Saltar para o conteúdo

Marco Aurélio de Oliveira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Marcão
Marcão
Marcão com o Fluminense em 2021
Informações pessoais
Nome completo Marco Aurélio de Oliveira
Data de nasc. 22 de julho de 1972 (52 anos)
Local de nasc. Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,74 m
destro
Apelido Guerreiro, Cincão
Informações profissionais
Clube atual Fluminense
Posição ex-volante
Função treinador
Clubes de juventude
Bangu
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1989–1998
1996–1997
1997
1998
1999–2005
2005
2005–2006
2007
2007
2008
2008
2008
2009–2011
Bangu
Criciúma (emp.)
Vasco da Gama (emp.)
Bragantino (emp.)
Fluminense
Al-Ittihad
Fluminense
Cabofriense
Juventude
Joinville
Cabofriense
CFZ do Rio
Bangu
0216 000(15)
0034 0000(0)
0004 0000(0)
0020 0000(0)
0347 000(16)
000- 00000(-)
0050 0000(6)
0003 0000(0)
0022 0000(0)
000- 00000(-)
0001 0000(0)
000- 00000(-)
0043 0000(1)
Times/clubes que treinou
2012
2012
2012
2016
2019
2020
2021
2024
Bangu
Bonsucesso
River-PI
Fluminense (interino)
Fluminense (interino)
Fluminense (interino)
Fluminense (interino)
Fluminense (interino)

Marco Aurélio de Oliveira, mais conhecido como Marcão (Petrópolis, 22 de julho de 1972), é um treinador, auxiliar técnico e ex-futebolista brasileiro que atuava como volante.[1] Atualmente é auxiliar técnico permanente do Fluminense.

Carreira como jogador

[editar | editar código-fonte]

Tímido e de poucas palavras, ele fugia do estereótipo do jogador que tem seu nome gritado nas arquibancadas. Destacava-se mais pelas funções defensivas que desempenhava em campo, e mesmo assim foi um dos grandes ídolos do Fluminense desde que chegou às Laranjeiras em 1999. Além disso, estourou tarde - depois dos 25 - e passava longe de alguns hábitos comuns entre os jogadores. Não andava em carro do ano e não mora na Barra da Tijuca. Pelo contrário, anda em uma Blazer 1997 (que comprou usada) e terminou a reforma de sua casa em Santíssimo, bairro carioca, onde mora desde criança. É adorado pela torcida e por todos no clube por sua simpatia cativante. Mas se fora de campo a timidez e o jeito manso são suas características, dentro das quatro linhas a coisa era completamente diferente. Em campo era um verdadeiro leão, um marcador incansável, daqueles que parecem se multiplicar no combate ao adversário.[2] Tendo chegado ao tricolor em um dos momentos mais dramáticos da história do clube, Marcão logo conquistou a torcida por encarnar o espírito que se exigia de uma equipe que lutava para sair da terceira divisão.

Mais tranquilo depois da assinatura do novo contrato - o clube renovou com ele por três anos, além de comprar a metade do seu passe que pertencia a um empresário -, Marcão voltou suas baterias para a realização de outro sonho: chegar a Seleção Brasileira. Depois de ter o seu nome incluído na lista prévia de Emerson Leão para a Copa das Confederações - ele acabou não disputando o torneio - ele acreditava que um bom Campeonato Brasileiro poderia levá-lo a ser chamado por Luiz Felipe Scolari. Apesar de aclamado pela torcida, declarou que não se sentia ídolo. Achava que o fato de ter estourado tarde contribuiu para que mantivesse os pés no chão. Passou por muita coisa no futebol e aprendeu não se deslumbrar.

Durante o grande período em que jogou no Bangu, foi emprestado ao Criciúma e ao Bragantino. Alguns clubes até quiseram comprar seu passe, mas sempre havia um problema e o negócio não se concretizava. Aí surgiu o Fluminense, que lhe deu a grande oportunidade de se firmar. Mas foi sincero: "Não lamento que as coisas tenham sido assim. Já pensou se eu tivesse sido comprado por outro clube? Hoje não estaria no Fluminense." O Fluminense lhe deu a grande oportunidade da vida. O clube vem lhe permitindo cuidar da família, oferecer para o meu filho coisas que não teve, além do carinho imenso que recebe de todos os tricolores. Além de comprar seu passe, o clube renovou com o jogador por três anos. Por isso, diz o jogador, "não posso lamentar nada do passado, é a grande oportunidade tenho e não posso ignorá-la". A torcida pedia uma vaga na seleção e humildemente respondeu que realmente "seria um grande presente, e esse ano bateu na trave... O importante agora é fazer um bom Campeonato Brasileiro, mantendo a minha regularidade, e torcer pela lembrança". Conquistou os títulos da Série C do Brasileiro de 1999 e os Campeonatos Carioca de 2002 e 2005. Era respeitado por todos, sendo o capitão da equipe por ser o mais antigo jogador do elenco vinculado ao clube. Permaneceu no clube de 1999 a julho de 2005, quando a seu pedido foi liberado para o Al-Ittihad Doha, do Catar. Por inadaptação ao país árabe, retornou ao clube em setembro de 2005, onde ao final do ano ficou em terceiro lugar na premiação Craque do Brasileirão na posição de primeiro volante. Deixou o Flu no dia 31 de dezembro do ano seguinte, quando foi dispensado pela diretoria. Atuou pelo clube em 397 jogos, tendo marcado 22 gols.

Posteriormente, defendeu Cabofriense (duas passagens), Juventude, Joinville e CFZ do Rio antes de retornar ao Bangu em 2009. Ele se aposentou em março de 2011, aos 38 anos.

Carreira como técnico e auxiliar-técnico

[editar | editar código-fonte]

Logo após se aposentar, começou como treinador no Bangu em 2011. Foi demitido no dia 29 de janeiro de 2012, após maus resultados no Campeonato Carioca daquele ano. Em 14 de fevereiro de 2012, Marcão foi contratado para ser treinador do Bonsucesso.[3] No final de abril do mesmo ano, acertou com o River-PI do Piauí[4], ficando no comando da equipe apenas um mês e meio, devido aos resultados ruins no Campeonato Piauiense.

Entre 2014 e 2016 Marcão foi auxiliar técnico do Fluminense. No dia 6 de novembro de 2016, Marcão foi efetivado como treinador do Fluminense para as quatro últimas partidas no Campeonato Brasileiro.

Marcão durante as eleições presidenciais do Tricolor das Laranjeiras

Em 24 de junho foi anunciado o retorno de Marcão como auxiliar técnico permanente do clube, voltando para o cargo que ocupou por dois anos, agora em uma posição fixa independente do treinador que vier .[5][6] Já no dia 4 de outubro, foi efetivado como treinador do Tricolor das Laranjeiras.[7]

Marcão foi o responsável pela arrancada da equipe no Campeonato Brasileirão[8], pegando o time na zona de rebaixamento e com muitas chances de cair para a Série B, classificando o Flu para a Copa Sul-Americana de 2020, vencendo o Corinthians por 2 a 1 na última rodada, em plena Arena Corinthians.[9]

No dia 12 de dezembro, Odair Hellmann foi anunciado como treinador do Fluminense, enquanto Marcão voltou a integrar a comissão técnica e passou a comandar o sub-23 em 2020.[10]

No dia 7 de dezembro de 2020, Marcão foi confirmado como treinador do Fluminense após a saída de Odair Hellmann para o Al-Wasl, dos Emirados Árabes.[11]

Ele teve altos e baixo, mas terminou no Campeonato Brasileiro com 8 jogos invicto após sofrer a goleada de 5x0 para o Corinthians, deixando o Fluminense na quinta posição com 64 pontos e classificando-se para a Copa Libertadores da América.[12][13]

Em 27 de fevereiro de 2021, Marcão voltou a ser auxiliar-técnico após a chegada de Roger Machado ao tricolor carioca.[14]

Em 21 de agosto, pela terceira vez foi efetivado após a saída de Roger Machado. Terminou o Campeonato Brasileiro de 2021 em sétimo lugar, classificando o Fluminense para a fase preliminar da Copa Libertadores da América de 2022.[15]

Em 24 de junho, Marcão foi efetivado técnico do Fluminense pela quarta vez, assumindo a equipe tricolor após a demissão de Fernando Diniz.[16]

Vasco da Gama
Fluminense

Como técnico

[editar | editar código-fonte]
Fluminense

Referências

  1. GIACOBBO, Bruno (5 de julho de 2005). «Um novo líbero?». CanalFluminense.com. Consultado em 21 de julho de 2013. Arquivado do original em 27 de julho de 2014 
  2. Erich Onida (29 de maio de 2006). «Oswaldo deve lançar Marcão como líbero». GloboEsporte.com. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  3. «Após saída de Gottardo, Bonsucesso anuncia Marcão como novo técnico». GloboEsporte.com. 14 de fevereiro de 2012. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  4. «Ex-jogador do Flu é o novo técnico do River para o Campeonato Piauiense». CidadeVerde.com. 26 de abril de 2012. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  5. «Fluminense anuncia ex-volante Marcão como auxiliar-técnico». UOL. 24 de junho de 2019. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  6. https://www.fluminense.com.br/noticia/marcao-sera-o-novo-auxiliar-tecnico-do-fluminense
  7. «Fluminense efetiva Marcão como técnico no Brasileiro: 'Enquanto der certo', diz dirigente». Extra Online. 4 de outubro de 2019. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  8. Joel Silva (8 de novembro de 2019). «Marcão encontra Fluminense ideal e se consolida como treinador do time». Terra. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  9. «Com dois de Evanilson, Fluminense bate Corinthians na Arena e garante vaga na Sul-Americana». GloboEsporte.com. 8 de dezembro de 2019. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  10. «Odair Hellmann é o novo técnico do Fluminense». Site oficial do Fluminense. 11 de dezembro de 2019. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  11. Felipe Siqueira, Paula Carvalho, Raphael Zarko e Thiago Lima (7 de dezembro de 2020). «Fluminense confirma saída de Odair e anuncia Marcão como técnico até o fim da temporada». GloboEsporte.com 
  12. «Fluminense tem segunda maior série de invencibilidade no Brasileiro». Mais Que Um Jogo. 18 de fevereiro de 2021. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  13. «Fluminense está classificado para a Libertadores, mas não faz ideia de quando irá estrear». www.goal.com. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  14. «Sem pressa para ser treinador em definitivo, Marcão volta a ser auxiliar: "Muito a ajudar o Flu"». odia.ig.com.br. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  15. «Fluminense opta por efetivar Marcão para o lugar de Roger Machado como novo técnico». ge. Consultado em 21 de agosto de 2021 
  16. «Fluminense anuncia demissão de Fernando Diniz». Terra. 24 de junho de 2024. Consultado em 24 de junho de 2024 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]