Seleção Uruguaia de Futebol

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(Redirecionado de Seleção do Uruguai)
Uruguai
Alcunhas?  Celeste Olímpica
La Celeste (A Celeste)
Los Charrúas (Os Charruas)
Associação Asociación Uruguaya de Fútbol (AUF)
Confederação CONMEBOL (América do Sul)
Material desportivo?  Estados Unidos Nike
Treinador Argentina Marcelo Bielsa
Capitão José María Giménez
Mais participações Diego Godín (159)
Melhor marcador?  Luis Suárez (68)
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Uniforme
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A Seleção Uruguaia de Futebol representa o Uruguai nas competições de futebol da CONMEBOL e FIFA. É gerida pela Asociación Uruguaya de Fútbol, a AUF.

É conhecida como A Celeste desde seu primeiro triunfo em Montevidéu, em 15 de agosto de 1910 por 3 a 1, na primeira partida em que utilizou sua camiseta celeste, adotada como emblema nacional em reconhecimento ao triunfo que pouco antes havia conseguido o River uruguaio ante o poderoso Alumni portenho por 2 a 1 com essas mesmas cores.

Foi a primeira seleção, junto à Argentina, a jogar uma partida internacional fora das Ilhas Britânicas, em 20 de julho de 1902 em Montevidéu quando acabou sendo goleada pela Argentina por 6 a 0. Em 1903 veio a primeira vitória sendo um 3 a 2 sobre a Argentina

Possui uma das mais gloriosas histórias do futebol mundial, tendo conquistado um total de 19 títulos oficiais, tendo vencido as primeiras competições oficiais de alcance mundial - os torneios olímpicos de futebol de 1924 e 1928 - que lhe deram o apelido de Celeste Olímpica - e a primeira Copa do Mundo, da qual foi o país-sede. Também venceu a edição de 1950, no Brasil, derrotando os donos da casa no episódio conhecido como Maracanazo. O Uruguai também é o recordista de títulos da Copa América, sendo a última em 2011 - foram 15 títulos, incluindo aí a primeira edição do torneio, realizada em 1916. É uma das grandes seleções do futebol mundial, sendo uma das oito campeãs mundiais e destas uma das seis que tem mais de um título, sendo bicampeã da Copa do Mundo e considerada tetracampeã mundial[2] - e por isso ostenta quatro estrelas em seu escudo - já que os 2 dois torneios olímpicos conquistados antes da Copa de 1930 eram acreditados como "campeonatos mundiais"[3] também pela FIFA.[2] Até a Copa do Mundo de 2018, o Uruguai já havia se classificado para 13 edições da Copa do Mundo (1930, 1950, 1954, 1962, 1966, 1970, 1974, 1986, 1990, 2002, 2010, 2014 e 2018), o que faz dela a terceira Seleção da América do Sul com mais participações em Copas do Mundo, atrás somente do Brasil e da Argentina.

Contando-se somente as conquistas de Seleções principais, o Uruguai é a Seleção mais laureada na história do futebol mundial, com 19 títulos oficiais reconhecidos pela FIFA.[4]

As conquistas da Seleção Uruguaia tornam-se ainda mais impressionantes pelo fato de que o país tem uma população muito pequena de cerca de 3,4 milhões de habitantes (estimativa de 2011). Desta forma, o Uruguai é de longe o menor país do mundo a ter conquistado a Copa do Mundo em termos de população: 1,75 milhão de habitantes em 1930. Apenas seis países membros da FIFA com população atualmente menor do que a do Uruguai já se classificaram para qualquer Copa do Mundo: Irlanda do Norte (três vezes), Eslovênia (duas vezes), País de Gales, Jamaica, Trinidad e Tobago e Islândia. Depois de 1950 o Uruguai foi quarto lugar na Suíça em 1954 perdendo numa partida histórica para os Húngaros na semifinal. O Uruguai ficou fora da copa de 1958, mas disputou as edições de 1962, 1966, 1970 e 1974, sendo semifinalista em 1970 no México quando perdeu uma semifinal histórica contra o Brasil de Pelé. Participou ainda das copas de 1986, 1990 e 2002 quando passou por fases de pouco prestigio em mundiais, porém foi semifinalista em 2010.

História[editar | editar código-fonte]

1900 a 1929: O início[editar | editar código-fonte]

Seleção Uruguaia de 1903 em um amistoso contra a Argentina.

Historicamente o futebol tem sido um elemento fundamental no que se refere à aproximação da nacionalidade uruguaia e à projeção internacional da imagem do Uruguai como país, no começo do século XX.[5]

A Seleção Uruguaia brilhava nos gramados da América do Sul, a equipe conquistou sua primeira Copa América em 1916 em solo argentino após empatar 0 a 0 contra os donos da casa. Um ano depois conquistaria o bicampeonato, dessa vez em casa, jogando no Parque central o Uruguai goleou seleções como Chile e Brasil ganhando por 4 a 0 dos brasileiros e faturando o título na final com gol de Héctor Scarone ganhando da Argentina por 1 a 0 na final. Em 1919 perdeu a final para o Brasil por 1 a 0, mas um ano depois conquistaria o tri, novamente em cima dos argentinos porém massacrou o Brasil por 6 a 0 sendo esta sua maior vitória sobre a seleção Brasileira em todos os tempos.Como a Copa América era disputada de ano em ano até 1929 o Uruguai já tinha sido hexa, vencendo inclusive as edições que sediou o torneio.

Já em nível internacional, o Uruguai começou a brilhar, ao alcançar as medalhas douradas nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928. A Seleção Uruguaia deslumbrou na Europa com suas apresentações olímpicas e conquistou a admiração e o respeito do universo esportivo, colocando o futebol sul-americano no mais alto plano de consideração numa época em que o dito continente era ainda ignorado no mapa internacional do futebol.[6] Durante 76 anos o Uruguai foi o único país sul-americano a ocupar o máximo posto olímpico, honra atualmente compartilhada com a Argentina (bicampeã em Atenas 2004 e Pequim 2008) e o Brasil (bicampeão na Rio 2016 e Tóquio 2020).

A FIFA entende a Seleção Uruguaia como tetracampeã mundial, reconhecendo os dois Jogos Olímpicos organizados pela entidade antes desta criar a Copa do Mundo e por isso o emblema uruguaio ostenta orgulhosamente as quatro estrelas.[3][7]

1930-1970: Era de ouro[editar | editar código-fonte]

Copa do mundo de 1930[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Copa do Mundo de 1930
O time que derrotou a Argentina na final da Copa do Mundo da FIFA de 1930.

O Uruguai, como bicampeão olímpico, foi escolhido para celebrar o primeiro Mundial de Futebol em 1930. Para isto construíram o Estádio Centenário em homenagem aos 100 anos da independência do Uruguai. A celeste caiu no grupo 3, junto com Peru e Romênia. Venceu o 1º jogo contra o Peru por 1 a 0 com gol de Héctor Castro. Já na segunda partida aplicou uma goleada de 4 a 0 contra a Romênia, com gols de Dorado, Scarone, Peregrino Anselmo e Cea.

Nas semifinais enfrentou a Iugoslávia e aplicou uma goleada avassaladora de 6 a 1; com três gols de Cea, dois de Anselmo e um de Iriarte. Na final, enfrentou a Argentina. 93 mil pessoas viram a Celeste vencer os vizinhos por 4 a 2, com gols de Dorado, Cea, Iriarte e Castro tornando a Celeste a primeira campeã mundial de futebol.

Desse transcendental triunfo o escritor Juán Sasturain disse: "Os uruguaios levaram sempre consigo a glória e a desgraça de ter sido; os argentinos, por anos, a soberba maldição de crer-se o que nunca puderam demonstrar que foram".[8]

Hepta e Octa da Copa América e o boicote às Copas de 1934 e 1938[editar | editar código-fonte]

Quatro anos depois da euforia de ter ganho a primeira Copa do Mundo, o Uruguai recusou-se a participar da Copa de 1934 em represália ao boicote europeu na edição anterior. Já em 1935, na Copa América sediada no Peru o Uruguai novamente venceu e conquistou o hepta em cima dos vizinhos argentinos.

Na Copa do Mundo FIFA de 1938, Jules Rimet, o criador da competição, convenceu a FIFA a sediar a competição na França, sua terra natal. Por isso, muitos países americanos, incluindo Argentina (a sede provável se o evento fosse na América do Sul), Colômbia, Costa Rica, El Salvador, México, Guiana Holandesa, Uruguai e os Estados Unidos desistiram ou se recusaram a entrar.[9]

Em 1942, a Copa América voltou a ser realizada no Uruguai. A celeste conquistou o octacampeonato da competição após vencer a Argentina novamente. Até ali, já haviam acontecido 11 finais entre Uruguai e Argentina, sendo que o Uruguai conquistou oito dessas disputas.

Copa do Mundo de 1950 - Uruguai bicampeão do mundo e o "Maracanazo"[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Copa do Mundo de 1950
O Uruguai posando antes da partida decisiva contra o Brasil em 1950. Em pé, da esquerda para a direita, estão Varela, o técnico López, Tejera, dois membros da delegação, Gambetta, Matías González, Máspoli, Rodríguez Andrade e outro membro da delegação; agachados, entre outros dois delegados, estão Ghiggia, Julio Pérez, Míguez, Schiaffino e Morán.

Alguns anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a FIFA resolveu escolher o Brasil como sede da edição de 1950.[10]

Apesar dos títulos da Copa América e do Mundial de 1930, o Uruguai já não exibia a mesma força do período anterior à guerra e chegou desacreditado à Copa de 1950.

A Celeste Olímpica iniciou no Grupo 4 junto com a Bolívia e aplicou uma das maiores goleadas em Copas do Mundo; 8 a 0 nos bolivianos. Destaque para Míguez, que marcou 3 vezes.

No quadrangular final com Brasil, Suécia e Espanha, a celeste iniciou empatando com a Espanha por 2 a 2; gols de Ghiggia e Obdulio Varela. Já na segunda partida contra a Suécia, venceu por 3 a 2 a Seleção da Suécia com 2 gols de Míguez e um de Ghiggia. A última partida era contra a badalada Seleção Brasileira, que havia vencido as suas duas partidas no quadrangular com goleadas de 7 a 1 na Suécia e 6 a 1 na Espanha. o Uruguai precisaria vencer o Brasil por qualquer placar e o Brasil precisava apenas de um empate.

Na partida, o Brasil iniciou vencendo com gol de Friaça, mas o Uruguai empatou com Schiaffino e virou com Ghiggia. O silêncio tomou conta do Maracanã às 16 horas e 50 minutos do dia 16 de julho. Desolados, os quase 200 mil torcedores demoraram mais de meia hora para deixar o estádio. O time brasileiro fez trinta lances a gol (dezessete no primeiro tempo e treze no segundo). Os jogadores cometeram quase o dobro de faltas, um total de 21, contra apenas onze do Uruguai.

Jules Rimet não conseguiu entregar a taça e decidiu se retirar. Mas logo depois voltou e Obdulio Varela recebeu a taça. Rimet disse: "Estou feliz pela vitória que vocês acabam de conquistar. Cheia de mérito, sobretudo por ter sido inesperada. Com minhas felicitações".

Copa do Mundo de 1954 - Uruguai semifinalista[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Copa do Mundo de 1954

Quatro anos depois de conquistar o Bi, a celeste voltou a disputar uma Copa do Mundo, desta vez na Suíça. Pegou o Grupo 3 da Áustria, Tchecoslováquia e Escócia. Venceu a Tchecoslováquia por 2 a 0 e a Escócia por 7 a 0. Nas quartas enfrentou a Inglaterra e goleou por 4 a 2 passando para a semifinais para enfrentar a Hungria e acabou sendo goleada pelo mesmo placar que havia feito no jogo com a Inglaterra, 4 a 2.

Mais três títulos da Copa América[editar | editar código-fonte]

Em 1956, a celeste voltou a conquistar um título e seria o 9º da Copa América, novamente em casa após vencer do Chile. Na Copa do Mundo FIFA de 1958, o Uruguai não se classificou. Já um ano depois em 1959 na Copa América do Equador, venceu novamente os Argentinos por 5 a 0 e levou o 10º título. Até o momento o Uruguai era o maior campeão do torneio.

Copa do Mundo de 1970 - Uruguai semifinalista[editar | editar código-fonte]

O Uruguai iniciou a competição no México no Grupo 2 junto com Itália, Suécia e Israel. Venceu Israel por 2 a 0 na primeira partida com gols de Maneiro e Mujica. Na segunda partida empatou por 0 a 0 com a Itália e na terceira perdeu para a Suécia por 1 a 0. Mesmo assim se classificou em 2º do grupo. Nas quartas enfrentou a antiga União Soviética e venceu por 1 a 0 com gol de Espárrago na prorrogação.

Nas semifinais enfrentaria o Brasil, considerado por muitos uma das melhores seleções que já existiu. Assim o Brasil continuou em Guadalajara, local do jogo da semifinal, e o Uruguai teve que viajar até a cidade. O Brasil de Pelé, Rivelino e Jairzinho venceu o Uruguai por 3 a 1 de virada após o Uruguai iniciar vencendo com gol de Cubilla. Ainda na disputa do 3º lugar, já abalados a celeste perdeu para a Alemanha Ocidental por 1 a 0.

1970-2010: Ostracismo[editar | editar código-fonte]

O goleiro Rodolfo Rodríguez ergue a taça do Mundialito de 1980.

Três Copas Américas, Mundialito, Jogos Pan-americanos e um Uruguai adormecido em Copas[editar | editar código-fonte]

Depois de 1970, o Uruguai ficou 10 anos sem ganhar nenhum título, tabu que foi quebrado em 1980 após a celeste conquistar o Mundialito vencendo o Brasil na final por 2 a 1. O Mundialito foi o campeonato mundial de seleções de futebol campeãs do mundo organizado pela FIFA cada 50 anos e sediado o primeiro no Uruguai. Waldemar Victorino foi o artilheiro da competição com 3 gols e Rubén Paz, o melhor jogador. Três anos depois o Uruguai conquistaria a Copa América em cima do Brasil vencendo a primeira partida por 2 a 0 e empatando a segunda.

4 anos depois conquistaria o bicampeonato, em cima do Chile vencendo por 1 a 0. o Uruguai conquistaria o seu 14º título em 1995, em casa, após empatar com o Brasil em 1 a 1 no tempo normal e vencer por 5 a 3 nas penalidades.

Conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 1983.

Já em Copas do Mundo o Uruguai realizava fracas campanhas. Em 1974 foi eliminado logo na primeira fase, sem vencer nenhum jogo.[11] Em 1978 e em 1982 nem se classificaram. Em 1986 no México parou nas oitavas para a Argentina por 1 a 0. Em 1990, também ficou nas oitavas, perdendo para a Itália por 2 a 0. Em 1994 e 1998 não se classificaram. Em 2002 a equipe ficou na primeira fase após empatar o último jogo contra Senegal por 3 a 3. E em 2006 a seleção sequer se classificou.

2010-presente: Renascimento[editar | editar código-fonte]

Uruguai semifinalista em 2010 e uma nova boa fase[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Copa do Mundo 2010
Seleção Uruguaia semifinalista da Copa do Mundo FIFA de 2010.
Diego Forlán, recordista de participações e então recordista de gols pela Seleção, foi o craque da Copa de 2010.

Em 2010, o Uruguai classificou-se para jogar a Copa do Mundo da África do Sul na repescagem, após vencer a Costa Rica por 1 a 0 e empatar em casa por 1 a 1. O Grupo que o Uruguai ficaria na Copa de 2010 seria o A, junto com a França, México e os anfitriões da África do Sul. Empatou a 1ª partida contra a França em 0 a 0. Já na segunda aplicou uma goleada de 3 a 0 na África do Sul, com dois gols de Diego Forlán e um de Álvaro Pereira. E na última partida da fase de grupos, venceu o México por 1 a 0 com gol de Luis Suárez.

Já nas oitavas de final jogou com a Coreia do Sul. Iniciou vencendo com gol de Luis Suárez, mas deixou a Coreia do Sul empatar e faltando 10 minutos para acabar o jogo, Luis Suárez marcou de novo e colocou o Uruguai nas quartas de final para enfrentar Gana. Nessa partida contra Gana (considerada a mais emocionante da Copa)[12] o Uruguai saiu perdendo por 1 a 0, contudo Diego Forlán marcou de falta e colocou o Uruguai de volta ao jogo, que terminou empatado. Após os 30 minutos de prorrogação empatado, Muslera sai errado numa confusão na área aos 120 minutos do jogo, o jogador Ganês cabeceia com o gol vazio, então o atacante Luis Suárez defende a bola com a mão e é expulso. Asamoah Gyan desperdiçou o pênalti que poderia ter classificado Gana no último minuto de jogo. As câmeras da FIFA capturaram uma imagem de Luís Suares desesperado no vestiário após sua expulsão, mostrando apreensão, e comemorando como se fosse um gol após saber que Gana perdeu o pênalti. Logo depois o Uruguai ganharia nas penalidades com o El Loco Abreu fazendo o último gol e classificando a celeste para uma semifinal de Copa do Mundo, o que não acontecia desde 1970.

Nas semifinais, o Uruguai enfrentaria o ótimo time da Holanda. Iniciou perdendo após um grande golo de Van Bronckhorst, mas Diego Forlán novamente colocou o Uruguai no jogo. Só que Sneijder em posição de impedimento[13] e Robben decretaram o adeus da celeste. Maxi Pereira ainda descontou aos 92 minutos.

Na disputa do 3º lugar, Uruguai enfrentou a seleção considerada favorita para ganhar a Copa, seria a Alemanha que após golear a Inglaterra por 4 a 1 e a Argentina por 4 a 0, caiu diante da Espanha por 1 a 0. Mais uma vez o Uruguai mostrou a força do futebol uruguaio contra a Alemanha, e esteve até vencendo o jogo por 2 a 1 com gols de Edinson Cavani e Diego Forlán, mas a qualidade da equipe alemã fez diferença e acabou virando de novo o jogo por 3 a 2. No final da partida aos 92 minutos, Forlán acertou um chute no travessão e impediu a reação uruguaia.[14] E para fechar o bom desempenho da celeste na copa, Forlán foi eleito pela FIFA como o melhor jogador da competição, feito este que apenas alguns jogadores sul-americanos conseguiram.[15]

Em 2011, após uma 1° fase não tão boa, tendo empatado duas vezes com Peru e Chile, e ganhado de seleção sub-23 do México por 1 a 0 e terminando em 2° lugar no grupo, a Celeste iria consagrar sua volta ao cenário do futebol mundial eliminando a Argentina na Copa América em partida válida pelas quartas de finais, em pleno estádio Cemitério dos Elefantes, localizado na Argentina. O jogo foi 1-1 no tempo normal, e continuou assim na prorrogação. A partida foi para a disputa de penalidades máximas, e terminou em 5-4 para o Uruguai, depois de Carlitos Tévez, chamado na Argentina de "jogador do povo", perder um pênalti. O goleiro do Uruguai, Fernando Muslera, argentino de nascimento, foi o grande nome da partida. Depois a Celeste enfrentou a Seleção Peruana, que passou pela Seleção Colombiana nas quartas, pelas semifinais. Num jogo morno e sem muita emoção, fez 2 a 0 com dois gols de Luis Suárez no segundo tempo. O placar terminou assim e o Uruguai foi para a final. A final foi disputada no dia 24 de julho e o adversário da celeste foi o Paraguai que chegou à final graças a sua sólida defesa e bons resultados nas disputas de pênalti (nas quartas eliminara o Brasil após empate em 0 a 0),mas a celeste não tomou conhecimento do adversário e o Uruguai sagrou-se campeão pela 15ª vez ao golear os paraguaios por 3 a 0, com dois gols de Forlán e um de Suárez.

Após uma ausência de 12 anos (a última vez havia sido em 1999), o Uruguai voltou a disputar o torneio de futebol dos Jogos Pan-Americanos. Nos Jogos Pan-Americanos de 2011, disputados em Guadalajara, no México, obteve a medalha de bronze ao vencer a Costa Rica por 2 a 1.[16]

Depois de 32 anos, o Uruguai volta a ganhar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Nos Jogos Pan-Americanos de 2015, disputados em Toronto, no Canadá, o Uruguai sagrou-se campeão ao derrotar o México por 1 a 0, gol de Brian Lozano.[17][18]

O retorno aos Jogos Olímpicos em 2012 e a Copa das Confederações de 2013[editar | editar código-fonte]

Com o vice-campeonato no Campeonato Sul-Americano de Futebol Sub-20 de 2011, o Uruguai se classificou para os Jogos Olímpicos de 2012, com sede em Londres, Inglaterra, algo que não ocorria desde o título dos Jogos Olímpicos de 1928. No Torneio Olímpico de de Futebol de 2012, o Uruguai teve uma vitória e duas derrotas sendo eliminado ainda na fase de grupos.[19]

Em 2013 foi a vez da Copa das Confederações FIFA de 2013, disputada no Brasil. A Seleção Uruguaia. classificada como campeã sul-americana, figurou no Grupo B, ao lado da então campeã mundial Espanha, da campeã africana, Nigéria e do carismático e desconhecido, Taiti. Na estreia perdeu para a favorita Espanha, mas se recuperou e venceu a Nigéria e goleou o Taiti por 8 a 0 com o time reserva. Na semifinal o Uruguai enfrentou os donos da casa, o favorito, Brasil. Em uma partida bastante equilibrada, o Uruguai por pouco não venceu a partida, perdendo por 2 a 1, com gol decisivo do volante Paulinho nos minutos finais. Na partida o uruguaio Diego Forlán ainda desperdiçou um pênalti, defendido pelo goleiro Julio Cesar. Na disputa pelo terceiro lugar o Uruguai enfrentou a Itália, eliminada na semifinal pela favorita Espanha nos pênaltis. Em outra partida bastante equilibrada, Uruguai e Itália empataram em 2 a 2. O atacante Edinson Cavani marcou os dois gols da Seleção Uruguaia, que acabou derrotada nos pênaltis e ficou com o 4° lugar da competição.

2014: Oitavas[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Copa do mundo de 2014
Uruguai X Costa Rica em 2014.

O Uruguai foi selecionado para o chamado "Grupo da morte", no qual estavam 3 campeões mundiais, Itália, Inglaterra e o Uruguai. Perdeu o primeiro jogo para a Costa Rica, para a surpresa de todos. No jogo seguinte, contra a Inglaterra, venceu por 2x1, com dois gols de Luis Suárez, considerado o principal jogador da equipe, no primeiro jogo do atacante uruguaio 27 dias após uma cirurgia no joelho esquerdo. O terceiro jogo, contra a Itália, seria decisivo; só a vitória interessava à seleção uruguaia, ao passo que um empate ou a derrota classificaria os italianos. Aos 34 minutos do segundo tempo, com a partida empatada em 0 a 0, Suárez colidiu com o italiano Giorgio Chiellini enquanto aguardava um cruzamento. Os replays mostraram que Suárez teria mordido o ombro do zagueiro italiano, a qual seria sua terceira agressão desse tipo. Entretanto, o juiz não viu a agressão e, apesar do protesto dos italianos (Chiellini tentou mostrar as marcas de mordida no ombro), não puniu Suárez. No lance seguinte, um escanteio para o Uruguai, Godín marcou o gol que daria a vitória por 1 a 0 e a vaga para as oitavas de final para a seleção uruguaia.[20]

Após o jogo, houve muita discussão sobre o caso de Suárez, e no dia 27 de junho a FIFA expediu um comunicado dizendo que Suárez não poderia atuar por 9 partidas oficiais da FIFA e estaria afastado de qualquer atividade relacionada ao futebol por quatro meses. Sendo assim, Suárez não pôde mais atuar pela Celeste na Copa de 2014 e também estaria fora da Copa América de 2015.[21]

Pelas oitavas de final, o Uruguai enfrentou a Colômbia, sendo eliminado em uma derrota por 2 a 0, com ambos os gols de James Rodríguez para a seleção colombiana.[22]

Copa América no Chile em 2015[editar | editar código-fonte]

Na Copa América de 2015 a Celeste caiu no chamado Grupo da Morte, ao lado de Argentina, Paraguai e a desacreditada Jamaica. Na primeira rodada o Uruguai jogou mal, mas venceu a Jamaica por apenas 1 a 0, com gol de Cebola Rodríguez. Na segunda rodada derrota por 1 a 0 para os argentinos, e empate contra o Paraguai por 1 a 1 na terceira rodada, apesar de ter feito um jogo superior aos paraguaios. Com quatro pontos conquistados, o Uruguai se classificou como terceiro colocado de seu grupo. Nas quartas de final perdeu para os donos da casa por 1 a 0 e acabou eliminado.[23]

2018: Quartas de final na Rússia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Copa do Mundo de 2018

Em março de 2018, como preparação com o disputa da Copa da China, onde enfrentou a Seleção da República Tcheca onde venceu por 2 a 0, o que lhe daria o acesso à final que disputou contra o País de Gales onde também venceu, desta vez por 1 a 0.

O Uruguai iniciou sua participação na Copa do Mundo no dia 15 de junho, com uma goleada vitória sobre a seleção egípcia por 1 a 0 com gol de José Giménez que converteu o gol da vitória aos 89 minutos de jogo. Na segunda rodada da fase de grupos, o Uruguai enfrentou Arábia Saudita, onde conseguiu a vitória com gol de Luis Suárez. Por fim, enfrentou a seleção local que foi motivada pelas vitórias contra Arábia Saudita e Egito (5 a 0 e 3 a 1 respectivamente), apesar disso, o Uruguai conseguiu vencer os donos da casa por 3 gols a 0, fechando assim sua participação na fase de grupos e classificação para as oitavas de final com a classificação invicta. Depois de classificada como primeira do Grupo A, a seleção uruguaia teve que enfrentar a vice-liderança do Grupo B, que nesta edição foi Portugal. Depois de um duro duelo entre uruguaios e portugueses, os sul-americanos levaram a vitória e foram às quartas de final ao vencer os lusos por 2 a 1, com dobradinha de Cavani. Nas quartas de final, o Uruguai enfrentou a seleção francesa, que havia acabado de ficar de fora a Argentina. Neste jogo, uma das estrelas do time uruguaio Edinson Cavani não pôde atuar, pois vinha com uma lesão após o jogo com Portugal que o obrigou a deixar o campo e não disputar a partida contra os franceses. Esta partida resultou na derrota uruguaia pelo placar de 2 a 0, um gol do zagueiro Raphaël Varane e outro do atacante Griezmann com a ajuda de uma inesperada movimentação de bola que deixou Fernando Muslera sem a devida reação. Desta forma, a equipe ficou com a quinta posição da tabela geral do campeonato.[24]

Estilo de Jogo[editar | editar código-fonte]

O Uruguai vê no futebol o retrato da identidade de um povo valente.[25] Por isso, a chamada "Escola Uruguaia de Futebol" é mundialmente conhecida por prezar a catimba, raça e aplicação tática.[26] É o que explica o jornalista Fabio Salgueiro, do portal Terra. Para ele "a vontade e o desejo de superação estão no DNA dos uruguaios."[27]

Segundo Luis Fernando Veríssimo: "os uruguaios recorrem a tudo que os distingue como raça para ganharem de um time melhor que o deles".[28]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Seleção principal
MUNDIAIS
Competição Vezes Ano
Copa do Mundo 2 1930 e 1950
INTERCONTINENTAIS
Competição Vezes Ano
Mundialito[29][30] 1 1980
CONTINENTAIS
Competição Vezes Ano
Copa América 15 1916, 1917, 1920, 1923, 1924, 1926, 1935, 1942, 1956, 1959, 1967, 1983, 1987, 1995 e 2011
Seleção olímpica
EVENTOS MULTIESPORTIVOS
Competição Vezes Ano
Jogos Olímpicos[nota 1] 2 1924 e 1928
Jogos Pan-Americanos 2 1983 e 2015
1 2011
Títulos amistosos
TORNEIOS AMISTOSOS
Competição Vezes Ano
Argentina Uruguai Copa Lipton 11 1905, 1910, 1911, 1912, 1919, 1922, 1923, 1927, 1929, 1957 e 1973
Argentina Copa de Honra da Argentina 2 1908 e 1910
Uruguai Copa de Honra do Uruguai 7 1911, 1912, 1913, 1918, 1919, 1920 e 1922
Argentina Uruguai Copa Newton 10 1912, 1913, 1915, 1917, 1919, 1920, 1922, 1929, 1930 e 1968
Argentina Uruguai Copa Círculo de la Prensa 1 1919
Uruguai Copa Héctor Gómez 2 1936 e 1940
Brasil Uruguai Copa Rio Branco 4 1940, 1946, 1948 e 1967
Uruguai Copa Montevidéu 1 2013
Legenda

Campeão invicto

Campanhas[editar | editar código-fonte]

Seleção Principal
Torneio Campeão Vice-campeão Terceiro Quarto
Copa do Mundo 2 (1930, 1950) 3 (1954, 1970, 2010)
Copa das Confederações 2 (1997, 2013)
Jogos Olímpicos 2 (1) (1924, 1928)
Copa América 15 (1916, 1917, 1920, 1923, 1924, 1926, 1935, 1942, 1956, 1959, 1967, 1983, 1987, 1995, 2011) 6 (1919, 1927, 1939, 1941, 1989, 1999) 9 (1921, 1922, 1929, 1937, 1947, 1953, 1957, 1975, 2004) 5 (1945, 1946, 1955, 2001, 2007)
Campeonato Panamericano 1 (1952)
Copa Intercontinental de Seleções 1 (1985)
Seleção Juvenil
Torneio Campeão Vice-campeão Terceiro Quarto
Campeonato Mundial Sub-20 1 (2023) 2 (1997, 2013) 1 (1979) 3 (1977, 1999, 2017)
Campeonato Mundial Sub-17 1 (2011)
Campeonato Sul-Americano Sub-20 8 (1954, 1958, 1964, 1975, 1977, 1979, 1981, 2017) 7 (1971, 1974, 1983, 1992, 1999, 2011, 2023) 6 (1991, 2007, 2009, 2013, 2015, 2019) 3 (1985, 1987, 1997)
Campeonato Sul-Americano Sub-17 3 (1991, 2005, 2011) 3 (1995, 1999, 2009) 2 (2003, 2013)
Campeonato Sul-Americano Sub-15 2 (2007, 2015) 3 (2004, 2009, 2011)
Pré-Olímpico Sul-Americano Sub-23 1 (1976) 4 (1968, 1992, 1996, 2020) 1 (2000)
Seleção Olímpica
Torneio Ouro Prata Bronze
Jogos Pan-americanos 2 (1983, 2015) 1 (2011)
Jogos Sul-americanos 1 (2018)
Universíada 2 (1979, 1985)

TOTAL: 30 títulos

Observação: Dessa forma, a Seleção Uruguaia de Futebol (juntando todas as categorias) é a terceira maior recordista de títulos de seleções no mundo (só ficando atrás das Seleções Argentina e Brasileira).

Registro competitivo[editar | editar código-fonte]

A equipe que venceu a Copa do Mundo de 1930.

Segue-se abaixo o histórico do Uruguai quanto às competições nas quais o selecionado se fez presente.

Desempenho na Copa do Mundo
Total: 2 Títulos
Ano Fase Posição Jogos Vitórias Empates Derrotas Gols Pró Gols Contra
Uruguai 1930 Campeão 1º de 13 4 4 0 0 15 3
1934 Não participou
França 1938
Brasil 1950 Campeão 1º de 13 4 3 1 0 15 5
Suíça 1954 Semifinais 4º de 16 5 3 0 2 16 9
Suécia1958 Não participou
Chile 1962 Fase de grupos 13º de 16 3 1 0 2 4 6
Inglaterra 1966 Quartas de final 7º de 16 4 1 2 1 2 5
México 1970 Semifinais 4º de 16 6 2 1 3 4 5
Alemanha 1974 Fase de grupos 13º de 16 3 0 1 2 1 6
Argentina 1978 Não participou
Espanha 1982
México 1986 Oitavas de final 16º de 24 4 0 2 2 2 8
Itália 1990 Oitavas de final 16º de 24 4 1 1 2 2 5
Estados Unidos 1994 Não participou
França 1998
Coreia do Sul/Japão2002 Fase de Grupos 26º de 32 3 0 2 1 4 5
Alemanha 2006 Não participou
África do Sul 2010 Semifinais 4º de 32 7 3 2 2 11 8
Brasil 2014 Oitavas de final 12º de 32 4 2 0 2 4 6
Rússia 2018 Quartas de final 5º de 32 5 4 0 1 7 3
Catar 2022 Fase de grupos 20º de 32 3 1 1 1 2 2
TOTAL 14/22 2 Títulos 59 25 13 21 89 76
Desempenho na Copa das Confederações
Total: 0 Títulos
Ano Fase Posição Jogos Vitórias Empates Derrotas Gols Pró Gols Contra
Arábia Saudita 1992 Não participou
Arábia Saudita 1995
Arábia Saudita 1997 Semifinais 4º de 8 5 3 0 2 8 6
México 1999 Não participou
Coreia do SulJapão 2001
França 2003
Alemanha 2005
África do Sul 2009
Brasil 2013 Semifinais 4º de 8 5 2 1 2 14 7
Rússia 2017 Não participou
TOTAL 2/10 0 Títulos 10 5 1 4 22 13
Cristian Rodríguez com o troféu da Copa América de 2011.
Desempenho na Copa América
Total: 15 Títulos
Ano Fase Posição Jogos Vitórias Empates Derrotas Gols Pró Gols Contra
Argentina 1916 Campeão 1º de 4 3 2 1 0 06 01
Uruguai 1917 Campeão 1º de 4 3 3 0 0 09 00
Brasil 1919 Vice-campeão 2º de 4 3 2 1 0 07 04
Chile 1920 Campeão 1º de 4 3 2 1 0 09 02
Argentina 1921 Liga 3º de 4 3 1 0 2 03 04
Brasil 1922 Liga 3º de 5 4 2 1 1 03 01
Uruguai 1923 Campeão 1º de 4 3 3 0 0 06 01
Uruguai 1924 Campeão 1º de 4 3 2 1 0 08 01
Argentina 1925 Não participou
Chile 1926 Campeão 1º de 5 4 4 0 0 17 02
Argentina 1929 Liga 3º de 4 3 1 0 2 04 06
Peru 1935 Campeão 1º de 4 3 3 0 0 06 01
Argentina 1937 Liga 3º de 6 5 2 0 3 11 14
Peru 1939 Vice-campeão 2º de 5 4 3 0 1 13 05
Chile 1941 Vice-campeão 2º de 5 4 3 0 1 10 01
Uruguai 1942 Campeão 1º de 7 6 6 0 0 21 02
Chile 1945 Liga 4º de 7 6 3 0 3 14 06
Argentina 1946 Liga 4º de 6 5 2 0 3 11 09
Equador 1947 Liga 3º de 8 7 5 0 2 21 08
Brasil 1949 Liga 6º de 8 7 2 1 4 14 20
Peru 1953 Liga 3º de 7 6 3 1 2 15 06
Chile 1955 Liga 4º de 6 5 2 1 2 12 12
Uruguai 1956 Campeão 1º de 6 5 4 1 0 09 03
Peru 1957 Terceiro lugar 3º de 7 6 4 0 2 15 12
Argentina 1959 Fase única 6º de 7 6 2 0 4 15 14
Equador 1959 Campeão 1º de 5 4 3 1 0 13 01
Bolívia 1963 Não participou
Uruguai 1967 Campeão 1º de 6 5 4 1 0 13 02
1975 Semifinais 4º de 10 2 1 0 1 1 3
1979 Fase de grupos 6º de 10 4 1 2 1 5 5
1983 Campeão 1º de 10 8 5 2 1 12 6
Argentina 1987 Campeão 1º de 10 2 2 0 0 2 0
Brasil 1989 Vice-campeão 2º de 10 7 4 0 3 11 3
Chile 1991 Fase de grupos 5º de 10 4 1 3 0 4 3
Equador 1993 Quartas de final 6º de 12 4 1 2 1 5 5
Uruguai 1995 Campeão 1º de 12 6 4 2 0 11 4
Bolívia 1997 Fase de grupos 9º de 12 3 1 0 2 2 2
Paraguai 1999 Vice-campeão 2º de 12 6 1 2 3 4 9
Colômbia 2001 Semifinais 4º de 12 6 2 2 2 7 7
Peru 2004 Semifinais 3º de 12 6 3 2 1 12 10
Venezuela 2007 Semifinais 4º de 12 6 2 2 2 8 9
Argentina 2011 Campeão 1º de 12 6 3 3 0 9 3
Chile 2015 Quartas de final 7º de 12 4 1 1 2 2 3
Estados Unidos 2016 Fase de grupos 11º de 16 3 1 0 2 4 4
Brasil 2019 Quartas de final 6º de 12 4 2 2 0 7 2
Brasil 2021 Quartas de final 5º de 10 5 2 2 1 4 2
Total 45/47 15 Títulos 201 112 36 55 406 219

     Campeão
     Vice-campeão
     Terceiro colocado
     Quarto colocado

Elenco atual[editar | editar código-fonte]

Os seguintes 27 jogadores foram convocados para os jogos Amistosos contra o País Basco e a Costa do Marfim Costa do Marfim em 23 e 26 de março de 2024. [31]

Atualizado até 24 de março de 2024

Nome Posição Clube
Franco Israel Goleiro Portugal Sporting
Randall Rodríguez Goleiro Uruguai Peñarol
Santiago Mele Goleiro Colômbia Junior de Barranquilla
Ronald Araújo Zagueiro Espanha Barcelona
Sebastián Cáceres Zagueiro México América
Nicolás Marichal Zagueiro Rússia Dínamo de Moscou
Bruno Méndez Zagueiro Espanha Granada
Guillermo Varela Lateral-direito Brasil Flamengo
Mathías Olivera Lateral-esquerdo Itália Napoli
Matías Viña Lateral-esquerdo Brasil Flamengo
Lucas Olaza Lateral-esquerdo Rússia Krasnodar
Manuel Ugarte Volante França Paris Saint-Germain
Nicolás Fonseca Volante Argentina River Plate
Federico Valverde Meio-campo Espanha Real Madrid
Rodrigo Bentancur Meio-campo Inglaterra Tottenham
Nicolás de la Cruz Meio-campo Brasil Flamengo
Rodrigo Zalazar Meio-campo Portugal Braga
Nahitan Nández Meio-campo Itália Cagliari
Matías Vecino Meio-campo Itália Lazio
Giorgian de Arrascaeta Meia-atacante Brasil Flamengo
Brian Rodríguez Ponta México América
Facundo Torres Ponta Estados Unidos Orlando City
Facundo Pellistri Ponta Inglaterra Manchester United
Agustín Canobbio Ponta Brasil Athletico Paranaense
Luciano Rodríguez Ponta Uruguai Liverpool
Ignacio Laquintana Ponta Brasil Red Bull Bragantino
Federico Viñas Centroavante México León
Marcelo Bielsa Treinador

Jogadores[editar | editar código-fonte]

Passagens destacadas[editar | editar código-fonte]

Com mais participações[editar | editar código-fonte]

  • Última atualização: 2 de dezembro 2022.
# Jogador Período Jogos Gols
1 Diego Godín 2005- 161 8
2 Luis Suárez 2007– 136 68
3 Edinson Cavani 2007– 135 58
4 Fernando Muslera (goleiro) 2009– 133 0
5 Maxi Pereira 2005–2018 125 3
6 Martín Cáceres 2007– 116 4
7 Diego Forlán 2002–2014 112 36
8 Cristian Rodríguez 2003–2018 110 11
9 Diego Lugano 2005–2014 95 9
10 Egidio Arévalo Ríos 2006–2017 89 0
11 Diego Pérez 2001–2014 88 2
12 Álvaro Pereira 2008–2016 83 7
13 José Giménez 2013– 80 8
14 Rodolfo Rodríguez (goleiro) 1976–1986 78 0

Com mais gols[editar | editar código-fonte]

  • Última atualização: 2 de dezembro de 2022.
# Jogador Período Gols Jogos Média
1 Luis Suárez 2007– 68 136 0,50
2 Edinson Cavani 2007– 58 135 0,43
3 Diego Forlán 2002–2014 36 112 0,32
4 Héctor Scarone 1917–1930 31 52 0,60
5 Ángel Romano 1911–1927 28 69 0,41
6 Óscar Míguez 1950–1958 27 39 0,69
7 Sebastián Abreu 1996–2012 26 70 0,37
8 Pedro Petrone 1923–1930 24 29 0,83
9 Fernando Morena 1971–1983 22 53 0,42
Carlos Alberto Aguilera 1982–1997 22 64 0,34

Treinadores ao longo do tempo[editar | editar código-fonte]

Período Treinador
1916 Uruguai Jorge Pacheco
Uruguai Alfredo Foglino
1917 Uruguai Ramón Platero
1917—1918 Uruguai Julián Bértola
1919—1920 Uruguai Severino Castillo
1920—1922 Uruguai Ernesto Fígoli
1922—1923 Uruguai Pedro Olivieri
1923—1924 Uruguai Leonardo De Lucca
1924—1926 Uruguai Ernesto Meliante
1926 Uruguai Andrés Mazali
Uruguai Ernesto Fígoli
1927—1928 Uruguai Luis Grecco
1928—1932 Uruguai Alberto Suppici
1932—1933 Uruguai Raúl Blanco
1933—1941 Uruguai Alberto Supicci
1941—1942 Uruguai Pedro Cea
1942—1945 Uruguai José Nasazzi
1945—1946 Uruguai Aníbal Tejada
1946 Uruguai Guzmán Vila Gomensoro
Período Treinador
1946—1955 Uruguai Juan López
1955 Uruguai Juan Carlos Corazzo
1955—1957 Uruguai Hugo Bagnulo
1957—1959 Uruguai Juan López
1959 Uruguai Héctor Castro
1959—1961 Uruguai Juan Carlos Corazzo
1961—1962 Uruguai Enrique Fernández
1962—1964 Uruguai Juan Carlos Corazzo
1964—1965 Uruguai Rafael Milans
1965—1967 Uruguai Ondino Viera
1967—1969 Uruguai Enrique Fernández
1969—1970 Uruguai Juan Hohberg
1970—1973 Uruguai Hugo Bagnulo
1974—1974 Uruguai Roberto Porta
1974—1975 Uruguai Juan Schiaffino
1975—1977 Uruguai José María Rodríguez
1977 Uruguai Juan Hohberg
Período Treinador
1977—1979 Uruguai Raúl Bentancor
1979—1982 Uruguai Roque Máspoli
1982—1987 Uruguai Omar Borrás
1987—1988 Uruguai Roberto Fleitas
1988—1990 Uruguai Óscar Tabárez
1990—1993 Uruguai Luis Cubilla
1993—1994 Uruguai Ildo Maneiro
1994—1996 Uruguai Héctor Núñez
1996—1997 Uruguai Juan Ahuntchaín
1997—1998 Uruguai Roque Máspoli
1998—2000 Uruguai Víctor Púa
2000—2001 Argentina Daniel Passarella
2001—2003 Uruguai Víctor Púa
2003—2004 Uruguai Juan Ramón Carrasco
2004—2006 Uruguai Jorge Fossati
2006—2021 Uruguai Óscar Tabárez
2021—2022 Uruguai Diego Alonso
2023— Argentina Marcelo Bielsa

Uniformes[editar | editar código-fonte]

Uniformes dos jogadores[editar | editar código-fonte]

  • 1º - Camisa azul celeste, calção e meias pretas;
  • 2º - Camisa branca, calção e meias brancas.
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
1º Uniforme
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
2º Uniforme

Uniformes dos goleiros[editar | editar código-fonte]

  • Camisa verde limão, calção e meias verdes limão;
  • Camisa grená, calção e meias grenás.
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time

Uniformes anteriores[editar | editar código-fonte]

  • 2019
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Reserva
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Alternativo
  • 2018
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Reserva
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Alternativo
  • 2016-17
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Primeiro
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Segundo
  • 2014-15
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Primeiro
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Segundo
  • 2011-13
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Primeiro
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Segundo
  • 2010-11
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Primeiro
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Segundo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
alternativo
  • 2008-09
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Primeiro
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Segundo
  • 2006-07
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Primeiro
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Segundo

Fornecedores de materiais esportivos[editar | editar código-fonte]

Período Marca
1974–1984 Alemanha Adidas
1984–1987 França Le Coq Sportif
1987–1991 Alemanha Puma
1992–1998 Itália Ennerre (NR)
1999–2001 Uruguai Tenfield
2002–2004 Itália L-Sporto
2004–2006 Alemanha Uhlsport
2007– Alemanha Puma

Dados[editar | editar código-fonte]

  • Protagonizando o Clássico do Rio da Prata (também conhecido como Clássico do Atlântico),[32] Uruguai e Argentina detém a marca de maior número de partidas entre dois países, cujo histórico teve início em 1902.[33]
  • A primeira partida entre uruguaios e argentinos foi, igualmente, o primeiro amistoso internacional (em caráter oficial) a ser disputado fora da Inglaterra. Antes disto, as seleções do Canadá e dos Estados Unidos disputaram dois amistosos em 1885 e 1886, mas ambas as partidas não foram oficializadas, uma vez que canadenses e norte-americanos não participaram de um amistoso oficial até 1904 e 1916, respectivamente.
  • Com a não classificação para os Jogos de Pequim em 2008, o selecionado uruguaio completou oitenta anos sem disputar o torneio. Curiosamente, na última participação até então, em Amsterdã 1928, a equipe sul-americana havia conquistado o seu bicampeonato olímpico.[34]
  • O Uruguai voltou a disputar os Jogos Olímpicos em Londres 2012, depois de oitenta e quatro anos de ausência.[35]
  • Anteriormente, o uniforme reserva uruguaio esteve presente sob a coloração vermelha. Isto se explica pelo torneio sul-americano de 1935, ao qual a seleção utilizou uma camisa vermelha com calção branco para se diferenciar da Argentina, que adotava o branco e azul celeste. Porém, tal combinação de cores foi abandonada após o torneio, sendo adotando um uniforme branco como suplente, de forma que as camisas vermelhas só retornaram em 1993. Atualmente, o uniforme branco é definido como a terceira vestimenta do selecionado uruguaio.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. O Uruguai reivindica os títulos de 1924 e 1928 como títulos mundiais e não olímpicos.

Referências

  1. a b c «Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola» (em inglês). FIFA.com. 25 de agosto de 2022. Consultado em 27 de setembro de 2022 
  2. a b Fédération Internationale de Football Association (ed.). «Orígenes de la Copa Mundial de la FIFA» (PDF) (em espanhol). Consultado em 24 de junho de 2014 
  3. a b «Uruguai: dois Mundiais, quatro estrelas». El País. 5 de junho de 2016. Consultado em 18 de junho de 2018 
  4. «Seleçao Uruguaia». www.uruguai.com. Consultado em 19 de novembro de 2022 
  5. «Historia del futbol uruguayo. Deportes en Uruguay. Enciclopedia gratis.». www.deportesenuruguay.eluruguayo.com. Consultado em 19 de novembro de 2022 
  6. «Football's debt to Uruguay» (em inglês). 8 de abril de 2002. Consultado em 19 de novembro de 2022 
  7. Ambrosio, Tauan. «Afinal de contas, o Uruguai é tetracampeão mundial?». Goal | Terra - Futebol. Consultado em 18 de junho de 2018 
  8. «Noticias de Deportes». LA NACION (em espanhol). Consultado em 19 de novembro de 2022 
  9. Estadão. «1938». Estadão. Consultado em 19 de novembro de 2022 
  10. UEFA.com. «O "site" oficial do futebol europeu». UEFA.com. Consultado em 19 de novembro de 2022 
  11. «Alemania Federal 1974 en MARCA.com». www.marca.com. Consultado em 19 de novembro de 2022 
  12. Agência EFE (2 de julho de 2010). «No jogo mais emocionante da Copa, Uruguai vence Gana nos pênaltis e alcança semifinais». www.dnonline.com.br. DN Online - Esportes (salvo em archive.is). Consultado em 14 de fevereiro de 2019 
  13. Bassan, Pedro; Serbonchini, Wanderley (7 de julho de 2010). «Holanda vence Uruguai com gol irregular e garante vaga na final». g1.globo.com/bom-dia-brasil/. G1 | Bom Dia Brasil. Consultado em 18 de junho de 2018 
  14. «Alemanha vence o Uruguai por 3 a 2 e termina em terceiro lugar na Copa do Mundo». O Globo. 10 de julho de 2010. Consultado em 18 de junho de 2018 
  15. «2010 FIFA World Cup South Africa™ - Awards». www.fifa.com (em inglês). FIFA. Julho de 2010. Consultado em 14 de fevereiro de 2019 
  16. «Uruguay gana bronce en futbol varonil». www.informador.mx (em espanhol). El Informador :: Noticias de Jalisco, México, Deportes & Entretenimiento. 28 de outubro de 2011. Consultado em 18 de junho de 2018 
  17. Gazeta Press (26 de julho de 2015). «Uruguai bate México e leva medalha de ouro no futebol masculino». www.foxsports.com.br. Fox Sports. Consultado em 14 de fevereiro de 2019 
  18. «Uruguai derrota México e leva a medalha de ouro no futebol masculino». www.gazetaesportiva.com. Gazeta Esportiva. 26 de julho de 2015. Consultado em 18 de julho de 2018 
  19. «Após polêmica envolvendo seu hino, Grã-Bretanha tira Uruguai dos Jogos». globoesporte.com. Globo Esporte. 1 de agosto de 2012. Consultado em 18 de junho de 2018 
  20. Borden, Sam (24 de junho de 2014). «Apparent Bite by Luis Suárez Mars Uruguay's Victory Over Italy» (em inglês). The New York Times. Consultado em 24 de junho de 2014 
  21. «Luis Suárez suspended for nine matches and banned for four months from any football-related activity» (em inglês). FIFA. 26 de junho de 2014. Consultado em 26 de junho de 2014 
  22. «Official documents». www.fifa.com (em inglês). Consultado em 19 de novembro de 2022 
  23. «Chile - Copa América - 2015 - Gazeta Esportiva». www.gazetaesportiva.com. Consultado em 19 de novembro de 2022 
  24. «tabela | copa do mundo 2018». ge. Consultado em 19 de novembro de 2022 
  25. a b «País inovador, Uruguai vê no futebol representação da identidade nacional». sportv.globo.com. Sport TV. Consultado em 18 de junho de 2018 
  26. Pichonelli, Matheus; Vives, Fernando (19 de julho de 2011). «Ainda existe identidade no futebol». www.cartacapital.com.br. CartaCapital (salvo em archive.is). Consultado em 14 de fevereiro de 2019 
  27. Salgueiro, Fábio (20 de junho de 2014). «Todos têm raça, o Uruguai tem alma». esportes.terra.com.br. Esportes - Terra | | Fábio Salgueiro (salvo em Wayback Machine). Consultado em 14 de fevereiro de 2019 
  28. Veríssimo, Luís Fernando (20 de agosto de 1982). PLACAR Magazine | Abrindo o Jogo - Por que esse velho medo dos uruguaios?. [S.l.]: Editora Abril. pp. 26 e 27. Consultado em 18 de junho de 2018 
  29. Bolaños, Eduardo (29 de dezembro de 2014). «Mundialito Uruguai 1980/81 (Primeira Parte)». www.conmebol.com. CONMEBOL. Consultado em 11 de novembro de 2015 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]