Saltar para o conteúdo

Geografia do Rio Grande do Sul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Geografia do Rio Grande do Sul toma uma área de 282.062 km² (cerca de pouco mais que 3% de todo território nacional, equivalente ao do Equador) e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT. Todo o seu território está abaixo do Trópico de Capricórnio. No Brasil, o estado faz parte da região Sul, fazendo fronteiras com o estado de Santa Catarina e dois países: Uruguai e Argentina. É banhado pelo oceano Atlântico e possui duas das maiores lagoas do Brasil: a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira, além de possuir uma das maiores lagunas do mundo: a Lagoa dos Patos, que possui água salobra.

Sua população constitui cerca de 6% do número de habitantes do país.

Mapa geomorfológico do Rio Grande do Sul

O relevo gaúcho é bastante variado, com um planalto ao norte, depressões no centro e planícies costeiras. Ao norte, ultrapassando os 1000 metros e podendo chegar a menos de 100 metros no Vale do Taquari.

O ponto culminante do estado é o Pico do Monte Negro, em São José dos Ausentes, nos Campos de Cima da Serra, com 1410 metros, à beira da Serra Geral.

O Rio Grande do Sul possui quatro unidades geomorfológicas: Planalto Norte-Rio-Grandense (Planalto Meridional), Depressão Central, Escudo Sul-Rio-Grandense (Serras de Sudeste) e Planície Costeira.

Planalto norte-rio-grandense (ou planalto meridional)

[editar | editar código-fonte]
Cânion de Itaimbezinho.
Ver artigo principal: Planalto Meridional

Formado por rochas basálticas da era mesozoica, essa área fica a nordeste do estado, onde se encontram as partes mais altas do estado, podendo chegar aos 1000 metros. O ponto mais alto é o Pico do Monte Negro, no município de São José dos Ausentes, com 1410 metros. O relevo rio-grandense é caracterizado por coxilhas suaves e vales rasos. Sem transição, as ondulações suaves dão lugar à paredões verticais e rochas basálticas. A Vegetação é perto das florestas de fortaleza AM

Com uma altitude média de 950 metros, nos dias claros pode-se divisar o Oceano Atlântico desde as bordas dos cânions, bem como diversas cidades próximas da costa, como Praia Grande (SC) ou Torres (RS). Formado a partir de intensas atividades vulcânicas havidas há milhões de anos, sucessivos derrames de lava vieram originar o Planalto Sul-brasileiro, coberto por campos limpos, matas de araucárias e inúmeras nascentes de rios cristalinos. Ao leste, este imenso platô é subitamente interrompido por abismos verticais que levam à região litorânea, daí originando-se o nome de Aparados da Serra. Em alguns pontos, decorrentes de desmoronamentos, falhas naturais da rocha e processos de erosão, encontram-se grandiosos cânions, tais como o Itaimbezinho.

O Itaimbezinho é um cânion (ou desfiladeiro) situado no Parque Nacional de Aparados da Serra, a cerca de 170 quilômetros ao nor-nordeste de Porto Alegre, próximo à fronteira do estado de Santa Catarina. O cânion tem uma extensão de 5,8 quilômetros, com uma largura máxima de dois quilômetros e uma altura máxima de cerca de 700 metros, sendo percorrido pelo arroio Perdizes. Dentre estes, existem outros como Churriado, o Malacara e o Fortaleza.

Depressão Central

[editar | editar código-fonte]

Ao centro do estado fica a Depressão Central, que são terrenos de baixa altitude ligados de leste a oeste, beirados por terras baixas, não passando de 400 metros de altitude, onde se encontram importantes cidades como Santa Maria e São Gabriel.

Escudo Sul-Riograndense

[editar | editar código-fonte]
Coxilhas das Serras de Sudeste, no município de Morro Redondo.
Ver artigo principal: Serras de Sudeste

Logo ao sul localiza-se o Escudo Sul-Riograndense, também conhecido como Serras de Sudeste, que é formado de rochas do período Pré-Cambriano e, por isso, desgastado pela erosão. O ponto mais alto não ultrapassa os 600 metros de altitude. Abrange cidades como Camaquã e Canguçu.

Planície Costeira

[editar | editar código-fonte]

Abrange toda a faixa litorânea do Rio Grande do Sul e algumas áreas da Grande Porto Alegre, onde os terrenos estão em baixa altitude. Corresponde a uma faixa arenosa com mais de 622 quilômetros de extensão, com grande ocorrência de lagunas e lagos. As lagunas são lagos de águas salgadas, portanto ligadas ao mar. As mais famosas são: Laguna dos Patos, Lagoa Mirim e Lagoa da Mangueira. No município de Torres, se localiza a única ilha oceânica do estado, a Ilha dos Lobos. Abrange o porto mais importante do estado, o de Rio Grande, e cidades como Torres e Capão da Canoa.

Existe uma península que separa a Lagoa dos Patos do Oceano Atlântico, a qual era conhecida nos primeiros tempos da colonização do Brasil por península de Pernambuco, uma porção de terra primitivamente habitada pelos índios carijós. Veio a ser realmente explorada após a fundação da Colônia do Sacramento, por ser o elo entre a povoação (hoje território do Uruguai) e Laguna (atual Santa Catarina). O bandeirante paulista Brito Peixoto e seus homens desbravam a região entre o Atlântico e a lagoa dos Patos e estabelecem um posto de vigilância na margem setentrional do canal – na chamada “Barranca do Norte”, para assegurar a posse da barra de tentativas espanholas de ocupação. Com a formação oficial do Rio Grande em 1737, o povoamento da península foi incrementado.[1]

Mapa do clima no Rio Grande do Sul.

O clima do Rio Grande do Sul é subtropical úmido (ou temperado), constituído por quatro estações razoavelmente bem definidas, com invernos moderadamente frios e verões quentes (amenos nas partes mais elevadas), separados por estações intermediárias com aproximadamente três meses de duração, e chuvas bem distribuídas ao longo do ano.

Devido às diferenças altimétricas, o clima do estado divide-se ainda, segundo a classificação climática de Köppen, nos tipos Cfa e Cfb[2]. O clima oceânico, com verões amenos (Cfb), ocorre na Serra do Sudeste e na Serra do Nordeste, onde as temperaturas médias dos meses de verão ficam abaixo dos 22 °C, e o tipo Cfa, ou clima subtropical úmido, ocorre nas demais regiões, onde a temperatura média é mais quente, ultrapassando os 22 °C no mês mais caloroso.

Devido à sua situação latitudinal (inserida no contexto das latitudes médias), o Rio Grande do Sul apresenta características peculiares diferentes do clima do resto do Brasil. As temperaturas do estado, em diversas regiões, estão entre as mais baixas do inverno brasileiro, chegando a –6 °C em cidades como Bom Jesus, São José dos Ausentes e Vacaria, com geadas freqüentes e ocasional precipitação de neve.

A temperatura mínima registrada no estado foi de –9,8 °C no município de Bom Jesus, em 1º de agosto de 1955,[3] enquanto a temperatura máxima registrada foi de 42,6 °C em Jaguarão, no sul do estado, em 1943.[4] Municípios como Uruguaiana, Lajeado e Campo Bom destacam-se em recordes de temperaturas altas no verão, registrando valores que, por vezes, chegam aos 40 °C. O estado está ainda sujeito, no outono e no inverno, ao fenômeno do veranico, que consiste de uma sucessão de dias com temperaturas anormalmente elevadas para a estação.

No estado, a neve ocorre com maior freqüência nas regiões serranas do nordeste, entre as altitudes de 900 a 1.400 m, denominadas de Campos de Cima da Serra, onde estão as cidades mais frias do país, como São José dos Ausentes, Bom Jesus e Cambará do Sul (acima de 1.000 m de altitude), e Vacaria, São Francisco de Paula, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Esmeralda e Jaquirana (acima de 900 m), locais em que o fenômeno ocorre praticamente em todos os anos (geralmente com fraca intensidade e em poucos dias no inverno), além de outras cidades acima dos 600 metros de elevação, de forma mais esporádica. No resto do estado, a neve é muito rara ou nunca registrada. Porém, fortes geadas podem atingir toda a área estadual.

Furacão Catarina

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: furacão Catarina
O Furacão visto de satélite

O furacão Catarina, que se formou em 24 de março de 2004 e se dissipou em 28 de março de 2004, foi o primeiro furacão registrado no Atlântico Sul. O furacão atingiu a categoria 2 na Escala Saffir-Simpson, com ventos de até 160 km/h e que devastaram o extremo nordeste gaúcho e a costa leste de Santa Catarina, causando cerca de 250 milhões de reais de danos.

O Rio Grande do Sul é um dos estados do Brasil mais atingidos por esse tipo de fenômeno. O maior tornado já registrado no estado foi o de Muitos Capões, atingindo o fator F2 na Escala Fujita. Todos os tornados já registrados no estado foram:

Ver artigo principal: Hidrografia do Rio Grande do Sul
Mapa hidrográfico do Rio Grande do Sul.

A hidrografia do Rio Grande do Sul pode ser classificada em três regiões:

O uso do solo na primeira região está diretamente vinculado às atividades agropecuárias e também agroindustriais.

Ver artigo principal: Rios do RS
Araucárias, típica dos gelados Planaltos-Rio Grandenses.
Ilex paraguariensis.

O Rio Grande do Sul apresenta quatro tipos de vegetação espalhadas pelo seu território:

Floresta ombrófila mista (Mata de Araucária)

[editar | editar código-fonte]

A floresta subtropical é uma floresta mista, composta por formações de aciculifoliadas e de coníferas. Estas últimas são representadas pelo pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que não aparece em agrupamentos puros. A floresta mista ou Mata de Araucárias recobria as porções mais elevadas do estado, isto é, a maior parte do planalto nordeste e partes do centro. Essa formação ocupa grande parte do planalto gaúcho e ainda parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Atualmente, é a única das florestas que sofre maior exploração econômica em todo o Brasil, por ser a única que apresenta grande número de indivíduos da mesma espécie (pinheiros) em agrupamentos suficientemente densos (embora não puros) para permitir ainda mais o extrativismo vegetal.

Floresta ombrófila densa (Mata Atlântica)

[editar | editar código-fonte]

A Floresta ombrófila densa, em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão, ocupa uma área de 683,75 km² (68.375 ha), o que representa 0,24% da superfície do Estado e 1,39% da área total coberta com florestas naturais.

Caracteriza-se por ser uma floresta latifoliada intimamente relacionada com os índices termo-pluviométricos mais elevados da zona litorânea, apresentando três estratos definidos: o estrato superior, formado pelas espécies dominantes de 25 a 35 metros de altura, a submata, formada de arvoretas até 9 metros de altura e o estrato arbustivo com cerca de 3 metros de altura.

Floresta estacional decidual

[editar | editar código-fonte]

A floresta decidual é formada por espécies que perdem as folhas durante a estação fria.

O clima dessa floresta tem dois períodos de temperatura: um em junho, julho e agosto, com temperaturas médias abaixo de 15 ºC, e outro em novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, com temperaturas médias acima de 20 ºC. As chuvas são regulares durante todo o ano.

Essa floresta apresenta um estrato superior aberto, com árvores de 25 a 30 metros de altura; um estrato com árvores menores - de 20 metros de altura - e um estrato com arvoretas.

Floresta estacional semidecidual

[editar | editar código-fonte]

A floresta semidecidual é formada por espécies que perdem as folhas e por espécies que não perdem as folhas durante os meses frios.

Apresenta dois estratos distintos: um baixo, dominado por hemicriptófitos e caméfitos, em geral com folhas grandes e duras e outro de manofanerófitas retorcidas, de casca grossa e fissurada, esparsamente dispostas.

Savana-estépica

[editar | editar código-fonte]

Campos entremeados de árvores, solos rasos, terrenos areníticos, relevo suavemente ondulado, com morros de topo achatado.

Estepe (Campanha)

[editar | editar código-fonte]

Predomina no sul e oeste gaúcho. Existência das pradarias(campanha) propícias à criação de gado. Na estação quente, de novembro a fevereiro, as plantas ressecam, pois o solo raso retém pouca umidade.

Vegetação litorânea

[editar | editar código-fonte]

Vegetação úmida ao longo do litoral gaúcho, com grandes extensões de areia.

Mesorregiões, microrregiões e municípios

[editar | editar código-fonte]
Divisões do estado.

O estado Rio Grande do Sul é dividido em sete (7) mesorregiões, trinta e cinco (35) microrregiões e quatrocentos e noventa e seis (496) municípios, segundo o IBGE.

  1. Mesorregião do Centro Ocidental Rio-Grandense
  2. Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense
  3. Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre
  4. Mesorregião do Nordeste Rio-Grandense
  5. Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
  6. Mesorregião do Sudeste Rio-Grandense
  7. Mesorregião do Sudoeste Rio-Grandense

O Rio Grande do Sul abriga uma única ilha oceânica, a Ilha dos Lobos, localizada no município de Torres. É a única ilha brasileira a abrigar leões-marinhos em certas épocas do ano, e uma das duas mais importantes áreas de concentração deste animal no litoral brasileiro.[5]

Aglomerações urbanas

[editar | editar código-fonte]

[6]

Aglomeração nordeste

[editar | editar código-fonte]
Santuário da Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha.

Abrange o núcleo Caxias do Sul-Bento Gonçalves-Farroupilha, com uma população de aproximadamente 680 mil habitantes.

Município População
Caxias do Sul 412.053
Bento Gonçalves 110.423
Farroupilha 70.655
Garibaldi 32.709
Flores da Cunha 28.195
Veranópolis 26.505
Carlos Barbosa 23.609
São Marcos 21.250
Nova Prata 20.021
Monte Belo do Sul 3.100
Nova Pádua 2.465
Santa Tereza 1.531
Vacaria 62.536

Aglomeração sul

[editar | editar código-fonte]
Mercado Público de Pelotas.

Apresenta duas das maiores cidades do estado, Pelotas e Rio Grande, e tem a segunda maior população nas aglomerações, aproximando-se de 772 mil habitantes.

Município População
Pelotas 386.452
Rio Grande 196.982
Canguçu 56.103
São Lourenço do Sul 48.978
Capão do Leão 27.283
São José do Norte 25.071
Cristal 8.009
Pedro Osório 8.005
Cerrito 6.461
Turuçu 3.522
Arroio do Padre 2.739
Morro Redondo 2.391

Aglomeração litoral norte

[editar | editar código-fonte]
Praia da Guarita, no município de Torres.
Vista da cascata Osório, no município com o mesmo nome.

Abrange as cidades turísticas de Torres, Tramandaí e Capão da Canoa, com uma população em torno de 124.000 habitantes.

Dados do IBGE 2008 [7]

Município População
Tramandaí 42.863
Osório 41.161
Capão da Canoa 39.928
Torres 33.686
Imbé 15.936
Palmares do Sul 11.901
Cidreira 11.615
Xangri-lá 11.402
Balneário Pinhal 11.440
Três Cachoeiras 10.891
Terra de Areia 10.232
Maquiné 7.626
Caraá 7.500
Arroio do Sal 7.109
Capivari do Sul 3.492
Morrinhos do Sul 3.291
Três Forquilhas 3.141
Mampituba 2.987
Dom Pedro de Alcântara 2.834
Itati 2.733
Vista do Morro Osório
Município de Tapes.

Região Metropolitana de Porto Alegre

[editar | editar código-fonte]
Município de Novo Hamburgo.
Canoas.
Parque da Redenção em Porto Alegre.
Biblioteca Pública da capital.

A Região Metropolitana de Porto Alegre é a maior do Sul do Brasil e a quarta maior do Brasil. A Região Metropolitana de Porto Alegre, também conhecida como a Grande Porto Alegre, reúne 31 municípios do estado do Rio Grande do Sul em intenso processo de conurbação. O termo refere-se à extensão da capital Porto Alegre, formando com seus municípios lindeiros uma mancha urbana contínua. Sua população é de 4.101.042 habitantes, com uma densidade demográfica de aproximadamente 414,78 hab/km². Conta com os municípios de:

Município População (5 de Outubro de 2007)
Porto Alegre 1.420.667
Canoas 326.458
Gravataí 261.150
Viamão 253.264
Novo Hamburgo 253.067
São Leopoldo 207.721
Alvorada 207.142
Sapucaia do Sul 122.099
Cachoeirinha 112.613
Guaíba 93.217
Esteio 78.451
Sapiranga 73.983
Montenegro 56.790
Campo Bom 56.585
Taquara 53.441
Parobé 48.716
Estância Velha 40.740
Santo Antônio da Patrulha 37.893
Charqueadas 33.742
Eldorado do Sul 31.322
Portão 28.559
Dois Irmãos 24.846
Triunfo 24.016
Nova Santa Rita 20.591
São Jerônimo 20.556
Ivoti 18.549
Nova Hartz 16.541
Arroio dos Ratos 13.656
Capela de Santana 10.950
Glorinha 6.908
Araricá 4.781

Problemas ambientais

[editar | editar código-fonte]

O Rio Grande do Sul enfrenta diversos problemas ambientais em seu território, resultantes da má apropriação de recursos naturais.

Muitos desses problemas são facilmente identificáveis por abrangerem grandes extensões territoriais e por afetarem diretamente a qualidade de vida da população. Na região da Campanha, próxima à cidade de Alegrete, existe um grande pedaço de terra em "processo de desertificação", em conseqüência da criação extensiva de gado bovino.

Atualmente, a grande preocupação é a substituição dos campos (pampa) pelo plantio de eucaliptos e pinus, que deterioram a fertilidade do solo, modificando o ecossistema típico desta região.[8]

A monocultura de eucaliptos e pinus em grande área, antes pasto para o gado ou mata atlântica, vem sendo praticada pela instalação de empresas multinacionais, sem controle de políticas ambientais que protejam o meio ambiente.[8]

Referências

  1. «São José do Norte - Rio Grande do Sul-RS» (PDF). IBGE. Consultado em 5 de julho de 2019 
  2. Moreno, José Alberto (1961). «Clima do Rio Grande do Sul». Boletim Geográfico do Rio Grande do Sul (11): 49–83. ISSN 2446-7251. Consultado em 24 de novembro de 2020 
  3. Frio de "renguear cusco", Página Cambará do Sul On-line
  4. Temperatura pode quebrar recorde histórico no Rio Grande do Sul, O Estado de S. Paulo, 7 de janeiro de 2006
  5. Página do Ceclimar
  6. IBGE 2008, [1]
  7. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2008/POP2008_DOU.pdf
  8. a b Portal Popular[ligação inativa]