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Sistema de Trens Urbanos de Natal

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Sistema de Trens Urbanos de Natal
VLT na Estação Natal em 2017.
VLT na Estação Natal em 2017.
Informações
LocalRegião Metropolitana de Natal
Tipo de transporteEstação de VLT VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)
Número de linhas2
Número de estações28
Tráfego4,1 mil/dia (2024)
WebsitePortal CBTU - Natal
Funcionamento
Operadora(s) Companhia Brasileira de Trens Urbanos - STU/NAT
Número de veículos20
Frequência176 min
Dados técnicos
Extensão do sistema80,2 km
BitolaBitola métrica (1000 mm)
Velocidade média50 km/h[1]
Velocidade máxima60 km/h
Diagrama da rede

Natal
Natal
Centro de Manutenção
Passo da Pátria / Pedra do Rosário*
(projetada)
Alecrim II
Alecrim I
Padre João Maria
Quintas
Bom Pastor
Cidade da Esperança
Igapó
Promorar
Shopping*
Pitimbu
Santa Catarina
Cidade Satélite
Soledade
Fronteiras*
Jardim Aeroporto
Nova Natal
Nordelândia
Parnamirim
Boa Esperança
Bela Vista**
Riacho Água Vermelha
Estrela do Mar
Cajupiranga
Extremoz
Riacho Taborda
Raposa
Rio Pium
Massagana
Bonfim
Lagoa Grande
São José do Mipibu
Ceará-Mirim
Papary*
FTL para Macau
BR-101**
Jardim Petrópolis**
*: em projeto
**: em construção

O Sistema de Trens Urbanos de Natal é o sistema ferroviário que atende Região Metropolitana de Natal. É operado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) através da Superintendência de Trens Urbanos de Natal.[2][3]

É composto atualmente por 28 estações distribuídas ao longo de duas linhas, somando 80,2 quilômetros de extensão, que interligam os municípios de Ceará Mirim, Extremoz, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim e São José de Mipibu: Linha Norte (Ceará MirimNatal) e Linha Sul (Natal ↔ Nísia Floresta).[4][5]

Atualmente o sistema transporta uma média de 4,1 mil passageiros por dia.[6]

História

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A Superintendência de Trens Urbanos de Natal foi criada em 1988 com o intuito de gerenciar o sistema de transporte de passageiros sobre trilhos no Rio Grande do Norte.[7]

Ao final do mês de maio de 2024, o sistema recebeu a primeira das duas locomotivas a diesel adquiridas dentro do projeto para a modernização do sistema ferroviário potiguar, substituindo as locomotivas da década de 1950, até então utilizadas.[7]

Em agosto do mesmo ano, chegou ao pátio da estação Natal, na Ribeira, a primeira, das 05 composições de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Fabricado pela empresa Bom Sinal, em Barbalha, na região do Cariri cearense, o VLT representou uma melhoria no sistema, sendo um equipamento mais moderno e confortável, permitindo ainda maior regularidade e pontualidade do serviço.[7][8][9]

Como parte de um projeto de mobilidade urbana, o sistema de trens urbanos foi modernizado e passou a ter em sua frota VLTs modernos.[10] Além das novas composições, o projeto contempla também a construção de novas estações e a recuperação do leito ferroviário existente.

A CBTU pretendeu para 2015 começar as obras de modernização das estações do metrô, com reconstrução de 26 estações e construção de mais 4 (todas localizadas na chamada Zona Norte). As quatro novas estações foram previstas para serem iniciadas em 2015 e completadas em 2016. Para todo o projeto, a previsão orçamentária é de 311,65 milhões de reais. 67 milhões de reais tiveram sua liberação prevista para a construção da novas estações.[11]

A modernização foi prevista em cinco fases. A primeira fase da modernização de rede ferroviária natalense é a troca dos trens velhos pelos VLTs modernos, já foram adquiridos 5 VLT's de um total de 12.[12] Em fase de projeto, a segunda e terceira fase visa a adição de linhas da rede.[13] Pela segunda fase, a Linha marrom ligando o campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) à Ribeira.[13] Pela terceira fase, a Linha laranja criando anel ferroviário em torno do campus da UFRN, a partir da Avenida Capitão-Mor Gouveia.[13] Em fase de análise, a quarta fase cria a linha roxa, ligando o aeroporto na BR-101.[13] Na quinta fase, o objetivo é ampliar a Linha Sul até Nísia Floresta, usando parte da antiga ferrovia Natal-Nova Cruz.

Características do sistema

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Este sistema atualmente possui 80,2 quilômetros de extensão, dividido em duas linhas (Norte e Sul) e é servido por 28 estações.

Linha Terminais Inauguração Comprimento (km) Estações Duração das viagens (min) Funcionamento
Norte Ceará MirimNatal A partir de 1984 38,5 13 78 De segunda a sexta, das 6h22 às 19h55 e aos sábados das 6h22 às 16h25.
Sul Natal ↔ Nísia Floresta A partir de 1984 41,7 15 49 De segunda a sexta, das 6h às 19h23 e aos sábados das 6h às 14h51.
TUDH Bom Sinal e locomotiva Progress Rail na CBTU Natal

Os veículos deste sistema possuem uma velocidade comercial de 50 quilômetros por hora. A bitola é métrica em via singela e os trens são movidos a diesel.

Este sistema conta atualmente com uma frota de 3 locomotivas ALCO, diesel de bitola métrica e 13 carros Pidner, semelhantes aos dos sistemas de João Pessoa, Maceió e Recife compostas por aço carbono formando três composições.[14]

Além desses, uma frota de 5 carros do modelo Mobile 3 atualmente estão em operação. Ao todo essas composições realizam 24 viagens diárias.[14]

Modelo/Série Potência (kW) Bitola (m) Fabricante Origem Ano de Fabricação Adquirente Inicial Frota Ativa Frota Inativa Frota Total
Mobile 3 2x338 1,00 Bom Sinal Brasil 2014 CBTU 5 0 5
RS-8/6000* 671 1,00 ALCO EUA 1958 RFFSA 2 1 3
PR7B* 700 1,00 Progress Rail Services Brasil 2013 CBTU 2 0 2
UC** --- 1,00 Pidner Brasil 1978 --- 9 4 13
Total 18 5 23

(*) Locomotivas • (**) Carros de Passageiros

Passageiros transportados

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Passageiros transportados por ano
Ano Passageiros Ano Passageiros Ano Passageiros Ano Passageiros Ano Passageiros
1987 1 707 000 1995 1 290 000 2003 2 261 000 2011 1 851 000 2019 3 661 000
1988 1 817 000 1996 1 296 000 2004 2 257 000 2012 1 126 000 2020 1 335 000
1989 2 089 000 1997 998 000 2005 2 409 000 2013 1 545 000 2021 1 524 000
1990 2 442 000 1998 725 000 2006 2 443 000 2014 1 541 000 2022 1 510 000
1991 2 359 000 1999 1 147 000 2007 2 794 000 2015 2 390 099 2023 1 520 000
1992 1 632 000 2000 1 315 000 2008 2 318 000 2016 3 085 567 2024 1 505 000
1993 1 790 000 2001 1 546 000 2009 2 134 000 2017 3 489 317
1994 1 741 000 2002 1 630 000 2010 2 250 000 2018 3 728 000
Fonte: Relatórios Anuais da CBTU[15][16][17][18][19][20][21][22][23][24][25][26][27][28][29][30][31][32][33][34][35][36][37][38][39][40][41][42][43][44][45][46]
Passageiros transportados por ano (1987-2024)

Ver também

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Referências

  1. [1]
  2. «Portal CBTU - SISTEMA DE TRENS URBANOS DE NATAL». www.cbtu.gov.br. Consultado em 26 de fevereiro de 2022 
  3. «Governo inclui metrô de superfície de Natal no PAC 2». Governo Estadual. Consultado em 27 de julho de 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  4. «Portal CBTU - mapa da linha». intranet.cbtu.gov.br. Consultado em 22 de dezembro de 2024 
  5. «RN terá construção de mais quatro estações de trem em 2024». 6 de dezembro de 2023. Consultado em 22 de dezembro de 2024 
  6. «Relatório de Gestão 2024» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 46. Consultado em 4 de novembro de 2025 
  7. a b c Brasileira de Trens Urbanos, Companhia (2024). CBTU 40 Anos : reduzindo distâncias, construindo futuros (PDF). Brasília, DF: [s.n.] ISBN 978-65-984879-0-4 
  8. RF (5 de agosto de 2014). «CBTU Natal receberá o primeiro VLT». Revista Ferroviária. Consultado em 22 de dezembro de 2024 
  9. Norte, Redação Tribuna do (3 de dezembro de 2014). «VLT inicia viagens nas linhas férreas de Natal». Tribuna do Norte. Consultado em 22 de dezembro de 2024 
  10. SOUZA, Carolina (4 de julho de 2014). «CBTU lança edital para Projeto de Recuperação dos Trens Urbanos de Natal». O Jornal de Hoje. Consultado em 26 de junho de 2015 
  11. «CBTU prevê 800% mais passageiros com ampliação da malha ferroviária». Novo Jornal. Consultado em 28 de julho de 2015 
  12. Rafael Araújo. «Com capacidade para 600 pessoas, VLT começa a circular em outubro». No minuto. Consultado em 8 de julho de 2015 
  13. a b c d Junior Santos. «Linha será implantada pela metade». Tribuna do Norte. Consultado em 8 de julho de 2015 
  14. a b CBTU. «Portal CBTU - Sistemas». Consultado em 25 de abril de 2015 
  15. «Relatório Anual 88» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 52. Consultado em 23 de abril de 2025 
  16. «Relatório Anual 89» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 57. Consultado em 23 de abril de 2025 
  17. «Relatório Anual 1990» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 79. Consultado em 23 de abril de 2025 
  18. «Relatório Anual 1991» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 34. Consultado em 23 de abril de 2025 
  19. «Relatório Anual 1992» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 37. Consultado em 23 de abril de 2025 
  20. «Relatório da Administração 1993» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 55. Consultado em 23 de abril de 2025 
  21. «Relatório da Administração 1994» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 63. Consultado em 23 de abril de 2025 
  22. «Relatório da Administração 1995» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 61. Consultado em 23 de abril de 2025 
  23. «Relatório da Administração 1996» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 55. Consultado em 23 de abril de 2025 
  24. «Relatório da Administração - 1997» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 57. Consultado em 23 de abril de 2025 
  25. «Relatório da Administração 1998» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 49. Consultado em 23 de abril de 2025 
  26. «Relatório da Administração 1999» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 50. Consultado em 23 de abril de 2025 
  27. «Unidades Administrativas - Natal - 2001». Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. Consultado em 23 de abril de 2025 
  28. «Relatório de Gestão — 2002» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 76. Consultado em 23 de abril de 2025 
  29. «Relatório de Gestão — 2003» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 40. Consultado em 23 de abril de 2025 
  30. «Relatório de Gestão — 2004» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 39. Consultado em 23 de abril de 2025 
  31. «Relatório de Gestão — 2005» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 38. Consultado em 23 de abril de 2025 
  32. «Relatório de Gestão — 2006» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 55. Consultado em 23 de abril de 2025 
  33. «Relatório de Gestão — 2007» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 90. Consultado em 23 de abril de 2025 
  34. «Relatório de Gestão — 2008» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 100. Consultado em 23 de abril de 2025 
  35. «Relatório de Gestão — 2009» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 97. Consultado em 23 de abril de 2025 
  36. «Relatório de Gestão — Exercício de 2014» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 127. Consultado em 23 de abril de 2025 
  37. «Relatório de Gestão — Exercício de 2015» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 117. Consultado em 23 de abril de 2025 
  38. «Relatório de Gestão — Exercício de 2016» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 122. Consultado em 23 de abril de 2025 
  39. «Relatório de Gestão — Exercício de 2017» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 98. Consultado em 23 de abril de 2025 
  40. «Relatório de Gestão 2018» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 40. Consultado em 23 de abril de 2025 
  41. «Relatório de Gestão 2019» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 43. Consultado em 23 de abril de 2025 
  42. «Relatório de Gestão 2020» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 40. Consultado em 23 de abril de 2025 
  43. «Relatório de Gestão 2021» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 31. Consultado em 23 de abril de 2025 
  44. «Relatório de Gestão 2022» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 38. Consultado em 23 de abril de 2025 
  45. «Relatório de Gestão 2023» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 37. Consultado em 23 de abril de 2025 
  46. «Relatório de Gestão 2024» (PDF). Companhia Brasileira de Trens Urbanos — CBTU. p. 46. Consultado em 2 de novembro de 2025 

Ligações externas

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