Facção Central: diferenças entre revisões
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| integrantes = [[Washington Roberto Santana|Dum-Dum]]<ref>{{citar web|URL=http://www.dicionariompb.com.br/faccao-central|título=Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira|data=|acessadoem=19 de julho de 2005|autor=Ricardo Cravo|publicado='''Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira'''}}</ref>| ex-integrantes =| influências = [[Eazy-E]]<br>| afiliações = [[A286]], [[Detentos do Rap]], [[Realidade Cruel]], [[Trilha Sonora do Gueto]], [[Racionais MC's]], [[Rap|Consciência Humana]], [[Rap|Rapa da Godoy]], [[Mano Brown]], [[Sabotage (cantor)|Sabotage]], [[Pavilhão 9 (banda)|Ro$$i]], [[Edi Rock]], [[DJ Cia]], [[Rap|Negredo]], [[RZO]], [[A286|Reinaldo]], [[A286|Ivan]], [[Pavilhão 9 (banda)|Pavilhão 9]], [[Cascão (cantor)|Cascão]], [[KL Jay]] |
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'''Facção Central'''<ref>{{citar web|URL = http://faccaocentral.gangstarap.com.br/2011/04/entrevistas-com-os-indicados-ao-hutuz.html|título =Entrevista com Facção Central - Hutúz (2006) - prêmios o grupo do ano Facção Central|data = |acessadoem =19 de Julho de 2015|autor = |publicado=Zona Suburbana}} |
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</ref><ref>{{cite web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u1598.shtml|title=Justiça veta vídeo de rap do grupo Facção Central na MTV |publisher=[[Folha de S.Paulo]]|accessdate=07 de Julho de 2014}}</ref> é um grupo [[brasil]]eiro de [[rap]], formado na cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] no ano de 1989. O grupo de rap alcançou enorme repercussão devido ao forte conteúdo de suas letras e até a prisão de seus integrantes após a veiculação do clipe "[[Isso aqui é uma Guerra]]".<ref>{{citar web|URL =http://www.dicionariompb.com.br/faccao-central/bibliografia-critica|título =Biografia critica - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira |data=17 de Julho de 2015 |acessadoem =29 de Agosto de 2015|autor=Rebeca de Souza |publicado =Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira}}</ref> <ref name="p" /> |
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== História == |
== História == |
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===Formação=== |
===Formação=== |
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O grupo foi formado em 31 de maio de [[1989]]<ref>{{cite web |url=http://revistamovinup.com/artigosespeciais/entrevistas/2008/entrevista-mag|title= |
O grupo foi formado em 31 de maio de [[1989]]<ref>{{cite web |url=http://revistamovinup.com/artigosespeciais/entrevistas/2008/entrevista-mag|title=MAG: Facção Central, carreira solo e críticas ao rap brasileiro |publisher=Revistamovinup|accessdate= 07 de Julho de 2014}}</ref>, na região central de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] ([[Glicério (bairro de São Paulo)|Glicério]], [[Cambuci]] e [[Ipiranga (distrito de São Paulo)|Ipiranga]]), sendo inicialmente integrado por Nego. Jurandir e Nego deixaram o grupo, sendo substituídos por [[Washington Roberto Santana|Dum-Dum]] e [[Eduardo]] de [[1997]] para [[1998]] Dj garga deixou o grupo e Erick 12 o substituiu,mas o mesmo também abandonou o grupo. |
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Nascidos e criados em [[cortiço]]s, os componentes Eduardo (compositor/intérprete) e Dum-Dum (intérprete) conviveram desde a infância com [[violência]] social, [[tráfico de drogas]], vícios, [[violência policial]], delegacias e presídios. Um passado violento transformado em fonte de inspiração e traduzido em composições contundentes que relatam a realidade cotidiana das camadas mais baixas da sociedade, além de criticar duramente aqueles que, na visão do [[compositor]] Eduardo, seriam os causadores dos problemas discutidos nas letras das canções. |
Nascidos e criados em [[cortiço]]s, os componentes Eduardo (compositor/intérprete) e Dum-Dum (intérprete) conviveram desde a infância com [[violência]] social, [[tráfico de drogas]], vícios, [[violência policial]], delegacias e presídios. Um passado violento transformado em fonte de inspiração e traduzido em composições contundentes que relatam a realidade cotidiana das camadas mais baixas da sociedade, além de criticar duramente aqueles que, na visão do [[compositor]] Eduardo, seriam os causadores dos problemas discutidos nas letras das canções.<ref>{{citar web|URL =http://rapnacional.virgula.uol.com.br/confira-como-foi-o-show-do-racionais-mcs-e-faccao-central-no-espaco-victory/|título =Racionais MC's & Facção Central comemoração dos 25 anos dos Racionais MC's (São Paulo)|data = |acessadoem = |autor =|publicado = Rap-Nacional}}</ref> |
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===Postura=== |
===Postura=== |
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Ameaças policiais por telefone, [[censura]]s de algumas [[Rádio (comunicação)|rádios]], prisões pelo conteúdo de algumas letras e até mesmo a proibição de veiculação na [[televisão]] brasileira do [[videoclipe]] "[[Isso aqui é uma Guerra]]", considerado pelas autoridades como apologia ao crime, são algumas das consequências decorrentes da postura do grupo. Outros exemplos da postura do grupo são o lírico das músicas. |
Ameaças policiais por telefone, [[censura]]s de algumas [[Rádio (comunicação)|rádios]], prisões pelo conteúdo de algumas letras e até mesmo a proibição de veiculação na [[televisão]] brasileira do [[videoclipe]] "[[Isso aqui é uma Guerra]]", considerado pelas autoridades como apologia ao crime, são algumas das consequências decorrentes da postura do grupo. Outros exemplos da postura do grupo são o lírico das músicas. |
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O grupo tem um '''estilo musical próprio:''' agressivo, violento, as letras do grupo seguem um violento estilo, entretanto racional. O grupo utiliza a linguagem da periferia ([[gírias]]) e a linguagem formal. Também é comum o grupo utilizar partes de músicas clássicas para iniciarem sua músicas. A religião se faz presente como mediadora, uma metáfora para a violência da Terra, como em "Deus Anda de Blindado" (uma alusão à música de 1996 do grupo [[Pavilhão 9 (grupo)|Pavilhão 9]], "Se Deus Vier, |
O grupo tem um '''estilo musical próprio:''' agressivo, violento, as letras do grupo seguem um violento estilo, entretanto racional. O grupo utiliza a linguagem da periferia ([[gírias]]) e a linguagem formal. Também é comum o grupo utilizar partes de músicas clássicas para iniciarem sua músicas. A religião se faz presente como mediadora, uma metáfora para a violência da Terra, como em "Deus Anda de Blindado" (uma alusão à música de [[1996]] do grupo [[Pavilhão 9 (grupo)|Pavilhão 9]], "[[Se Deus Vier, Que Venha Armado]]"). |
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===Censura=== |
===Censura=== |
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Em 1999, o grupo lançou o disco ''[[Versos Sangrentos]]'', com batidas fortes e letras de protesto, relacionadas aos temas [[violência]], [[corrupção]], [[fome]], violência policial e a ineficácia do [[governo]]. Ele foi alvo de [[censura]], tendo o disco ido à loja com 15 músicas gravadas e um videoclipe da música "[[Isso aqui é uma Guerra]]", que foi acusada e censurada por apologia ao crime.<ref name="p">{{Citar web|url=http://www.dicionariompb.com.br/detalhe.asp?nome=Fac%E7%E3o+Central&tabela=T_FORM_E&qdetalhe=his|título= |
Em [[1999]], o grupo lançou o disco ''[[Versos Sangrentos]]'', com batidas fortes e letras de protesto, relacionadas aos temas [[violência]], [[corrupção]], [[fome]], violência policial e a ineficácia do [[governo]]. Ele foi alvo de [[censura]], tendo o disco ido à loja com 15 músicas gravadas e um videoclipe da música "[[Isso aqui é uma Guerra]]", que foi acusada e censurada por apologia ao crime.<ref name="p">{{Citar web|url=http://www.dicionariompb.com.br/detalhe.asp?nome=Fac%E7%E3o+Central&tabela=T_FORM_E&qdetalhe=his|título=Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira|publicado=Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira|acessodata=24 de Agosto de 2014|ultimo=Marcelos|primeiro=Freitas}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.brazil-brasil.com/pages/p09oct00.htm |titulo=Brazil - BRAZZIL - The Censors Are Back - Brazilian Censorship - October 2000 |publicado=Brazil-Brasil |acessodata=07 de Abril de 2010}}</ref> O clipe foi ao ar durante seis meses e chegou a passar na [[MTV]], mas logo foi retirado pelo mesmo motivo.<ref>{{citar web |url=http://mtv.uol.com.br/noticias/independentes:-saiba-como-foram-feitos-os-clipes |titulo=Independentes: saiba como foram feito o clipe (Isso Aqui É Uma Guerra)|publicado=MTV Brasil|acessodata=07 de Abril de 2010}}</ref> Os integrantes afirmaram que não tinha nenhuma apologia no clipe, pois no final um dos bandidos que assaltaram o banco foi morto; com a mensagem de que ''o crime não compensa''. |
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===Após a censura=== |
===Após a censura=== |
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Após a censura do [[videoclipe]] do grupo no disco ''[[Versos Sangrentos]]'', o Facção lançou o álbum ''[[A Marcha Fúnebre Prossegue]]'', que inicia-se com uma introdução à notícia da [[censura]], dada em vários telejornais com os dizeres "Rap que faz apologia ao crime: Facção Central", divulgado no [[Jornal Nacional]] por [[Fátima Bernardes]]. Essa introdução é composta por vários "recortes" de noticiários da televisão brasileira. Após a faixa "Introdução", vem em seguida a faixa "Dia Comum", que conta a história do cotidiano das periferias brasileiras, e, em seguida, a faixa "A Guerra Não Vai Acabar", uma espécie de "carta-resposta" a censura do videoclipe, que inicia-se com uma pesada letra e críticas a promotoria, dizendo "Aí promotor, o pesadelo voltou, censurou o clipe mas a guerra não acabou; ainda tem defunto a cada 13 minutos das cidades entre as quinze mais violentas do mundo", e no refrão da mesma música eles dizem " |
Após a censura do [[videoclipe]] do grupo no disco ''[[Versos Sangrentos]]'', o Facção lançou o álbum ''[[A Marcha Fúnebre Prossegue]]'', que inicia-se com uma introdução à notícia da [[censura]], dada em vários telejornais com os dizeres "Rap que faz apologia ao crime: Facção Central", divulgado no [[Jornal Nacional]] por [[Fátima Bernardes]]. Essa introdução é composta por vários "recortes" de noticiários da televisão brasileira. Após a faixa "Introdução", vem em seguida a faixa "Dia Comum", que conta a história do cotidiano das periferias brasileiras, e, em seguida, a faixa "A Guerra Não Vai Acabar", uma espécie de "carta-resposta" a censura do videoclipe, que inicia-se com uma pesada letra e críticas a promotoria, dizendo "Aí promotor, o pesadelo voltou, censurou o clipe mas a guerra não acabou; ainda tem defunto a cada 13 minutos das cidades entre as quinze mais violentas do mundo", e no refrão da mesma música eles dizem "Pode censurar, me prender, me matar, não é assim promotor que a guerra vai acabar" |
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. Outras críticas seguem no decorrer do álbum e nelas se destacam A Marcha Fúnebre Prossegue, Desculpa Mãe.<ref>{{cite web |url=http://observatoriodacensura.blogspot.com/2006/06/grupo-de-rap-brasileiro-foi-censurado.html |title= |
. Outras críticas seguem no decorrer do álbum e nelas se destacam A Marcha Fúnebre Prossegue, Desculpa Mãe.<ref>{{cite web |url=http://observatoriodacensura.blogspot.com/2006/06/grupo-de-rap-brasileiro-foi-censurado.html |title=Observatório da Censura|publisher=Observatorio da Censura |accessdate=07 de Agosto de 2010}}</ref> Mais dois discos foram lançados depois de ''[[A Marcha Fúnebre Prossegue]]'': ''[[Direto do Campo de Extermínio]]'' e ''[[O Espetáculo do Circo dos Horrores]]''. |
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===Saída de Eduardo=== |
===Saída de Eduardo=== |
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⚫ | No dia [[18 de Março]] de [[2013]], [[Carlos Eduardo Taddeo|Eduardo]] postou um vídeo no YouTube informando que, devido a algumas desavenças, não fazia mais parte do grupo. Sendo assim, deixando claro para os fãs que não irá abandonar o [[Rap]], e ainda vai ter uma longa caminhada nessa estrada, relatando os problemas podres de nossa nação. |
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No dia 18/03/2013, [[Carlos Eduardo Taddeo|Eduardo]] postou um vídeo no YouTube informando que, devido a algumas desavenças, não fazia mais parte do grupo. |
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=== Curto período com Moysés === |
=== Curto período com Moysés === |
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O intérprete e compositor [[Moysés]] ingressou ao Facção Central logo após a saída de [[Carlos Eduardo Taddeo]], em [[2013]]. Durante seu período no grupo foram gravadas duas músicas e em pareceria com os [[Racionais MC's|Racionais Mc's]]<ref>{{citar web|URL = http://www.obaoba.com.br/evento/shows/racionais-mcs-e-faccao-central-espaco-victory-10-05-2014|título = Comemoração dos 25 Anos dos Racionais MC's - Facção Central um dos Convidados|data = |acessadoem =|autor = |publicado = Oba-Oba }}</ref><ref>{{citar web|URL = http://www.zonasuburbana.com.br/eventos/racionais-mcs-faccao-central-zrm-no-espaco-victory/|título =Espaço Victory apresenta Racionais MC’s, Facção Central e ZRM|data = |acessadoem = 19 de Julho de 2014 |autor = |publicado = Zona Suburbana}}</ref> que estavam comemorando 25 anos de carreira se apresentou com [[Dum-Dum]].<ref>{{cite web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2511200613.htm|title=Facção Central, prêmio - 2009 no Hútuz|publisher='''Folha de S. Paulo'''|accessdate=07 de Julho de 2014}}</ref> em um show na Zona Leste de [[São Paulo]]. E no dia [[4 de agosto]] de [[2014]], anunciou seu desligamento alegando: ''"Minha decisão por sair do grupo foi tomada após eu entender que a forma que eu enxergo a guerra é diferente da forma que o meu mano [[Dum-Dum]] a enxerga, cada um tem sua visão sobre a opressão"''.<ref>{{citar periódico|ultimo = |primeiro = |titulo =Moysés anunciou sua saída do Facção Central|jornal =Rap Nacional|doi = |url = http://rapnacional.virgula.uol.com.br/moyses-anuncia-sua-saida-do-grupo-faccao-central/|acessadoem = 04 de Agosto de 2014}} |
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O intérprete e compositor [[Moysés]] ingressou ao Facção Central logo após a saída de [[Carlos Eduardo Taddeo]], em 2013. |
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Durante seu período no grupo foram gravadas duas músicas e em pareceria com os [[Racionais MC's|Racionais Mc's]] que estavam comemorando 25 anos de carreira se apresentou com [[Dum-Dum]]<ref>{{cite web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2511200613.htm|title=''Facção Central vence, prêmio -2009 no Hútuz''|publisher=''www1.folha.uol.com.br''|accessdate=2014-01-07 }}</ref> em um show na Zona Leste de [[São Paulo]]. |
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E no dia [[4 de agosto]] de [[2014]], anunciou seu desligamento alegando: "Minha decisão por sair do grupo foi tomada após eu entender que a forma que eu enxergo a guerra é diferente da forma que o meu mano [[Dum-Dum]] a enxerga, cada um tem sua visão sobre a opressão".<ref>{{citar periódico|ultimo = |primeiro = |titulo = ''Moysés anunciou sua saída do Facção Central''|jornal = ''Portal Rap Nacional''|doi = |url = http://rapnacional.virgula.uol.com.br/moyses-anuncia-sua-saida-do-grupo-faccao-central/|acessadoem = 04/08/2014}} |
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</ref> Hoje [[Dum-Dum]] carrega o nome do Facção como único rapper do grupo. |
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|''Melhores grupos ou artistas solo da década'' |
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== Curiosidades == |
== Curiosidades == |
Revisão das 02h51min de 2 de outubro de 2015
Facção Central | |
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Tipografia utilizada pelo grupo nos seus álbuns mais recentes. | |
Informação geral | |
Origem | São Paulo, SP |
País | Brasil |
Gênero(s) | Rap, Horrorcore, Polítical rap, Hip hop, gangsta rap, Polítical Hip hop |
Período em atividade | 1989 - Atualmente |
Gravadora(s) | SKY Blue Music |
Afiliação(ões) | A286, Detentos do Rap, Realidade Cruel, Trilha Sonora do Gueto, Racionais MC's, Consciência Humana, Rapa da Godoy, Mano Brown, Sabotage, Ro$$i, Edi Rock, DJ Cia, Negredo, RZO, Reinaldo, Ivan, Pavilhão 9, Cascão, KL Jay |
Integrantes | Dum-Dum[1] |
Facção Central[2][3] é um grupo brasileiro de rap, formado na cidade de São Paulo no ano de 1989. O grupo de rap alcançou enorme repercussão devido ao forte conteúdo de suas letras e até a prisão de seus integrantes após a veiculação do clipe "Isso aqui é uma Guerra".[4] [5]
História
Formação
O grupo foi formado em 31 de maio de 1989[6], na região central de São Paulo (Glicério, Cambuci e Ipiranga), sendo inicialmente integrado por Nego. Jurandir e Nego deixaram o grupo, sendo substituídos por Dum-Dum e Eduardo de 1997 para 1998 Dj garga deixou o grupo e Erick 12 o substituiu,mas o mesmo também abandonou o grupo.
Nascidos e criados em cortiços, os componentes Eduardo (compositor/intérprete) e Dum-Dum (intérprete) conviveram desde a infância com violência social, tráfico de drogas, vícios, violência policial, delegacias e presídios. Um passado violento transformado em fonte de inspiração e traduzido em composições contundentes que relatam a realidade cotidiana das camadas mais baixas da sociedade, além de criticar duramente aqueles que, na visão do compositor Eduardo, seriam os causadores dos problemas discutidos nas letras das canções.[7]
Postura
Ameaças policiais por telefone, censuras de algumas rádios, prisões pelo conteúdo de algumas letras e até mesmo a proibição de veiculação na televisão brasileira do videoclipe "Isso aqui é uma Guerra", considerado pelas autoridades como apologia ao crime, são algumas das consequências decorrentes da postura do grupo. Outros exemplos da postura do grupo são o lírico das músicas.
O grupo tem um estilo musical próprio: agressivo, violento, as letras do grupo seguem um violento estilo, entretanto racional. O grupo utiliza a linguagem da periferia (gírias) e a linguagem formal. Também é comum o grupo utilizar partes de músicas clássicas para iniciarem sua músicas. A religião se faz presente como mediadora, uma metáfora para a violência da Terra, como em "Deus Anda de Blindado" (uma alusão à música de 1996 do grupo Pavilhão 9, "Se Deus Vier, Que Venha Armado").
Censura
Em 1999, o grupo lançou o disco Versos Sangrentos, com batidas fortes e letras de protesto, relacionadas aos temas violência, corrupção, fome, violência policial e a ineficácia do governo. Ele foi alvo de censura, tendo o disco ido à loja com 15 músicas gravadas e um videoclipe da música "Isso aqui é uma Guerra", que foi acusada e censurada por apologia ao crime.[5][8] O clipe foi ao ar durante seis meses e chegou a passar na MTV, mas logo foi retirado pelo mesmo motivo.[9] Os integrantes afirmaram que não tinha nenhuma apologia no clipe, pois no final um dos bandidos que assaltaram o banco foi morto; com a mensagem de que o crime não compensa.
Após a censura
Após a censura do videoclipe do grupo no disco Versos Sangrentos, o Facção lançou o álbum A Marcha Fúnebre Prossegue, que inicia-se com uma introdução à notícia da censura, dada em vários telejornais com os dizeres "Rap que faz apologia ao crime: Facção Central", divulgado no Jornal Nacional por Fátima Bernardes. Essa introdução é composta por vários "recortes" de noticiários da televisão brasileira. Após a faixa "Introdução", vem em seguida a faixa "Dia Comum", que conta a história do cotidiano das periferias brasileiras, e, em seguida, a faixa "A Guerra Não Vai Acabar", uma espécie de "carta-resposta" a censura do videoclipe, que inicia-se com uma pesada letra e críticas a promotoria, dizendo "Aí promotor, o pesadelo voltou, censurou o clipe mas a guerra não acabou; ainda tem defunto a cada 13 minutos das cidades entre as quinze mais violentas do mundo", e no refrão da mesma música eles dizem "Pode censurar, me prender, me matar, não é assim promotor que a guerra vai acabar"
. Outras críticas seguem no decorrer do álbum e nelas se destacam A Marcha Fúnebre Prossegue, Desculpa Mãe.[10] Mais dois discos foram lançados depois de A Marcha Fúnebre Prossegue: Direto do Campo de Extermínio e O Espetáculo do Circo dos Horrores.
Saída de Eduardo
No dia 18 de Março de 2013, Eduardo postou um vídeo no YouTube informando que, devido a algumas desavenças, não fazia mais parte do grupo. Sendo assim, deixando claro para os fãs que não irá abandonar o Rap, e ainda vai ter uma longa caminhada nessa estrada, relatando os problemas podres de nossa nação.
Curto período com Moysés
O intérprete e compositor Moysés ingressou ao Facção Central logo após a saída de Carlos Eduardo Taddeo, em 2013. Durante seu período no grupo foram gravadas duas músicas e em pareceria com os Racionais Mc's[11][12] que estavam comemorando 25 anos de carreira se apresentou com Dum-Dum.[13] em um show na Zona Leste de São Paulo. E no dia 4 de agosto de 2014, anunciou seu desligamento alegando: "Minha decisão por sair do grupo foi tomada após eu entender que a forma que eu enxergo a guerra é diferente da forma que o meu mano Dum-Dum a enxerga, cada um tem sua visão sobre a opressão".[14] Hoje Dum-Dum carrega o nome do Facção como único rapper do grupo.
Discografia
Coletâneas
Álbuns de estúdio
- 1994 - Juventude de Atitude
- 1998 - Estamos de Luto
- 1999 - Versos Sangrentos
- 2001 - A Marcha Fúnebre Prossegue
- 2003 - Direto do Campo de Extermínio
- 2006 - O Espetáculo do Circo dos Horrores
Álbuns ao vivo
Prêmios
Ano | Prêmio | Categoria | Ref |
---|---|---|---|
2003 | Prêmio Hutúz | Música do Ano | [15] |
2003 | Prêmio Hutúz | Álbum do Ano | [16] |
2006 | Prêmio Hutúz | Grupo ou Artista Solo | [17] |
2009 | Prêmio Hutúz | Melhores grupos ou artistas solo da década | [18][19] |
Curiosidades
Eduardo e Wellington (Dum-Dum) são cunhados.
A música eu não pedi pra nascer, do grupo. Contam com as participações da irmã do Eduardo, Silvia. (Que é a mãe que bate no filho, drogada) e o menino é o filho dela (sobrinho de Eduardo)
Referências
- ↑ Ricardo Cravo. «Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 19 de julho de 2005
- ↑ «Entrevista com Facção Central - Hutúz (2006) - prêmios o grupo do ano Facção Central». Zona Suburbana. Consultado em 19 de Julho de 2015
- ↑ «Justiça veta vídeo de rap do grupo Facção Central na MTV». Folha de S.Paulo. Consultado em 07 de Julho de 2014 Verifique data em:
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