Hórus Bá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hórus Bá
Hórus Bá
Sereque de Hórus Bá
Faraó do Egito
Reinado Desconhecido
Antecessor(a) Desconhecido
Sucessor(a) Desconhecido
 
Dinastia , II  ou III 
Religião Politeísmo egípcio
Titularia
Nome Hr-b3
G5bE11
Título

Hórus Bá é o nome sereque de um antigo faraó que pode ter governado no final da I dinastia, a última parte da II dinastia ou durante a III dinastia. Nem a duração exata de seu reinado nem sua posição cronológica são conhecidas.

Fontes ao nome[editar | editar código-fonte]

As únicas fontes seguras de nome para um faraó "Bá" são um fragmento de xisto verde, encontrado nas galerias subterrâneas sob a pirâmide Djoser em Sacará, e a mastaba (VI dinastia) do alto oficial Ni-Anque-Bá.[1][2]

Identidade[editar | editar código-fonte]

Em 1899, o cientista Alessandro Ricci publicou um desenho de um sereque com uma perna (sinal de Gardiner D58) como hieróglifo no interior. A imagem foi vista no volume nº 35 da série Zeitschrift für Ägyptische Sprache und Altertumskunde. Segundo Ricci, o sereque foi encontrado numa inscrição de rocha em Uádi Magara, no Sinai. Os egiptólogos Jaroslav Černý e Michel Baude descobriram que Ricci estava se referindo à inscrição em rocha de Sanaquete (III dinastia). Ricci simplesmente interpretou mal os sinais usados para o nome de Sanaquete - um sinal vertical de um laço de corda, o sinal em ziguezague para água e um sinal de galho abaixo - como um símbolo de perna única.[3]

Egiptólogos como Černý e Peter Kaplony acham que Bá pode ser idêntico a Hórus Pássaro, igualmente atestado. Este governante escreveu seu nome com o sinal de um pássaro parecido com um ganso, mas como a representação do sinal de pássaro em questão carece de detalhes artísticos que permitam qualquer identificação, os egiptólogos estão contestando a leitura e o significado corretos do nome "Pássaro". Černý e Kaplony pensam que os nomes de ambos os faraós têm a mesma transcrição: "Bá". Nesse caso, Hórus Bá e Hórus Pássaro seriam a mesma figura histórica.[4]

Em contraste, egiptólogos como Nabil Swelim pensam que Hórus Bá foi um sucessor imediato do segundo rei da II dinastia, Binótris. Aponta para a forma do nome de Binótris na lista real de Abidos, que começa com o mesmo sinal hieroglífico (um carneiro; sinal de Gardiner E11) como o nome sereque de Hórus Bá. Swelim, portanto, acredita que o nome Hórus Bá foi erroneamente misturado com o nome de nascimento de Binótris.[1]

Referências

  1. a b Swelim 1983, p. 27–32, 180 e 219.
  2. Lepsius 1858, p. 18 & obj. no. 906.
  3. Baude 2007, p. 20.
  4. Kaplony 1965, p. 3-4.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Baude, Míchel (2007). Djéser et la IIIe dynastie: Les Grands pharaons. Paris 2007: Pygmalion. ISBN 2-7564-0147-1 
  • Kaplony, Peter (1965). «Horus Ba?». Mogúncia. Mitteilungen des Deutschen Archäologischen Institut Kairo. 20 
  • Lepsius, Carl Richard (1858). Koenigsbuch der Alten Aegypter. Mogúncia: Besser 
  • Swelim, Nabil (1983). Some Problems on the History of the Third Dynasty. Archaeological and Historical Studies. 7. Alexandria: Sociedade Arqueológica de Alexandria