Elefante (faraó)
Elefante | |||||||||
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Inscrição real de Custul com sereque de Elefante | |||||||||
Faraó no Alto Egito | |||||||||
Antecessor(a) | Peixe? | ||||||||
Sucessor(a) | Touro I? | ||||||||
Dinastia | 00 | ||||||||
Religião | Politeísmo egípcio | ||||||||
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Elefante, cujo nome talvez é lido Penabu (Pn-3bw[1]), era um faraó (rei) do Antigo Egito, que reinou em data incerta em algum momento entre o final de Nacada IIc e começo de Nacada IIIa (3500–3220/3200 a.C.).[2]
Existência
[editar | editar código-fonte]A proposta de existência de Elefante é baseada nos ensaios de Günter Dreyer e Ludwig David Morenz, que estão convencidos de que era um rei que governou a região de Custul. Segundo Dreyer, o nome dele aparece num grafite nos Colossos de Copto encontrados no templo do deus Mim em Copto, numa cerâmica do Túmulo U-j de Abidos de Escorpião I[3] e grafites em Custul e Gebel Xeique Solimão, onde hieróglifos são colocados dentro de um sereque. Em etiquetas de marfim de Abidos, o elefante também aparece, mas sem qualquer símbolo real. Dreyer reconheceu nos sereques de Custul e Gebel um trono cúbico e um elefante andando abaixo e leu Penabu ("Grande aquele [sentado] no trono")[4] Morenz concorda com ele, mas acha altamente incerta a leitura do nome, preferindo usar "Rei Elefante". Alternativamente, considerou a possibilidade de ser um rinoceronte e ressaltou que em Nacada III era moda escolher animais perigosos (leões, crocodilos, elefantes e rinocerontes) para criar nomes reais.[5]
Outros egiptólogos, como Peter Kaplony e Toby Wilkinson, propuseram leituras diferentes. Enquanto Wilkinson vê um trono e o hieróglifo de "fronteira", Kaplony vê um assento e uma bancada cheio de jarros de vinho, o sinal de "elogiado". Kaplony também menciona que o nome de um certo palatinado da I dinastia chamado Hor-Sequentidju também foi escrito com o símbolo do jarro de vinho. Ele acredita que o nome do palatinado foi criado a partir do nome de Elefante.[6]
Referências
- ↑ Dreyer 1998, p. 177.
- ↑ Raffaele 2004.
- ↑ Raffaele 2002.
- ↑ Dreyer 1998, p. 179.
- ↑ Morenz 2004, p. 114; 118.
- ↑ Kaplony 1963, p. 8.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Dreyer, Günter (1998). Umm el-Qaab I. Das prädynastische Königsgrab U-j und seine fruhen Schrifzeugnisse. Mogúncia: Philipp von Zabern
- Kaplony, Peter (1963). «Die Inschriften der Ägyptischen Frühzeit, vol. III». Viesbade: Harrassowitz Verlag. Ägyptologische Abhandlungen (ÄA). 8
- Morenz, Ludwig David (2004). «Bild-Buchstaben und symbolische Zeichen. Die Herausbildung der Schrift der hohen Kultur Altägyptens». Friburgo. Orbis Biblicus et Orientalis. 205. ISBN 3-7278-1486-1
- Raffaele, Francesco (2002). «Dinastia 00»
- Raffaele, Francesco (2004). «Predynastic and Protodynastic Egypt»