Família imperial brasileira
A família imperial brasileira governou o Império do Brasil entre 1822 e 1889, desde a Independência do Brasil pelo príncipe real Pedro de Bragança, que depois foi aclamado imperador como Pedro I do Brasil, até a deposição de Pedro II durante a Proclamação da República, em 1889.
Durante o período monárquico brasileiro, a família imperial constituía o ramo brasileiro da Casa de Bragança. Ela era reconhecida legalmente como uma instituição; os parentes mais próximos do monarca eram considerados seus membros, e eram desconsiderados aqueles que renunciavam aos seus direitos dinásticos. Após a Proclamação da República, em 1889, e o fim da monarquia, esse conceito foi oficialmente e legalmente abolido. Contudo, grupos monarquistas mantiveram, de forma informal, o conceito de família imperial, e, da mesma forma, criaram o título de Chefe da Casa Imperial do Brasil, atribuindo-o aos pretendentes ao extinto trono brasileiro.
A família Orléans e Bragança, descendente por via materna do ramo brasileiro da Casa de Bragança e por via paterna da casa francesa de Orléans, é tida por parte dos monarquistas como a atual família imperial brasileira. Existem dois ramos agnáticos da família: o chamado Ramo de Petrópolis e o Ramo de Vassouras.[1]
Uma rivalidade dentro da família eclodiu em 1946, quando Pedro Gastão de Orléans e Bragança repudiou a renúncia ao extinto trono feita por seu pai, Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança, filho mais velho da princesa Isabel. Este, renunciara em 1908 de seus supostos direitos dinásticos, por si mesmo e seus futuros descendentes, a fim de contrair casamento não-dinástico. Seus descentes constituem o do Ramo de Petrópolis da família Orléans e Bragança. O Ramo de Vassouras, por sua vez, é liderado por Bertrand de Orleans e Bragança, um descendente do segundo filho da princesa Isabel do Brasil, Luís de Orléans e Bragança.
História[editar | editar código-fonte]

Fundada por Pedro de Alcântara de Bragança, até então Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e Príncipe Regente do Brasil, representando seu pai, o rei Dom João VI, a Casa Imperial do Brasil foi soberana de 1822, quando da independência do Brasil, até 1889, quando a Proclamação da República do Brasil derrubou a monarquia e depôs o imperador Pedro II.
Seguindo a tradição das monarquias ibéricas, eram considerados membros da família imperial os parentes mais próximos do imperador, desconsiderando-se aqueles que renunciavam aos seus direitos dinásticos. Com a proclamação da república em 1889, e consequente extinção do Império do Brasil, o movimento monarquista brasileiro criou o título informal de Chefe da Casa Imperial do Brasil, atribuindo-o ao herdeiro aparente do extinto trono, e passou a considerar como membros da família imperial brasileira os parentes mais próximos do chefe da casa imperial, desconsiderando-se aqueles que renunciaram aos seus direitos dinásticos.
Exílio[editar | editar código-fonte]
Os primeiros membros da família imperial impedidos de retornar ao Brasil foram a imperatriz viúva Amélia de Leuchtenberg, segunda esposa do imperador Pedro I, e sua filha, a princesa Maria Amélia do Brasil. Com a abdicação do primeiro imperador e sua coroação como rei de Portugal, muitos entenderam que Amélia havia perdido seus direitos na casa imperial. Sua filha, por outro lado, havia nascido no estrangeiro, com seu pai já sem o trono brasileiro, o que, para muitos, a impedia de cumprir os requisitos para ser considerada princesa do Brasil. Dessa maneira, durante o período regencial, foi interrompido o auxílio financeiro à imperatriz-viúva e a sua filha. Além disso, por temor de que influenciassem de alguma maneira o jovem Pedro II, foram proibidas de pisar em solo brasileiro. Apenas quando o sucessor do trono foi aclamado, a situação de ambas mudou. Em 1841, o Senado, a pedido do Visconde de Sepetiba, emitiu parecer reconhecendo a precedência de Maria Amélia e restabelecendo o auxílio a ambas.
Pós-monarquia[editar | editar código-fonte]

Com a Proclamação da República, a família imperial seguiu para o exílio em Portugal, Espanha, França, Áustria-Hungria. Embarcaram a bordo do vapor Sergipe: Pedro II, Teresa Cristina, Isabel, Gastão, Pedro de Alcântara, Luís Maria, Antônio Gastão e Pedro Augusto. Na comitiva que acompanhava a família, estavam André Rebouças; o Conde de Carapebus; o Barão de Loreto e sua esposa, Maria Amanda Paranaguá Dória; o Visconde de Ouro Preto e seu filho, o Conde de Afonso Celso; e o Conde de Mota Maia. Augusto Leopoldo encontrava-se a bordo do cruzador Almirante Barroso, em viagem de circunavegação. O pai desse, Luís Augusto, residia na Áustria desde o falecimento de sua esposa, a princesa Leopoldina. Além do banimento, o governo republicano confiscou e leiloou muitos dos bens da família imperial. Em 1890, foram realizados treze leilões de bens da casa imperial.[2]
O presidente Epitácio Pessoa, por decreto presidencial de 3 de setembro de 1920, revogou a Lei do Banimento. Os descendentes da família imperial puderam então retornar ao solo brasileiro. A ocasião foi aproveitada para repatriar os restos mortais do último imperador e de sua consorte, que seriam trasladados de Portugal um ano depois. Dos nove membros da família imperial originalmente exilados, somente dois retornaram vivos ao Brasil: Pedro de Alcântara e seu pai, Gastão, falecido no ano seguinte, a bordo do navio Massilia, a caminho do Brasil para a celebração do centenário da independência.
Repatriamento[editar | editar código-fonte]

Atualmente, os restos mortais de cinco membros da família imperial exilados em 1889 estão sepultados no Brasil, todos no Mausoléu Imperial em Petrópolis: Pedro II e Teresa Cristina, cujos restos mortais foram trasladados do Panteão dos Braganças, em Lisboa, em 1921, por ocasião do centenário da Independência do Brasil; Isabel e Gastão, trasladados do Mausoléu dos Orléans, em Dreux na França, em 1953; e Pedro de Alcântara, transferido do cemitério de Petrópolis em 1990, juntamente com sua esposa, Elisabeth de Dobrzenicz. Ainda há quatro descendentes da família imperial fora do Brasil. O filho mais novo da princesa Isabel, Luís Maria, sua esposa, a princesa Maria Pia das Duas Sicílias, seu segundo filho, Luís Gastão e Antônio Gastão, último filho de D. Isabel, que estão sepultados na Mausoléu dos Orléans em Dreux na França. Pedro Augusto, Augusto Leopoldo e Luís Augusto estão sepultados na cripta da Igreja de Santo Agostinho, em Coburgo, Alemanha, onde a esposa do último, a princesa Leopoldina, foi enterrada em 1871.
Em 1954, foram transferidos para a Cripta Imperial, em São Paulo, os restos mortais da primeira imperatriz, Leopoldina, os quais se encontravam no Convento de Santo Antônio, Rio de Janeiro. No Convento de Santo Antônio estão sepultados alguns dos filhos de ambos os imperadores: Miguel, João Carlos, Paula Mariana, Afonso Pedro e Pedro Afonso, além de Luísa Vitória, filha natimorta de Isabel. Em 1972, por ocasião do Sesquicentenário da Independência, os despojos de Pedro I foram trasladados do Panteão dos Braganças, Lisboa em Portugal, para a Cripta Imperial. O corpo de sua segunda esposa, Amélia, só foi transferido do Panteão dos Braganças para a Cripta Imperial em 1982. Nesse mesmo ano, o corpo da filha dessa, Maria Amélia, foi transferido do Panteão dos Braganças para o Convento de Santo Antônio.
A Cripta e Capela Imperial no Monumento à Independência do Brasil, o local de descanso final do Imperador Pedro I e suas duas esposas.
As tumbas do imperador Pedro II e outros membros da família imperial no Mausoléu Imperial.
Mausoléu no Convento de Santo Antônio contendo os túmulos de alguns príncipes e princesas do Império do Brasil.
Disputa dinástica[editar | editar código-fonte]

O conceito de "família imperial brasileira" foi removido do direito brasileiro em 1891, juntamente com todos os títulos nobiliárquicos e outras formas de segregação características do período imperial. Em vista da inexistência desse conceito, a ideia de que, os descendentes da Família Imperial teriam qualquer direito ao trono, em caso de um restabelecimento da monarquia no país, é amplamente disputada. Mesmo descendentes de Dom Pedro II reconhecem que a família "não tem o direito de dizer quem será o rei" e que "o rei seria escolhido pela população através de seus representantes legais no Congresso".[4]
Apesar disso, parte dos descendentes da família imperial continuam a postular seu reconhecimento como sendo a "família imperial brasileira", e a questão da sua chefia e do potencial direito ao figurativo trono brasileiro é objeto de uma contenda familiar, que constitui a chamada "questão dinástica brasileira".[5]
Em 1896, Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança, filho mais velho e herdeiro da Princesa Isabel, conheceu a irmã de um amigo, a baronesa Elisabeth de Dobrzenicz, os dois rapidamente se apaixonam, começam a namorar e logo queriam casar. Mas sua mãe, Isabel, se opôs a esse casamento, pois Elisabeth, que embora fosse uma nobre do Reino da Boêmia, não pertencia a uma família real governante, ou antes governante. Na época, as leis das famílias reinantes eram restritas e formais. O herdeiro de um trono só podia se casar com uma princesa de sangue real, assim como ela, seus pais, avós e seus ancestrais haviam se casado.
Quando, o príncipe Gastão de Orléans, Conde d'Eu, casou-se, em 1864, a princesa Isabel de Bragança, assinou o contrato nupcial, o qual seus direitos dinásticos franceses, tinham que ser renunciados, e, portanto, o seu lugar e de sua descendência na linha de sucessão orleanista ao trono francês, contrariando expressa vontade de seu pai. Em decorrência disso, anos depois da proclamação da república brasileira (1889) e, consequente, da extinção do Império do Brasil (1822-1889), Gastão de Orléans tentou reaver o seu lugar e o de sua descendência na linha sucessória francesa, bem como buscou a criação do título de Príncipe de Orléans e Bragança – como título da realeza francesa –, obtendo diversas respostas negativas por parte da Casa Real de França, que nessa época já não reinava no país. Foi, então, feito um acordo entre o Conde d'Eu e a Casa Real de França, a chamada Declaração de Bruxelas ou Pacto de Família, aonde a Casa Real de França reconheceu o título de Príncipe de Orléans e Bragança como parte da Casa Real; bem como que o Conde d'Eu e sua descendência teriam as mesmas honras dos príncipes da Casa Real de França. Entre tanto, um de seus filhos renunciaria a seus direitos ao trono brasileiro, evitando que príncipes brasileiros viessem a ocupar a Chefia da Casa Real francesa. Supunha-se que Luís Maria Filipe, segundo filho, apresentaria sua renúncia aos direitos brasileiros, mas como este se negou a fazê-lo, o Conde d'Eu acabou por propô-la ao primogênito, Pedro de Alcântara, em troca da obtenção da licença para casar com Elisabeth de Dobrzenicz, que havia antes sido negado por sua mãe.[7]
Com a renuncia de Pedro de Alcântara em 30 de outubro de 1908, seus direitos ao trono brasileiro passa para seu irmão, Luís Maria Filipe que casaria dentro das normas das famílias reais, com a princesa Maria Pia das Duas Sicílias. E passou a ser herdeiro de sua mãe, e eventual sucessor de seus direitos ao trono imperial brasileiro.[8][9]
O instrumento de renúncia foi emitido em três vias, todas assinados por Pedro de Alcântara diante da princesa Isabel, a qual enviou uma das vias ao Diretório Monárquico do Brasil, então localizado no Rio de Janeiro, aos 9 de novembro de 1908, da qual constava:
“ | Eu, o príncipe Dom Pedro de Alcântara Luís Filipe Maria Gastão Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança, tendo refletido com maturidade, resolvi renunciar ao direito que, pela Constituição do Império do Brasil, promulgado em 25 de março de 1824, me concede a Coroa dessa nação. Declaro, portanto, que, por minha livre e espontânea vontade, renunciarei, em meu próprio nome, assim como a todos e quaisquer de meus descendentes, a todos e quaisquer direitos que a referida Constituição nos confere à Coroa e Trono do Brasil, que passará para as linhas que seguem a minha, em conformidade com a ordem de sucessão estabelecida no artigo 117. Antes de Deus, prometo, para mim e meus descendentes, manter a presente declaração.
Cannes, 30 de outubro de 1908, assinado: Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança[10] |
” |
Luís, e eventualmente o filho deste, Pedro Henrique, tornaram-se os próximos na linha de sucessão após Isabel. Porém Luís contraiu, nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, um tipo agressivo de reumatismo ósseo que o deixou debilitado e incapaz de andar, vindo a falecer em 1920.
Pedro não contestou a sua renúncia e não reivindicou a chefia da casa imperial após a princesa Isabel falecer em 1921, mas disse em uma entrevista em 1937 que sua renúncia "não atendia aos requisitos da Lei Brasileira, não havia consulta prévia com a nação, não havia protocolo para atos dessa natureza e, além disso, não foi uma renúncia hereditária".[11]
A disputa dinástica pela pretensão à extinta coroa brasileira começou após 1940, quando Pedro Gastão, filho mais velho de Pedro de Alcântara, repudiou a renúncia de seu pai e reivindicou a chefia da Casa Imperial Brasileira.[12] Pedro Gastão fez campanha ativa durante o Plebiscito de 1993, pela restauração da monarquia brasileira, e, caso a monarquia fosse restabelecida, caberia ao Congresso Nacional brasileiro decidir quem deveria ocupar o trono; contudo, a opção pela restauração da monarquia no Brasil foi derrotada, embora tenha recebido aproximadamente sete milhões de votos.[13] Após a morte de Pedro Gastão, em 2007, seu filho mais velho, o Pedro Carlos, atual líder do ramo de Petrópolis, e os filhos mais novos se declararam republicanos.[14][15]
Ramos dinásticos[editar | editar código-fonte]
Orléans e Bragança[editar | editar código-fonte]

Com o casamento de Isabel do Brasil com o príncipe Gastão de Orléans, em 1864, a Casa Imperial Brasileira associou-se à Casa de Orléans, um ramo da Casa Real de França. Iniciou-se, assim, um novo ramo dinástico, denominado Orléans e Bragança, que nunca reinou no Brasil.
Dos quatro filhos do casal, dois geraram descendência e, hoje, esse ramo da família conta com mais de trinta membros. Muitos foram os que renunciaram para si e seus descendentes os seus supostos direitos na sucessão ao trono imperial.
Em 1909 foi criado o título de Príncipe de Orléans e Bragança, a todos os descendentes de varonia direta e legítima de Gastão e Isabel, mesmo os membros que renunciar ao seus direitos brasileiros, continuara com direitos francês e com o título de príncipes e princesas e o tratamento de Alteza Real. Contudo, esse título jamais foi reconhecido no direito brasileiro ou francês.[16]
Saxe-Coburgo e Bragança[editar | editar código-fonte]

Outro ramo da família imperial teve início com a união entre a princesa Leopoldina com o príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, em 1864. Como a princesa Isabel demorava a gerar um herdeiro ao trono brasileiro, os dois primeiros filhos de Leopoldina, Pedro Augusto e Augusto Leopoldo, foram inseridos na linha de sucessão brasileira, tendo-se o cuidado de serem dados à luz em solo nacional. Esses príncipes foram preteridos na ordem sucessória, após o nascimento dos filhos de Isabel.
Pedro Augusto morreu solteiro e sem deixar descendência. Augusto Leopoldo, por sua vez, casou-se com a arquiduquesa Carolina da Áustria-Toscana, e gerou oito filhos. Sua sexta filha, Teresa Cristina, manteve a nacionalidade brasileira e perpetuou a Casa de Saxe-Coburgo e Bragança, que hoje é chefiada por seu filho Carlos Tasso. A precedência deste ramo na linha sucessória ao trono brasileiro é, contudo, contestada.[17][nb 1]
Cargos[editar | editar código-fonte]
Luiz Philippe de Orléans e Bragança, durante as eleições gerais de 2018, se tornou o segundo descendente da família imperial brasileira a ocupar um cargo político de relevância desde a Proclamação da República.[18] O primeiro foi Louis-Jean de Nicolaÿ, que é senador francês desde 2014. Louis é filho de Pia Maria de Orléans e Bragança, única filha de Luís Maria.
Títulos[editar | editar código-fonte]
Segundo a Constituição de 1824, os seguintes pronomes de tratamento eram reconhecidos a membros da família imperial brasileira:[19]
- Sua Majestade Imperial (S.M.I.): reservado ao imperador e à imperatriz;
- Sua Alteza Imperial (S.A.I.): reservado ao herdeiro do trono brasileiro (príncipe imperial) e ao primogênito deste (príncipe do Grão-Pará);
- Sua Alteza (S.A.): era reservado aos demais príncipes, filhos não primogênitos do Imperador e da Imperatriz;
- Sua Excelência (S.E.): era outorgado aos restantes membros da família imperial, geralmente aos filhos e netos dos príncipes, bem como às pessoas que detivessem títulos nobiliárquicos.
Membros[editar | editar código-fonte]
Primeiro Reinado[editar | editar código-fonte]

Em 1826, ano da morte de Leopoldina, esta era a composição da família imperial brasileira:
- SMI o imperador Pedro I
SMI a imperatriz Leopoldina- SAI o príncipe Pedro, Príncipe Imperial
- SAI a princesa Maria da Glória, Princesa do Grão-Pará
- SA a princesa Januária
- SA a princesa Paula Mariana
- SA a princesa Francisca
Em 1831, ano da abdicação de Pedro I, esta era a composição da família imperial brasileira:
- SMI o imperador Pedro I
SMI a imperatriz Amélia- SAI o príncipe Pedro, Príncipe Imperial
- SAI a princesa Maria da Glória, Princesa do Grão-Pará
- SA a princesa Januária
- SA a princesa Paula Mariana
- SA a princesa Fransisca
Segundo Reinado[editar | editar código-fonte]

Em 1889, ano da proclamação da república do Brasil, esta era a composição da família imperial brasileira:
- SMI o imperador Pedro II
SMI a imperatriz Teresa Cristina- SAI a princesa Isabel, Princesa Imperial
SAI&R o príncipe Gastão, Príncipe Imperial Consorte- SAI o príncipe Pedro, Príncipe do Grão-Pará
- SA o príncipe Luís Maria
- SA o príncipe Antônio Gastão
- SAR o príncipe Luís Augusto (viúvo da princesa Leopoldina)
- SAR o príncipe Pedro Augusto
- SAR o príncipe Augusto Leopoldo
- SAI a princesa Isabel, Princesa Imperial
- SAI&R a princesa Januária (irmã de Pedro II)
SAI&R o príncipe Luís Carlos- SAR o príncipe Luís Fernando
- SAR o príncipe Filipe
- SAR a princesa Francisca (irmã de Pedro II)
- SMI a imperatriz viúva Amélia (segunda esposa de Pedro I)
- SA a princesa Maria Amélia (meia-irmã de Pedro II)
Pós-Monarquia[editar | editar código-fonte]
Em 1918, ano da morte de Luís Maria Filipe, os membros remanescentes da família imperial brasileira e seus descendentes eram:[20][21]
(Ramo de Petrópolis)[editar | editar código-fonte]
- Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança
Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz- Isabel de Orléans e Bragança
- Pedro Gastão de Orléans e Bragança
- Maria Francisca de Orléans e Bragança
- João Maria de Orléans e Bragança
- Teresa Teodora de Orléans e Bragança
(Ramo de Vassouras)[editar | editar código-fonte]
- Luís de Orléans e Bragança
Maria Pia de Bourbon-Duas Sicílias- Pedro Henrique de Orléans e Bragança
- Luís Gastão de Orléans e Bragança
- Maria Pia de Orléans e Bragança
(Ramo de Saxe-Coburgo e Bragança)[editar | editar código-fonte]
- Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança
- Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança
Carolina da Áustria-Toscana- Clementina de Saxe-Coburgo e Bragança
- Maria Carolina de Saxe-Coburgo e Bragança
- Rainer de Saxe-Coburgo e Bragança
- Filipe de Saxe-Coburgo e Bragança
- Teresa Cristina de Saxe-Coburgo e Bragança
- Leopoldina de Saxe-Coburgo e Bragança
- Ernesto de Saxe-Coburgo e Bragança
Chefes da Família Imperial[editar | editar código-fonte]
Retrato | Nome | Conexão com o último imperador | Período | Nascimento | Casamento | Morte | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Pedro I do Brasil | - | 12 de outubro de 1822 | 7 de abril de 1831 | 12 de outubro de 1798 | 13 de maio de 1817
2 de agosto de 1829
|
24 de setembro de 1834 |
![]() |
Pedro II do Brasil | Filho | 7 de abril de 1831 | 15 de novembro de 1889 | 2 de dezembro de 1825 | 30 de maio de 1843
|
5 de dezembro de 1891 |
Pretendentes[editar | editar código-fonte]
Família Bragança[editar | editar código-fonte]
Retrato | Nome | Conexão com o último imperador | Período | Nascimento | Casamento | Morte | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Pedro de Alcântara de Bragança | O próprio | 15 de novembro de 1889 | 5 de dezembro de 1891 | 2 de dezembro de 1825 | 30 de maio de 1843
|
5 de dezembro de 1891 |
Família Orléans e Bragança[editar | editar código-fonte]
Unificada[editar | editar código-fonte]
Retrato | Nome | Conexão com o último imperador | Período | Nascimento | Casamento | Morte | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Isabel de Bragança | Filha mais velha de Pedro II | 5 de dezembro de 1891 | 14 de novembro de 1921 | 29 de julho de 1846 | 15 de outubro de 1864
|
14 de novembro de 1921 |
Ramo de Petrópolis
Retrato | Nome | Conexão com o último imperador | Período | Nascimento | Casamento | Morte | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança | Neto de Pedro II (filho mais velho de Isabel) | 14 de novembro de 1921 | 29 de janeiro de 1940 | 15 de outubro de 1875 | 14 de novembro de 1908
|
29 de janeiro de 1940 |
![]() |
Pedro Gastão de Orléans e Bragança | Bisneto de Pedro II (neto de Isabel e filho de Pedro de Alcântara) | 29 de janeiro de 1940 | 27 de dezembro de 2007 | 19 de fevereiro de 1913 | 18 de dezembro de 1944
|
27 de dezembro de 2007
|
![]() |
Pedro Carlos de Orléans e Bragança | Trineto de Pedro II (bisneto de Isabel, neto de Pedro de Alcântara e filho de Pedro Gastão) | 27 de dezembro de 2007 | Presente | 31 de outubro de 1945 | 2 de setembro de 1975
16 de julho de 1981
|
– |
Ramo de Vassouras
Retrato | Nome | Conexão com o último imperador | Período | Nascimento | Casamento | Morte | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Pedro Henrique de Orléans e Bragança | Bisneto de Pedro II (neto de Isabel e filho de Luís Maria) | 14 de novembro de 1921 | 5 de julho de 1981 | 13 de setembro de 1909 | 19 de agosto de 1937
|
5 de julho de 1981 |
Luiz de Orléans e Bragança | Trineto de Pedro II (bisneto de Isabel, neto de Luís Maria e filho de Pedro Henrique) | 5 de julho de 1981 | 15 de julho de 2022 | 6 de junho de 1938 | Solteiro | 15 de julho de 2022[22] | |
![]() |
Bertrand de Orléans e Bragança | Trineto de Pedro II (bisneto de Isabel, neto de Luís Maria e filho de Pedro Henrique) | 15 de julho de 2022 | Presente | 2 de fevereiro de 1941 (81 anos) | Solteiro |
Heráldicas[editar | editar código-fonte]
Brasão | Título | Posse | Brasão | Título | Posse | Brasão | Título | Posse | Brasão | Título | Posse | Brasão | Título | Posse |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1822–1891
|
1822-1891
|
1875-1891
|
1822-1891
|
1909
|
Genealogia[editar | editar código-fonte]
Propriedades[editar | editar código-fonte]
Alguns dos palácios brasileiros mais importantes foram construídos para a família imperial brasileira para uso privado ou governamental. Quando a república foi proclamada, em 1889, muitos deles foram incorporados ao patrimônio da União.
O Palácio de São Cristóvão, localizado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, foi a residência oficial dos Imperadores do Brasil.
O Paço Isabel foi a residência particular da princesa Isabel e sua família no Rio de Janeiro.
O Paço Leopoldina foi residência particular da princesa Leopoldina e sua família no Rio de Janeiro, demolido na década de 1930.
O Paço Imperial no Centro do Rio de Janeiro foi a sede do Gabinete do Império e o local de trabalho dos Imperadores.
A Fazenda Imperial de Santa Cruz foi a residência de verão da Família Imperial no Rio de Janeiro.
O Palácio Imperial de Petrópolis foi a residência de verão da Família Imperial em Petrópolis.
A Casa da Princesa Isabel foi a residência particular da princesa Isabel e sua família em Petrópolis.
O Palácio do Grão-Pará, em Petrópolis, foi a única propriedade recuperada pela Família Imperial em 1925, e onde alguns descendentes ainda residem.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Notas[editar | editar código-fonte]
- ↑ Teresa Cristina teve sua nacionalidade brasileira reconhecida em 1938, durante sua primeira visita ao país. Seus irmãos renunciaram aos seus eventuais direitos à coroa do Brasil em seu favor, em 27 de dezembro de 1937. Todos os quatro filhos da princesa foram registrados no consulado brasileiro em Viena. (Lessa, p. 132)
Referências
- ↑ SMITH, Peter H. Democracy in Latin America. [S.l.: s.n.] 148 páginas
- ↑ «REFLEXÕES SOBRE O ARQUIVO DA FAMÍLIA IMPERIAL E O PAPEL DE D. PEDRO II NA SUA FORMAÇÃO». Arquivado do original em 14 de julho de 2014
- ↑ Revista CARETA, edição n 638, de 11 de setembro de 1920 e em [1]
- ↑ Cordeiro, Tiago. «Família imperial brasileira: leia entrevista com Dom João». Gazeta do Povo. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Biluczyk, Roberto (10 de novembro de 2020). «Os monarquistas e o Plebiscito de 1993: construções da memória e das representações». HISTÓRIA UNICAP (13): 191. ISSN 2359-2370. doi:10.25247/hu.2020.v7n13.p180-196. Consultado em 28 de março de 2022
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- ↑ «Árvore genealógica da Família Imperial Brasileira - Infográficos». Estadão. Consultado em 6 de março de 2022
- ↑ «Dom Luiz de Orleans e Bragança morre aos 84 anos». O Globo. Consultado em 15 de julho de 2022
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Site da Casa Imperial do Brasil». Administrado pelo Ramo de Vassouras
- «Mídia social da Casa Imperial do Brasil». em Facebook