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Nefercauré

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Nefercauré
Cartucho de Nefercauré na lista real de Abido
Faraó do Egito
ReinadoQuatro anos, dois meses
Antecessor(a)Cacaré Ibi
Sucessor(a)Nefercauor
Dados pessoais
DinastiaVIII dinastia
ReligiãoPoliteísmo egípcio
Titularia
Trono
M23L2<
N5nfrD28
Z2
>
(Nfr k3.w Rˁ)
Lista Real de Abidos
Hórus
G5<
N28HASH
>
(Ḫ3-[...])

Nefercauré (em egípcio: Nfr k3.w Rˁ) foi um faraó durante o Primeiro Período Intermediário. De acordo com a Lista Real de Abido e a última reconstrução do Cânone de Turim por Kim Ryholt, foi o 15º da VIII dinastia.[1] Esta opinião é compartilhada pelos egiptólogos Jürgen von Beckerath, Thomas Schneider e Darell Baker.[2][3][4] Como um faraó da VIII dinastia, sua sede do poder era Mênfis.[5]

Nefercauré é nomeada na 54ª entrada da Lista Real de Abido, uma lista de reis editada cerca de 900 anos após o Primeiro Período Intermediário durante o reinado de Seti I. O nome de Nefercauré está perdido numa lacuna do Cânone de Turim afetando a coluna 5, linha 11, do documento. A duração do reinado de é, no entanto, preservada com "4 anos, 2 meses e 0 dias".[1][4][6]

Nefercauré também é conhecido por uma inscrição contemporânea, um decreto fragmentário inscrito numa laje de pedra calcária conhecida como Decreto de Copto h sobre as ofertas para o Templo de Mim em Copto.[4] Um dos dois fragmentos existentes deste decreto foi entregue por Edward Harkness ao Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque, onde está agora em exibição na Galeria 103.[7] O decreto é datado do quarto ano de reinado de Nefercauré, que é a data maior data atestada de qualquer rei da VIII dinastia. O primeiro sinal do nome de Hórus está claramente presente enquanto o segundo sinal é debatido. Von Beckerath se compromete apenas com o primeiro sinal e lê Ḫ3 [...], enquanto Baker e William C. Hayes leem Ḫ3ab3u.[2][4] O decreto é dirigido ao então governador do Alto Egito, Xemai, e exige que quantidades fixas de oferendas sejam dadas em intervalos regulares ao deus Mim e então possivelmente a uma estátua do rei.[8]

Referências

  1. a b Ryholt 2000, p. 99.
  2. a b Beckerath 1999, p. 59, 187.
  3. Schneider 2002, p. 174.
  4. a b c d Baker 2008, p. 272-273.
  5. Shaw 2000, p. 107.
  6. Beckerath 1962, p. 143.
  7. Museu Metropolitano.
  8. Hayes 1978, p. 136-138.
  • Baker, Darrell D. (2008). The Encyclopedia of the Pharaohs: Volume I - Predynastic to the Twentieth Dynasty 3300–1069 BC. Londres: Stacey International. ISBN 978-1-905299-37-9 
  • Beckerath, Jürgen von (1962). «The Date of the End of the Old Kingdom of Egypt». JNES. 21 
  • Beckerath, Jürgen von (1999). Handbuch der ägyptischen Königsnamen, Münchner ägyptologische Studien. Mogúncia: Philip von Zabern. ISBN 3-8053-2591-6 
  • Hayes, William C. (1978). The Scepter of Egypt: A Background for the Study of the Egyptian Antiquities in The Metropolitan Museum of Art. Vol. 1, From the Earliest Times to the End of the Middle Kingdom. Nova Iorque: MetPublications 
  • Ryholt, Kim (2000). «The Late Old Kingdom in the Turin King-list and the Identity of Nitocris». Zeitschrift für Ägyptische Sprache und Altertumskunde. 127 (1): 87–119. ISSN 2196-713X 
  • Schneider, Thomas (2002). Lexikon der Pharaonen. Dusseldórfia: Albatros. ISBN 3-491-96053-3 
  • Shaw, Ian (2000). The Oxford History of Ancient Egypt. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-280458-7