Saltar para o conteúdo

Acupuntura: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Melhorei o texto.
Adicionei informação proveniente da Wikipédia em língua inglesa.
Linha 2: Linha 2:


{{Medicina alternativa}}
{{Medicina alternativa}}
{{PBPE|Acupuntura|acupunctura}}<ref>{{Citar web|url=https://www.priberam.pt/dlpo/acupunctura|titulo=Definição de acupunctura|acessodata=2018-07-28|obra=Dicionário Priberam|data=|publicado=}}</ref> (do [[latim]] ''acus'' - agulha e ''punctura'' - colocação<ref>SUSSMANN, David. J. ''Acupuntura Teoria y Practica.''8. ed. Buenos Aires: Kier</ref>) é uma forma de [[medicina alternativa]] e um ramo da [[medicina tradicional chinesa]] (MTC) no qual finas agulhas são inseridas no corpo do paciente. A medicina tradicional chinesa é uma [[pseudociência]],<ref name="Baran2014">{{citar livro |ultimo1=Baran|primeiro1=GR|ultimo2=Kiana|primeiro2=MF|ultimo3=Samuel|primeiro3=SP|periódico=Healthcare and Biomedical Technology in the 21st Century |editora=Springer |data=2014 |páginas=19–57 |título=Chapter 2: Science, Pseudoscience, and Not Science: How Do They Differ? |doi=10.1007/978-1-4614-8541-4_2 |isbn=978-1-4614-8540-7 |citacao=various pseudosciences maintain their popularity in our society: acupuncture, astrology, homeopathy, etc.}}</ref><ref name="Khine2012" /> pois suas teorias e práticas são baseadas em crenças contrárias ao [[ciência|conhecimento científico]].<ref name="Barrett2007" /> Foi também declarado [[Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade|Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade]] pela [[Unesco]] (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 19 de novembro de 2010.<ref>{{Citar web|url=http://www.unesco.org/culture/ich/en/RL/acupuncture-and-moxibustion-of-traditional-chinese-medicine-00425|titulo=Acupuncture and moxibustion of traditional Chinese medicine|autor=|acessodata=2017-02-15|obra=[[UNESCO]]|lingua=en|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
{{PBPE|Acupuntura|acupunctura}}<ref>{{Citar web|url=https://www.priberam.pt/dlpo/acupunctura|titulo=Definição de acupunctura|acessodata=2018-07-28|obra=Dicionário Priberam|data=|publicado=}}</ref> (do [[latim]] ''acus'' - agulha e ''punctura'' - colocação<ref>SUSSMANN, David. J. ''Acupuntura Teoria y Practica.''8. ed. Buenos Aires: Kier</ref>) é uma forma de [[medicina alternativa]] e um ramo da [[medicina tradicional chinesa]] (MTC) no qual finas agulhas são inseridas no corpo do paciente. A medicina tradicional chinesa é uma [[pseudociência]],<ref name="Baran2014">{{citar livro |ultimo1=Baran|primeiro1=GR|ultimo2=Kiana|primeiro2=MF|ultimo3=Samuel|primeiro3=SP|periódico=Healthcare and Biomedical Technology in the 21st Century |editora=Springer |data=2014 |páginas=19–57 |título=Chapter 2: Science, Pseudoscience, and Not Science: How Do They Differ? |doi=10.1007/978-1-4614-8541-4_2 |isbn=978-1-4614-8540-7 |citacao=various pseudosciences maintain their popularity in our society: acupuncture, astrology, homeopathy, etc.}}</ref><ref name="Khine2012" /> pois suas teorias e práticas são baseadas em crenças contrárias ao [[ciência|conhecimento científico]].<ref name="Barrett2007" /> A acupuntura foi declarada [[Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade|Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade]] pela [[Unesco]] (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 19 de novembro de 2010.<ref>{{Citar web|url=http://www.unesco.org/culture/ich/en/RL/acupuncture-and-moxibustion-of-traditional-chinese-medicine-00425|titulo=Acupuncture and moxibustion of traditional Chinese medicine|autor=|acessodata=2017-02-15|obra=[[UNESCO]]|lingua=en|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>


Existem vários ramos de acupuntura, porém eles podem ser divididos em dois ramos principais: o que se baseia nos oito princípios da medicina tradicional chinesa, e o que se baseia na teoria dos cinco elementos.<ref>{{citar livro|autor=Ernst E|título=[https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2796.2005.01584.x Acupuncture – a critical analysis]|editora=Journal of Internal Medicine. 259 (2): 125–37. doi:10.1111/j.1365-2796.2005.01584.x. PMID 16420542. S2CID 22052509.|ano=fevereiro de 2006|páginas=|id=}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Ahn, Chang-Beohm; Jang, Kyung-Jun; Yoon, Hyun-Min; Kim, Cheol-Hong; Min, Young-Kwang; Song, Chun-Ho; Lee, Jang-Cheon|título=[https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2005290109600741?via%3Dihub A Study of the Sa-Ahm Five Element Acupuncture Theory]|editora=Journal of Acupuncture and Meridian Studies. 2 (4): 309–320. doi:10.1016/S2005-2901(09)60074-1. ISSN 2005-2901. PMID 20633508|ano=1 de dezembro de 2009|páginas=|id=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.shen-nong.com/eng/exam/diagnosis_eightprinciples.html|título="Syndrome differentiation according to the eight principles"|autor=|data=|publicado=|acessodata=12 de setembro de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Ela é geralmente usada para alívio da dor,<ref>{{citar livro|autor=Ernst E, Lee MS, Choi TY|título=[http://www.dcscience.net/Ernst-2011-AcupunctAlleviatePainRiskReview.pdf "Acupuncture: does it alleviate pain and are there serious risks? A review of reviews"]|editora=Pain. 152 (4): 755–64. doi:10.1016/j.pain.2010.11.004. PMID 21440191. S2CID 20205666.|ano=abril de 2011|páginas=|id=}}</ref><ref>{{citar web|url=https://archive.ph/|título=Acupuncture: What You Need To Know
As conclusões dos inúmeros estudos e [[revisão sistemática|revisões sistemáticas]] da acupuntura são inconsistentes, sugerindo que ela não é eficaz.<ref name="Ernst 2011">{{citar periódico| ultimo1 = Ernst |primeiro1= Edzard|ultimo2= Lee|primeiro2= MS|ultimo3= Choi |primeiro3=TY | título= Acupuncture: does it alleviate pain and are there serious risks? A review of reviews | periódico= Pain | volume = 152 | edição= 4 | páginas= 755–64 | data = abril de 2011 | pmid = 21440191 | doi = 10.1016/j.pain.2010.11.004 | url = http://www.dcscience.net/Ernst-2011-AcupunctAlleviatePainRiskReview.pdf }}</ref><ref name=Ernst2009>{{citar periódico | autor = Ernst, E |autorlink=Edzard Ernst| título= Acupuncture: what does the most reliable evidence tell us? | periódico= Journal of Pain and Symptom Management | volume = 37 | edição= 4 | páginas = 709–14 | data = abril de 2009 | pmid = 18789644 | doi = 10.1016/j.jpainsymman.2008.04.009 }}</ref> Uma análise das [[Colaboração Cochrane|revisões da Cochrane]] concluiu que a acupuntura não é efetiva para uma grande gama de condições.<ref name=Ernst2009/> Uma revisão sistemática realizada por cientistas médicos nas Universidades de [[Universidade de Exeter|Exeter]] e Plymouth encontrou pouca evidência da efetividade da acupuntura no tratamento da dor.<ref name="Ernst 2011"/> No geral, a evidência sugere que o tratamento a curto prazo com acupuntura não produz benefícios de longo prazo.<ref name=Wang-2008>{{citar periódico| ultimo1= Wang|primeiro1= SM|ultimo2= Kain |primeiro2=ZN|ultimo3= White |primeiro3=PF | título = Acupuncture analgesia: II. Clinical considerations | periódico= Anesthesia and Analgesia | volume = 106 | edição = 2 | páginas= 611–21| data = fevereiro de 2008 | pmid = 18227323 | doi = 10.1213/ane.0b013e318160644d }}</ref> Algumas pesquisas sugerem que a acupuntura pode aliviar certos tipos de dor, no entanto a maioria das pesquisas sugere que os efeitos aparentes da acupuntura [[placebo|não são provocados pelo tratamento em si]].<ref name=Ernst2006>{{citar periódico| autor= Ernst, E | título= Acupuncture--a critical analysis | periódico= Journal of Internal Medicine | volume = 259 | edição= 2 | páginas= 125–37 | data = fevereiro de 2006 | pmid = 16420542 | doi = 10.1111/j.1365-2796.2005.01584.x }}</ref> Uma revisão sistemática concluiu que o efeito analgésico da acupuntura parecia não possuir relevância clínica e não era possível ser claramente distinguido de um viés.<ref name=Madsen2009>{{citar periódico| primeiro1= MV| ultimo1=Madsen| primeiro2= PC|ultimo2=Gøtzsche| primeiro3=A| ultimo3= Hróbjartsson | título= Acupuncture treatment for pain: systematic review of randomised clinical trials with acupuncture, placebo acupuncture, and no acupuncture groups | periódico= BMJ | volume = 338 | páginas= a3115 | data = janeiro de 2009 | pmid = 19174438 | pmc = 2769056 | doi = 10.1136/bmj.a3115 }}</ref> Uma [[metanálise]] concluiu que acupuntura poderia ser um tratamento com bom custo-benefício para a [[lombalgia]] crônica complementando o tratamento tradicional,<ref name=Taylor2013>{{citar periódico| ultimo1 = Taylo|primeiro1=P|ultimo2=Pezzullo|primeiro2=L|ultimo3=Grant|primeiro3=SJ|ultimo4=Bensoussan |primeiro4=A| título= Cost-effectiveness of Acupuncture for Chronic Nonspecific Low Back Pain | periódico= Pain Practice | volume = 14 | edição= 7 | páginas= 599–606 | data = setembro de 2014 | pmid = 24138020 | doi = 10.1111/papr.12116 }}</ref> enquanto que outra revisão sistemática concluiu que a evidência é insuficiente para a acupuntura para o tratamento desta condição.<ref name=Standaert2011>{{citar periódico| vauthors = Standaert CJ, Friedly J, Erwin MW, Lee MJ, Rechtine G, Henrikson NB, Norvell DC | título= Comparative effectiveness of exercise, acupuncture, and spinal manipulation for low back pain | periódico= Spine | volume = 36 | edição= 21 | páginas= S120-30 | data= outubro de 2011 | pmid = 21952184 | pmc = | doi = 10.1097/BRS.0b013e31822ef878 }}</ref>
|autor=|data=|publicado=|acessodata=12 de setembro de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> embora os acupunturistas digam que ela pode ser usada para tratar inúmeras outras doenças. Geralmente, a acupuntura é usada em combinação com outras formas de tratamento.<ref>{{citar livro|autor=Hutchinson AJ, Ball S, Andrews JC, Jones GG|título=[https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3563482/ The effectiveness of acupuncture in treating chronic non-specific low back pain: a systematic review of the literature]|editora=Journal of Orthopaedic Surgery and Research. 7 (1): 36. doi:10.1186/1749-799X-7-36. PMC 3563482. PMID 23111099.|ano=outubro de 2012 |páginas=|id=}}</ref>


Geralmente, a acupuntura é segura, quando exercida apropriadamente por profissionais treinados, usando agulhas esterilizadas ou de uso único.<ref>{{citar livro|autor=Xu S, Wang L, Cooper E, Zhang M, Manheimer E, Berman B, Shen X, Lao L|título=[https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3616356/ "Adverse events of acupuncture: a systematic review of case reports"]|editora=Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2013: 1–15. doi:10.1155/2013/581203. PMC 3616356. PMID 23573135.|ano=2013|páginas=|id=}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.cancer.gov/about-cancer/treatment/cam/hp/acupuncture-pdq#section/_71|título="Acupuncture – for health professionals (PDQ)"|autor=|data=|publicado=|acessodata=12 de setembro de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Quando aplicada corretamente, apresenta baixo grau de [[efeito adverso|efeitos colaterais]].<ref>{{citar livro|autor=Adams D, Cheng F, Jou H, Aung S, Yasui Y, Vohra S |título="The safety of pediatric acupuncture: a systematic review". Pediatrics. 128 (6): e1575–87. doi:10.1542/peds.2011-1091. PMID 22106073. S2CID 46502395.|editora=|ano=dezembro de 2011|páginas=|id=}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Xu S, Wang L, Cooper E, Zhang M, Manheimer E, Berman B, Shen X, Lao L|título=[https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3616356/ "Adverse events of acupuncture: a systematic review of case reports"]|editora=Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2013: 1–15. doi:10.1155/2013/581203. PMC 3616356. PMID 23573135.|ano=2013|páginas=|id=}}</ref> Acidentes e infecções, no entanto, podem ocorrer, e costumam estar associadas a negligência do profissional, particularmente na esterilização da agulha.<ref>{{citar livro|autor=Ernst E, Lee MS, Choi TY|título=[http://www.dcscience.net/Ernst-2011-AcupunctAlleviatePainRiskReview.pdf "Acupuncture: does it alleviate pain and are there serious risks? A review of reviews"]|editora=Pain. 152 (4): 755–64. doi:10.1016/j.pain.2010.11.004. PMID 21440191. S2CID 20205666.|ano=abril de 2011|páginas=|id=}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.cancer.gov/about-cancer/treatment/cam/hp/acupuncture-pdq#section/_71|título="Acupuncture – for health professionals (PDQ)"|autor=|data=|publicado=|acessodata=12 de setembro de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Um estudo de 2013 apontou que as infeções haviam aumentado na década precedente.<ref>{{citar livro|autor=Gnatta JR, Kurebayashi LF, Paes da Silva MJ|título=[https://www.scielo.br/j/rlae/a/VqdNSG7ycJzc4LDtvTmgF4h/?lang=en "Atypical mycobacterias associated to acupuncuture: an integrative review"]|editora=Revista Latino-Americana de Enfermagem. 21 (1): 450–58. doi:10.1590/s0104-11692013000100022. PMID 23546331.|ano=fevereiro de 2013|páginas=|id=}}</ref>
O tratamento acupunterápico consiste no diagnóstico (igualmente baseado em ensinamentos clássicos da [[Medicina Tradicional Chinesa]]) e na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo - chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos" - que se distribuem principalmente sobre linhas chamadas "[[Meridiano (acupuntura)|meridianos]]" ou "canais de energia", para obter diferentes efeitos terapêuticos conforme o caso tratado. Também são utilizadas outras formas de estimulação, estando entre as mais conhecidas a [[moxabustão]] (aplicação de calor sobre os acupontos ou meridianos).<ref>Mao-liang. Qiu (org.) Acupuntura chinesa e moxibustão. SP, Roca, 2001 ISBN 85-7241-220-4</ref> A estreita relação entre o uso das agulhas e da moxa, na acupuntura, fica evidente na tradução literal da expressão que, em chinês, designa acupuntura (Zhen Jiú - 针灸), sendo Zhen (针) agulha e Jiú (灸) fogo (ação de cauterizar). O leque de opções do acupunturista, entretanto, costuma ser bem mais amplo, podendo-se estimular os acupontos e [[Meridiano (acupuntura)|meridianos]] com os dedos ([[do-in]]), instrumentos específicos semelhantes a um pente de osso ou jade ([[gua sha]]), ventosas ([[ventosaterapia]]), massagens ([[Tuiná|tui na]]) e outras técnicas como, por exemplo, a sangria.<ref>Esteve Torres A. Tui-Na, an oriental massage.Rev Enferm. 2005 May;28(5):33-6.</ref><ref>Wei, Xu et al. “Clinical Evidence of Chinese Massage Therapy (Tui Na) for Cervical Radiculopathy: A Systematic Review and Meta-Analysis.” Evidence-based Complementary and Alternative Medicine : eCAM 2017 (2017): 9519285. PMC. Web. 6 Apr. 2018.</ref><ref>Yang, Mingxiao et al. “Effectiveness of Chinese Massage Therapy (Tui Na) for Chronic Low Back Pain: Study Protocol for a Randomized Controlled Trial.” Trials 15 (2014): 418. PMC. Web. 6 Apr. 2018.</ref><ref>Xia YB; Cheng J; Tong L; Mu YY; Zhang JB. Comparative study of bloodletting therapy between traditional Chinese medicine and Tibetan medicine. Zhongguo Zhen Jiu. 2012 May;32(5):464-7. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22650141 abstract] Aces. Abr. 2018</ref> A acupuntura chinesa, por seu histórico milenar, acabou por desenvolver escolas específicas em países próximos da China, dando origem ao [[shiatsu]] (espécie de massagem) no Japão<ref>Robinson, Nicola, Ava Lorenc, and Xing Liao. “The Evidence for Shiatsu: A Systematic Review of Shiatsu and Acupressure.” BMC Complementary and Alternative Medicine 11 (2011): 88. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3200172/ PMC. Web. 6 Apr. 2018].</ref> e a estimulação nos denominados microssistemas do corpo a exemplo da [[auriculoterapia]].
O tratamento acupunterápico consiste no diagnóstico (igualmente baseado em ensinamentos clássicos da [[Medicina Tradicional Chinesa]]) e na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo - chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos" - que se distribuem principalmente sobre linhas chamadas "[[Meridiano (acupuntura)|meridianos]]" ou "canais de energia", para obter diferentes efeitos terapêuticos conforme o caso tratado. Também são utilizadas outras formas de estimulação, estando entre as mais conhecidas a [[moxabustão]] (aplicação de calor sobre os acupontos ou meridianos).<ref>Mao-liang. Qiu (org.) Acupuntura chinesa e moxibustão. SP, Roca, 2001 ISBN 85-7241-220-4</ref> A estreita relação entre o uso das agulhas e da moxa, na acupuntura, fica evidente na tradução literal da expressão que, em chinês, designa acupuntura (''Zhen Jiú'' - 针灸), sendo ''Zhen'' (针) agulha e ''Jiú'' (灸) fogo (ação de cauterizar). O leque de opções do acupunturista, entretanto, costuma ser bem mais amplo, podendo-se estimular os acupontos e [[Meridiano (acupuntura)|meridianos]] com os dedos ([[do-in]]), instrumentos específicos semelhantes a um pente de osso ou jade (''[[gua sha]]''), ventosas ([[ventosaterapia]]), massagens (''[[Tuiná|tui na]]'') e outras técnicas como, por exemplo, a sangria.<ref>Esteve Torres A. Tui-Na, an oriental massage.Rev Enferm. 2005 May;28(5):33-6.</ref><ref>Wei, Xu et al. “Clinical Evidence of Chinese Massage Therapy (Tui Na) for Cervical Radiculopathy: A Systematic Review and Meta-Analysis.” Evidence-based Complementary and Alternative Medicine : eCAM 2017 (2017): 9519285. PMC. Web. 6 Apr. 2018.</ref><ref>Yang, Mingxiao et al. “Effectiveness of Chinese Massage Therapy (Tui Na) for Chronic Low Back Pain: Study Protocol for a Randomized Controlled Trial.” Trials 15 (2014): 418. PMC. Web. 6 Apr. 2018.</ref><ref>Xia YB; Cheng J; Tong L; Mu YY; Zhang JB. Comparative study of bloodletting therapy between traditional Chinese medicine and Tibetan medicine. Zhongguo Zhen Jiu. 2012 May;32(5):464-7. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22650141 abstract] Aces. Abr. 2018</ref> A acupuntura chinesa, por seu histórico milenar, acabou por desenvolver escolas específicas em países próximos da China, dando origem ao ''[[shiatsu]]'' (espécie de massagem) no Japão<ref>Robinson, Nicola, Ava Lorenc, and Xing Liao. “The Evidence for Shiatsu: A Systematic Review of Shiatsu and Acupressure.” BMC Complementary and Alternative Medicine 11 (2011): 88. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3200172/ PMC. Web. 6 Apr. 2018].</ref> e a estimulação nos denominados microssistemas do corpo a exemplo da [[auriculoterapia]].


Com as tecnologias modernas, a acupuntura vem agregando recursos como a eletricidade ([[eletroacupuntura]], ''ryodoraku''), estimulação com [[laser]] <ref>Zhang, R., Lao, L., Ren, K., & Berman, B. M. (2014). Mechanisms of Acupuncture-Electroacupuncture on Persistent Pain. Anesthesiology, 120(2), 482–503. < http://anesthesiology.pubs.asahq.org/article.aspx?articleid=1917956 > doi:10.1097/ALN.0000000000000101</ref>,<ref>Mu-Lien Lin, Hung-Chien Wu, Ya-Hui Hsieh, et al., “Evaluation of the Effect of Laser Acupuncture and Cupping with Ryodoraku and Visual Analog Scale on Low Back Pain,” Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, vol. 2012, Article ID 521612, 7 pages, 2012. doi:10.1155/2012/521612 [http://www.hindawi.com/journals/ecam/2012/521612/abs/ Abstract] Aces. Nov. 2015</ref><ref>LACERDA, P. Manual de laser acupuntura em medicina e odontologia. SP: Ícone, 1995</ref> agulhas mais seguras e práticas, cristais stiper ("Stimulation and Permanency" - Estimulação Permanente),<ref>BURIGO, Frederico Luiz; SILVÉRIO-LOPES, Sandra. Lombalgia crônica mecânica: estudo comparativo entre acupuntura sistêmica e pastilhas de óxido de silício (Stimulation and Permanency - Stiper). Revista Brasileira de Terapias e Saúde, v. 1, n. 1, p. 27-36, 2010. DOI icon10.7436/rbts-2010.01.01.03 [http://www.omnipax.com.br/RBTS/artigos/v1n1/RBTS-1-1-3.pdf PDF] Aces. Nov. 2015</ref> esferas banhadas a ouro, prata e novos materiais (substituindo as raras agulhas destes metais) <ref>Dae Hyun Jo A Review of Research Trends in Gold Implantation Therapy Focused on Gold Thread, Gold Needle and Gold Bead J Acupunct Res. 2016;33(1):79-93. [https://www.e-jar.org/journal/view.php?doi=10.13045/acupunct.2016008 Published online] March 18, 2016 DOI: https://doi.org/10.13045/acupunct.2016008</ref><ref>Tang, L. et al. Preparation of Graphene-Modified Acupuncture Needle and Its Application in Detecting Neurotransmitters. [http://europepmc.org/articles/pmc4481527 Sci. Rep. 5, 11627]; doi: 10.1038/srep11627 (2015).</ref><ref>In, Su-ll et al. “Hierarchical Micro/Nano-Porous Acupuncture Needles Offering Enhanced Therapeutic Properties.” Scientific Reports 6 (2016): 34061. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5054419/ PMC. Web. 6 Apr. 2018].</ref> ou estimulação com a sucção de ventosas de vidro, material plástico ou acrílico com válvulas de pressão, ventosas de borracha,<ref>LOURENCO, Cátia et al . Ventosa Obstétrica: Uma Revisão da Literatura. Arq Med, Porto , v. 26, n. 6, p. 254-263, dez. 2012 . Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132012000600004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 06 abr. 2018.</ref><ref>RAMON NUNEZ, Hilda Marlene; BENITEZ RODRIGUEZ, Gricel. Métodos de manipulación en la medicina tradicional asiática. MEDISAN, Santiago de Cuba , v. 18, n. 5, p. 695-704, mayo 2014 . Disponible en <http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1029-30192014000500013&lng=es&nrm=iso>. accedido en 06 abr. 2018.</ref> porém, sempre observando os mesmos princípios da [[Medicina Tradicional Chinesa]].
Com as tecnologias modernas, a acupuntura vem agregando recursos como a eletricidade ([[eletroacupuntura]], ''ryodoraku''), estimulação com ''[[laser]]'',<ref>Zhang, R., Lao, L., Ren, K., & Berman, B. M. (2014). Mechanisms of Acupuncture-Electroacupuncture on Persistent Pain. Anesthesiology, 120(2), 482–503. < http://anesthesiology.pubs.asahq.org/article.aspx?articleid=1917956 > doi:10.1097/ALN.0000000000000101</ref>,<ref>Mu-Lien Lin, Hung-Chien Wu, Ya-Hui Hsieh, et al., “Evaluation of the Effect of Laser Acupuncture and Cupping with Ryodoraku and Visual Analog Scale on Low Back Pain,” Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, vol. 2012, Article ID 521612, 7 pages, 2012. doi:10.1155/2012/521612 [http://www.hindawi.com/journals/ecam/2012/521612/abs/ Abstract] Aces. Nov. 2015</ref><ref>LACERDA, P. Manual de laser acupuntura em medicina e odontologia. SP: Ícone, 1995</ref> agulhas mais seguras e práticas, cristais ''stiper'' (''Stimulation and Permanency'' - Estimulação Permanente),<ref>BURIGO, Frederico Luiz; SILVÉRIO-LOPES, Sandra. Lombalgia crônica mecânica: estudo comparativo entre acupuntura sistêmica e pastilhas de óxido de silício (Stimulation and Permanency - Stiper). Revista Brasileira de Terapias e Saúde, v. 1, n. 1, p. 27-36, 2010. DOI icon10.7436/rbts-2010.01.01.03 [http://www.omnipax.com.br/RBTS/artigos/v1n1/RBTS-1-1-3.pdf PDF] Aces. Nov. 2015</ref> esferas banhadas a ouro, prata e novos materiais (substituindo as raras agulhas destes metais)<ref>Dae Hyun Jo A Review of Research Trends in Gold Implantation Therapy Focused on Gold Thread, Gold Needle and Gold Bead J Acupunct Res. 2016;33(1):79-93. [https://www.e-jar.org/journal/view.php?doi=10.13045/acupunct.2016008 Published online] March 18, 2016 DOI: https://doi.org/10.13045/acupunct.2016008</ref><ref>Tang, L. et al. Preparation of Graphene-Modified Acupuncture Needle and Its Application in Detecting Neurotransmitters. [http://europepmc.org/articles/pmc4481527 Sci. Rep. 5, 11627]; doi: 10.1038/srep11627 (2015).</ref><ref>In, Su-ll et al. “Hierarchical Micro/Nano-Porous Acupuncture Needles Offering Enhanced Therapeutic Properties.” Scientific Reports 6 (2016): 34061. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5054419/ PMC. Web. 6 Apr. 2018].</ref> ou estimulação com a sucção de ventosas de vidro, material plástico ou acrílico com válvulas de pressão ou ventosas de borracha,<ref>LOURENCO, Cátia et al . Ventosa Obstétrica: Uma Revisão da Literatura. Arq Med, Porto , v. 26, n. 6, p. 254-263, dez. 2012 . Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132012000600004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 06 abr. 2018.</ref><ref>RAMON NUNEZ, Hilda Marlene; BENITEZ RODRIGUEZ, Gricel. Métodos de manipulación en la medicina tradicional asiática. MEDISAN, Santiago de Cuba , v. 18, n. 5, p. 695-704, mayo 2014 . Disponible en <http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1029-30192014000500013&lng=es&nrm=iso>. accedido en 06 abr. 2018.</ref> porém sempre observando os mesmos princípios da [[Medicina Tradicional Chinesa]].


Apesar do uso de recursos tecnológicos atuais, a acupuntura que se realiza hoje em muitos aspectos é bem semelhante à forma como era realizada nos primórdios da civilização chinesa unificada pela [[Dinastia Han]],<ref>Shaw, Vivien and Amy K. McLennan. “Was acupuncture developed by Han Dynasty Chinese anatomists?” Anatomical record 299 5 (2016): 643-59. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26861920 Abstract] Aces. Apr. 2018</ref><ref>UNSCHULD, Paul. Medicine in China: a history of ideas. Berkeley: University of California Press. 1985. apud: SOUZA, Eduardo Frederico Alexander Amaral de; LUZ, Madel Therezinha. Análise crítica das diretrizes de pesquisa em medicina chinesa. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 18, n. 1, p. 155-174, Mar. 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702011000100010&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Apr. 2018.</ref> utilizando um raciocínio absolutamente estranho à medicina ocidental moderna, análogo talvez à medicina grego-hipocrática <ref>LLOYD, Geoffrey; SIVIN, Nathan. The Way and the Word: Science and Medicine in Early China and Greece. Connecticut: Yale University Press, 2002</ref> e outras formas de medicina oriental. (ver: [[Medicina tradicional chinesa#Datas históricas da Medicina Tradicional Chinesa|Datas históricas da Medicina Tradicional Chinesa]]).
Apesar do uso de recursos tecnológicos atuais, a acupuntura que se realiza hoje em muitos aspectos é bem semelhante à forma como era realizada nos primórdios da civilização chinesa unificada pela [[Dinastia Han]],<ref>Shaw, Vivien and Amy K. McLennan. “Was acupuncture developed by Han Dynasty Chinese anatomists?” Anatomical record 299 5 (2016): 643-59. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26861920 Abstract] Aces. Apr. 2018</ref><ref>UNSCHULD, Paul. Medicine in China: a history of ideas. Berkeley: University of California Press. 1985. apud: SOUZA, Eduardo Frederico Alexander Amaral de; LUZ, Madel Therezinha. Análise crítica das diretrizes de pesquisa em medicina chinesa. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 18, n. 1, p. 155-174, Mar. 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702011000100010&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Apr. 2018.</ref> utilizando um raciocínio absolutamente estranho à medicina ocidental moderna, análogo talvez à medicina grego-hipocrática <ref>LLOYD, Geoffrey; SIVIN, Nathan. The Way and the Word: Science and Medicine in Early China and Greece. Connecticut: Yale University Press, 2002</ref> e outras formas de medicina oriental. (ver: [[Medicina tradicional chinesa#Datas históricas da Medicina Tradicional Chinesa|Datas históricas da Medicina Tradicional Chinesa]]).


Os mapas de [[Meridiano (acupuntura)|meridianos]] ou canais de energia (经络 - Jīng Luò) ultrapassaram milênios chegando quase intocados aos dias atuais; o raciocínio que se desenvolve na verificação e tratamento dos problemas práticos apresentados nos consultórios é baseado em conceitos ultrapassados e incompatíveis com o conhecimento científico atual,<ref name="Barrett2007" /> como os cinco elementos ([[Wu Xing]]), o ''[[Tao]]'' (道); o equilíbrio entre ''yin'' e ''yang''; o fluxo de ''[[Qi|chi]]'' ("氣") (a grosso modo traduzido como energia vital) e ''xué'' (a grosso modo traduzido como [[sangue]]), ''zang'' (traduzido como órgão por inexistência de palavra adequada) e ''fu'' (literalmente '''oco''', mas geralmente traduzido como '''víscera''').<ref>PALMEIRA, Guido. A acupuntura no ocidente. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 6, n. 2, p. 117-128, June 1990 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1990000200002&lng=en&nrm=iso>. access on 14 Nov. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1990000200002.</ref>
Os mapas de [[Meridiano (acupuntura)|meridianos]] ou canais de energia (经络 - ''Jīng Luò'') ultrapassaram milênios, chegando quase intocados aos dias atuais; o raciocínio que se desenvolve na verificação e tratamento dos problemas práticos apresentados nos consultórios é baseado em conceitos ultrapassados e incompatíveis com o conhecimento científico atual,<ref name="Barrett2007" /> como os cinco elementos (''[[Wu Xing]]''), o ''[[Tao]]'' (道), o equilíbrio entre ''yin'' e ''yang'', o fluxo de ''[[Qi|chi]]'' ("氣") (a grosso modo traduzido como energia vital) e ''xué'' (a grosso modo traduzido como [[sangue]]), ''zang'' (traduzido como "órgão" por inexistência de palavra adequada) e ''fu'' (literalmente "oco", mas geralmente traduzido como "víscera").<ref>PALMEIRA, Guido. A acupuntura no ocidente. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 6, n. 2, p. 117-128, June 1990 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1990000200002&lng=en&nrm=iso>. access on 14 Nov. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1990000200002.</ref>


Por outro lado, os maiores entraves à sua compreensão como ciência são exatamente essas crenças tradicionais, para as quais ainda não há consenso quanto as formas de investigação experimental, além da sua referida descrição e pesquisa histórico-antropológica de práticas e textos tradicionais.<ref>HAMILTON, Lesley Hamilton. Recognition of Oriental Medicine and Traditional Chinese Medicine. Texas: Modern World Acupuncture Clinic of Austin http://modernacupuncture.com/nih_who.htm (on-line pub.) Aces. Nov. 2015</ref><ref>Napadow, V., Ahn, A., Longhurst, J., Lao, L., Stener-Victorin, E., Harris, R., & Langevin, H. M. (2008). The Status and Future of Acupuncture Mechanism Research. Journal of Alternative and Complementary Medicine, 14(7), 861–869. http://doi.org/10.1089/acm.2008.SAR-3 < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3155097/ > Aces. Nov. 2015</ref><ref>WHITE, Adrian. Western medical acupuncture: a definition. Acupunct Med 2009;27:33-35 doi:10.1136/aim.2008.000372 .[http://aim.bmj.com/ PDF]. November 14, 2015</ref> As aplicações mais específicas vêm se desenvolvendo com o uso acupuntura nos diversos campos da área de saúde. No Brasil, é uma prática livre, sendo obrigatório apenas o título de Formação ou de Especialização, segundo o reconhecimento de cada conselho profissional.
Por outro lado, os maiores entraves à sua compreensão como ciência são exatamente essas crenças tradicionais, para as quais ainda não há consenso quanto às formas de investigação experimental, além da sua referida descrição e pesquisa histórico-antropológica de práticas e textos tradicionais.<ref>HAMILTON, Lesley Hamilton. Recognition of Oriental Medicine and Traditional Chinese Medicine. Texas: Modern World Acupuncture Clinic of Austin http://modernacupuncture.com/nih_who.htm (on-line pub.) Aces. Nov. 2015</ref><ref>Napadow, V., Ahn, A., Longhurst, J., Lao, L., Stener-Victorin, E., Harris, R., & Langevin, H. M. (2008). The Status and Future of Acupuncture Mechanism Research. Journal of Alternative and Complementary Medicine, 14(7), 861–869. http://doi.org/10.1089/acm.2008.SAR-3 < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3155097/ > Aces. Nov. 2015</ref><ref>WHITE, Adrian. Western medical acupuncture: a definition. Acupunct Med 2009;27:33-35 doi:10.1136/aim.2008.000372 .[http://aim.bmj.com/ PDF]. November 14, 2015</ref> As aplicações mais específicas vêm se desenvolvendo com o uso da acupuntura nos diversos campos da área de saúde. No Brasil, é uma prática livre, sendo obrigatório apenas o título de Formação ou de Especialização, segundo o reconhecimento de cada conselho profissional.


[[Ficheiro:Acupuncture chart 300px.jpg|thumb|140px|Pontos de acupuntura ([[Dinastia Ming]])]]
[[Ficheiro:Acupuncture chart 300px.jpg|thumb|180px|Pontos de acupuntura ([[Dinastia Ming]])]]


==Pseudociência==
==Pseudociência==
A teoria e a prática da MTC, um tipo de [[medicina alternativa]], não são baseadas em [[Ciência|conhecimentos científicos.]]<ref name="Barrett2007">{{citar web|último=Barrett|primeiro=Stephen|título=Be Wary of Acupuncture, Qigong, and "Chinese Medicine"|url=http://www.quackwatch.org/01QuackeryRelatedTopics/acu.html|publicado=Quackwatch|acessodata=4 de maio de 2015|data=30 de dezembro de 2007}}</ref> Por isso a acupuntura tem sido descrita como um tipo de [[pseudociência]].<ref name="Baran2014" /><ref name="Khine2012">{{citar livro|autor = Good R|editor = Khine MS|obra= Advances in Nature of Science Research: Concepts and Methodologies|url = http://books.google.com/books?id=4uOqSId2IjsC&pg=PA103|ano= 2012|publicado= Springer|isbn = 978-94-007-2457-0|página= 103|título= Chapter 5: Why the Study of Pseudoscience Should Be Included in Nature of Science Studies|citação= Believing in something like chiropractic or acupuncture really can help relieve pain to a small degree [...] but many related claims of medical cures by these pseudosciences are bogus.}}</ref><ref>{{Citar periódico|titulo = Patient-reported outcomes in women with breast cancer enrolled in a dual-center, double-blind, randomized controlled trial assessing the effect of acupuncture in reducing aromatase inhibitor-induced musculoskeletal symptoms|url = http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.28352/abstract|jornal = Cancer|data = 2014|issn = 1097-0142|pmid = 24375332|paginas = 381-389|volume = 120|numero = 3|doi = 10.1002/cncr.28352|idioma = inglês|primeiro = Ting|ultimo = Bao|coautores = et. al.}}</ref><ref>{{citar web|URL = https://www.universoracionalista.org/novo-estudo-expoe-acupuntura-como-pseudociencia/|título = Novo estudo expõe acupuntura como pseudociência|data = 20 de junho de 2014|acessadoem = 14 de novembro de 2014|autor = Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira|publicado = www.universoracionalista.org}}</ref>
A teoria e a prática da MTC, um tipo de [[medicina alternativa]], não são baseadas em [[Ciência|conhecimentos científicos.]]<ref name="Barrett2007">{{citar web|último=Barrett|primeiro=Stephen|título=Be Wary of Acupuncture, Qigong, and "Chinese Medicine"|url=http://www.quackwatch.org/01QuackeryRelatedTopics/acu.html|publicado=Quackwatch|acessodata=4 de maio de 2015|data=30 de dezembro de 2007}}</ref> Por isso, a acupuntura tem sido descrita como um tipo de [[pseudociência]].<ref name="Baran2014" /><ref name="Khine2012">{{citar livro|autor = Good R|editor = Khine MS|obra= Advances in Nature of Science Research: Concepts and Methodologies|url = http://books.google.com/books?id=4uOqSId2IjsC&pg=PA103|ano= 2012|publicado= Springer|isbn = 978-94-007-2457-0|página= 103|título= Chapter 5: Why the Study of Pseudoscience Should Be Included in Nature of Science Studies|citação= Believing in something like chiropractic or acupuncture really can help relieve pain to a small degree [...] but many related claims of medical cures by these pseudosciences are bogus.}}</ref><ref>{{Citar periódico|titulo = Patient-reported outcomes in women with breast cancer enrolled in a dual-center, double-blind, randomized controlled trial assessing the effect of acupuncture in reducing aromatase inhibitor-induced musculoskeletal symptoms|url = http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.28352/abstract|jornal = Cancer|data = 2014|issn = 1097-0142|pmid = 24375332|paginas = 381-389|volume = 120|numero = 3|doi = 10.1002/cncr.28352|idioma = inglês|primeiro = Ting|ultimo = Bao|coautores = et. al.}}</ref><ref>{{citar web|URL = https://www.universoracionalista.org/novo-estudo-expoe-acupuntura-como-pseudociencia/|título = Novo estudo expõe acupuntura como pseudociência|data = 20 de junho de 2014|acessadoem = 14 de novembro de 2014|autor = Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira|publicado = www.universoracionalista.org}}</ref>


Os poucos <ref>Hempel S, Taylor SL, Solloway MR, et al. Evidence Map of Acupuncture [Internet]. Washington (DC): Department of Veterans Affairs (US); 2014 Jan. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK185072/</ref> artigos científicos com ''[[Revisão por pares|peer review]]'' defendendo que há dados empíricos no uso desta terapia sofrem de muitas críticas e suspeitas no meio científico, tanto pela má elaboração dos testes duplo-cego quanto pelas avaliações estatísticas mal feitas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Bombonato|primeiro=André|data=2015-09-03|titulo=Uma indústria de estudos inúteis sobre acupuntura {{!}} Universo Racionalista|jornal=Universo Racionalista|url=https://universoracionalista.org/uma-industria-de-estudos-inuteis-sobre-acupuntura/}}</ref> A Ciência se baseia em avaliações replicáveis de estudos publicados em revistas especializadas com boa revisão de pares e fortes dados empíricos para sustentar uma terapia médica. Já a acupuntura se baseia em tradicionalismo, uma falácia conhecida como [[Argumentum ad antiquitatem|Apelo à Tradição]], e em crenças mágicas, como manipulação do chi (ou qi) para equilibrar forças opostas yin e yang, Chi seria uma suposta "energia" nunca comprovada.
Os poucos<ref>Hempel S, Taylor SL, Solloway MR, et al. Evidence Map of Acupuncture [Internet]. Washington (DC): Department of Veterans Affairs (US); 2014 Jan. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK185072/</ref> artigos científicos com [[revisão por pares]] defendendo que há dados empíricos no uso desta terapia sofrem de muitas críticas e suspeitas no meio científico, tanto pela má elaboração dos testes duplo-cego quanto pelas avaliações estatísticas mal feitas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Bombonato|primeiro=André|data=2015-09-03|titulo=Uma indústria de estudos inúteis sobre acupuntura {{!}} Universo Racionalista|jornal=Universo Racionalista|url=https://universoracionalista.org/uma-industria-de-estudos-inuteis-sobre-acupuntura/}}</ref> A ciência se baseia em avaliações replicáveis de estudos publicados em revistas especializadas com boa revisão de pares e fortes dados empíricos para sustentar uma terapia médica. Já a acupuntura se baseia em tradicionalismo, uma falácia conhecida como [[Argumentum ad antiquitatem|Apelo à Tradição]], e em crenças mágicas, como manipulação do ''chi'' (ou ''qi'') para equilibrar as forças opostas ''yin'' e ''yang'' ('''chi'' seria uma suposta "energia" nunca comprovada cientificamente).

As conclusões dos inúmeros estudos e [[revisão sistemática|revisões sistemáticas]] da acupuntura são inconsistentes, sugerindo que ela não é eficaz.<ref name="Ernst 2011">{{citar periódico| ultimo1 = Ernst |primeiro1= Edzard|ultimo2= Lee|primeiro2= MS|ultimo3= Choi |primeiro3=TY | título= Acupuncture: does it alleviate pain and are there serious risks? A review of reviews | periódico= Pain | volume = 152 | edição= 4 | páginas= 755–64 | data = abril de 2011 | pmid = 21440191 | doi = 10.1016/j.pain.2010.11.004 | url = http://www.dcscience.net/Ernst-2011-AcupunctAlleviatePainRiskReview.pdf }}</ref><ref name=Ernst2009>{{citar periódico | autor = Ernst, E |autorlink=Edzard Ernst| título= Acupuncture: what does the most reliable evidence tell us? | periódico= Journal of Pain and Symptom Management | volume = 37 | edição= 4 | páginas = 709–14 | data = abril de 2009 | pmid = 18789644 | doi = 10.1016/j.jpainsymman.2008.04.009 }}</ref> Uma análise das [[Colaboração Cochrane|revisões da Cochrane]] concluiu que a acupuntura não é efetiva para uma grande gama de condições.<ref name=Ernst2009/> Uma revisão sistemática realizada por cientistas médicos nas Universidades de [[Universidade de Exeter|Exeter]] e Plymouth encontrou pouca evidência da efetividade da acupuntura no tratamento da dor.<ref name="Ernst 2011"/> No geral, a evidência sugere que o tratamento a curto prazo com acupuntura não produz benefícios de longo prazo.<ref name=Wang-2008>{{citar periódico| ultimo1= Wang|primeiro1= SM|ultimo2= Kain |primeiro2=ZN|ultimo3= White |primeiro3=PF | título = Acupuncture analgesia: II. Clinical considerations | periódico= Anesthesia and Analgesia | volume = 106 | edição = 2 | páginas= 611–21| data = fevereiro de 2008 | pmid = 18227323 | doi = 10.1213/ane.0b013e318160644d }}</ref> Algumas pesquisas sugerem que a acupuntura pode aliviar certos tipos de dor, no entanto a maioria das pesquisas sugere que os efeitos aparentes da acupuntura [[placebo|não são provocados pelo tratamento em si]].<ref name=Ernst2006>{{citar periódico| autor= Ernst, E | título= Acupuncture--a critical analysis | periódico= Journal of Internal Medicine | volume = 259 | edição= 2 | páginas= 125–37 | data = fevereiro de 2006 | pmid = 16420542 | doi = 10.1111/j.1365-2796.2005.01584.x }}</ref> Uma revisão sistemática concluiu que o efeito analgésico da acupuntura parecia não possuir relevância clínica e não era possível ser claramente distinguido de um viés.<ref name=Madsen2009>{{citar periódico| primeiro1= MV| ultimo1=Madsen| primeiro2= PC|ultimo2=Gøtzsche| primeiro3=A| ultimo3= Hróbjartsson | título= Acupuncture treatment for pain: systematic review of randomised clinical trials with acupuncture, placebo acupuncture, and no acupuncture groups | periódico= BMJ | volume = 338 | páginas= a3115 | data = janeiro de 2009 | pmid = 19174438 | pmc = 2769056 | doi = 10.1136/bmj.a3115 }}</ref> Uma [[metanálise]] concluiu que acupuntura poderia ser um tratamento com bom custo-benefício para a [[lombalgia]] crônica complementando o tratamento tradicional,<ref name=Taylor2013>{{citar periódico| ultimo1 = Taylo|primeiro1=P|ultimo2=Pezzullo|primeiro2=L|ultimo3=Grant|primeiro3=SJ|ultimo4=Bensoussan |primeiro4=A| título= Cost-effectiveness of Acupuncture for Chronic Nonspecific Low Back Pain | periódico= Pain Practice | volume = 14 | edição= 7 | páginas= 599–606 | data = setembro de 2014 | pmid = 24138020 | doi = 10.1111/papr.12116 }}</ref> enquanto que outra revisão sistemática concluiu que a evidência é insuficiente para a acupuntura para o tratamento desta condição.<ref name=Standaert2011>{{citar periódico| vauthors = Standaert CJ, Friedly J, Erwin MW, Lee MJ, Rechtine G, Henrikson NB, Norvell DC | título= Comparative effectiveness of exercise, acupuncture, and spinal manipulation for low back pain | periódico= Spine | volume = 36 | edição= 21 | páginas= S120-30 | data= outubro de 2011 | pmid = 21952184 | pmc = | doi = 10.1097/BRS.0b013e31822ef878 }}</ref>


A acupuntura sofreu diversas transformações em sua interação com a medicina, desenvolvendo-se o que se convencionou denominar, sob protestos das demais profissões de saúde, de [[acupuntura médica]]. Na ótica de alguns tornou-se pseudocientífica recebendo um "disfarce" com explicações científicas, mas sem evidências de sua eficácia, que, quando existem, são extremamente pobres e questionáveis pela ciência atual.<ref>{{Citar web|url=http://brazil.skepdic.com/acupuntura.html|titulo=Dicionário do Cético: acupuntura|acessodata=2017-07-08|obra=brazil.skepdic.com}}</ref> Pode-se classificar as teorias utilizadas para interpretar os achados clínicos da acupuntura em três grupos: [[placebo|''efeito placebo'']],<ref>K Streitberger,J Kleinhenz. Introducing a placebo needle into acupuncture research. The Lancet, Volume 352, Issue 9125, 1 August 1998, Pages 364-365</ref><ref>DENG S, ZHAO X, DU R, et al. Is acupuncture no more than a placebo? Extensive discussion required about possible bias. Experimental and Therapeutic Medicine. 2015;10(4):1247-1252. doi:10.3892/etm.2015.2653.</ref><ref>KOOG YH, JUNG, WY. Time Course of Placebo Effect of Acupuncture on Pain: A Systematic Review. ISRN Pain. 2013;2013:204108. doi:10.1155/2013/204108.</ref> ''ação segmentar do efeito da introdução de agulhas'', a [https://es.wikipedia.org/wiki/Teor%C3%ADa_de_la_compuerta teoria das comportas] desenvolvida a partir das proposições Ronald Melzack y Patrick Wall para explicação do controle da dor; e ''supra-segmentar da estimulação por agulhas'' ou efeito "farpa", numa alusão aos experimentos de [[Ilya Ilyich Mechnikov|Metchnikoff]] da reação imunológica à agressão mecânica.<ref>Desowitz, Robert S. O espinho da estrela do mar, como funciona o sistema imunitário. Lisboa: Edições 70, 1989</ref><ref>Melzac, Ronald. A percepção da dor. Scientific American, Fev.,1961 in MAcGaug. J.L.; Weinberger, N.M.; Whalen (org) Psicobiologia, as bases biológicas do comportamento, Textos do Scientific American. trad Aratangy, L. SP Polígno, 1970</ref><ref>Lin, Jaung-Geng; Wei-Liang, Chen. Acupuncture Analgesia: A Review of Its Mechanisms of Actions. The American Journal of Chinese Medicine 2008 36:04, 635-645</ref><ref>Ji-Sheng Han Acupuncture and endorphins. Neuroscience Letters V361, Issues 1–3, 6 May 2004, Pages 258-261 [http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0304394003014009 Abstract] Acesso 15 de julho de 2017</ref><ref>Petti, F and Bangrazi, A and Liguori, A and Reale, G and Ippoliti, F. Effects of acupuncture on immune response related to opioid-like peptides. Journal of traditional Chinese medicine V18. N 1, March, 1998, [http://europepmc.org/abstract/MED/10437265 Abstract], Acesso 15 de julho de 2017</ref><ref>Lico, Maria Carmela Modulação da Dor, Mecanismos Analgésicos Endógenos Rev Ciência Hoje vol 4 nº 21 Nov-Dez. (66-75) 1985</ref>
A acupuntura sofreu diversas transformações em sua interação com a medicina, desenvolvendo-se o que se convencionou denominar, sob protestos das demais profissões de saúde, de [[acupuntura médica]]. Na ótica de alguns, tornou-se pseudocientífica, recebendo um "disfarce" com explicações científicas, mas sem evidências de sua eficácia, que, quando existem, são extremamente pobres e questionáveis pela ciência atual.<ref>{{Citar web|url=http://brazil.skepdic.com/acupuntura.html|titulo=Dicionário do Cético: acupuntura|acessodata=2017-07-08|obra=brazil.skepdic.com}}</ref> Pode-se classificar as teorias utilizadas para interpretar os achados clínicos da acupuntura em vários grupos: [[placebo|efeito placebo]],<ref>K Streitberger,J Kleinhenz. Introducing a placebo needle into acupuncture research. The Lancet, Volume 352, Issue 9125, 1 August 1998, Pages 364-365</ref><ref>DENG S, ZHAO X, DU R, et al. Is acupuncture no more than a placebo? Extensive discussion required about possible bias. Experimental and Therapeutic Medicine. 2015;10(4):1247-1252. doi:10.3892/etm.2015.2653.</ref><ref>KOOG YH, JUNG, WY. Time Course of Placebo Effect of Acupuncture on Pain: A Systematic Review. ISRN Pain. 2013;2013:204108. doi:10.1155/2013/204108.</ref> ação segmentar do efeito da introdução de agulhas, a [https://es.wikipedia.org/wiki/Teor%C3%ADa_de_la_compuerta teoria das comportas] desenvolvida a partir das proposições de Ronald Melzack e Patrick Wall para explicação do controle da dor; e suprassegmentar da estimulação por agulhas ou efeito farpa, numa alusão aos experimentos de [[Ilya Ilyich Mechnikov|Metchnikoff]] da reação imunológica à agressão mecânica.<ref>Desowitz, Robert S. ''O espinho da estrela do mar, como funciona o sistema imunitário''. Lisboa: Edições 70, 1989</ref><ref>Melzac, Ronald. A percepção da dor. Scientific American, Fev.,1961 in MAcGaug. J.L.; Weinberger, N.M.; Whalen (org) Psicobiologia, as bases biológicas do comportamento, Textos do Scientific American. trad Aratangy, L. SP Polígno, 1970</ref><ref>Lin, Jaung-Geng; Wei-Liang, Chen. ''Acupuncture Analgesia: A Review of Its Mechanisms of Actions''. The American Journal of Chinese Medicine, 2008, 36:04, 635-645</ref><ref>Ji-Sheng Han Acupuncture and endorphins. Neuroscience Letters V361, Issues 1–3, 6 May 2004, Pages 258-261 [http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0304394003014009 Abstract] Acesso 15 de julho de 2017</ref><ref>Petti, F. and Bangrazi, A. and Liguori, A. and Reale, G. and Ippoliti, F. ''Effects of acupuncture on immune response related to opioid-like peptides''. Journal of traditional Chinese medicine V18. N 1, March, 1998, [http://europepmc.org/abstract/MED/10437265 Abstract], Acesso 15 de julho de 2017</ref><ref>Lico, Maria Carmela Modulação da Dor, Mecanismos Analgésicos Endógenos Rev Ciência Hoje vol 4 nº 21 Nov-Dez. (66-75) 1985</ref>


Entre 8 e 9 de novembro de 2007, a Sociedade para Pesquisa em Acupuntura (SAR) organizou uma conferência internacional para marcar o décimo aniversário da histórica Conferência de Desenvolvimento de Consenso do NIH (Institutos Nacionais de Saúde) sobre Acupuntura envolvendo mais de 300 pesquisadores de cerca de 20 países na Escola de Medicina da Universidade de Maryland, Baltimore. Uma das conclusões do relatório final da conferência foi a constatação de que embora a pesquisa básica sobre a acupuntura tenha feito progressos consideráveis nos últimos 10 anos, ainda não se dispõe de um quadro claro de como funciona a acupuntura. O que pode ser atribuído em parte a uma simplificação de modelos mecanicistas em função de sua aplicação a situações específicas (por exemplo, obter efeitos analgésicos imediatos). Além do que o termo “acupuntura” é usado por algumas pessoas para descrever uma gama de variedade de procedimentos realizados, alguns sequer envolvendo agulhas. Enfatizou que esses modelos mecanicistas não são mutuamente exclusivos, e que possivelmente a expansão da pesquisa e talvez a fusão de tais modelos levarão potencialmente a uma compreensão incremental dos efeitos com maior poder explicativo tais como: a estimulação elétrica e manual com agulhas de acupuntura que estão solidamente respaldados na fisiologia.<ref>Napadow, Vitaly et al. “The Status and Future of Acupuncture Mechanism Research.” Journal of Alternative and Complementary Medicine 14.7 (2008): 861–869. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3155097/ PMC]. Web. 16 July 2018.</ref>
Entre 8 e 9 de novembro de 2007, a Sociedade para Pesquisa em Acupuntura (SAR) organizou uma conferência internacional para marcar o décimo aniversário da histórica Conferência de Desenvolvimento de Consenso do NIH (Institutos Nacionais de Saúde) sobre Acupuntura envolvendo mais de 300 pesquisadores de cerca de 20 países na Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore. Uma das conclusões do relatório final da conferência foi a constatação de que, embora a pesquisa básica sobre a acupuntura tenha feito progressos consideráveis nos últimos 10 anos, ainda não se dispõe de um quadro claro de como funciona a acupuntura. O que pode ser atribuído em parte a uma simplificação de modelos mecanicistas em função de sua aplicação a situações específicas (por exemplo, obter efeitos analgésicos imediatos). Além do que o termo "acupuntura" é usado por algumas pessoas para descrever uma gama de variedade de procedimentos realizados, alguns sequer envolvendo agulhas. Enfatizou que esses modelos mecanicistas não são mutuamente exclusivos, e que possivelmente a expansão da pesquisa e talvez a fusão de tais modelos levarão potencialmente a uma compreensão incremental dos efeitos com maior poder explicativo, tais como a estimulação elétrica e manual com agulhas de acupuntura, que está solidamente respaldada na fisiologia.<ref>Napadow, Vitaly et al. “The Status and Future of Acupuncture Mechanism Research.” Journal of Alternative and Complementary Medicine 14.7 (2008): 861–869. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3155097/ PMC]. Web. 16 July 2018.</ref>


== História da acupuntura ==
== História da acupuntura ==
{{Info/Património Cultural Imaterial da Humanidade
{{Info/Património Cultural Imaterial da Humanidade
| Imagem = [[File:Bansho-myohoshu-1853-Moxibustion.jpg|200px]]
| Imagem = [[File:Bansho-myohoshu-1853-Moxibustion.jpg|180px]]
| Legenda = Aplicação de Moxa, ilustração de origem [[Japão|japonesa]] livro de Banshō myōhōshū (万象妙法集, 1853)
| Legenda = Aplicação de Moxa, ilustração de origem [[Japão|japonesa]] no livro de Banshō myōhōshū (万象妙法集, 1853)
| ICH = A acupuntura e a moxabustão da medicina tradicional chinesa
| ICH = A acupuntura e a moxabustão da medicina tradicional chinesa
| País = {{CHN}}
| País = {{CHN}}
Linha 47: Linha 52:
A história da acupuntura se confunde com a história da medicina na China. Seus primórdios remontam à pré-história chinesa. A linguagem [[escrita]] milenar permitiu a continuidade do conhecimento. Posteriormente, outros países orientais contribuíram para o desenvolvimento de novas técnicas de acupuntura. {{carece de fontes|julho de 2019}}
A história da acupuntura se confunde com a história da medicina na China. Seus primórdios remontam à pré-história chinesa. A linguagem [[escrita]] milenar permitiu a continuidade do conhecimento. Posteriormente, outros países orientais contribuíram para o desenvolvimento de novas técnicas de acupuntura. {{carece de fontes|julho de 2019}}


Colin A. Ronan em sua "História ilustrada da ciência da Universidade de Cambridge" assinala o período histórico de surgimento/consolidação de de algumas das ideias básicas da ciência chinesa que eventualmente levaram ao desenvolvimento da técnica da acupuntura, como a concepção de [[Yin-yang na medicina tradicional chinesa|Yin / Yang (陰陽)]] no princípio do século IV a.C. e quanto a teoria dos Cinco elementos [[Wu Xing]] (五行), entre 370 e 250 a.C. por Tsou Yen (Zou Yan) o membro mais destacado da Academia Chi-Hsia (Zhi-Xia) do príncipe Hsuan (Xuan).<ref>Ronan, Colin A. História Ilustrada da Ciência da Universidade de Cambridge. (4vol.) vol 2 - Oriente, Roma Idade Média. RJ, Zahar Ed, 1987</ref>
Colin A. Ronan, em sua "História ilustrada da ciência da Universidade de Cambridge", assinala o período histórico de surgimento/consolidação de algumas das ideias básicas da ciência chinesa que eventualmente levaram ao desenvolvimento da técnica da acupuntura, como a concepção de [[Yin-yang na medicina tradicional chinesa|''Yin / Yang'' (陰陽)]] no princípio do século IV a.C. e quanto à teoria dos Cinco elementos ''[[Wu Xing]]'' (五行), entre 370 e 250 a.C. por Tsou Yen (Zou Yan), o membro mais destacado da Academia Chi-Hsia (Zhi-Xia) do príncipe Hsuan (Xuan).<ref>Ronan, Colin A. História Ilustrada da Ciência da Universidade de Cambridge. (4vol.) vol 2 - Oriente, Roma Idade Média. RJ, Zahar Ed, 1987</ref>


A Acupuntura, assim como a moxa, é uma das mais antigas práticas da MTC.<ref name="celestial lancets">{{citar livro|primeiro1 = Gwei-Djen |ultimo1 = Lu | primeiro2 = Joseph | ultimo2 = Needham | titulo=Celestial Lancets: A History and Rationale of Acupuncture and Moxa|isbn=978-0700714582 |data=25 de outubro de 2002}}</ref> A maioria dos historiadores acredita que a prática teve início na China, embora haja algumas narrativas conflitantes quanto a onde se originou.<ref name=White-Ernst>{{citar periódico| ultimo1=White |primeiro1=A|ultimo2=Ernst|primeiro2=E | título= A brief history of acupuncture | periódico= Rheumatology | volume = 43 | edição= 5 | páginas= 662–3 | data= maio de 2004| pmid = 15103027 | doi = 10.1093/rheumatology/keg005 }}</ref><ref name="Porter 2013">{{citar livro| ultimo=Porter | primeiro=S.B. | título=Tidy's Physiotherapy15: Tidy's Physiotherapy | editora=Elsevier | série=Churchill Livingstone | ano=2013 | isbn=978-0-7020-4344-4 | url=https://books.google.com/books?id=RUlRPxA6O9YC&pg=PA403 | acessodata=28 de julho de 2019| page=403}}</ref> Os pesquisadores David Ramey e Paul Buell afirmaram que a data exata da criação da acupuntura depende do quanto se confia na datação dos textos antigos e da interpretação do que constitui acupuntura.<ref name=Ramey>{{citar periódico| ultimo1= Ramey|primeiro1= D|ultimo2= Buell |primeiro2=D | ano = 2004 | título= A true history of acupuncture | url = https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1211/fact.2004.00244/full | doi = 10.1211/fact.2004.00244 | volume = 9 | edição= 4 | periódico= Focus on Alternative and Complementary Therapies | páginas= 269–273|doi-inactive-date= 2019-07-14 }}</ref>
A acupuntura, assim como a moxa, é uma das mais antigas práticas da MTC.<ref name="celestial lancets">{{citar livro|primeiro1 = Gwei-Djen |ultimo1 = Lu | primeiro2 = Joseph | ultimo2 = Needham | titulo=Celestial Lancets: A History and Rationale of Acupuncture and Moxa|isbn=978-0700714582 |data=25 de outubro de 2002}}</ref> A maioria dos historiadores acredita que a prática teve início na China, embora haja algumas narrativas conflitantes quanto a onde se originou.<ref name=White-Ernst>{{citar periódico| ultimo1=White |primeiro1=A|ultimo2=Ernst|primeiro2=E | título= A brief history of acupuncture | periódico= Rheumatology | volume = 43 | edição= 5 | páginas= 662–3 | data= maio de 2004| pmid = 15103027 | doi = 10.1093/rheumatology/keg005 }}</ref><ref name="Porter 2013">{{citar livro| ultimo=Porter | primeiro=S.B. | título=Tidy's Physiotherapy15: Tidy's Physiotherapy | editora=Elsevier | série=Churchill Livingstone | ano=2013 | isbn=978-0-7020-4344-4 | url=https://books.google.com/books?id=RUlRPxA6O9YC&pg=PA403 | acessodata=28 de julho de 2019| page=403}}</ref> Os pesquisadores David Ramey e Paul Buell afirmaram que a data exata da criação da acupuntura depende de o quanto se confia na datação dos textos antigos e da interpretação de o que constitui acupuntura.<ref name=Ramey>{{citar periódico| ultimo1= Ramey|primeiro1= D|ultimo2= Buell |primeiro2=D | ano = 2004 | título= A true history of acupuncture | url = https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1211/fact.2004.00244/full | doi = 10.1211/fact.2004.00244 | volume = 9 | edição= 4 | periódico= Focus on Alternative and Complementary Therapies | páginas= 269–273|doi-inactive-date= 2019-07-14 }}</ref>


As notícias sobre acupuntura no ocidente chegaram com os primeiros exploradores europeus que visitaram o império Chinês ainda na [[Idade Média]]. Entre estes, são comuns as referências a [[Marco Polo]] (1254 – 1324) mercador, embaixador e explorador italiano, aos Monges [[Jesuíta]]s do século XVI e aos médicos - botânicos [http://en.wikipedia.org/wiki/Andreas_Cleyer Andreas Cleyer] (1634 - 1698) e [https://en.wikipedia.org/wiki/Willem_ten_Rhijne Willem ten Rhijne] (1647 - 1700) da [[Companhia Holandesa das Índias Orientais]]. {{carece de fontes|julho de 2019}}
As notícias sobre acupuntura no ocidente chegaram com os primeiros exploradores europeus que visitaram o império Chinês ainda na [[Idade Média]]. Entre estes, são comuns as referências a [[Marco Polo]] (1254 – 1324), mercador, embaixador e explorador italiano, aos Monges [[Jesuíta]]s do século XVI e aos médicos - botânicos [http://en.wikipedia.org/wiki/Andreas_Cleyer Andreas Cleyer] (1634 - 1698) e [https://en.wikipedia.org/wiki/Willem_ten_Rhijne Willem ten Rhijne] (1647 - 1700) da [[Companhia Holandesa das Índias Orientais]]. {{carece de fontes|julho de 2019}}


Hoje em dia pode-se afirmar que a acupuntura se divide nos que aderem aos métodos milenares chineses, mas também existe pesquisas e que buscam respostas com a metodologia ocidental inclusive com restrições prática profissional de não-médicos. {{carece de fontes|julho de 2019}}
Hoje em dia, pode-se afirmar que a acupuntura se divide entre os que aderem aos métodos milenares chineses e os que buscam respostas com a metodologia ocidental, inclusive com restrições à prática profissional de não médicos. {{carece de fontes|julho de 2019}}


== Acupuntura no Brasil ==
== Acupuntura no Brasil ==
{{Artigo principal|[[Acupuntura no Brasil]]}}
{{Artigo principal|[[Acupuntura no Brasil]]}}
A acupuntura chegou ao Brasil em 1908 pelas mãos dos imigrantes japoneses, todavia permaneceu em âmbito familiar e local (nas colônias japonesas) até meados da década de 80, quando ainda era foco de preconceito, apontada ao lado de casos de charlatanismo e esoterismo.<ref>Inexplicado: a realidade além da mente, do tempo e do espaço. Rio Gráfica, Rio de Janeiro, 1985.</ref> Em 1972 o Conselho Federal de Medicina - CFM chegou a estabelecer normativamente que a acupuntura não era considerada especialidade médica<ref>[http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/1972/467_1972.htm Resolução CFM nº 467, de 3 de agosto de 1972]</ref>
A acupuntura chegou ao Brasil em 1908 pelas mãos dos imigrantes japoneses, todavia permaneceu em âmbito familiar e local (nas colônias japonesas) até meados da década de 1980, quando ainda era foco de preconceito, apontada ao lado de casos de charlatanismo e esoterismo.<ref>Inexplicado: a realidade além da mente, do tempo e do espaço. Rio Gráfica, Rio de Janeiro, 1985.</ref> Em 1972, o Conselho Federal de Medicina - CFM chegou a estabelecer normativamente que a acupuntura não era considerada especialidade médica<ref>[http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/1972/467_1972.htm Resolução CFM nº 467, de 3 de agosto de 1972]</ref>


À medida que ganhou usuários, a acupuntura passou a ter sua eficácia reconhecida pela opinião pública em geral e por diversos conselhos profissionais da área de saúde, sendo o primeiro deles o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapias Ocupacionais, em 1985,<ref>{{Citar web |url=http://www.coffito.org.br/publicacoes/pub_view.asp?cod=987&psecao=9 |titulo=Resolução COFFITO n° 60, de 22 de junho de 1985 |acessodata=2 de Outubro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131004220029/http://www.coffito.org.br/publicacoes/pub_view.asp?cod=987&psecao=9 |arquivodata=4 de Outubro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> e o mais recente o de Medicina, que em 1995 estranhamente estabeleceu a acupuntura como especialidade médica sem, contudo, revogar a resolução que afirmava que esta não era especialidade médica,<ref>[http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/1995/1455_1995.htm Resolução CFM nº 1455, de 11 de agosto de 1995]</ref> o que só viria a ocorrer em 2003 mediante a publicação da Resolução CFM nº 1666.<ref>[http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2003/1666_2003.htm Resolução CFM nº 1.666, de 7 de maio de 2003]</ref>
À medida que ganhou usuários, a acupuntura passou a ter sua eficácia reconhecida pela opinião pública em geral e por diversos conselhos profissionais da área de saúde, sendo o primeiro deles o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapias Ocupacionais, em 1985,<ref>{{Citar web |url=http://www.coffito.org.br/publicacoes/pub_view.asp?cod=987&psecao=9 |titulo=Resolução COFFITO n° 60, de 22 de junho de 1985 |acessodata=2 de Outubro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131004220029/http://www.coffito.org.br/publicacoes/pub_view.asp?cod=987&psecao=9 |arquivodata=4 de Outubro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> e o mais recente o de Medicina, que em 1995 estranhamente estabeleceu a acupuntura como especialidade médica sem, contudo, revogar a resolução que afirmava que esta não era especialidade médica.<ref>[http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/1995/1455_1995.htm Resolução CFM nº 1455, de 11 de agosto de 1995]</ref> o que só viria a ocorrer em 2003 mediante a publicação da Resolução CFM nº 1666.<ref>[http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2003/1666_2003.htm Resolução CFM nº 1.666, de 7 de maio de 2003]</ref>


Apesar de a acupuntura estar largamente difundida no Brasil e contar com a credibilidade de outros profissionais de saúde e cidadãos de diferentes níveis sócio-econômicos, a profissão de acupunturista ainda não foi regulamentada (Atualmente tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei n.1549/2003<ref>PL 1549/2003 [http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=125811 PL 1549/03]</ref>), sendo, portanto, de livre exercício. Por outro lado, ela já existe na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO em quatro distintas modalidades (acupunturista, fisioterapeuta acupunturista, médico acupunturista e psicólogo acupunturista),<ref>[http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf Classificação Brasileira de Ocupações]</ref> sendo protegida por sindicatos registrados no Ministério do Trabalho, como o Sindicato dos Profissionais de Acupuntura e Terapias Afins do Estado do Rio de Janeiro - SINDACTA,<ref>[http://www.sindacta.org.br SINDACTA]</ref> o SATOSP<ref>[http://www.satosp.com/ SATOSP]</ref> e o SATOPAR.
Apesar de a acupuntura estar largamente difundida no Brasil e contar com a credibilidade de outros profissionais de saúde e cidadãos de diferentes níveis socioeconômicos, a profissão de acupunturista ainda não foi regulamentada (atualmente, tramita, no Congresso Nacional, o Projeto de Lei n.1549/2003<ref>PL 1549/2003 [http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=125811 PL 1549/03]</ref>), sendo, portanto, de livre exercício. Por outro lado, ela já existe na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO em quatro distintas modalidades (acupunturista, fisioterapeuta acupunturista, médico acupunturista e psicólogo acupunturista),<ref>[http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf Classificação Brasileira de Ocupações]</ref> sendo protegida por sindicatos registrados no Ministério do Trabalho, como o Sindicato dos Profissionais de Acupuntura e Terapias Afins do Estado do Rio de Janeiro - SINDACTA,<ref>[http://www.sindacta.org.br SINDACTA]</ref> o SATOSP<ref>[http://www.satosp.com/ SATOSP]</ref> e o SATOPAR.


No que tange ao ensino de acupuntura, até fins de 2012 apenas uma universidade registrada no Ministério da Educação e Cultura oferecia curso de graduação em acupuntura (em dois ''campi'')<ref>[http://emec.mec.gov.br/emec/consulta-cadastro/detalhamento/d96957f455f6405d14c6542552b0f6eb/NDU3/9f1aa921d96ca1df24a34474cc171f61/Mzg0OQ== Cadastro do EMEC]</ref> e um pequeno grupo de instituições reconhecidas pelas Secretarias Estaduais de Educação ofereciam cursos técnicos de acupuntura e cursos de especialização em acupuntura (dentre outros<ref>[http://site.cfp.org.br/evento/curso-de-acupuntura-para-psiclogos/ Divulgação: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA]</ref>).
No que tange ao ensino de acupuntura, até fins de 2012 apenas uma universidade registrada no Ministério da Educação e Cultura oferecia curso de graduação em acupuntura (em dois ''campi'')<ref>[http://emec.mec.gov.br/emec/consulta-cadastro/detalhamento/d96957f455f6405d14c6542552b0f6eb/NDU3/9f1aa921d96ca1df24a34474cc171f61/Mzg0OQ== Cadastro do EMEC]</ref> e um pequeno grupo de instituições reconhecidas pelas Secretarias Estaduais de Educação oferecia cursos técnicos de acupuntura e cursos de especialização em acupuntura (dentre outros<ref>[http://site.cfp.org.br/evento/curso-de-acupuntura-para-psiclogos/ Divulgação: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA]</ref>).


==Microssistemas de acupuntura==
==Microssistemas de acupuntura==
Com base no conceito de microssistemas de acupuntura e sob os mesmos fundamentos da medicina tradicional chinesa que caracterizam a acupuntura, se desenvolveram técnicas explorando as possibilidades terapêuticas de regiões específicas do corpo como o pavilhão auricular ([[orelha]]) e as [[mão]]s. Dentre estas, a mais antiga e difundida é a [[auriculopuntura]] ou [[auriculoterapia]], já registrada no Neijing (500-300 a.C.) <ref>Livro dos 4 Institutos – Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjig; Academia de Medicina Tradicional Chinesa. Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa. SP, Ed. Ícone, 1995</ref> Tal técnica conta hoje com mais de uma escola: a chinesa clássica <ref>Chan, Pedro. Do-in auricular, a antiga arte chinesa de curar doenças e dores com a pressão dos pontos sensíveis das orelhas</ref> e a francesa, tendo sido esta última fundada pelo neurocirurgião francês Paul Nogier em 1957.<ref name="ReferenceA">Dulcetti Junior, Orley. Acupuntura Auricular e Auriculoterapia. SP, Parma, 1994</ref> Bem mais recente, o microssistema de acupuntura dos pontos das mãos – Korio Soo-Ji-Chim (Acupuntura de Mão, Coreana) foi desenvolvida apenas em 1975, por Tae Woo Yoo.<ref>Biasotto-Gonzalez, Daniela A.; Takahashi, Karina M.; Yamamoto, Clarissa N.; Gonzalez, Tabajara O. Avaliação do efeito da acupuntura Koryo Sooji Chim no tratamento da dor em pacientes com osteoartrose. ConScientiae Saúde, Vol. 7, No 2 (2008) [http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/viewFile/1158/1041 PDF] Maio 2011</ref>
Com base no conceito de microssistemas de acupuntura e sob os mesmos fundamentos da medicina tradicional chinesa que caracterizam a acupuntura, se desenvolveram técnicas explorando as possibilidades terapêuticas de regiões específicas do corpo como o pavilhão auricular ([[orelha]]) e as [[mão]]s. Dentre estas, a mais antiga e difundida é a [[auriculopuntura]] ou [[auriculoterapia]], já registrada no ''Neijing'' (500-300 a.C.).<ref>Livro dos 4 Institutos – Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjig; Academia de Medicina Tradicional Chinesa. Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa. SP, Ed. Ícone, 1995</ref> Tal técnica conta hoje com mais de uma escola: a chinesa clássica <ref>Chan, Pedro. Do-in auricular, a antiga arte chinesa de curar doenças e dores com a pressão dos pontos sensíveis das orelhas</ref> e a francesa, tendo sido esta última fundada pelo neurocirurgião francês Paul Nogier em 1957.<ref name="ReferenceA">Dulcetti Junior, Orley. Acupuntura Auricular e Auriculoterapia. SP, Parma, 1994</ref> Bem mais recente, o microssistema de acupuntura dos pontos das mãos – ''Korio Soo-Ji-Chim'' (Acupuntura de Mão, Coreana) foi desenvolvida apenas em 1975, por Tae Woo Yoo.<ref>Biasotto-Gonzalez, Daniela A.; Takahashi, Karina M.; Yamamoto, Clarissa N.; Gonzalez, Tabajara O. Avaliação do efeito da acupuntura Koryo Sooji Chim no tratamento da dor em pacientes com osteoartrose. ConScientiae Saúde, Vol. 7, No 2 (2008) [http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/viewFile/1158/1041 PDF] Maio 2011</ref>


Os microssistemas são identificados seguindo a mesma lógica da reflexologia, ou seja, uma determinada área do corpo traz pontos reflexos de todo o corpo. Na auriculoterapia, por exemplo, visualiza-se um feto invertido sobre o pavilhão auricular para saber a que parte do corpo se refere cada região da orelha.<ref name="ReferenceA"/>
Os microssistemas são identificados seguindo a mesma lógica da reflexologia, ou seja, uma determinada área do corpo traz pontos reflexos de todo o corpo. Na auriculoterapia, por exemplo, visualiza-se um feto invertido sobre o pavilhão auricular para saber a que parte do corpo se refere cada região da orelha.<ref name="ReferenceA"/>


== Técnicas de inserção de agulhas ==
== Técnicas de inserção de agulhas ==
[[Ficheiro:Acupuncture1-1.jpg|thumb|Inserção de agulhas no braço de um paciente.]]
[[Ficheiro:Acupuncture1-1.jpg|thumb|180px|Inserção de agulhas no braço de um paciente.]]


Os acupontos propriamente ditos ficam sob a pele, não na superfície, e para que sejam estimulados devidamente e com segurança, as agulhas são introduzidas em diferentes graus de inclinação conforme o caso. ''Yintang'', por exemplo, um acuponto localizado entre as sobrancelhas, deve ser punturado perpendicularmente em relação à pele no sentido do topo da cabeça para baixo, pinçando-se a pele levemente entre os dedos no momento da introdução da agulha; VB30, por outro lado, um ponto localizado em ambas as nádegas, deve ser punturado profundamente em ângulo de 90º.
Os acupontos propriamente ditos ficam sob a pele, não na superfície, e para que sejam estimulados devidamente e com segurança, as agulhas são introduzidas em diferentes graus de inclinação conforme o caso. ''Yintang'', por exemplo, um acuponto localizado entre as sobrancelhas, deve ser punturado perpendicularmente em relação à pele no sentido do topo da cabeça para baixo, pinçando-se a pele levemente entre os dedos no momento da introdução da agulha; VB30, por outro lado, um ponto localizado em ambas as nádegas, deve ser punturado profundamente em ângulo de 90º.
Linha 79: Linha 84:
É costume também utilizar um "mandril" para inserir as agulhas. Trata-se de um pequeno tubo plástico descartável dentro do qual corre a agulha. A leve pressão da ponta do mandril sobre a pele ajuda a reduzir a dor da entrada, mas acupunturistas muito experientes muitas vezes optam por inserir a agulha em um movimento rápido à mão livre até a profundidade indicada, o que não é possível com o mandril (a diferença entre o comprimento do mandril e da agulha é o quanto se conseguirá inserir da agulha no primeiro movimento).
É costume também utilizar um "mandril" para inserir as agulhas. Trata-se de um pequeno tubo plástico descartável dentro do qual corre a agulha. A leve pressão da ponta do mandril sobre a pele ajuda a reduzir a dor da entrada, mas acupunturistas muito experientes muitas vezes optam por inserir a agulha em um movimento rápido à mão livre até a profundidade indicada, o que não é possível com o mandril (a diferença entre o comprimento do mandril e da agulha é o quanto se conseguirá inserir da agulha no primeiro movimento).


== O Uso da acupuntura em outros campos da área de saúde ==
== O uso da acupuntura em outros campos da área de saúde ==


=== Acupuntura e fisioterapia/terapia ocupacional ===
=== Acupuntura e fisioterapia/terapia ocupacional ===
Linha 93: Linha 98:
=== Acupuntura e psicologia ===
=== Acupuntura e psicologia ===
{{Artigo principal|[[Acupuntura e psicologia]]}}
{{Artigo principal|[[Acupuntura e psicologia]]}}
Área da acupuntura voltada ao tratamento de transtornos psicológicos e bem estar emocional. No Brasil, a resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 05/2002 reconhece a acupuntura como prática alternativa ao trabalho do psicoterapeuta e permite ao psicólogo utilizar a acupuntura desde que seguindo as especificações técnicas e éticas adequadas,<ref>SILVA, Delvo Ferraz da. Psicologia e acupuntura: aspectos históricos, políticos e teóricos. Psicol. cienc. prof. [online]. 2007, vol.27, n.3 [citado 2011-04-22], pp. 418-429. [http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932007000300005&lng=pt&nrm=iso] ISSN 1414-9893</ref> todavia, o tratamento de tais distúrbios já era previsto nos clássicos da acupuntura, conhecidos a exemplo das síndromes ''dian kuang'' (permanecer calmo e agitar-se de modo selvagem, respectivamente <ref>MACIOCIA, GIOVANNI The Psyche in Chinese Medicine,Treatment of Emotional and Mental Disharmonies with Acupuncture and Chinese Herbs. UK, Hardbound, Elsevier, 2009</ref>) semelhantes à [[depressão]] e/ou [[mania]]. Importante também salientar como a acupuntura é utilizada para tratar os desequilíbrio dos sentimentos de medo, raiva, euforia, preocupação e tristeza relativos aos [[Cinco elementos (filosofia chinesa)|cinco elementos]] da Medicina Tradicional Chinesa, tangenciando uma série de patologias psicológicas.
Área da acupuntura voltada ao tratamento de transtornos psicológicos e bem-estar emocional. No Brasil, a resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 05/2002 reconhece a acupuntura como prática alternativa ao trabalho do psicoterapeuta e permite, ao psicólogo, utilizar a acupuntura desde que seguindo as especificações técnicas e éticas adequadas.<ref>SILVA, Delvo Ferraz da. Psicologia e acupuntura: aspectos históricos, políticos e teóricos. Psicol. cienc. prof. [online]. 2007, vol.27, n.3 [citado 2011-04-22], pp. 418-429. [http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932007000300005&lng=pt&nrm=iso] ISSN 1414-9893</ref> Todavia, o tratamento de tais distúrbios já era previsto nos clássicos da acupuntura, conhecido por exemplo nas síndromes ''dian kuang'' (permanecer calmo e agitar-se de modo selvagem, respectivamente <ref>MACIOCIA, GIOVANNI The Psyche in Chinese Medicine,Treatment of Emotional and Mental Disharmonies with Acupuncture and Chinese Herbs. UK, Hardbound, Elsevier, 2009</ref>) semelhantes à [[depressão]] e/ou [[mania]]. Importante também salientar como a acupuntura é utilizada para tratar os desequilíbrio dos sentimentos de medo, raiva, euforia, preocupação e tristeza relativos aos [[Cinco elementos (filosofia chinesa)|cinco elementos]] da Medicina Tradicional Chinesa, tangenciando uma série de patologias psicológicas.


=== Acupuntura veterinária ===
=== Acupuntura veterinária ===
{{Artigo principal|[[Acupuntura veterinária]]}}
{{Artigo principal|[[Acupuntura veterinária]]}}
Acupuntura veterinária é a prática da realização de de acupuntura em animais. Alguns estudos relatam que apesar da obtenção de efeitos biológicos específicos associados à acupuntura (inclusive parâmetros de atividade bioelétrica cerebral e controle da dor) na pesquisa com animais, a extensão dos resultados obtidos com modelos animais para condição humana não é clara, sendo ainda necessária pesquisa adicional para elucidar os possíveis mecanismos biológicos subjacentes, mais especificamente na analgesia, o que poderia levar a uma melhor compreensão e tratamento da dor.<ref>National Center for Complementary and Integrative Health (NCCIH). Acupuncture Research - Areas of High and Low Programmatic Priorities. Focus on Acupuncture for Pain Management. [https://nccih.nih.gov/grants/acupuncture/priorities U.S. Department of Health & Human Services] Acesso Feb. 2015</ref><ref>Litscher, Gerhard. “Ten Years Evidence-Based High-Tech Acupuncture Part 3: A Short Review of Animal Experiments.” Evidence-based Complementary and Alternative Medicine : eCAM 7.2 (2010): 151–155. [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2862938/pdf/nen034.pdf PDF], PMC. Web. 6 Feb. 2015.</ref><ref>TAFFAREL, Marilda Onghero; FREITAS, Patricia Maria Coletto. Acupuntura e analgesia: aplicações clínicas e principais acupontos. Cienc. Rural, Santa Maria , v. 39, n. 9, Dec. 2009 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782009000900047&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Feb. 2015.</ref> Além do que maior parte da pesquisa da acupuntura experimental (especialmente quanto aos mecanismos das reações de estresse e dor) não pode ser exatamente transposta para condições clínicas.<ref>Carlsson, Christer . Acupuncture mechanisms for clinically relevant long-term effects – reconsideration and a hypothesis. Acupunct Med 2002;20:2-3 82-99 doi:10.1136/aim.20.2-3.82 [http://aim.bmj.com/content/20/2-3/82.full.pdf PDF] Acesso Fev. 2015</ref>
Acupuntura veterinária é a prática da realização de acupuntura em animais. Alguns estudos relatam que, apesar da obtenção de efeitos biológicos específicos associados à acupuntura (inclusive parâmetros de atividade bioelétrica cerebral e controle da dor) na pesquisa com animais, a extensão dos resultados obtidos com modelos animais para a condição humana não é clara, sendo, ainda, necessária pesquisa adicional para elucidar os possíveis mecanismos biológicos subjacentes, mais especificamente na analgesia, o que poderia levar a uma melhor compreensão e tratamento da dor.<ref>National Center for Complementary and Integrative Health (NCCIH). Acupuncture Research - Areas of High and Low Programmatic Priorities. Focus on Acupuncture for Pain Management. [https://nccih.nih.gov/grants/acupuncture/priorities U.S. Department of Health & Human Services] Acesso Feb. 2015</ref><ref>Litscher, Gerhard. “Ten Years Evidence-Based High-Tech Acupuncture Part 3: A Short Review of Animal Experiments.” Evidence-based Complementary and Alternative Medicine : eCAM 7.2 (2010): 151–155. [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2862938/pdf/nen034.pdf PDF], PMC. Web. 6 Feb. 2015.</ref><ref>TAFFAREL, Marilda Onghero; FREITAS, Patricia Maria Coletto. Acupuntura e analgesia: aplicações clínicas e principais acupontos. Cienc. Rural, Santa Maria , v. 39, n. 9, Dec. 2009 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782009000900047&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Feb. 2015.</ref> Além do que maior parte da pesquisa da acupuntura experimental (especialmente quanto aos mecanismos das reações de estresse e dor) não pode ser exatamente transposta para condições clínicas.<ref>Carlsson, Christer . Acupuncture mechanisms for clinically relevant long-term effects – reconsideration and a hypothesis. Acupunct Med 2002;20:2-3 82-99 doi:10.1136/aim.20.2-3.82 [http://aim.bmj.com/content/20/2-3/82.full.pdf PDF] Acesso Fev. 2015</ref>


{{referências}}
{{referências}}

Revisão das 01h30min de 13 de setembro de 2021

Acupuntura (português brasileiro) ou acupunctura (português europeu)[1] (do latim acus - agulha e punctura - colocação[2]) é uma forma de medicina alternativa e um ramo da medicina tradicional chinesa (MTC) no qual finas agulhas são inseridas no corpo do paciente. A medicina tradicional chinesa é uma pseudociência,[3][4] pois suas teorias e práticas são baseadas em crenças contrárias ao conhecimento científico.[5] A acupuntura foi declarada Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 19 de novembro de 2010.[6]

Existem vários ramos de acupuntura, porém eles podem ser divididos em dois ramos principais: o que se baseia nos oito princípios da medicina tradicional chinesa, e o que se baseia na teoria dos cinco elementos.[7][8][9] Ela é geralmente usada para alívio da dor,[10][11] embora os acupunturistas digam que ela pode ser usada para tratar inúmeras outras doenças. Geralmente, a acupuntura é usada em combinação com outras formas de tratamento.[12]

Geralmente, a acupuntura é segura, quando exercida apropriadamente por profissionais treinados, usando agulhas esterilizadas ou de uso único.[13][14] Quando aplicada corretamente, apresenta baixo grau de efeitos colaterais.[15][16] Acidentes e infecções, no entanto, podem ocorrer, e costumam estar associadas a negligência do profissional, particularmente na esterilização da agulha.[17][18] Um estudo de 2013 apontou que as infeções haviam aumentado na década precedente.[19]

O tratamento acupunterápico consiste no diagnóstico (igualmente baseado em ensinamentos clássicos da Medicina Tradicional Chinesa) e na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo - chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos" - que se distribuem principalmente sobre linhas chamadas "meridianos" ou "canais de energia", para obter diferentes efeitos terapêuticos conforme o caso tratado. Também são utilizadas outras formas de estimulação, estando entre as mais conhecidas a moxabustão (aplicação de calor sobre os acupontos ou meridianos).[20] A estreita relação entre o uso das agulhas e da moxa, na acupuntura, fica evidente na tradução literal da expressão que, em chinês, designa acupuntura (Zhen Jiú - 针灸), sendo Zhen (针) agulha e Jiú (灸) fogo (ação de cauterizar). O leque de opções do acupunturista, entretanto, costuma ser bem mais amplo, podendo-se estimular os acupontos e meridianos com os dedos (do-in), instrumentos específicos semelhantes a um pente de osso ou jade (gua sha), ventosas (ventosaterapia), massagens (tui na) e outras técnicas como, por exemplo, a sangria.[21][22][23][24] A acupuntura chinesa, por seu histórico milenar, acabou por desenvolver escolas específicas em países próximos da China, dando origem ao shiatsu (espécie de massagem) no Japão[25] e a estimulação nos denominados microssistemas do corpo a exemplo da auriculoterapia.

Com as tecnologias modernas, a acupuntura vem agregando recursos como a eletricidade (eletroacupuntura, ryodoraku), estimulação com laser,[26],[27][28] agulhas mais seguras e práticas, cristais stiper (Stimulation and Permanency - Estimulação Permanente),[29] esferas banhadas a ouro, prata e novos materiais (substituindo as raras agulhas destes metais)[30][31][32] ou estimulação com a sucção de ventosas de vidro, material plástico ou acrílico com válvulas de pressão ou ventosas de borracha,[33][34] porém sempre observando os mesmos princípios da Medicina Tradicional Chinesa.

Apesar do uso de recursos tecnológicos atuais, a acupuntura que se realiza hoje em muitos aspectos é bem semelhante à forma como era realizada nos primórdios da civilização chinesa unificada pela Dinastia Han,[35][36] utilizando um raciocínio absolutamente estranho à medicina ocidental moderna, análogo talvez à medicina grego-hipocrática [37] e outras formas de medicina oriental. (ver: Datas históricas da Medicina Tradicional Chinesa).

Os mapas de meridianos ou canais de energia (经络 - Jīng Luò) ultrapassaram milênios, chegando quase intocados aos dias atuais; o raciocínio que se desenvolve na verificação e tratamento dos problemas práticos apresentados nos consultórios é baseado em conceitos ultrapassados e incompatíveis com o conhecimento científico atual,[5] como os cinco elementos (Wu Xing), o Tao (道), o equilíbrio entre yin e yang, o fluxo de chi ("氣") (a grosso modo traduzido como energia vital) e xué (a grosso modo traduzido como sangue), zang (traduzido como "órgão" por inexistência de palavra adequada) e fu (literalmente "oco", mas geralmente traduzido como "víscera").[38]

Por outro lado, os maiores entraves à sua compreensão como ciência são exatamente essas crenças tradicionais, para as quais ainda não há consenso quanto às formas de investigação experimental, além da sua referida descrição e pesquisa histórico-antropológica de práticas e textos tradicionais.[39][40][41] As aplicações mais específicas vêm se desenvolvendo com o uso da acupuntura nos diversos campos da área de saúde. No Brasil, é uma prática livre, sendo obrigatório apenas o título de Formação ou de Especialização, segundo o reconhecimento de cada conselho profissional.

Pontos de acupuntura (Dinastia Ming)

Pseudociência

A teoria e a prática da MTC, um tipo de medicina alternativa, não são baseadas em conhecimentos científicos.[5] Por isso, a acupuntura tem sido descrita como um tipo de pseudociência.[3][4][42][43]

Os poucos[44] artigos científicos com revisão por pares defendendo que há dados empíricos no uso desta terapia sofrem de muitas críticas e suspeitas no meio científico, tanto pela má elaboração dos testes duplo-cego quanto pelas avaliações estatísticas mal feitas.[45] A ciência se baseia em avaliações replicáveis de estudos publicados em revistas especializadas com boa revisão de pares e fortes dados empíricos para sustentar uma terapia médica. Já a acupuntura se baseia em tradicionalismo, uma falácia conhecida como Apelo à Tradição, e em crenças mágicas, como manipulação do chi (ou qi) para equilibrar as forças opostas yin e yang ('chi seria uma suposta "energia" nunca comprovada cientificamente).

As conclusões dos inúmeros estudos e revisões sistemáticas da acupuntura são inconsistentes, sugerindo que ela não é eficaz.[46][47] Uma análise das revisões da Cochrane concluiu que a acupuntura não é efetiva para uma grande gama de condições.[47] Uma revisão sistemática realizada por cientistas médicos nas Universidades de Exeter e Plymouth encontrou pouca evidência da efetividade da acupuntura no tratamento da dor.[46] No geral, a evidência sugere que o tratamento a curto prazo com acupuntura não produz benefícios de longo prazo.[48] Algumas pesquisas sugerem que a acupuntura pode aliviar certos tipos de dor, no entanto a maioria das pesquisas sugere que os efeitos aparentes da acupuntura não são provocados pelo tratamento em si.[49] Uma revisão sistemática concluiu que o efeito analgésico da acupuntura parecia não possuir relevância clínica e não era possível ser claramente distinguido de um viés.[50] Uma metanálise concluiu que acupuntura poderia ser um tratamento com bom custo-benefício para a lombalgia crônica complementando o tratamento tradicional,[51] enquanto que outra revisão sistemática concluiu que a evidência é insuficiente para a acupuntura para o tratamento desta condição.[52]

A acupuntura sofreu diversas transformações em sua interação com a medicina, desenvolvendo-se o que se convencionou denominar, sob protestos das demais profissões de saúde, de acupuntura médica. Na ótica de alguns, tornou-se pseudocientífica, recebendo um "disfarce" com explicações científicas, mas sem evidências de sua eficácia, que, quando existem, são extremamente pobres e questionáveis pela ciência atual.[53] Pode-se classificar as teorias utilizadas para interpretar os achados clínicos da acupuntura em vários grupos: efeito placebo,[54][55][56] ação segmentar do efeito da introdução de agulhas, a teoria das comportas desenvolvida a partir das proposições de Ronald Melzack e Patrick Wall para explicação do controle da dor; e suprassegmentar da estimulação por agulhas ou efeito farpa, numa alusão aos experimentos de Metchnikoff da reação imunológica à agressão mecânica.[57][58][59][60][61][62]

Entre 8 e 9 de novembro de 2007, a Sociedade para Pesquisa em Acupuntura (SAR) organizou uma conferência internacional para marcar o décimo aniversário da histórica Conferência de Desenvolvimento de Consenso do NIH (Institutos Nacionais de Saúde) sobre Acupuntura envolvendo mais de 300 pesquisadores de cerca de 20 países na Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore. Uma das conclusões do relatório final da conferência foi a constatação de que, embora a pesquisa básica sobre a acupuntura tenha feito progressos consideráveis nos últimos 10 anos, ainda não se dispõe de um quadro claro de como funciona a acupuntura. O que pode ser atribuído em parte a uma simplificação de modelos mecanicistas em função de sua aplicação a situações específicas (por exemplo, obter efeitos analgésicos imediatos). Além do que o termo "acupuntura" é usado por algumas pessoas para descrever uma gama de variedade de procedimentos realizados, alguns sequer envolvendo agulhas. Enfatizou que esses modelos mecanicistas não são mutuamente exclusivos, e que possivelmente a expansão da pesquisa e talvez a fusão de tais modelos levarão potencialmente a uma compreensão incremental dos efeitos com maior poder explicativo, tais como a estimulação elétrica e manual com agulhas de acupuntura, que está solidamente respaldada na fisiologia.[63]

História da acupuntura

A acupuntura e a moxabustão da medicina tradicional chinesa
Património Cultural Imaterial da Humanidade

Aplicação de Moxa, ilustração de origem japonesa no livro de Banshō myōhōshū (万象妙法集, 1853)
País(es)  China
Domínios Conhecimentos e usos relacionados com a natureza e o universo
Critérios R1, R2, R3, R4, R5
Referência en fr es
Região Ásia e Pacífico
Inscrição 2010 (5.ª sessão)
Lista Representativa
Ver artigo principal: História da acupuntura

A história da acupuntura se confunde com a história da medicina na China. Seus primórdios remontam à pré-história chinesa. A linguagem escrita milenar permitiu a continuidade do conhecimento. Posteriormente, outros países orientais contribuíram para o desenvolvimento de novas técnicas de acupuntura. [carece de fontes?]

Colin A. Ronan, em sua "História ilustrada da ciência da Universidade de Cambridge", assinala o período histórico de surgimento/consolidação de algumas das ideias básicas da ciência chinesa que eventualmente levaram ao desenvolvimento da técnica da acupuntura, como a concepção de Yin / Yang (陰陽) no princípio do século IV a.C. e quanto à teoria dos Cinco elementos Wu Xing (五行), entre 370 e 250 a.C. por Tsou Yen (Zou Yan), o membro mais destacado da Academia Chi-Hsia (Zhi-Xia) do príncipe Hsuan (Xuan).[64]

A acupuntura, assim como a moxa, é uma das mais antigas práticas da MTC.[65] A maioria dos historiadores acredita que a prática teve início na China, embora haja algumas narrativas conflitantes quanto a onde se originou.[66][67] Os pesquisadores David Ramey e Paul Buell afirmaram que a data exata da criação da acupuntura depende de o quanto se confia na datação dos textos antigos e da interpretação de o que constitui acupuntura.[68]

As notícias sobre acupuntura no ocidente chegaram com os primeiros exploradores europeus que visitaram o império Chinês ainda na Idade Média. Entre estes, são comuns as referências a Marco Polo (1254 – 1324), mercador, embaixador e explorador italiano, aos Monges Jesuítas do século XVI e aos médicos - botânicos Andreas Cleyer (1634 - 1698) e Willem ten Rhijne (1647 - 1700) da Companhia Holandesa das Índias Orientais. [carece de fontes?]

Hoje em dia, pode-se afirmar que a acupuntura se divide entre os que aderem aos métodos milenares chineses e os que buscam respostas com a metodologia ocidental, inclusive com restrições à prática profissional de não médicos. [carece de fontes?]

Acupuntura no Brasil

Ver artigo principal: Acupuntura no Brasil

A acupuntura chegou ao Brasil em 1908 pelas mãos dos imigrantes japoneses, todavia permaneceu em âmbito familiar e local (nas colônias japonesas) até meados da década de 1980, quando ainda era foco de preconceito, apontada ao lado de casos de charlatanismo e esoterismo.[69] Em 1972, o Conselho Federal de Medicina - CFM chegou a estabelecer normativamente que a acupuntura não era considerada especialidade médica[70]

À medida que ganhou usuários, a acupuntura passou a ter sua eficácia reconhecida pela opinião pública em geral e por diversos conselhos profissionais da área de saúde, sendo o primeiro deles o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapias Ocupacionais, em 1985,[71] e o mais recente o de Medicina, que em 1995 estranhamente estabeleceu a acupuntura como especialidade médica sem, contudo, revogar a resolução que afirmava que esta não era especialidade médica.[72] o que só viria a ocorrer em 2003 mediante a publicação da Resolução CFM nº 1666.[73]

Apesar de a acupuntura estar largamente difundida no Brasil e contar com a credibilidade de outros profissionais de saúde e cidadãos de diferentes níveis socioeconômicos, a profissão de acupunturista ainda não foi regulamentada (atualmente, tramita, no Congresso Nacional, o Projeto de Lei n.1549/2003[74]), sendo, portanto, de livre exercício. Por outro lado, ela já existe na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO em quatro distintas modalidades (acupunturista, fisioterapeuta acupunturista, médico acupunturista e psicólogo acupunturista),[75] sendo protegida por sindicatos registrados no Ministério do Trabalho, como o Sindicato dos Profissionais de Acupuntura e Terapias Afins do Estado do Rio de Janeiro - SINDACTA,[76] o SATOSP[77] e o SATOPAR.

No que tange ao ensino de acupuntura, até fins de 2012 apenas uma universidade registrada no Ministério da Educação e Cultura oferecia curso de graduação em acupuntura (em dois campi)[78] e um pequeno grupo de instituições reconhecidas pelas Secretarias Estaduais de Educação oferecia cursos técnicos de acupuntura e cursos de especialização em acupuntura (dentre outros[79]).

Microssistemas de acupuntura

Com base no conceito de microssistemas de acupuntura e sob os mesmos fundamentos da medicina tradicional chinesa que caracterizam a acupuntura, se desenvolveram técnicas explorando as possibilidades terapêuticas de regiões específicas do corpo como o pavilhão auricular (orelha) e as mãos. Dentre estas, a mais antiga e difundida é a auriculopuntura ou auriculoterapia, já registrada no Neijing (500-300 a.C.).[80] Tal técnica conta hoje com mais de uma escola: a chinesa clássica [81] e a francesa, tendo sido esta última fundada pelo neurocirurgião francês Paul Nogier em 1957.[82] Bem mais recente, o microssistema de acupuntura dos pontos das mãos – Korio Soo-Ji-Chim (Acupuntura de Mão, Coreana) foi desenvolvida apenas em 1975, por Tae Woo Yoo.[83]

Os microssistemas são identificados seguindo a mesma lógica da reflexologia, ou seja, uma determinada área do corpo traz pontos reflexos de todo o corpo. Na auriculoterapia, por exemplo, visualiza-se um feto invertido sobre o pavilhão auricular para saber a que parte do corpo se refere cada região da orelha.[82]

Técnicas de inserção de agulhas

Inserção de agulhas no braço de um paciente.

Os acupontos propriamente ditos ficam sob a pele, não na superfície, e para que sejam estimulados devidamente e com segurança, as agulhas são introduzidas em diferentes graus de inclinação conforme o caso. Yintang, por exemplo, um acuponto localizado entre as sobrancelhas, deve ser punturado perpendicularmente em relação à pele no sentido do topo da cabeça para baixo, pinçando-se a pele levemente entre os dedos no momento da introdução da agulha; VB30, por outro lado, um ponto localizado em ambas as nádegas, deve ser punturado profundamente em ângulo de 90º.

O sentido das agulhas, o tempo e a forma de estimulação também podem variar conforme o tratamento específico. Condições de excesso (de chi ou de xué) são tratadas com estimulações menos vigorosas e pouco demoradas, ao passo que condições de vazio ou deficiência pedem manobras de entrada e retirada (não se retira totalmente a agulha, apenas se dá pequenos solavancos para cima e para baixo), fricção (na parte áspera da agulha), giros de um lado para outro ou mesmo pequenos petelecos na ponta exposta da agulha.

É costume também utilizar um "mandril" para inserir as agulhas. Trata-se de um pequeno tubo plástico descartável dentro do qual corre a agulha. A leve pressão da ponta do mandril sobre a pele ajuda a reduzir a dor da entrada, mas acupunturistas muito experientes muitas vezes optam por inserir a agulha em um movimento rápido à mão livre até a profundidade indicada, o que não é possível com o mandril (a diferença entre o comprimento do mandril e da agulha é o quanto se conseguirá inserir da agulha no primeiro movimento).

O uso da acupuntura em outros campos da área de saúde

Acupuntura e fisioterapia/terapia ocupacional

Ver artigo principal: Acupuntura e fisioterapia

A aplicação da acupuntura mais conhecida pelos usuários diz respeito a tratamentos em condições de dor e dificuldades motoras. O Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO foi o primeiro do Brasil a reconhecer o uso da acupuntura por seus afiliados, mediante a publicação da Resolução nº60, de 22 de junho de 1985, que estabelece que o fisioterapeuta/terapeuta ocupacional pode aplicar a acupuntura complementarmente no exercício de suas atividades profissionais, desde que devidamente diplomado. Mais recentemente, em 2011, o COFFITO disciplinou a especialidade em acupuntura para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais mediante as resoluções de nº 393[84] e 405,[85] respectivamente.

Acupuntura e medicina

Ver artigo principal: Acupuntura médica

Buscando adequar a prática milenar chinesa da acupuntura à lógica científica da medicina ocidental, surgiu a acupuntura médica, cuja tese fundamental é a de que o sistema nervoso pode ser estimulado a partir dos acupontos gerando respostas positivas no tratamento de diversas patologias.

Acupuntura e odontologia

A acupuntura é utilizada em tratamentos dentários principalmente como alternativa à analgesia farmacológica em procedimentos dolorosos. Apesar de a analgesia por acupuntura, com ou sem estímulo elétrico (eletroacupuntura), levar mais tempo para fazer efeito que os métodos convencionais, ela não apresenta os efeitos colaterais típicos dos analgésicos. Tem também a grande vantagem de poder ser utilizada em pessoas alérgicas. Via de regra, a recuperação da sensibilidade, após a retirada das agulhas, também é mais rápida que a da alternativa farmacológica.

Acupuntura e psicologia

Ver artigo principal: Acupuntura e psicologia

Área da acupuntura voltada ao tratamento de transtornos psicológicos e bem-estar emocional. No Brasil, a resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 05/2002 reconhece a acupuntura como prática alternativa ao trabalho do psicoterapeuta e permite, ao psicólogo, utilizar a acupuntura desde que seguindo as especificações técnicas e éticas adequadas.[86] Todavia, o tratamento de tais distúrbios já era previsto nos clássicos da acupuntura, conhecido por exemplo nas síndromes dian kuang (permanecer calmo e agitar-se de modo selvagem, respectivamente [87]) semelhantes à depressão e/ou mania. Importante também salientar como a acupuntura é utilizada para tratar os desequilíbrio dos sentimentos de medo, raiva, euforia, preocupação e tristeza relativos aos cinco elementos da Medicina Tradicional Chinesa, tangenciando uma série de patologias psicológicas.

Acupuntura veterinária

Ver artigo principal: Acupuntura veterinária

Acupuntura veterinária é a prática da realização de acupuntura em animais. Alguns estudos relatam que, apesar da obtenção de efeitos biológicos específicos associados à acupuntura (inclusive parâmetros de atividade bioelétrica cerebral e controle da dor) na pesquisa com animais, a extensão dos resultados obtidos com modelos animais para a condição humana não é clara, sendo, ainda, necessária pesquisa adicional para elucidar os possíveis mecanismos biológicos subjacentes, mais especificamente na analgesia, o que poderia levar a uma melhor compreensão e tratamento da dor.[88][89][90] Além do que maior parte da pesquisa da acupuntura experimental (especialmente quanto aos mecanismos das reações de estresse e dor) não pode ser exatamente transposta para condições clínicas.[91]

Referências

  1. «Definição de acupunctura». Dicionário Priberam. Consultado em 28 de julho de 2018 
  2. SUSSMANN, David. J. Acupuntura Teoria y Practica.8. ed. Buenos Aires: Kier
  3. a b Baran, GR; Kiana, MF; Samuel, SP (2014). Chapter 2: Science, Pseudoscience, and Not Science: How Do They Differ?. Healthcare and Biomedical Technology in the 21st Century. [S.l.]: Springer. pp. 19–57. ISBN 978-1-4614-8540-7. doi:10.1007/978-1-4614-8541-4_2. various pseudosciences maintain their popularity in our society: acupuncture, astrology, homeopathy, etc. 
  4. a b Good R (2012). Khine MS, ed. Chapter 5: Why the Study of Pseudoscience Should Be Included in Nature of Science Studies. Advances in Nature of Science Research: Concepts and Methodologies. [S.l.]: Springer. p. 103. ISBN 978-94-007-2457-0. Believing in something like chiropractic or acupuncture really can help relieve pain to a small degree [...] but many related claims of medical cures by these pseudosciences are bogus. 
  5. a b c Barrett, Stephen (30 de dezembro de 2007). «Be Wary of Acupuncture, Qigong, and "Chinese Medicine"». Quackwatch. Consultado em 4 de maio de 2015 
  6. «Acupuncture and moxibustion of traditional Chinese medicine». UNESCO (em inglês). Consultado em 15 de fevereiro de 2017 
  7. Ernst E (fevereiro de 2006). Acupuncture – a critical analysis. [S.l.]: Journal of Internal Medicine. 259 (2): 125–37. doi:10.1111/j.1365-2796.2005.01584.x. PMID 16420542. S2CID 22052509.  Verifique data em: |ano= (ajuda); Ligação externa em |título= (ajuda)
  8. Ahn, Chang-Beohm; Jang, Kyung-Jun; Yoon, Hyun-Min; Kim, Cheol-Hong; Min, Young-Kwang; Song, Chun-Ho; Lee, Jang-Cheon (1 de dezembro de 2009). A Study of the Sa-Ahm Five Element Acupuncture Theory. [S.l.]: Journal of Acupuncture and Meridian Studies. 2 (4): 309–320. doi:10.1016/S2005-2901(09)60074-1. ISSN 2005-2901. PMID 20633508  Verifique data em: |ano= (ajuda); Ligação externa em |título= (ajuda)
  9. «"Syndrome differentiation according to the eight principles"». Consultado em 12 de setembro de 2021 
  10. Ernst E, Lee MS, Choi TY (abril de 2011). "Acupuncture: does it alleviate pain and are there serious risks? A review of reviews". [S.l.]: Pain. 152 (4): 755–64. doi:10.1016/j.pain.2010.11.004. PMID 21440191. S2CID 20205666.  Verifique data em: |ano= (ajuda); Ligação externa em |título= (ajuda)
  11. «Acupuncture: What You Need To Know». Consultado em 12 de setembro de 2021 
  12. Hutchinson AJ, Ball S, Andrews JC, Jones GG (outubro de 2012). The effectiveness of acupuncture in treating chronic non-specific low back pain: a systematic review of the literature. [S.l.]: Journal of Orthopaedic Surgery and Research. 7 (1): 36. doi:10.1186/1749-799X-7-36. PMC 3563482. PMID 23111099.  Verifique data em: |ano= (ajuda); Ligação externa em |título= (ajuda)
  13. Xu S, Wang L, Cooper E, Zhang M, Manheimer E, Berman B, Shen X, Lao L (2013). "Adverse events of acupuncture: a systematic review of case reports". [S.l.]: Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2013: 1–15. doi:10.1155/2013/581203. PMC 3616356. PMID 23573135.  Ligação externa em |título= (ajuda)
  14. «"Acupuncture – for health professionals (PDQ)"». Consultado em 12 de setembro de 2021 
  15. Adams D, Cheng F, Jou H, Aung S, Yasui Y, Vohra S (dezembro de 2011). "The safety of pediatric acupuncture: a systematic review". Pediatrics. 128 (6): e1575–87. doi:10.1542/peds.2011-1091. PMID 22106073. S2CID 46502395. [S.l.: s.n.]  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  16. Xu S, Wang L, Cooper E, Zhang M, Manheimer E, Berman B, Shen X, Lao L (2013). "Adverse events of acupuncture: a systematic review of case reports". [S.l.]: Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2013: 1–15. doi:10.1155/2013/581203. PMC 3616356. PMID 23573135.  Ligação externa em |título= (ajuda)
  17. Ernst E, Lee MS, Choi TY (abril de 2011). "Acupuncture: does it alleviate pain and are there serious risks? A review of reviews". [S.l.]: Pain. 152 (4): 755–64. doi:10.1016/j.pain.2010.11.004. PMID 21440191. S2CID 20205666.  Verifique data em: |ano= (ajuda); Ligação externa em |título= (ajuda)
  18. «"Acupuncture – for health professionals (PDQ)"». Consultado em 12 de setembro de 2021 
  19. Gnatta JR, Kurebayashi LF, Paes da Silva MJ (fevereiro de 2013). "Atypical mycobacterias associated to acupuncuture: an integrative review". [S.l.]: Revista Latino-Americana de Enfermagem. 21 (1): 450–58. doi:10.1590/s0104-11692013000100022. PMID 23546331.  Verifique data em: |ano= (ajuda); Ligação externa em |título= (ajuda)
  20. Mao-liang. Qiu (org.) Acupuntura chinesa e moxibustão. SP, Roca, 2001 ISBN 85-7241-220-4
  21. Esteve Torres A. Tui-Na, an oriental massage.Rev Enferm. 2005 May;28(5):33-6.
  22. Wei, Xu et al. “Clinical Evidence of Chinese Massage Therapy (Tui Na) for Cervical Radiculopathy: A Systematic Review and Meta-Analysis.” Evidence-based Complementary and Alternative Medicine : eCAM 2017 (2017): 9519285. PMC. Web. 6 Apr. 2018.
  23. Yang, Mingxiao et al. “Effectiveness of Chinese Massage Therapy (Tui Na) for Chronic Low Back Pain: Study Protocol for a Randomized Controlled Trial.” Trials 15 (2014): 418. PMC. Web. 6 Apr. 2018.
  24. Xia YB; Cheng J; Tong L; Mu YY; Zhang JB. Comparative study of bloodletting therapy between traditional Chinese medicine and Tibetan medicine. Zhongguo Zhen Jiu. 2012 May;32(5):464-7. abstract Aces. Abr. 2018
  25. Robinson, Nicola, Ava Lorenc, and Xing Liao. “The Evidence for Shiatsu: A Systematic Review of Shiatsu and Acupressure.” BMC Complementary and Alternative Medicine 11 (2011): 88. PMC. Web. 6 Apr. 2018.
  26. Zhang, R., Lao, L., Ren, K., & Berman, B. M. (2014). Mechanisms of Acupuncture-Electroacupuncture on Persistent Pain. Anesthesiology, 120(2), 482–503. < http://anesthesiology.pubs.asahq.org/article.aspx?articleid=1917956 > doi:10.1097/ALN.0000000000000101
  27. Mu-Lien Lin, Hung-Chien Wu, Ya-Hui Hsieh, et al., “Evaluation of the Effect of Laser Acupuncture and Cupping with Ryodoraku and Visual Analog Scale on Low Back Pain,” Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, vol. 2012, Article ID 521612, 7 pages, 2012. doi:10.1155/2012/521612 Abstract Aces. Nov. 2015
  28. LACERDA, P. Manual de laser acupuntura em medicina e odontologia. SP: Ícone, 1995
  29. BURIGO, Frederico Luiz; SILVÉRIO-LOPES, Sandra. Lombalgia crônica mecânica: estudo comparativo entre acupuntura sistêmica e pastilhas de óxido de silício (Stimulation and Permanency - Stiper). Revista Brasileira de Terapias e Saúde, v. 1, n. 1, p. 27-36, 2010. DOI icon10.7436/rbts-2010.01.01.03 PDF Aces. Nov. 2015
  30. Dae Hyun Jo A Review of Research Trends in Gold Implantation Therapy Focused on Gold Thread, Gold Needle and Gold Bead J Acupunct Res. 2016;33(1):79-93. Published online March 18, 2016 DOI: https://doi.org/10.13045/acupunct.2016008
  31. Tang, L. et al. Preparation of Graphene-Modified Acupuncture Needle and Its Application in Detecting Neurotransmitters. Sci. Rep. 5, 11627; doi: 10.1038/srep11627 (2015).
  32. In, Su-ll et al. “Hierarchical Micro/Nano-Porous Acupuncture Needles Offering Enhanced Therapeutic Properties.” Scientific Reports 6 (2016): 34061. PMC. Web. 6 Apr. 2018.
  33. LOURENCO, Cátia et al . Ventosa Obstétrica: Uma Revisão da Literatura. Arq Med, Porto , v. 26, n. 6, p. 254-263, dez. 2012 . Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132012000600004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 06 abr. 2018.
  34. RAMON NUNEZ, Hilda Marlene; BENITEZ RODRIGUEZ, Gricel. Métodos de manipulación en la medicina tradicional asiática. MEDISAN, Santiago de Cuba , v. 18, n. 5, p. 695-704, mayo 2014 . Disponible en <http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1029-30192014000500013&lng=es&nrm=iso>. accedido en 06 abr. 2018.
  35. Shaw, Vivien and Amy K. McLennan. “Was acupuncture developed by Han Dynasty Chinese anatomists?” Anatomical record 299 5 (2016): 643-59. Abstract Aces. Apr. 2018
  36. UNSCHULD, Paul. Medicine in China: a history of ideas. Berkeley: University of California Press. 1985. apud: SOUZA, Eduardo Frederico Alexander Amaral de; LUZ, Madel Therezinha. Análise crítica das diretrizes de pesquisa em medicina chinesa. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 18, n. 1, p. 155-174, Mar. 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702011000100010&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Apr. 2018.
  37. LLOYD, Geoffrey; SIVIN, Nathan. The Way and the Word: Science and Medicine in Early China and Greece. Connecticut: Yale University Press, 2002
  38. PALMEIRA, Guido. A acupuntura no ocidente. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 6, n. 2, p. 117-128, June 1990 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1990000200002&lng=en&nrm=iso>. access on 14 Nov. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1990000200002.
  39. HAMILTON, Lesley Hamilton. Recognition of Oriental Medicine and Traditional Chinese Medicine. Texas: Modern World Acupuncture Clinic of Austin http://modernacupuncture.com/nih_who.htm (on-line pub.) Aces. Nov. 2015
  40. Napadow, V., Ahn, A., Longhurst, J., Lao, L., Stener-Victorin, E., Harris, R., & Langevin, H. M. (2008). The Status and Future of Acupuncture Mechanism Research. Journal of Alternative and Complementary Medicine, 14(7), 861–869. http://doi.org/10.1089/acm.2008.SAR-3 < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3155097/ > Aces. Nov. 2015
  41. WHITE, Adrian. Western medical acupuncture: a definition. Acupunct Med 2009;27:33-35 doi:10.1136/aim.2008.000372 .PDF. November 14, 2015
  42. Bao, Ting; et. al. (2014). «Patient-reported outcomes in women with breast cancer enrolled in a dual-center, double-blind, randomized controlled trial assessing the effect of acupuncture in reducing aromatase inhibitor-induced musculoskeletal symptoms». Cancer (em inglês). 120 (3): 381-389. ISSN 1097-0142. PMID 24375332. doi:10.1002/cncr.28352 
  43. Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira (20 de junho de 2014). «Novo estudo expõe acupuntura como pseudociência». www.universoracionalista.org. Consultado em 14 de novembro de 2014 
  44. Hempel S, Taylor SL, Solloway MR, et al. Evidence Map of Acupuncture [Internet]. Washington (DC): Department of Veterans Affairs (US); 2014 Jan. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK185072/
  45. Bombonato, André (3 de setembro de 2015). «Uma indústria de estudos inúteis sobre acupuntura | Universo Racionalista». Universo Racionalista 
  46. a b Ernst, Edzard; Lee, MS; Choi, TY (abril de 2011). «Acupuncture: does it alleviate pain and are there serious risks? A review of reviews» (PDF) 4 ed. Pain. 152: 755–64. PMID 21440191. doi:10.1016/j.pain.2010.11.004 
  47. a b Ernst, E (abril de 2009). «Acupuncture: what does the most reliable evidence tell us?» 4 ed. Journal of Pain and Symptom Management. 37: 709–14. PMID 18789644. doi:10.1016/j.jpainsymman.2008.04.009 
  48. Wang, SM; Kain, ZN; White, PF (fevereiro de 2008). «Acupuncture analgesia: II. Clinical considerations» 2 ed. Anesthesia and Analgesia. 106: 611–21. PMID 18227323. doi:10.1213/ane.0b013e318160644d 
  49. Ernst, E (fevereiro de 2006). «Acupuncture--a critical analysis» 2 ed. Journal of Internal Medicine. 259: 125–37. PMID 16420542. doi:10.1111/j.1365-2796.2005.01584.x 
  50. Madsen, MV; Gøtzsche, PC; Hróbjartsson, A (janeiro de 2009). «Acupuncture treatment for pain: systematic review of randomised clinical trials with acupuncture, placebo acupuncture, and no acupuncture groups». BMJ. 338: a3115. PMC 2769056Acessível livremente. PMID 19174438. doi:10.1136/bmj.a3115 
  51. Taylo, P; Pezzullo, L; Grant, SJ; Bensoussan, A (setembro de 2014). «Cost-effectiveness of Acupuncture for Chronic Nonspecific Low Back Pain» 7 ed. Pain Practice. 14: 599–606. PMID 24138020. doi:10.1111/papr.12116 
  52. Standaert CJ, Friedly J, Erwin MW, Lee MJ, Rechtine G, Henrikson NB, Norvell DC (outubro de 2011). «Comparative effectiveness of exercise, acupuncture, and spinal manipulation for low back pain» 21 ed. Spine. 36: S120-30. PMID 21952184. doi:10.1097/BRS.0b013e31822ef878 
  53. «Dicionário do Cético: acupuntura». brazil.skepdic.com. Consultado em 8 de julho de 2017 
  54. K Streitberger,J Kleinhenz. Introducing a placebo needle into acupuncture research. The Lancet, Volume 352, Issue 9125, 1 August 1998, Pages 364-365
  55. DENG S, ZHAO X, DU R, et al. Is acupuncture no more than a placebo? Extensive discussion required about possible bias. Experimental and Therapeutic Medicine. 2015;10(4):1247-1252. doi:10.3892/etm.2015.2653.
  56. KOOG YH, JUNG, WY. Time Course of Placebo Effect of Acupuncture on Pain: A Systematic Review. ISRN Pain. 2013;2013:204108. doi:10.1155/2013/204108.
  57. Desowitz, Robert S. O espinho da estrela do mar, como funciona o sistema imunitário. Lisboa: Edições 70, 1989
  58. Melzac, Ronald. A percepção da dor. Scientific American, Fev.,1961 in MAcGaug. J.L.; Weinberger, N.M.; Whalen (org) Psicobiologia, as bases biológicas do comportamento, Textos do Scientific American. trad Aratangy, L. SP Polígno, 1970
  59. Lin, Jaung-Geng; Wei-Liang, Chen. Acupuncture Analgesia: A Review of Its Mechanisms of Actions. The American Journal of Chinese Medicine, 2008, 36:04, 635-645
  60. Ji-Sheng Han Acupuncture and endorphins. Neuroscience Letters V361, Issues 1–3, 6 May 2004, Pages 258-261 Abstract Acesso 15 de julho de 2017
  61. Petti, F. and Bangrazi, A. and Liguori, A. and Reale, G. and Ippoliti, F. Effects of acupuncture on immune response related to opioid-like peptides. Journal of traditional Chinese medicine V18. N 1, March, 1998, Abstract, Acesso 15 de julho de 2017
  62. Lico, Maria Carmela Modulação da Dor, Mecanismos Analgésicos Endógenos Rev Ciência Hoje vol 4 nº 21 Nov-Dez. (66-75) 1985
  63. Napadow, Vitaly et al. “The Status and Future of Acupuncture Mechanism Research.” Journal of Alternative and Complementary Medicine 14.7 (2008): 861–869. PMC. Web. 16 July 2018.
  64. Ronan, Colin A. História Ilustrada da Ciência da Universidade de Cambridge. (4vol.) vol 2 - Oriente, Roma Idade Média. RJ, Zahar Ed, 1987
  65. Lu, Gwei-Djen; Needham, Joseph (25 de outubro de 2002). Celestial Lancets: A History and Rationale of Acupuncture and Moxa. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0700714582 
  66. White, A; Ernst, E (maio de 2004). «A brief history of acupuncture» 5 ed. Rheumatology. 43: 662–3. PMID 15103027. doi:10.1093/rheumatology/keg005 
  67. Porter, S.B. (2013). Tidy's Physiotherapy15: Tidy's Physiotherapy. Col: Churchill Livingstone. [S.l.]: Elsevier. p. 403. ISBN 978-0-7020-4344-4. Consultado em 28 de julho de 2019 
  68. Ramey, D; Buell, D (2004). «A true history of acupuncture» 4 ed. Focus on Alternative and Complementary Therapies. 9: 269–273. doi:10.1211/fact.2004.00244 (inativo 14 de julho de 2019) 
  69. Inexplicado: a realidade além da mente, do tempo e do espaço. Rio Gráfica, Rio de Janeiro, 1985.
  70. Resolução CFM nº 467, de 3 de agosto de 1972
  71. «Resolução COFFITO n° 60, de 22 de junho de 1985». Consultado em 2 de Outubro de 2013. Arquivado do original em 4 de Outubro de 2013 
  72. Resolução CFM nº 1455, de 11 de agosto de 1995
  73. Resolução CFM nº 1.666, de 7 de maio de 2003
  74. PL 1549/2003 PL 1549/03
  75. Classificação Brasileira de Ocupações
  76. SINDACTA
  77. SATOSP
  78. Cadastro do EMEC
  79. Divulgação: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
  80. Livro dos 4 Institutos – Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjig; Academia de Medicina Tradicional Chinesa. Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa. SP, Ed. Ícone, 1995
  81. Chan, Pedro. Do-in auricular, a antiga arte chinesa de curar doenças e dores com a pressão dos pontos sensíveis das orelhas
  82. a b Dulcetti Junior, Orley. Acupuntura Auricular e Auriculoterapia. SP, Parma, 1994
  83. Biasotto-Gonzalez, Daniela A.; Takahashi, Karina M.; Yamamoto, Clarissa N.; Gonzalez, Tabajara O. Avaliação do efeito da acupuntura Koryo Sooji Chim no tratamento da dor em pacientes com osteoartrose. ConScientiae Saúde, Vol. 7, No 2 (2008) PDF Maio 2011
  84. «Resolução Coffito nº 393/2011». Consultado em 3 de Outubro de 2013. Arquivado do original em 4 de Outubro de 2013 
  85. «Resolução Coffito nº 405/2011». Consultado em 3 de Outubro de 2013. Arquivado do original em 4 de Outubro de 2013 
  86. SILVA, Delvo Ferraz da. Psicologia e acupuntura: aspectos históricos, políticos e teóricos. Psicol. cienc. prof. [online]. 2007, vol.27, n.3 [citado 2011-04-22], pp. 418-429. [1] ISSN 1414-9893
  87. MACIOCIA, GIOVANNI The Psyche in Chinese Medicine,Treatment of Emotional and Mental Disharmonies with Acupuncture and Chinese Herbs. UK, Hardbound, Elsevier, 2009
  88. National Center for Complementary and Integrative Health (NCCIH). Acupuncture Research - Areas of High and Low Programmatic Priorities. Focus on Acupuncture for Pain Management. U.S. Department of Health & Human Services Acesso Feb. 2015
  89. Litscher, Gerhard. “Ten Years Evidence-Based High-Tech Acupuncture Part 3: A Short Review of Animal Experiments.” Evidence-based Complementary and Alternative Medicine : eCAM 7.2 (2010): 151–155. PDF, PMC. Web. 6 Feb. 2015.
  90. TAFFAREL, Marilda Onghero; FREITAS, Patricia Maria Coletto. Acupuntura e analgesia: aplicações clínicas e principais acupontos. Cienc. Rural, Santa Maria , v. 39, n. 9, Dec. 2009 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782009000900047&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Feb. 2015.
  91. Carlsson, Christer . Acupuncture mechanisms for clinically relevant long-term effects – reconsideration and a hypothesis. Acupunct Med 2002;20:2-3 82-99 doi:10.1136/aim.20.2-3.82 PDF Acesso Fev. 2015

Bibliografia adicional

  • Beau, Georges. A Medicina Chinesa. RJ, Ed. Interciencia 1982
  • Birch, Stephen J.; Felt, Robert. Entendendo a acupuntura. SP, Roca, 2002
  • Liu Gong Wang: Tratado Contemporâneo de Acupuntura e moxibustão; Ceimec; ISBN 85-905603-1-7
  • Hospital Escola de Medicina de Anhui de Pequim. A massagem chinesa, manual de massagem terapêutica. RJ, Record, 1983, ISBN 85-01-02438-4
  • Rossetto, Suzete Coló. Acupuntura Multidisciplinar. SP, Editora Phorte, 2012
  • Schoen, Allen M. Acupuntura veterinária: da arte antiga à medicina moderna. SP, Roca, 2006
  • Yamamura, Ysao. Acupuntura Tradicional - A Arte de Inserir. SP, Roca, 2001, ISBN 85-7241-356-1

Ver também

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Acupuntura