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Aloysio Nunes: diferenças entre revisões

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'''Aloysio Nunes Ferreira Filho''' ([[São José do Rio Preto]], [[5 de abril]] de [[1945]]) é um [[advogado]] e [[político]] [[brasil]]eiro e amnigo de Osmar Andreassa.
'''Aloysio Nunes Ferreira Filho''' ([[São José do Rio Preto]], [[5 de abril]] de [[1945]]) é um [[advogado]] e [[político]] [[brasil]]eiro e amigo de Osmar Andreassa.


Começou a militância política em [[1963]] quando entrou na [[Faculdade de Direito do Largo de São Francisco]] da [[Universidade de São Paulo]]. Logo depois do [[Ditadura Militar de 1964|golpe militar de 1964]], filiou-se ao [[Partido Comunista Brasileiro]]<ref name="maklouf">{{Citar web |url = http://prof.reporter.sites.uol.com.br/jbaloysio.htm
Começou a militância política em [[1963]] quando entrou na [[Faculdade de Direito do Largo de São Francisco]] da [[Universidade de São Paulo]]. Logo depois do [[Ditadura Militar de 1964|golpe militar de 1964]], filiou-se ao [[Partido Comunista Brasileiro]]<ref name="maklouf">{{Citar web |url = http://prof.reporter.sites.uol.com.br/jbaloysio.htm

Revisão das 13h12min de 19 de outubro de 2010

Predefinição:Político

Aloysio Nunes Ferreira Filho (São José do Rio Preto, 5 de abril de 1945) é um advogado e político brasileiro e amigo de Osmar Andreassa.

Começou a militância política em 1963 quando entrou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo. Logo depois do golpe militar de 1964, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro[1] que, por ter sua existência proibida, atuava na clandestinidade. Foi presidente do tradicional Centro Acadêmico XI de Agosto[2] e formou-se advogado em 1968.

Como o PCB se opunha à resistência armada contra a Ditadura Militar que se instalara desde 1964 no Brasil, Aloysio Nunes, assim como vários jovens da época que tinham ideais esquerdistas, ingressou na ALN - Aliança Libertadora Nacional, organização guerrilheira liderada por Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo[1][3].

Assumiu na clandestinidade, principalmente, o codinome Mateus. Durante muito tempo foi motorista e guarda-costas de Carlos Marighella. As ações da ALN - Aliança Libertadora Nacional incluíram assaltos para angariar fundos que sustentaram a resistência armada. Em agosto de 1968, Aloysio Nunes participou do assalto ao trem-pagador da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Segundo relatos da imprensa da época, a ação ocorreu sem que houvesse o disparo de qualquer tiro. Aloysio Nunes foi o motorista do carro no qual os assaltantes fugiram do local com os malotes que continham NCr$ 108 milhões(US$ 21.600), dinheiro suficiente para o pagamento de todos os funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro[1][4]. Em outubro do mesmo ano, participou do assalto ao carro-pagador da Massey-Ferguson interceptando o veículo na praça Benedito Calixto, no bairro paulistano de Pinheiros[5][6][7][8].

Sofrendo um processo penal em que já havia um pedido de prisão preventiva e com a possibilidade de que descobrissem algo sobre suas ações armadas, foi enviado por Carlos Marighella para Paris utilizando um passaporte falso[1]. Foi posteriormente identificado como guerrilheiro e condenado com base na extinta Lei de Segurança Nacional. Pretendia realizar um treinamento de guerrilha em Cuba, mas a gravidez de sua mulher o fez desistir. Tornou-se representante da ALN no exterior e coordenou as ligações desta com movimentos de esquerda de todo o mundo[1][2][9][10]. Filiou-se ao Partido Comunista Francês em 1971[1] e negociou com o presidente Boumedienne, da Argélia para que brasileiros recebessem treinamento militar de guerrilha naquele país.

Pode finalmente, em 1979, regressar ao Brasil devido à promulgação da Lei de Anistia, a qual beneficiou todos que cometeram crimes políticos de qualquer tipo, assim como aqueles que se excederam na repressão, durante os anos anteriores da Ditadura Militar.

Desfiliou-se do PCB e filiou-se ao PMDB[3], tendo sido eleito por este partido deputado estadual de 1983 a 1991. Em seu primeiro mandato, foi líder do governo Franco Montoro na Assembléia Legislativa. Em seu segundo mandato, foi líder do governo Orestes Quércia em um momento especial: a redação e votação da Constituição do Estado de São Paulo[11].

Foi vice-governador de São Paulo de 1991 a 1994, eleito na chapa de Luiz Antônio Fleury Filho. Acumulou a função de vice-governador com a de secretário estadual de Negócios Metropolitanos. Assumiu provisoriamente o cargo de governador quando Luiz Antônio Fleury Filho viajou ao exterior[11]. Foi o primeiro ex-comunista a ocupar este cargo.

Foi candidato derrotado do PMDB à prefeitura de São Paulo em 1992. Foi uma eleição muito difícil em que concorreu com Paulo Maluf e Eduardo Suplicy, tendo sido advertido previamente que seria quase impossível ganhá-la[11].

De 1995 a 2007, foi eleito para deputado federal já pelo PSDB.

Interrompeu o mandato de 1999 a 2002, quando ocupou dois ministérios no governo Fernando Henrique Cardoso: a secretaria-geral da Presidência e o Ministério da Justiça.

Foi secretário municipal de São Paulo durante o governo José Serra/Gilberto Kassab. Quando José Serra foi governador de São Paulo, Aloysio foi o chefe da Casa Civil.

No dia 3 de outubro de 2010, Aloysio Nunes foi eleito senador por São Paulo alcançando mais de 11 milhões de votos, superando o recorde de Aloizio Mercadante como senador mais votado do Brasil e ficando à frente de Marta Suplicy e Netinho de Paula, favoritos nas pesquisas.

Referências

  1. a b c d e f CARVALHO, Luis Maklouf (4 de março de 1999). «"Golpe levou Deputado às Armas: Ditadura marcou vida do ex-guerrilheiro que hoje quer reformar democracia. Jornal do Brasil. Consultado em 12 de outubro de 2010 
  2. a b MIR, Luiz (1994). «"A Revolução Impossível"; pág. 375, 401, 409, 493.». Editora Best Seller. Consultado em 12 de outubro de 2010 
  3. a b CARTA, Gianni (2007). «"Às Margens do Sena: Depoimento de Reali Jr a Gianni Carta. Editora Ediouro; pag 247. Consultado em 12 de outubro de 2010 
  4. USTRA, Carlos Alberto Brilhante (2007). «"A Verdade Sufocada:a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça"; pag 161-162.». Editora Ser. Consultado em 12 de outubro de 2010 
  5. GASPARI, Elio (2002). «"As Ilusões Armadas vol. 1 - A Ditadura Envergonhada (O Sacerdote e o Feiticeiro)", pág. 313.». São Paulo: Companhia das Letras, 1ª Edição. ISBN 978-85-359-0277-8. Consultado em 12 de outubro de 2010 
  6. BETTO, Frei (2002). «"Batismo de Sangue", pág. 69.». São Paulo: Editora Casa Amarela, 1ª Edição. Consultado em 12 de outubro de 2010 
  7. MOTTA, Aricildes de Moraes (2003). «"1964, 31 de Março: O Movimento Revolucionário e sua História"; pág. 123.». Distrito Federal: Biblioteca do Exército Editora. Consultado em 12 de outubro de 2010 
  8. TORRES, Raymundo Negrão (2004). «"O Fascínio dos "Anos de Chumbo": o "golpe" de 31 de março de 1964 e os "porões da ditadura" quarenta anos depois"; pág. 44.». Consultado em 12 de outubro de 2010 
  9. CARDOSO, Ney Eichler. «"O Desentulho de Góri".». Consultado em 12 de outubro de 2010 
  10. FALCÃO, João (1993). «"Giocondo Dias: a vida de um revolucionário"; pág. 312.». Rio de Janeiro: Editora Agir. ISBN 85-220-0359-9. Consultado em 12 de outubro de 2010 
  11. a b c ------ (1999). «"Deputados brasileiros: repertório biográfico : 51ª Legislatura, 1999-2003, Volume 1"; pag 89.». Congresso Nacional. Centro de Documentação e Informação, Coordenação de Publicações,. Consultado em 12 de outubro de 2010  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "deputados" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes

Precedido por
Almino Monteiro Álvares Afonso
Vice-governador de São Paulo
1991 - 1995
Sucedido por
Geraldo Alckmin
Precedido por
José Gregori
Ministro da Justiça do Brasil
20012002
Sucedido por
Miguel Reale Júnior
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