File:Kinsey Scale.svg|thumb|upright=1.3|[[Escala de Kinsey]] de respostas sexuais, que indicam graus de [[orientação sexual]]. A escala original incluía uma designação de "X", que indicava uma carência de comportamento sexual.<ref name="Lehmiller">{{citar livro|autor =Justin J. Lehmiller|título=The Psychology of Human Sexuality|publicado=[[John Wiley & Sons]]|isbn=978-1119164708|página=250|data=2017|acessodata=29 de novembro de 2017|url=https://books.google.com/books?id=ytk5DwAAQBAJ&pg=PT250}}</ref>]] |
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Assexualidade não é um novo aspecto da sexualidade humana, mas é relativamente nova ao discurso público.<ref name="Sesmith">{{citar jornal|primeiro =S. E. |último = Smith|título= Asexuality always existed, you just didn't notice it |jornal=[[The Guardian]]|data=21 de agosto de 2012 |acessdate= 30 de março de 2013|url= https://www.theguardian.com/commentisfree/2012/aug/21/asexuality-always-existed-asexual }}</ref> S. E. Smith de ''[[The Guardian]]'' não tem a certeza de que assexualidade realmente aumentou, mas tende a reditar que está simplesmente mais visível.<ref name="Sesmith" /> [[Alfred Kinsey]] avaliou indivíduos de 0 a 6 de acordo com sua orientação sexual de heterossexual a homossexual, conhecido como a [[escala de Kinsey]]. Ele também incluiu a categoria |
Assexualidade não é um novo aspecto da sexualidade humana, mas é relativamente nova ao discurso público.<ref name="Sesmith">{{citar jornal|primeiro =S. E. |último = Smith|título= Asexuality always existed, you just didn't notice it |jornal=[[The Guardian]]|data=21 de agosto de 2012 |acessdate= 30 de março de 2013|url= https://www.theguardian.com/commentisfree/2012/aug/21/asexuality-always-existed-asexual }}</ref> S. E. Smith de ''[[The Guardian]]'' não tem a certeza de que assexualidade realmente aumentou, mas tende a reditar que está simplesmente mais visível.<ref name="Sesmith" /> [[Alfred Kinsey]] avaliou indivíduos de 0 a 6 de acordo com sua orientação sexual de heterossexual a homossexual, conhecido como a [[escala de Kinsey]]. Ele também incluiu a categoria à qual chamou "X" para indivíduos com "nenhuns contactos ou reações afeto-sexuais."<ref name="Kinsey-male">{{citar livro|primeiro =Alfred C.|último =Kinsey|ano=1948|título=Sexual Behavior in the Human Male|publicado=W.B. Saunders|isbn=978-0-253-33412-1}}</ref><ref name="Kinsey-female">{{citar livro|primeiro =Alfred C.|último =Kinsey|ano=1953|título=Sexual Behavior in the Human Female|publicado=W.B. Saunders|isbn=978-0-253-33411-4}}</ref> Embora, em tempos modernos, isto é categorizado como a representar assexualidade,<ref name="Stange">{{citar livro|autor1 =Mary Zeiss Stange|autor2 =Carol K. Oyster|autor3 =Jane E. Sloan|título=Encyclopedia of Women in Today's World|url=https://books.google.com/books?id=bOkPjFQoBj8C&pg=PA158|access= 27 de julho de 2013|data=23 de fevereiro de 2011|publicado=SAGE Publications|isbn=978-1-4129-7685-5|página=158}}</ref> o estudioso [[Justin J. Lehmiller]] declarou, "a classificação X de Kinsey enfatizou uma carência de comportamento sexual, enquanto a definição moderna de assexualidade enfativa uma carência de atração sexual. Assim, a Escala de Kinsey pode não ser suficiente para classificação precisa de assexualidade."<ref name="Lehmiller"/> Kinsey labeled 1.5% of the adult male population as ''X''.<ref name="Kinsey-male"/><ref name="Kinsey-female"/> Em seu segundo livro, ''Sexual Behavior in the Human Female'', ele reportou sua discriminação de indivíduos que são X: mulheres não-casadas = 14–19%, mulheres casadas = 1–3%, mulheres anteriormente casadas = 5–8%, homens não-casados = 3–4%, homens casados = 0%, e homens anteriormente casados = 1–2%. Vale ressaltar que a escala Kisney atualmente não é amplamente utilizada por estudiosos, sendo abandonadas por conceitos julgados mais modernos e tampouco por populares.<ref name="Kinsey-female" /> |
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Revisão das 18h29min de 11 de agosto de 2021
Parte da série sobre |
Orientação sexual |
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Orientações Assexual (Cinza (Demissexual)) · Ceterossexual · Monossexual (Androssexual · Ginessexual · Heterossexual · Homossexual) · Plurissexual (Bissexual · Onissexual · Pansexual · Polissexual) · Pomossexual |
Conceitos alternativos |
Pesquisas Biologia · Demografia · Escala de Kinsey · Grade de Klein · Diversidade sexual · Sexologia · Fluidez sexual · Neurociência · Hormônios pré-natais
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Categoria |
Assexualidade é a falta total, parcial ou condicional de atração sexual a qualquer pessoa, com pouco ou inexistente interesse nas atividades sexuais humanas.[1][2][3] Pode ser considerada uma orientação sexual ou a falta de uma.[4][5][6] Pode também ser categorizada mais largamente para incluir um amplo espectro de subidentidades assexuais.[7]
A assexualidade é distinta da abstenção de atividade sexual e do celibato,[8][9] que são comportamentais e geralmente motivados por fatores como crenças pessoais, sociais, ou religiosas de um indivíduo.[10] Acredita-se que a orientação sexual, ao contrário do comportamento sexual, é "duradoura".[11] Algumas pessoas assexuais engajam em atividades sexuais, mesmo não tendo desejo por sexo ou atração sexual, por uma variedade de razões, como a vontade de sentir ou dar prazer a alguém, ou o desejo de ter filhos.[12][8]
A aceitação da assexualidade como orientação sexual e o início das pesquisas científicas em relação ao tema ainda são muito recentes,[2][12][5] conforme um corpo crescente de perspetivas tanto sociológicas começou a desenvolver-se.[12] Enquanto alguns investigadores afirmam que assexualidade é orientação sexual, outros investigadores discordam.[5][6]
Diversas comunidades assexuais começaram a formar-se desde o advento da Internet e das mídias sociais. A mais prolífica e conhecida delas é a Asexual Visibility and Education Network (AVEN), fundada em 2001 por David Jay.[6][13]
Investigação
Prevalência
Assexualidade não é um novo aspecto da sexualidade humana, mas é relativamente nova ao discurso público.[15] S. E. Smith de The Guardian não tem a certeza de que assexualidade realmente aumentou, mas tende a reditar que está simplesmente mais visível.[15] Alfred Kinsey avaliou indivíduos de 0 a 6 de acordo com sua orientação sexual de heterossexual a homossexual, conhecido como a escala de Kinsey. Ele também incluiu a categoria à qual chamou "X" para indivíduos com "nenhuns contactos ou reações afeto-sexuais."[16][17] Embora, em tempos modernos, isto é categorizado como a representar assexualidade,[18] o estudioso Justin J. Lehmiller declarou, "a classificação X de Kinsey enfatizou uma carência de comportamento sexual, enquanto a definição moderna de assexualidade enfativa uma carência de atração sexual. Assim, a Escala de Kinsey pode não ser suficiente para classificação precisa de assexualidade."[14] Kinsey labeled 1.5% of the adult male population as X.[16][17] Em seu segundo livro, Sexual Behavior in the Human Female, ele reportou sua discriminação de indivíduos que são X: mulheres não-casadas = 14–19%, mulheres casadas = 1–3%, mulheres anteriormente casadas = 5–8%, homens não-casados = 3–4%, homens casados = 0%, e homens anteriormente casados = 1–2%. Vale ressaltar que a escala Kisney atualmente não é amplamente utilizada por estudiosos, sendo abandonadas por conceitos julgados mais modernos e tampouco por populares.[17]
Debate
Há um desacordo sobre se a assexualidade é uma orientação sexual legítima. Muitos ainda confundem assexualidade com baixa libido. Alguns argumentam que ela cai sobre o nome de distúrbio de hipoatividade sexual ou distúrbio da aversão sexual. Entre os que não acreditam ser uma orientação, outras causas sugeridas incluem abuso sexual passado, repressão sexual, problemas hormonais, desenvolvimento tardio de atração, ou não ter encontrado a pessoa certa. Muitos assexuais auto-identificados, enquanto isso, negam que tais diagnósticos se apliquem a eles; outros argumentam que, porque a sua assexualidade não lhes causa angústia, não deveria ser vista como um distúrbio emocional ou médico. Outros argumentam que no passado, foram feitas afirmações semelhantes sobre a homossexualidade e bissexualidade, apesar do fato de que muitas pessoas agora as considerem como orientações legítimas.
Entretanto, a maior parte dos argumentos contrários à assexualidade se dão tomando como base as pesquisas relacionadas à falta de atração sexual, que não é sinônimo de assexualidade, já que a falta de atração sexual possui várias causas possíveis. Já as pesquisas voltadas diretamente à área da assexualidade têm concluído que os assexuais não são portadores de patologias e de problemas psicológicos comumente atribuídos a outras pessoas que, por algum problema, não sentem ou deixaram de sentir atração sexual.
Pesquisa
Um estudo feito com cordeiros chegou ao resultado de que cerca de 2% a 3% dos indivíduos estudados não tinham interesse aparente em acasalar com sexo algum. Outro estudo, foi feito com ratos e gerbilos, em que até 12% dos machos não mostraram interesse nas fêmeas. Contudo, como suas interações com outros machos não foram medidas, o estudo é de uso limitado no que toca à assexualidade (Westphal, 2004).
Uma pesquisa de opinião no Reino Unido sobre sexualidade incluiu uma pergunta sobre atração sexual, e 1% dos entrevistados responderam que "nunca se sentiram atraídos sexualmente por absolutamente ninguém" (Bogaert, 2004). O Kinsey Institute conduziu uma pequena pesquisa sobre esse assunto, que concluiu que "os assexuais parecem melhor caracterizados por pouco desejo sexual e excitação que por baixos níveis de comportamento sexual ou alta inibição sexual" (Prause e Graham, 2002). Esse estudo também menciona um conflito quanto à definição de "assexual": os pesquisadores descobriram quatro definições diferentes na literatura, e afirmaram que era incerto se aquelas identificando assexual estavam se referindo a uma orientação.
Lori Brotto,[19] pesquisadora britânica sobre o tema, ao iniciar a sua pesquisa de campo em grupos assexuais, acreditava que essas pessoas poderiam estar se considerando assexuais por alienação, pensamento suicida, sintomas psicopáticos, transtornos sexuais, ansiedade, stress pós-traumático, dentre outros problemas. Mas, ao aprofundar os seus estudos, percebeu que, entre os assexuais, não havia evidência dessa orientação sexual ser determinada por qualquer patologia.
Subclassificações
Alguns assexuais usam um sistema de classificação desenvolvido (e então aposentado) pelo fundador da Asexual Visibility and Education Network. Nesse sistema, assexuais são divididos em tipos de A a D:
- Assexual tipo A: possui atração romântica por indivíduos do gênero oposto (heterorromântico).
- Assexual tipo B: possui atração romântica por indivíduos do mesmo gênero (homorromântico).
- Assexual tipo C: possui atração romântica por ambos os tipos de indivíduos (biromântico).
- Assexual tipo D: sem atração romântica (arromântico).
Note que a assexualidade não é o mesmo que celibato, que é a abstinência deliberada de atividade sexual; muitos assexuais fazem sexo, e a maioria dos celibatários não são assexuais. A AVEN não utiliza mais esse sistema por se tratar de algo muito exclusivo.
Ver também
- Orientação romântica
- Androginia
- Intersexualidade
- Identidade de Gênero
- Antissexualismo
- Assexualidade cinza
- Pomossexualidade
- Polissexualidade
Referências
- ↑ Robert L. Crooks; Karla Baur (2016). Our Sexuality. [S.l.]: Cengage Learning. p. 300. ISBN 978-1305887428. Consultado em 4 de janeiro de 2017
- ↑ a b Katherine M. Helm (2015). Hooking Up: The Psychology of Sex and Dating. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 32. ISBN 978-1610699518. Consultado em 4 de janeiro de 2017
- ↑ Kelly, Gary F. (2004). «Chapter 12». Sexuality Today: The Human Perspective 7 ed. [S.l.]: McGraw-Hill. p. 401. ISBN 978-0-07-255835-7Asexuality is a condition characterized by a low interest in sex.
- ↑ Bogaert, Anthony F. (2004). «Asexuality: prevalence and associated factors in a national probability sample». Journal of Sex Research. 41 (3): 279–87. PMID 15497056. doi:10.1080/00224490409552235
- ↑ a b c Melby, Todd (novembro de 2005). «Asexuality gets more attention, but is it a sexual orientation?». Contemporary Sexuality. 39 (11): 1, 4–5. ISSN 1094-5725. Consultado em 20 de novembro de 2011 The journal currently does not have a website
- ↑ a b c Marshall Cavendish, ed. (2010). «Asexuality». Sex and Society. 2. [S.l.]: Marshall Cavendish. pp. 82–83. ISBN 978-0-7614-7906-2. Consultado em 27 de julho de 2013
- ↑ Scherrer, Kristin (2008). «Coming to an Asexual Identity: Negotiating Identity, Negotiating Desire». Sexualities. 11 (5): 621–641. PMC 2893352. PMID 20593009. doi:10.1177/1363460708094269
- ↑ a b Margaret Jordan Halter, Elizabeth M. Varcarolis (2013). Varcarolis' Foundations of Psychiatric Mental Health Nursing. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 382. ISBN 1-4557-5358-0. Consultado em 7 de maio de 2014
- ↑ DePaulo, Bella (26 de setembro de 2011). «ASEXUALS: Who Are They and Why Are They Important?». Psychology Today. Consultado em 13 de dezembro de 2011
- ↑ The American Heritage Dictionary of the English Language (3d ed. 1992), registros de celibacy e abstinence
- ↑ «Sexual orientation, homosexuality and bisexuality». American Psychological Association. Consultado em 30 de março de 2013
- ↑ a b c Prause, Nicole; Cynthia A. Graham (agosto de 2004). «Asexuality: Classification and Characterization» (PDF). Archives of Sexual Behavior. 36 (3): 341–356. PMID 17345167. doi:10.1007/s10508-006-9142-3. Consultado em 31 de agosto de 2007. Arquivado do original (PDF) em 27 de setembro de 2007
- ↑ Swash, Rosie (25 de fevereiro de 2012). «Among the asexuals». The Guardian. Consultado em 2 de fevereiro de 2013
- ↑ a b Justin J. Lehmiller (2017). The Psychology of Human Sexuality. [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 250. ISBN 978-1119164708. Consultado em 29 de novembro de 2017
- ↑ a b Smith, S. E. (21 de agosto de 2012). «Asexuality always existed, you just didn't notice it». The Guardian. Consultado em 30 de março de 2013
- ↑ a b Kinsey, Alfred C. (1948). Sexual Behavior in the Human Male. [S.l.]: W.B. Saunders. ISBN 978-0-253-33412-1
- ↑ a b c Kinsey, Alfred C. (1953). Sexual Behavior in the Human Female. [S.l.]: W.B. Saunders. ISBN 978-0-253-33411-4
- ↑ Mary Zeiss Stange; Carol K. Oyster; Jane E. Sloan (23 de fevereiro de 2011). Encyclopedia of Women in Today's World. [S.l.]: SAGE Publications. p. 158. ISBN 978-1-4129-7685-5 Parâmetro desconhecido
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ignorado (ajuda) - ↑ Understanding Asexuality - [1]
Ligações externas
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- Prause, Nicole, and Graham. Asexuality: a preliminary investigation. Acessado em 4 de março de 2005. (Nota: arquivo do Power Point.)
- Bogaert, Anthony F. (Agosto de 2004). prevalence and associated factors in a national probability sample. Journal of Sex Research. Acessado em 5 de março de 2005.
- Asexual Visibility and Education Netwok
- «Asexual and proud!». Salon, (26 de maio de 2005)
- No sex please, we're asexual The Guardian, (14 de outubro de 2004).
- Study: One in 100 adults asexual CNN, (14 de outubro de 2004).
- Young, Attractive, and Totally Not Into Having Sex Wired, 18 de fevereiro de 2015.
- Asexual and Happy. The New York Times, 2 de julho de 2015.
- Love But No Sex: What It's Like Being a 23-Year-Old Asexual Woman, The Quint, 28 de dezembro de 2017.
- Asexual personals
- The Official Nonlibidoism Society
- O Movimento dos sem sexo.
- Jovens assexuados usam web para encontrar semelhantes.
- Britânica de 21 anos conta como é ser assexuada.
- Assexuados são minoria incompreendida do momento.
- 'Assexuais são os novos gays', diz especialista em celibato.
- Nem toda atração é sexual.
- Westphal, Sylvia Pagan (14 de outubro de 2004). to be asexual. New Scientist.