Celso Sabino
Celso Sabino | |
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Sabino em 2023 | |
25.ª Ministro do Turismo do Brasil | |
No cargo | |
Período | 3 de agosto de 2023 à atualidade |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Daniela Carneiro |
Deputado Federal pelo Pará | |
No cargo | |
Período | 1º de fevereiro de 2019 à atualidade[nota 1] |
Legislaturas | 56ª (2019–2023) 57ª (2023–2027) |
Deputado Estadual do Pará | |
Período | 1º de fevereiro de 2015 a 1º de fevereiro de 2019 |
Legislatura | 18ª (2015–2019) |
Período | fevereiro de 2011 a 20 de março de 2012 |
Legislatura | 17ª (2011–2012) |
Presidente do Instituto de Metrologia do Estado do Pará | |
Período | 8 de julho de 2013 a 1º de janeiro de 2014 |
Governador | Simão Jatene |
Antecessor(a) | Luiziel Guedes |
Sucessor(a) | Fabrizio Augusto Guaglianone de Souza |
Secretário de Trabalho, Emprego e Renda do Pará | |
Período | 20 de março de 2012 a 10 de junho de 2013 |
Governador | Simão Jatene |
Antecessor(a) | Júnior Hage |
Sucessor(a) | Rodivan dos Santos Nogueira |
Dados pessoais | |
Nome completo | Celso Sabino de Oliveira |
Nascimento | 29 de agosto de 1978 (46 anos) Belém, PA |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade da Amazônia Centro Universitário do Pará Universidad del Museo Social Argentino (Dr.) |
Prêmio(s) |
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Partido | PP (2001–2009) PR (2009–2013) PSDB (2013–2021) PSL (2021–2022) UNIÃO (2022–presente) |
Religião | evangélico |
Ocupação | auditor fiscal do Pará advogado |
Celso Sabino de Oliveira (Belém, 29 de agosto de 1978) é um administrador, advogado e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO)[2][3] e atual ministro do Turismo do Brasil.[4] É deputado federal pelo Pará, encontrando-se licenciado.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido na capital paraense, filho de Cipriano Sabino de Oliveira e Fátima Sabino de Oliveira, Celso Sabino trabalhou, desde os 14 anos de idade, na empresa Sabino Oliveira Comércio e Navegação (Sanave), fundada e presidida por Cipriano, que foi gerente de navegação e operações durante os anos de 1996 e 2002.[5] Passou em diferentes cargos pela empresa, como office boy, almoxarifado, atendente de compras, na própria navegação e no serviço de embarque e desembarque.[6]
Pai de cinco filhos, o deputado casou-se pela segunda vez com Érika Sabino de Oliveira[carece de fontes], declarando-se como cristão e evangélico praticante.[6][5]
Concluiu o ensino médio no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, elegendo-se presidente do Grêmio Estudantil com aproximadamente 1 300 votos. Nesta mesma época, também chegou a presidente da Juventude do Partido Progressista.[6]
Graduou-se em administração pela Universidade da Amazônia (UNAMA), e em direito pelo Centro Universitário do Pará (CESUPA). Além disso, possui pós-graduação em Controladoria, Auditoria e Gestão Financeira, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e concluiu o curso de aperfeiçoamento em Gestão Pública Tributária, pela Escola de Administração Fazendária (ESAF). Foi aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e finalizou, em 2017, o doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais, na Universidad del Museo Social Argentino (UMSA), na Argentina.[5]
Aos 22 anos, foi aprovado no concurso para auditor fiscal na Secretaria da Fazenda do Estado do Pará (SEFA/PA) e recebeu licença para exercer o cargo de deputado federal em 2018.[5]
Trajetória política
[editar | editar código-fonte]Em 2010, elegeu-se como deputado estadual suplente em Belém e obteve 19.140 votos nas eleições daquele ano, assumindo sua posição em fevereiro de 2011 pelo Partido da República (PR), com a nomeação de Júnior Hage na Secretaria Estadual na Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda na gestão de Simão Jatene. Em março de 2012,[7] assumiu o cargo de Secretário Estadual na Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda (Seter) no lugar de Hage,[5][8] obtendo o reconhecimento de sua gestão pela conquista do recorde de cursos ofertados; pela proposição de encaminhamento à novos empregos; e pela melhora na agilidade do atendimento, com a redução do tempo de espera nas filas para protocolar o seguro-desemprego; além disso, também participou da criação da Feira do Artesanato Mundial (FAM) e da implantação do projeto “Seter nos bairros”, que levou todos os serviços da secretaria para mais perto do cotidiano civil.[6][9] Permaneceu no cargo até junho de 2013.[10]
Em 2013, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). No mesmo ano, também assume a presidência do Instituto de Metrologia do Pará (IMETROPARA).[11]
Em 2014 foi eleito Deputado Estadual pelo PSDB, exercendo novo mandato entre 2015 e 2018.
Em 2018, Celso Sabino foi eleito deputado na Câmara Federal, em Brasília, com 146 288 votos pelo PSDB[12] e atuava, de março de 2019 até janeiro de 2021, como vice-líder do partido no Pará.[11]
Em 2021, anuncia sua saída do PSDB após desavenças entre algumas alas do partido, principalmente por ser o relator da chamada "PEC da Impunidade".[13] Até então, o parlamentar já havia se envolvido em polêmicas dentro do próprio partido, sobretudo em se alinhar as políticas do Governo Jair Bolsonaro, levando a abertura do processo de expulsão do partido.[14] Em julho de 2023, Sabino negou ser bolsonarista.[15]
Em 2022, foi eleito, por aclamação no dia 04/05, o novo presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) na Câmara dos Deputados. Celso Sabino é o primeiro paraense a presidir a Comissão de Orçamento.
Em 14 de julho de 2023, foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro do Turismo,[16] sendo empossado no dia 3 de agosto.[17]
Posicionamentos
[editar | editar código-fonte]Em 2011, Celso Sabino foi um dos principais atuantes no processo de discussão sobre a separação do estado do Pará. O deputado, que se posicionou contra a divisão paraense entre os estados do Novo Pará, Tapajós e Carajás, presidiu a frente contra os Tapajós.[18][19][20]
Aqueles que lutam pela separação alegam um abandono social por parte do governo, proveniente da distância física e política de regiões distantes de Belém. Em contrapartida, políticos contrários a divisão reiteram que a falta de qualidade nos índices da sociedade também são um problema em localidades próximas a capital, não sendo esse um argumento plausível e suficiente para separação. Além disso, os favoráveis também alertam para o sucesso da separação de outros estados, como o Tocantins, que apresenta bons índices sociais, como por exemplo, na educação. Celso Sabino rebate tal argumentação apontando as diferentes realidades entre os estados e dando exemplos de regiões como o Amapá, que apesar da separação, progrediu pouco em relação a qualidade de vida da sociedade.[18][19][20]
Os políticos que se posicionaram contra a separação do Pará colocam, ainda, o aumento dos custos e salários que seriam gerados pela estruturação de novos governos; a parcialidade do mapa proposto em plebiscito, que não cumpre critérios técnicos ou culturais, estando sobre influência direta de interesses econômicos das grandes empresas de mineração, madeireiras e pecuaristas; e, a mudança que se estabeleceria no equilíbrio de poder entre as regiões do Brasil, já que os representantes de tais estados passariam a exercer maior influência no Congresso, mesmo que correspondessem a um número menor da população.[18][19][20]
Diante de tais embates, o plebiscito sobre a divisão do estado do Pará, aprovado pelo Congresso em maio de 2011, levou a população paraense às urnas, com resultado positivo contrário à divisão. O resultado foi comemorado abertamente por Sabino e sua atuação em tais disputas resultou em uma movimentação negativa nas redes sociais durante a campanha eleitoral de 2018.[18][19][20]
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]Filiado ao PSDB, o nome de Celso Sabino apareceu na lista de receptores de verba da organização Odebrecht (atual Novonor), investigada na operação Lava-Jato, referente às campanhas eleitorais de 2012 e 2014. Neste sentido, questionou-se a transparência das contas do partido, as quais não corroboraram para a identificação da proveniência do dinheiro, se concedido de forma legal ou como parte de propina.[21][22][23]
Em 2021, foi um dos relatores da polêmica "PEC da Impunidade", que dificulta a prisão de políticos em crimes pegos em flagrante.[24]
Desempenho eleitoral
[editar | editar código-fonte]Ano | Eleição | Candidato a | Partido | Coligação | Votos | % | Resultado |
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2010 | Estadual no Pará | Deputado estadual | PR | sem coligação[25] | 19.140 | 0,56 | Não eleito (suplente)[26] |
2014 | Estadual no Pará | Deputado estadual | PSDB | Pra frente Pará[27] (PSDB, PSD, PTB, PP) |
39.929 | 1,08 | Eleito[28] |
2018 | Estadual no Pará | Deputado federal | Todos pelo Pará[29] (PSDB, DEM, PSB, PDT, Solidariedade, PPS, PMN) |
146.288 | 3,70 | Eleito[30] | |
2022 | Estadual no Pará | Deputado federal | UNIÃO | sem coligação[31] | 142.326 | 3,14 | Eleito[32] |
Notas
- ↑ Licenciado do mandato de deputado federal durante o exercício do cargo de ministro do Turismo.
Referências
- ↑ «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Edição extra | Nº 225-A , quinta-feira, 1 de dezembro de 2022». Imprensa Nacional. 1 de dezembro de 2022. p. 1. Consultado em 4 de fevereiro de 2024
- ↑ «Deputado Federal Celso Sabino». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 21 de junho de 2021
- ↑ Soares, Benigna (6 de junho de 2022). «Celso Sabino lança sua pré-candidatura a reeleição para Deputado Federal». Rede Pará. Consultado em 5 de julho de 2022
- ↑ «Lula confirma Celso Sabino para Ministério do Turismo; nomeação sai nos próximos dias». G1. 13 de julho de 2023. Consultado em 13 de julho de 2023
- ↑ a b c d e SINUSCONPA 2012.
- ↑ a b c d Sabino 2019.
- ↑ «Deputado Celso Sabino se despede e Junior Hage reassume mandato». Jusbrasil. 20 de março de 2012. Consultado em 7 de julho de 2023
- ↑ «Página 5 da Caderno 1 do Diário Oficial do Estado do Pará (DOEPA) de 20 de Março de 2012». Jusbrasil. 20 de março de 2012. Consultado em 7 de julho de 2023
- ↑ Diego 2018.
- ↑ «Página 5 da Caderno 1 do Diário Oficial do Estado do Pará (DOEPA) de 11 de Junho de 2013». Jusbrasil. 11 de junho de 2013. Consultado em 7 de julho de 2023
- ↑ a b Câmara dos Deputados 2019.
- ↑ Gazeta do Povo 2018.
- ↑ «Após atritos com a direção, deputado Celso Sabino deixa o PSDB». Poder360. 15 de março de 2021. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «PSDB abre processo de expulsão de Celso Sabino; Aécio fala em "caças às bruxas"». Congresso em Foco. 20 de agosto de 2020. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «Ministro do Turismo nega ser bolsonarista e diz que não votou no 2º turno». Uol. 20 de julho de 2023. Consultado em 21 de julho de 2023
- ↑ «Sabino é nomeado ministro do Turismo; Daniela é exonerada 'a pedido'». Uol. 14 de julho de 2023. Consultado em 14 de julho de 2023
- ↑ «Lula dá posse a Celso Sabino como ministro do Turismo». Uol. 3 de agosto de 2023. Consultado em 3 de agosto de 2023
- ↑ a b c d Calixto, Turco & Tanigawa 2011.
- ↑ a b c d Piran 2018.
- ↑ a b c d Gasparin 2018.
- ↑ Pinheiro 2016.
- ↑ Pinheiro 2018.
- ↑ Mendes 2016.
- ↑ «'Não aumenta em nada a impunidade', diz relator sobre PEC da imunidade parlamentar». Jovem Pan. 25 de fevereiro de 2021. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais - Celso Sabino (2010)». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. 2010. Consultado em 23 de julho de 2022
- ↑ «Apuração de votos e candidatos eleitos (1º turno) - UOL Eleições 2010». Consultado em 23 de julho de 2022
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais - Celso Sabino (2014)». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. 2014. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ «Resultado das Apurações dos votos do 2º turno das Eleições 2014 no Pará para Governador, Senador, Deputados Federais e Deputados Estaduais». G1. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais - Celso Sabino (2018)». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. 2018. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ «Senadores e deputados federais/estaduais eleitos: Apuração e resultado das Eleições 2018 PA». UOL Eleições 2018. Consultado em 23 de julho de 2023
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais - Celso Sabino (2022)». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. 2022. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ «Apuração das Eleições 2022 para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais». noticias.uol.com.br. Consultado em 23 de julho de 2023
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Barata, Augusto (2016). «TCE – Tribunal incorpora falcatrua do Legislativo». Consultado em 19 de junho de 2019. Cópia arquivada em 19 de junho de 2019
- Calixto, Bruno; Turco, Pedro; Tanigawa, Renato (2011). «Criação de novos Estados divide os paraenses». Consultado em 19 de junho de 2019. Arquivado do original em 13 de fevereiro de 2019
- Câmara dos Deputados (2019). «Biografia Celso Sabino». Consultado em 19 de junho de 2019. Cópia arquivada em 19 de junho de 2019
- Diego, San (2018). «Celso Sabino anunciado como candidato a deputado federal do Pará pelo PSDB». Consultado em 19 de junho de 2019. Arquivado do original em 19 de junho de 2019
- Gasperin, Gabriela (2011). «Grupo contrário à divisão do Pará festeja resultado de plebiscito». Consultado em 19 de junho de 2019. Cópia arquivada em 10 de janeiro de 2012
- Gazeta do Povo (2018). «Resultado da Apuração - Eleições 2018». Consultado em 19 de junho de 2019. Arquivado do original em 19 de junho de 2019
- Mendes, Carlos (2016). «Listas da Odebrecht, erros e inferno. Até tucanos do Pará receberam doações». Consultado em 19 de junho de 2019. Arquivado do original em 3 de abril de 2016
- Pinheiro, Ana Célia (2016). «Odebrecht doou quase R$700 mil a Jatene». Consultado em 19 de junho de 2019. Cópia arquivada em 19 de junho de 2019
- Pinheiro, Ana Célia (2018). «BRT do Governo do Pará vai ser feito por empresa investigada pelo MPF». Consultado em 19 de junho de 2019. Cópia arquivada em 19 de junho de 2019
- Piran, Adécio (2018). «Candidato a deputado da ex prefeita Madalena de Novo Progresso é alvo de critica nas redes sociais». Consultado em 9 de junho de 2019. Arquivado do original em 22 de setembro de 2018
- Sabino, Celso (2019). «Quem é Celso Sabino». Consultado em 19 de junho de 2019. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2018
- Portal da Câmara dos Deputados (2022). https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-mistas/cmo/noticias/Celso-Sabino-eleito-novo-Presidente-da-CMO
- SINDUSCONPA (2012). «Celso Sabino assume a Seter». Consultado em 19 de junho de 2019. Arquivado do original em 19 de junho de 2019
- Nascidos em 1978
- Deputados federais do Brasil pelo Pará
- Naturais de Belém (Pará)
- Advogados do Pará
- Administradores do Pará
- Ministros do Turismo do Brasil
- Ministros do Governo Lula (2023–presente)
- Membros do Progressistas do Pará
- Membros do Partido Liberal (2006)
- Membros do Partido da Social Democracia Brasileira
- Membros do Partido Social Liberal
- Membros do União Brasil
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