Pat Fry

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Pat Fry
Pat Fry
Nascimento 17 de março de 1964
Shepperton
Cidadania Reino Unido
Ocupação engenheiro
Empregador(a) Alpine F1 Team, Benetton Formula, McLaren, Scuderia Ferrari, Manor Racing, McLaren, Williams Grand Prix Engineering

Pat Fry (Shepperton, 17 de março de 1964) é um engenheiro inglês de Fórmula 1 que atualmente ocupa o cargo de chefe técnico da equipe Williams.[1] De 2010 a 2014, ele desempenhou várias funções de relevo na Scuderia Ferrari como: assistente de Aldo Costa (na época diretor técnico), diretor técnico de chassis e diretor de engenharia.[2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Início[editar | editar código-fonte]

Pat Fry, após tentar vários cursos de engenharia, se tornou um aprendiz na Thorn EMI, em 1981. Enquanto na Thorn EMI, Pat Fry completou um curso em eletrônica na City of London Polytechnic. Ele se mudou para programas de mísseis Thorn, antes de decidir deixar a empresa em 1987 para prosseguir uma carreira no automobilismo.

Benetton (1987–1993)[editar | editar código-fonte]

Fry tinha interesse em construir sistemas de suspensão para motos em seu tempo livre, e se juntou ao departamento de pesquisa e desenvolvimento da equipe de Fórmula 1 da Benetton em Witney, Oxfordshire, que na época trabalhava em sistemas de suspensão ativa.[3] Ele se mudou para a equipe de teste e depois para o departamento de pesquisa e desenvolvimento da equipe da Godalming. Ele retornou à equipe de testes em 1991, antes de se tornar engenheiro de pista de Martin Brundle em 1992.

McLaren (1993–2010)[editar | editar código-fonte]

Em 1993, o ex-colega da Benetton, Giorgio Ascanelli, persuadiu Fry a se juntar a ele na McLaren. Sua posição inicial era trabalhar em sistemas de suspensão ativa e comandar a equipe de testes da McLaren, mas os sistemas de suspensão ativa foram proibidos pelo órgão administrador da cateria antes do início da temporada de 1994 e então Fry mudou para uma posição de engenharia na equipe de corrida.[4] Depois de uma temporada como engenheiro de pista de Mika Häkkinen em 1995, ele retornou para a equipe de testes da McLaren em 1996, apesar dos rumores que o ligavam a uma mudança para a Ferrari.[5] Ele renovou seu contrato com a McLaren em 1997 para se tornar o engenheiro de pista de David Coulthard, cargo que ocupou por quatro anos. Fry se mudou para um papel de coordenação tática em 2001, supervisionando ambos os carros de corrida da equipe.[6][7] Em 2002 ele foi promovido ao cargo de engenheiro chefe de desenvolvimento de corrida e foi responsável pelos chassis MP4-20, MP4-22 e MP4-24.

Ferrari (2010–2014)[editar | editar código-fonte]

Após o anúncio de sua saída da McLaren em 14 de maio de 2010,[8] veio um anúncio em 22 de junho de que Fry iria se juntar à Ferrari como diretor técnico assistente a partir de 1 de julho.[9] Em 4 de janeiro de 2011, a Ferrari anunciou que Fry havia substituído Chris Dyer como chefe de engenharia de pista de corrida (mantendo sua posição de diretor técnico assistente de Aldo Costa).[10] A mudança foi feita após um erro tático na última corrida da temporada de 2010, que custou a Fernando Alonso uma chance de conquistar o título.[11] Em 24 de maio de 2011, Aldo Costa foi transferido para uma posição indefinida dentro da equipe e Fry recebeu o cargo de diretor de chassis, com o cargo de diretor técnico sendo removido imediatamente. A reestruturação da administração da Ferrari tornou o cargo de Fry um dos três — os outros sendo diretor de produção (preenchido por Corrado Lanzone) e diretor de eletrônica (preenchido por Luca Marmorini) — para se reportar diretamente ao chefe de equipe Stefano Domenicali, que assumiu as funções (só não o título) de diretor técnico.

Em 23 de julho de 2013, a Ferrari anunciou que o diretor técnico da Lotus, James Allison, assumiria o cargo de diretor técnico de chassi a partir de 1 de setembro; Fry permaneceria com a Ferrari como diretor de engenharia (um cargo recém-criado) e continuaria se reportando diretamente a Domenicali ao lado de Allison e do projetista chefe Nicholas Tombazis.[12] Fry permaneceu na Ferrari até 2014, quando ele saiu da equipe italiana em virtude de uma reestruturação anunciada em 16 de dezembro de 2014.[13][14]

Manor Racing (2016–2017)[editar | editar código-fonte]

Em janeiro de 2016, Fry se juntou à Manor Racing como consultor de engenharia.[15][16] Cargo este que ele deixou após a equipe sair da Fórmula 1 em janeiro de 2017.

Returno à McLaren (2018–2019)[editar | editar código-fonte]

Em 4 de setembro de 2018, a McLaren anunciou que Pat Fry se juntaria à equipe como diretor de engenharia, cargo que estava vago desde a saída de Matt Morris. Fry liderou a equipe de Woking no processo de desenvolvimento de seu chassi para a temporada de 2019.[17][18] Entretanto, o acordo de Fry com a McLaren era temporário, pois a equipe já havia acertado a contratação de James Key, da Toro Rosso, mas precisava aguardar até o início de 2019 para ter Key trabalhando na equipe.[19]

Em 2 de julho de 2019, a McLaren confirmou que Pat Fry estava deixando a equipe e, que James Key iria assumir o cargo de diretor de engenharia em definitivo a partir dessa data.[20][21]

Renault (2020)[editar | editar código-fonte]

Em 2 de novembro de 2019, a Renault F1 Team anunciou a contratação de Fry, que ainda estava sob contrato com a McLaren. De acordo com o comunicado da equipe francesa, seria necessário esperar o fim das obrigações contratuais vigentes para o engenheiro poder começar a trabalhar na Renault.[22][23] Fry começou a trabalhar na equipe francesa como diretor técnico em 5 de fevereiro de 2020.[24][25]

Alpine (2021–2023)[editar | editar código-fonte]

Fry permaneceu no mesmo cargo após a equipe Renault ser transformada na Alpine F1 Team em 2021.[25] No início de fevereiro de 2022, após uma reestruturação na equipe técnica da Alpine, ele foi promovido ao posto de chefe técnico e seu antigo papel foi ocupado por Matt Harman.[26][27]

Durante o fim de semana do Grande Prêmio da Bélgica de 2023, em 28 de julho de 2023, foi anunciado que Fry deixaria a Alpine com efeito imediato.[28][29]

Williams (2023–)[editar | editar código-fonte]

Em 28 de julho de 2023, no mesmo dia que foi anunciada a saída de Fry da Alpine, para se juntar à Williams Racing como seu novo chefe técnico.[30]

Referências

  1. «F1: Williams anuncia Pat Fry como novo diretor-técnico». motorsport.uol.com.br. 28 de julho de 2023. Consultado em 28 de julho de 2023 
  2. «Ferrari anuncia a saída de Pat Fry e Lucas Tombazis». Portal Race. Consultado em 19 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2017 
  3. «People: Pat Fry». GrandPrix.com. Inside F1, Inc. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  4. «Pat Fry: Executive Profile & Biography». BusinessWeek. The McGraw-Hill Companies. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  5. «Schumacher to test a Ferrari this week». GrandPrix.com. Inside F1, Inc. 13 de novembro de 1995. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  6. Benson, Andrew (24 de fevereiro de 2001). «Consistency is the key, says Coulthard». BBC Sport Online. BBC. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  7. Tytler, Ewan (21 de fevereiro de 2001). «The Atlas F1 2001 Teams Preview». Atlas F1. Haymarket Publications. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  8. «Pat Fry Leaves McLaren». grandprix.com. 14 de maio de 2010. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  9. «Ferrari sign Fry as assistant tech chief». autosport.com. 22 de junho de 2010. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  10. «Newcomers and organisational changes». Ferrari.com. 4 de janeiro de 2011. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  11. Jonathan Noble (4 de janeiro de 2011). «Ferrari reshuffles engineering staff». Autosport.com. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  12. Ferrari confirm Allison as technical director starting in September. Grand Prix 24/7 29 July 2013
  13. «The Scuderia Ferrari has been reorganized». Ferrari. 16 de dezembro de 2014. Consultado em 16 de dezembro de 2014 
  14. «Pat Fry, Nikolas Tombazis to leave Ferrari F1 team amid restructure». Autosport. 16 de dezembro de 2014. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  15. «F1 – Manor contrata Pat Fry como consultor». Autoracing. Consultado em 19 de janeiro de 2017 
  16. «Manor contrata Pat Fry». AutoSport. Consultado em 19 de janeiro de 2017 
  17. «F1: Pat Fry de regresso à McLaren». AutoSport. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  18. «Fry returns to McLaren to strengthen F1 team's technical department». autosport.com. 4 de setembro de 2018. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  19. «Diretor de engenharia da McLaren, Pat Fry deixa a equipe». terra.com.br. Consultado em 3 de julho de 2019 
  20. «Diretor de engenharia, Pat Fry deixa McLaren e pode ir para Williams». Motorsport.com. Consultado em 3 de julho de 2019 
  21. «Diretor de engenharia da McLaren, Pat Fry deixa a equipe». F1 Mania. Consultado em 3 de julho de 2019 
  22. «Renault se reforça novamente e anuncia chegada de Fry para 2020». Grande Prêmio. 2 de novembro de 2019. Consultado em 4 de janeiro de 2020 
  23. «Renault confirma contratação de Pat Fry». F1 Mania. 2 de novembro de 2019. Consultado em 4 de janeiro de 2020 
  24. «F1 – Pat Fry começa na equipe Renault na próxima semana». autoracing.com.br. 27 de janeiro de 2020. Consultado em 27 de janeiro de 2020 
  25. a b «Pat Fry» (em francês). Alpine. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  26. «F1: Alpine reestrutura equipe técnica com objetivo de lutar pelo título até 2025». motorsport.uol.com.br. 3 de fevereiro de 2022. Consultado em 4 de fevereiro de 2022 
  27. «F1: Entenda, em detalhes, a reestruturação da Alpine, que abandonou modelo de 'três chefes'». motorsport.uol.com.br. 17 de fevereiro de 2022. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  28. «Alpine promove bota-abaixo e demite chefe Szafnauer e mais dois diretores na F1». grandepremio.com.br. 28 de julho de 2023. Consultado em 28 de julho de 2023 
  29. «F1: Alpine confirma saída de Szafnauer após GP da Bélgica». motorsport.uol.com.br. 28 de julho de 2023. Consultado em 28 de julho de 2023 
  30. «Williams aproveita decisão da Alpine e anuncia Pat Fry como novo diretor-técnico». grandepremio.com.br. 28 de julho de 2023. Consultado em 28 de julho de 2023