Campeonato Paulista de Futebol de 1976: diferenças entre revisões

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O '''Campeonato Paulista de Futebol de 1976''' foi a 75.ª edição da [[Campeonato Paulista de Futebol|competição]], promovida pela [[Federação Paulista de Futebol]], e teve como campeão o [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]]. O jogo decisivo foi uma vitória sobre o [[Esporte Clube XV de Novembro (Piracicaba)|XV de Piracicaba]], que terminaria o torneio com o vice-campeonato. Depois dessa conquista, o Palmeiras só voltaria a vencer o campeonato paulista em [[Campeonato Paulista de Futebol de 1993|1993]].



Revisão das 15h12min de 12 de dezembro de 2016

Campeonato Paulista de Futebol de 1976
Campeonato Paulista da Divisão Especial de 1976
Dados
Participantes 18
Organização FPF
Campeão Palmeiras (20º título)
Vice-campeão XV de Piracicaba
Melhor marcador 15 gols
Sócrates (Botafogo)
◄◄ São Paulo 1975 1977 São Paulo ►►

O Campeonato Paulista de Futebol de 1976 foi a 75.ª edição da competição, promovida pela Federação Paulista de Futebol, e teve como campeão o Palmeiras. O jogo decisivo foi uma vitória sobre o XV de Piracicaba, que terminaria o torneio com o vice-campeonato. Depois dessa conquista, o Palmeiras só voltaria a vencer o campeonato paulista em 1993.

Regulamento

As dezoito equipes foram divididas em três grupos "tecnicamente equilibrados",[1] apenas para efeito de classificação, já que todas jogariam contra todas no primeiro turno. Classificaram-se para o returno os quatro primeiros colocados de cada grupo, todos reunidos num grupo único para jogar entre si. A princípio, apenas os três primeiros colocados de cada grupo teriam direito à vaga,[1] mas o número foi aumentado para quatro por grupo após reunião no dia seguinte.[2] A decisão foi tomada devido à pressão de Romeu Italo Ripoli, presidente do XV de Piracicaba, que ameaçou tirar seu clube da disputa se fosse mantida a fórmula anterior.[2]

O primeiro colocado do segundo turno ficaria com o título. O time com melhor campanha no primeiro turno (Guarani) ganhou um ponto extra no segundo. "Teremos 40% a menos de jogos, mas o sistema de disputa, tenho certeza, possibilitará excelente arrecadações tanto no turno inicial como, e principalmente, na fase decisiva", disse o superintendente da federação, Cláudio Castilho.[1]

A nova fórmula permitiria que vários clubes menores seguissem na disputa do título, e a federação garantia que os clubes eliminados no primeiro turno fariam jogos preliminares no segundo, com direito a participação no borderô.[1] "Ao limitarmos o número de jogos em dezessete [por clube], estamos eliminando 70% das partidas entre 'pequenos', que são altamente deficitárias", explicou José Ferreira Pinto Filho, vice-presidente da entidade.[1]

Não houve rebaixamento, mas o Saad, clube convidado para as edições de 1973, 1974 e 1975, deixou nesse ano de disputar a Divisão Especial e voltou para a Primeira Divisão (segundo nível do futebol do estado), sob protesto.[3] A decisão foi tomada por Alfredo Metidieri, presidente da FPF que havia sido eleito em janeiro: "Esta presidência houve por bem não usar o mesmo critério [convite] adotado nos outros anos, inclusive devido à falta de datas em função dos jogos da seleção brasileira."[1]

Primeiro turno

Cinco times chegaram à última rodada com chances de brigar pelo título to turno e consequente ponto extra: Guarani (24 pontos), São Paulo (23 pontos e nove vitórias), Palmeiras (23 pontos e oito vitórias), Ponte Preta (22 pontos e dez vitórias) e Corinthians (22 pontos e nove vitórias).[4] O Guarani do técnico Diede Lameiro venceu o São Bento por 3 a 0 e não deixou chance para os demais.[5] A torcida bugrina fez uma grande festa pelo título do turno, interditando a Praça do Rosário, a principal da cidade.[6]

A grande surpresa foi a eliminação do Santos. O clube chegou à última rodada dividindo o quarto lugar do Grupo C com o Noroeste — ambos tinham dezesseis pontos, e os santistas tinham uma vitória a mais —, porém o empate sem gols com a já classificada Ferroviária na Vila Belmiro, na última rodada, fez com que ele dependesse de a Portuguesa Santista arrancar pelo menos um ponto do time de Bauru, no dia seguinte. Mas, mesmo jogando no Estádio Ulrico Mursa, o Noroeste venceu por 2 a 0, com dois gols de Picolé, e ficou com a última vaga do grupo.[7]

Grupo A
Pos. Time PG J V E D GP GC SG
1 São Paulo 23 17 9 5 3 24 10 14
2 Portuguesa 20 17 9 2 6 28 21 7
3 XV de Piracicaba 15 17 3 9 5 15 17 -2
4 São Bento 14 17 6 2 9 10 19 -9
5 Comercial 14 17 4 6 7 13 17 -4
6 Paulista 10 17 2 6 9 7 18 -11
Grupo B
Pos. Time PG J V E D GP GC SG
1 Guarani 26 17 10 6 1 30 12 18
2 Corinthians 24 17 10 4 3 29 9 20
3 Ferroviária 17 17 6 5 6 21 15 6
4 Botafogo 13 17 4 5 8 21 21 0
5 Juventus 13 17 4 5 8 21 21 0
6 Marília 5 17 0 5 12 9 31 -22
Grupo C
Pos. Time PG J V E D GP GC SG
1 Palmeiras 25 17 9 7 1 24 12 12
2 Ponte Preta 22 17 10 2 5 20 10 10
3 América 21 17 8 5 4 20 18 2
4 Noroeste 18 17 6 6 5 17 14 3
5 Santos 17 17 6 5 6 15 16 -1
6 Portuguesa Santista 9 17 2 5 10 9 41 -32

Segundo turno

Em seu antepenúltimo jogo, o Palmeiras, com treze pontos, teve confronto direto com o São Paulo, que tinha quatro pontos a menos e só poderia igualar o adversário se vencesse o clássico e seu último jogo, além de o Palmeiras não pontuar mais. A vitória palmeirense por 1 a 0 fez o clube chegar aos quinze pontos, pôs fim às pretensões de bicampeonato do Tricolor e ainda eliminou o Guarani, que só poderia chegar a catorze pontos.

Na penúltima rodada, apenas Palmeiras, XV de Piracicaba e América ainda estavam na disputa. A tabela previa o jogo entre Palmeiras e XV no Palestra Itália, enquanto o América recebia, em Rio Preto, a já eliminada Ponte Preta. Um simples empate garantiria o título ao Palmeiras, enquanto os dois clubes do interior precisavam vencer seus dois últimos jogos e torcer para o Alviverde não pontuar mais. O Palmeiras acabou por vencer por 1 a 0 o XV de Piracicaba, sagrando-se campeão paulista com uma rodada de antecipação. Foi a última conquista de Ademir da Guia e o último título antes do jejum de quase dezessete anos sem títulos, o maior já vivido pelo clube.

Grupo A
Pos. Time PG J V E D GP GC SG
1 Palmeiras 19 11 8 3 0 15 6 9
2 XV de Piracicaba 14 11 5 4 2 11 8 3
3 Guarani 13 11 2 8 1 9 8 1
4 Botafogo 12 11 4 4 3 12 9 3
5 América 12 11 3 6 2 8 6 2
6 Ponte Preta 11 11 4 3 4 10 7 3
7 São Paulo 11 11 3 5 3 15 8 7
8 Portuguesa 11 11 3 5 3 10 12 -2
9 Noroeste 9 11 3 3 5 8 13 -5
10 São Bento 9 11 3 3 5 7 12 -5
11 Corinthians 7 11 3 1 7 6 13 -7
12 Ferroviária 5 11 2 1 8 7 16 -9

Jogo decisivo

18 de agosto de 1976 Palmeiras 1 – 0 XV de Piracicaba Parque Antártica, São Paulo, SP
21 horas
Jorge Mendonça Gol marcado aos 39 minutos de jogo 39' do 1.º[8] Ficha técnica Público: 35 533
Renda: Cr$ 777 913
Árbitro: Romualdo Arppi Filho

Palmeiras — Leão; Valdir, Samuel, Arouca e Ricardo; Pires, Ademir da Guia e Jorge Mendonça; Edu Bala, Toninho e Nei. Técnico: Dudu.

XV de Piracicaba — Donah; Volmil, Fernando, Eloy e Almeida; Muri e Vágner; Pitanga, Nardela (Capitão), Benê (Paulinho) e João Paulo. Técnico: Dema.

Premiação

Campeão Paulista de 1976
PALMEIRAS
(20º título)[9]

Referências

  1. a b c d e f «Clubes, só um jogo por semana». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo (30 948). 22 páginas. 13 de fevereiro de 1976. ISSN 1516-2931. Consultado em 30 de julho de 2015 
  2. a b «Federação decide: final terá 12 times». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo (30 949). 17 páginas. 14 de fevereiro de 1976. ISSN 1516-2931. Consultado em 30 de julho de 2015 
  3. «Começam contatos com os 'grandes'». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo (30 935). 33 páginas. 19 de janeiro de 1976. ISSN 1516-2931. Consultado em 30 de julho de 2015 
  4. «Finalmente, surge o campeão (e líder do returno)». Folha de S. Paulo (17 278). São Paulo: Empresa Folha da Manhã S/A. 4 de julho de 1976. 40 páginas. ISSN 1414-5723. Consultado em 30 de julho de 2015 
  5. «Guarani, vitória de campeão». Folha de S. Paulo (17 279). São Paulo: Empresa Folha da Manhã S/A. 5 de julho de 1976. 11 páginas. ISSN 1414-5723. Consultado em 30 de julho de 2015 
  6. «A torcida chega à praça canta, dança, comemora». Folha de S. Paulo (17 279). São Paulo: Empresa Folha da Manhã S/A. 5 de julho de 1976. 11 páginas. ISSN 1414-5723. Consultado em 30 de julho de 2015 
  7. «Picolé entristeceu uma cidade e garantiu o Noroeste: 2 a 0». Folha de S. Paulo (17 279). São Paulo: Empresa Folha da Manhã S/A. 5 de julho de 1976. 13 páginas. ISSN 1414-5723. Consultado em 30 de julho de 2015 
  8. «Palmeiras Campeão». Folha de S. Paulo (17 304). São Paulo: Empresa Folha da Manhã S/A. 19 de agosto de 1976. 34 páginas. ISSN 1414-5723. Consultado em 30 de julho de 2015 
  9. Títulos, Sociedade Esportiva Palmeiras