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Cher
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Cher na pré-estreia de Burlesque, 2010
Informação geral
Nome completo Cherilyn Sarkisian (nascimento)
Também conhecido(a) como Deusa do Pop
Nascimento 20 de maio de 1946 (77 anos)
Local de nascimento El Centro, Califórnia
 Estados Unidos
Gênero(s) Pop, rock, folk, disco, dance
Ocupação(ões) Cantora, atriz
Instrumento(s) Voz
Extensão vocal Contralto
Período em atividade 1963–presente
Outras ocupações Compositora, produtora musical e cinematográfica, comediante, apresentadora de televisão, modelo, desenhista de moda, dançarina, empresária
Gravadora(s) Warner Bros., WEA, Geffen, Columbia, Casablanca, MCA, Kapp, Atco, Imperial
Afiliação(ões) Sonny & Cher, Sonny Bono, Gregg Allman, Black Rose
Página oficial www.cher.com
Cher
Cherfc/Página de testes
Cher em Good Times (1967)
Outros nomes Bonnie Jo Mason, Cher Bono, Cherilyn La Piere, Cherilyn Sarkisian La Piere, Cheryl Sarkisian, Cleo
Atividade 1965–presente
Cônjuge Gregg Allman (1975–1979)
Sonny Bono (1964–1975)
Oscares da Academia
Melhor atriz
Feitiço da Lua (1988)
Emmys
Melhor especial de variedades, música ou comédia
Cher - The Farewell Tour (2003)
Globos de Ouro
Melhor atriz em televisão - comédia ou musical
The Sonny & Cher Comedy Hour (1974)
Melhor atriz coadjuvante em cinema
Silkwood - O Retrato de uma Coragem (1984)
Melhor atriz em cinema - comédia ou musical
Feitiço da Lua (1988)
Festival de Cannes
Melhor atriz
Marcas do Destino (1985)

Cher (AFI[ˈʃɛər];[1] nascida Cherilyn Sarkisian; El Centro, 20 de maio de 1946) é uma cantora e atriz dos Estados Unidos. Figura vital na cultura popular por mais de cinco décadas, ela é por vezes chamada de "Deusa do Pop" por ter sido pioneira em trazer os conceitos de autonomia feminina e auto-atualização para a indústria do entretenimento. Ela é conhecida por seu característico contralto, por ter trabalhado nos mais variados tipos de mídia e por reinventar continuamente sua música e imagem. Sua figura chamativa também é famosa por induzir controvérsia.

Cher despontou para o estrelato em 1965 como parte da dupla de pop rock Sonny & Cher, popularizando uma característica sonoridade suave que competiu de forma bem-sucedida com a Invasão Britânica e o Motown Sound predominantes na época. Após um período em que a dupla foi ultrapassada pelo surgimento da "cultura das drogas", Cher ressurgiu como uma estrela da televisão na década de 1970 com seus programas The Sonny & Cher Comedy Hour e The Cher Show, que atraíram imensa popularidade. Ao mesmo tempo, ela lançou vários sucessos solo que chegaram ao topo das paradas e lidaram com temas incomuns na música popular, incluindo "Bang Bang (My Baby Shot Me Down)", "Gypsys, Tramps & Thieves", "Half-Breed" e "Dark Lady". Ela também se tornou uma lançadora de tendências de moda com seus figurinos ousados, tendo sido reconhecida como a primeira mulher a mostrar o umbigo na televisão. O impacto de Cher na época, como descrito por Phill Marder da revista Goldmine, "liderou o caminho para o avanço da rebelião feminina no mundo rock", uma vez que ela era "o protótipo da rock star feminina, ditando os padrões de aparência e (...) atitude[.]"[2]

No início da década de 1980, Cher fez uma aclamada estreia na Broadway e atuou no filme Silkwood (br: Silkwood - O Retrato de uma Coragem; pt: Reacção em Cadeia), pelo qual ela foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1983. Nos anos seguintes, ela se consagrou como uma das atrizes de cinema mais aclamadas da década, atuando em sucessos como Mask (br: Marcas do Destino; pt: Máscara), The Witches of Eastwick (br/pt: As Bruxas de Eastwick) e Moonstruck (br: Feitiço da Lua; pt: O Feitiço da Lua), pelo qual ela ganhou o Oscar de melhor atriz em 1988. Ao mesmo tempo, ela se estabeleceu como uma cantora de rock respeitada lançando uma séries de álbuns bem-sucedidos e hits como "I Found Someone", "If I Could Turn Back Time" e "The Shoop Shoop Song (It's in His Kiss). Na década de 1990, ela fez sua estreia como diretora de cinema em If These Walls Could Talk (br: O Preço de Uma Escolha; pt: Perseguidas; 1996) e lançou o single mais vendido de sua carreira, "Believe", que revolucionou a indústria musical graças ao uso inédito do Auto-Tune (também conhecido como "Efeito Cher"). Ao longo da década de 2000, ela embarcou em uma série de turnês que figuraram entre as mais bem-sucedidas da história.

Segundo o biógrafo Mark Bego, "ninguém na história do show business teve uma carreira com a magnitude e o alcance da [carreira] de Cher." Ela ganhou um Oscar, um Grammy, um Emmy, três Globos de Ouro e o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes, entre outros, por seu trabalho no cinema, na música e na televisão. Ela é a única pessoa na história a receber todos esses prêmios.[3] Reconhecida como uma das artistas mais bem-sucedidas de todos os tempos, Ela vendeu mais de 100 milhões de álbuns solo em todo o mundo e 40 milhões de gravações como Sonny & Cher.[4] Ela é a mulher mais velha (aos 52 anos) a ter uma canção em primeiro lugar na parada musical mais importante do planeta, o Hot 100, e é a única artista a alcançar o primeiro lugar nas paradas da Billboard em cada uma das últimas seis décadas.

Vida e carreira[editar | editar código-fonte]

Infância[editar | editar código-fonte]

Cherilyn Sarkisian nasceu na cidade norte-americana de El Centro, Califórnia, em 20 de maio de 1946. Seu pai, o caminhoneiro armênio John Sarkisian, era viciado em drogas e jogos de azar. Ele se divorciou da mãe de Cherilyn, a aspirante a modelo e atriz Jackie Jean Crouch, de ascendência irlandesa, inglesa, alemã e cherokee, quando ela tinha apenas dez meses de idade, deixando-as na miséria. Cher é como ela passou a ser chamada pela família em seus primeiros anos de vida. Sua mãe casou oito vezes; Georganne, a meio-irmã de Cher, é filha de John Southall, o terceiro marido de Crouch e a quem Cher considera seu verdadeiro pai. Sempre que sua mãe se divorciava, a família de Cher mudava de cidade e via sua situação financeira piorar. Sem muitas opções, Crouch colocou Cher temporariamente em um orfanato, mudou de nome para Georgia Holt e tentou a sorte como atriz de figuração enquanto trabalhava como garçonete. Por muito tempo, as freiras do orfanato se recusaram a devolver Cher à sua mãe e tentaram colocá-la para adoção, uma experiência traumática para as duas.

Cher nos anos 50

Cher chamou a atenção da família e dos professores ao produzir, aos nove anos de idade, uma apresentação do musical Oklahoma!. Ela organizou um grupo de garotas, criou as coreografias e as dirigiu; como não conseguia convencer os garotos a participar, ela interpretou todos os papéis masculinos, demonstrando sua já característica voz grave. Cher era fascinada por estrelas de cinema, mas cresceu frustrada por não ser loira como a mãe e meio-irmã e por não haver um ícone de cabelos pretos na Hollywood da época em quem ela pudesse se espelhar. Após ver o filme Bonequinha de Luxo (1961), ela passou a desenvolver seu estilo e personalidade inspirada na personagem excêntrica, rebelde e morena de Audrey Hepburn.

Em 1961, Holt casou com o banqueiro Gilbert LaPiere, que adotou Cher e sua meio-irmã e as matriculou na escola de elite Montclair Prep. Cher, que havia visto a pobreza de perto, encarou a ascenção social como um desafio. Sua personalidade forte e aparência exótica chamaram a atenção dos alunos, todos de famílias muito ricas, e ela logo se destacou como uma das alunas mais populares do colégio. Seu comportamento desafiava as normas: ela costumava se apresentar para os colegas cantando músicas e vestindo um top que mostrava o umbigo, sendo a primeira garota da escola a fazer isso. Ela não estava entre as melhores estudantes, mas era considerada criativa e inteligente; mais tarde, ela se descobriria portadora de dislexia. Apesar de não se achar atraente ou talentosa, Cher tinha um sonho recorrente: ser famosa ("eu nunca me dei bem com a escola. Eu estava sempre pensando em como seria quando eu ficasse grande e famosa", ela disse).

Anos 60[editar | editar código-fonte]

Cher em 1967

Decidida a realizar o sonho de se tornar uma estrela de cinema, Cher abandonou a escola e a casa aos 16 anos e foi morar em Los Angeles com uma amiga. Ela pulou de emprego em emprego para se sustentar, chegando a dançar em clubes e a se apresentar para empresários e agentes, sempre em busca de novos contatos e testes. Em 1962, ela conseguiu emprego como governanta na casa do aspirante a celebridade Sonny Bono, 11 anos mais velho. Os dois se envolveram e casaram dois anos depois. Sonny apresentou Cher ao produtor musical Phil Spector, que a usou como vocal de apoio em sucessos de outros artistas. Impressionado com a capacidade vocal de Cher (embora ela não concordasse), Spector produziu para ela o compacto "Ringo, I Love You" (lançado sob o pseudônimo de Bonnie Jo Mason), uma declaração de amor a Ringo Starr, dos Beatles. O vozeirão grave da jovem fez a sociedade conservadora da época achar que se tratava de um homem se declarando para outro homem. Seu primeiro álbum solo, All I Really Want to Do (1965), foi recebido com elogios dos integrantes do the Byrds e de Bob Dylan.

Uma estrela em ascenção, Cher virou a galinha dos ovos de ouro de Sonny, e este, aproveitando-se do medo de palco da esposa, uniu-se musicalmente a ela com a dupla Sonny & Cher. Aconselhados pelos amigos do grupo Rolling Stones ("eles disseram que os americanos não seriam capazes de nos entender", disse Cher), a dupla tentou a sorte no Reino Unido em julho de 1965. Deu certo: o incidente em que eles foram expulsos de um famoso hotel por causa de suas roupas causou estardalhaço e contribuiu para o sucesso da música "I Got You Babe", um dos clássicos mais adorados da década. Assim que "Babe" tirou os Beatles do topo das paradas britânicas, as jovens inglesas passaram a imitar o estilo de Cher: cabelos lisos e pintados de preto, calças boca-de-sino e casacos de pele. A dupla ganhou status de febre juvenil em sua volta aos Estados Unidos, lotando as maiores arenas do país. Vários hits se seguiram, incluindo "The Beat Goes On" (regravada por Britney Spears em seu álbum de estreia), empatando a dupla com Elvis Presley e os Beatles como os únicos artistas a emplacar cinco músicas entre as 20 mais tocadas da Billboard ao mesmo tempo. A carreira solo de Cher não ficou para trás, com três grandes álbuns lançados entre 1966 e 1968 (incluindo o elogiadíssimo With Love, Chér, que a colocou no mesmo patamar de Dusty Springfield e Petula Clark) e o estrondoso sucesso de "Bang Bang (My Baby Shot Me Down)", canção com influências ciganas regravada por Nancy Sinatra e redescoberta pela trilha sonora do filme Kill Bill (2003).

Os tempos mudaram, e os 40 milhões de álbuns que Sonny e Cher haviam vendido foram soterrados pela propagação das drogas e da liberdade sexual entre os jovens. Apesar do revolucionário estilo andrógino e de terem contribuído para a aceitação dos hippies na sociedade, Sonny e Cher eram vistos como antiquados pela nova geração. Ignorando a vontade de Cher, que queria se adaptar à sonoridade psicodélica das novas bandas, Sonny inseriu a dupla em uma série de enrascadas. A mais famosa delas foi o filme Chastity (1969), produzido por ele mesmo e estrelado por Cher, cujo fracasso rendeu ao casal uma dívida de mais de 300 mil dólares. A Imperial Records demitiu Sonny em 1969, deixando Cher livre para mostrar as influências da soul music no álbum 3614 Jackson Highway, um dos melhores de sua carreira. Chateado com a dispensa, Sonny não deixou a esposa divulgar o trabalho. Com uma filha recém-nascida (Chastity Bono, 1969) para criar e com a carreira reduzida ao circuito de barzinhos em Las Vegas, Cher estava furiosa. Os shows da dupla, idealizados por Sonny, eram constantemente vaiados. Cher vaiava de volta; se Sonny a censurasse, ela o vaiava também. Não demorou para que o comportamento inusitado da estrela atraísse cada vez mais público e chamasse a atenção das emissoras de televisão.

Anos 70[editar | editar código-fonte]

Cher cantando com David Bowie em seu programa de TV, Cher (1975)

Após proposta da CBS, Cher e Sonny estrearam na TV em 1971 com o Sonny & Cher Comedy Hour. Mistura de musical e sitcom, o programa atraía 30 milhões de telespectadores semanalmente graças ao senso de humor de Cher, que fazia piadas em relação ao visual extravagante de Sonny e à sua baixa estatura, ao estilo alta-costura da cantora, copiado à exaustão pelas mulheres. Com a atração veio o sucesso da música "Gypsys, Tramps & Thieves", primeiro compacto solo de Cher a chegar ao topo do Hot 100 da Billboard (barrando "Imagine", de John Lennon). Na sequência, atingiram a primeira posição os clássicos "Half-Breed" (sobre o preconceito sofrido pela filha de uma índia cherokee e um homem branco) e "Dark Lady", arrancando da Billboard elogios como "uma das maiores e mais consistentes fabricantes de sucessos da história". Álbuns como Gypsys, Tramps & Thieves (1971), Bittersweet White Light (1973) e Dark Lady (1974) demonstram a evolução de suas interpretações vocais, cada vez mais confiantes.

Se Sonny e Cher eram o casal mais bem-sucedido do showbizz e estrelavam o programa preferido da família americana, as coisas não iam tão bem em sua vida pessoal: ele a traía desde a gravidez de Chastity. Em 1972, Cher decidiu se separar de Sonny. Ele concordou, contanto que continuassem morando na mesma casa e mantendo as aparências para a imprensa — tudo para que a credibilidade do programa de TV fosse mantida. Em 1974, Cher entrou com pedido de divórcio e processou Sonny por controlar toda a fortuna do casal. Os dois brigaram nos tribunais pela guarda de Chastity, que foi dada a Cher. Durante o processo de divórcio, ela se envolveu com o executivo musical David Geffen, responsável por livrá-la do contrato escravatório que a obrigava a trabalhar apenas para a companhia Cher Enterprises, gerenciada por Sonny. Sem Cher, ele renomeou o Sonny & Cher Comedy Hour para The Sonny Comedy Revue, cancelado após seis semanas. No mesmo ano, Cher ganhou o Globo de Ouro por sua atuação no programa com o ex.

Cher retornou à TV em 1975 com um programa solo, intitulado apenas Cher. Focado em suas músicas, monólogos, esquetes, variação de roupas (a maior para um programa de TV semanal) e duetos com os maiores nomes da música popular (incluindo David Bowie, Elton John, The Jackson 5, Ray Charles e Tina Turner), o programa foi um sucesso de crítica e público. Cher, todavia, se mostrava cada vez mais cansada da rotina de shows, gravações de discos e TV, optando por reunir-se profissionalmente com Sonny no programa The Sonny and Cher Show. A cantora, que havia se casado com o roqueiro Gregg Allman três dias após a finalização do divórcio de Sonny, estava grávida durante a estreia da atração, causando estranhamento no público. Para completar o turbilhão de notícias relacionadas à sua vida pessoal, ela estava frequentemente se separando e voltando com Allman devido ao vício dele em drogas — a primeira separação ocorreu nove dias após o casamento, um escândalo. O filho do casal, Elijah Blue Allman, nasceu em 1976. Eles divorciaram três anos depois.

Com a vida pessoal exposta na capa da revista mais importante do mundo, Time, e a carreira na TV fora dos trilhos, Cher fechou um contrato de 2,5 milhões de dólares com a Warner Bros. Records e lançou seu magnum opus: Stars (1975). Apesar de trazer interpretações à flor da pele e primorosos arranjos de rock, o trabalho foi ofuscado pela vida pública da cantora e acabou sendo incompreendido na época de lançamento, assim como tudo que ela lançou pela Warner até o final do contrato. Mãe solteira e desempregada, Cher se reergueu através da febre da disco music, assinando com a Casablanca Records em 1979 e lançando clássicos das pistas de dança como "Take Me Home" (regravada por Sophie Ellis-Bextor) e "Hell on Wheels" — o último ajudou a popularizar a febre da patinação sobre rodas do final da década. A cantora apareceu semi-nua na capa dos álbuns Take Me Home (como uma guerreira viquingue) e Prisoner (como uma escrava sexual ou "prisioneira da imprensa"), causando controvérsia entre grupos feministas. Também causou polêmica seu romance com Gene Simmons, da banda Kiss, em 1979. A fase de afirmação pessoal foi marcada pela troca legal de nome: de Cherilyn Sarkisian LaPiere Bono Allman para Cher, o único nome que ela carrega em todos os seus documentos.

Anos 80[editar | editar código-fonte]

Em 1988, Cher arriscou suas fichas num passo em falso: a banda Black Rose. Consciente de que era uma das mulheres mais famosas da América, ela quis começar do zero, cortando os famosos cabelos longos e pintando-os de amarelo, verde e rosa. Apesar de todos os esforços, ela era facilmente reconhecida onde quer que fosse, contribuindo para que a banda fosse tida como uma piada pela crítica ("eles não atacaram a banda, eles me atacaram. Era tipo: "como ela se atreve a cantar rock?", relembrou Cher). A banda se separou em 1981, mas Cher ainda estava no topo do mundo pop com seu espetáculo fixo em Las Vegas, pelo qual ela ganhou 300 mil dólares por semana. Se ao vivo a cantora quebrava recordes de público, a situação no mercado fonográfico era desanimadora: I Paralyze (1982), seu álbum new wave, foi um grande fracasso.

Se aproximando dos 20 anos de carreira e 40 de idade, era dada a Cher a confortável opção de fazer shows em Vegas até a velhice. Ela abriu mão do salário milionário e se mudou para Nova Iorque para estudar atuação — ela ainda queria se tornar atriz. A situação não poderia ser mais desfavorável: se no mundo pop o glamour de Cher a consagrara como a rainha do espetáculo, seu estilo extravagante era considerado uma piada de mau gosto em Hollywood. Cher ouviu que estava velha demais para começar a atuar e que precisaria de um segundo nome para tentar a sorte no cinema. Não deu ouvidos, e em pouco tempo estava atuando na produção da Broadway Come Back to the Five and Dime, Jimmy Dean, Jimmy Dean. O diretor Robert Altman a escalou para o elenco da versão cinematográfica, que rendeu a ela uma indicação ao Globo de Ouro e o convite para atuar como namorada da personagem de Meryl Streep em Silkwood - O Retrato de uma Coragem. Cher, que foi disfarçada à pré-estreia do filme, viveu um dos momentos mais difíceis de sua carreira quando a plateia riu enquanto seu nome era exibido nos créditos iniciais. A reação do público mudou ao final do filme, e assim aconteceu com a crítica: por seu desempenho intocável, Cher recebeu sua primeira indicação ao Oscar, como melhor atriz coadjuvante, e ganhou seu segundo Globo de Ouro.

Marcas do Destino (1985), o primeiro sucesso de Cher como atriz principal, a trouxe como uma motociclista viciada em drogas e mãe de um garoto com grave deformidade física, história baseada em fatos reais. Apesar de ter ganhado o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes pelo papel, Cher foi ignorada pelo Oscar graças ao seu comportamento rebelde — durante as gravações do filme, ela brigou com o diretor Peter Bogdanovich por confundi-la com sua personagem e tratá-la como tal. Para mostrar seu desprezo pelo "sistema", ela foi à cerimônia do Oscar de 1986 vestida como uma aranha, roubando todos os holofotes da premiação. A atriz estrelou uma bem-sucedida trinca de filmes em 1987: o suspense Sob Suspeita, como uma advogada; a comédia As Bruxas de Eastwick, como uma divorciada que se envolve com o diabo (Jack Nicholson); e a comédia romântica Feitiço da Lua, como uma viúva apaixonada pelo irmão do noivo (Nicolas Cage). Os dois últimos filmes figuraram entre os dez mais vistos de 1987, e Feitiço deu a ela o Oscar de melhor atriz. Ovacionada durante o discurso de aceitação do prêmio, ela fora finalmente aceita não apenas como membro da comunidade de Hollywood, mas como um de seus mais importantes. Entre as colegas que se mostraram orgulhosas estavam Meryl Streep e Audrey Hepburn.

Decidida a voltar à cena musical em grande estilo, Cher recrutou os membros do Bon Jovi para produzir Cher (1987), o álbum que a estabeleceu como rockstar após anos de tentativas e que deu início à sequência de sucessos mais impressionante de sua carreira. As canções "I Found Someone" e "We All Sleep Alone" colocaram a cantora de 42 anos em alta rotatividade na MTV. Sucesso na música, no cinema e na TV, Cher também era a preferida das revistas de fofoca, que escandalizavam suas tatuagens, cirurgias plásticas, roupas exibicionistas e romances com homens mais novos, incluindo os atores Tom Cruise e Val Kilmer, o guitarrista Richie Sambora e o padeiro Rob Camilletti. O último, 20 anos mais novo, enfrentou os tribunais após atropelar um paparazzo que invadia a casa de Cher, servindo de cena para o clipe de "Heart of Stone", de 1989. O álbum de mesmo nome vendeu 11 milhões de cópias e emplacou os sucessos número um nas paradas adultas da Billboard "After All" e "If I Could Turn Back Time". No clipe do último, a cantora dança num navio de guerra em frente a uma multidão de marinheiros vestindo um colã transparente e um maiô que revela uma tatuagem de borboleta em suas nádegas — suficiente para torná-lo o primeiro clipe da história a ser censurado pela MTV.

Anos 90[editar | editar código-fonte]

Cher se apresentando em 1996

Cher ganhou controle criativo no filme Minha Mãe É uma Sereia (1990), escolhendo diretor, atrizes coadjuvantes (as novatas Winona Ryder e Christina Ricci) e alterando aspectos do roteiro original. Além do cachê de quatro milhões de dólares, ela contribuiu para a trilha sonora com o sucesso "The Shoop Shoop Song (It's in His Kiss)", número um no Reino Unido durante cinco semanas. O álbum Love Hurts (1991), inspirado pelas desilusões amorosas que ela havia vivido recentemente, passou seis semanas em primeiro lugar no Reino Unido e vendeu dez milhões de cópias. Produziu vários sucessos, entre eles "Love Hurts" (da trilha sonora da novela Vamp). No rastro do sucesso, a coletânea Cher's Greatest Hits: 1965-1992 atingiu a primeira posição no Reino Unido por sete semanas. Em meio a álbuns e filmes, Cher encontrou tempo para administrar negócios, lançando a fragrância Uninhibited (que gerou 15 milhões de dólares em vendas em 1988), o livro de exercícios Forever Fit (que vendeu em torno de 100 mil cópias em um ano) e a série de vídeos de exercícios CherFitness. Ela percorreu o mundo com as turnês Heart of Stone Tour (1989–1990) e Love Hurts Tour (1992), antes de se afastar dos palcos para tratar o vírus Epstein Barr e a síndrome da fadiga crônica que havia adquirido recentemente.

Num ataque de boa vontade, Cher se ofereceu para endossar uma linha de produtos para cabelos de um então amigo seu. Os infomerciais viraram alvo de chacota em programas como o Saturday Night Live, e alguns críticos declararam que sua carreira no cinema estava morta. Com a doença tratada e pronta para recuperar o prestígio, Cher recomeçou pela música: a canção "Love Can Build a Bridge", com Neneh Cherry, Chrissie Hynde e Eric Clapton, chegou ao primeiro lugar nas paradas britânicas, e uma nova versão de "I Got You Babe" com os personagens do cartoon Beavis and Butt-Head virou febre na MTV. Com o álbum It's a Man's World (1995), Cher trouxe o conceito de regravar músicas compostas por homens sob o ponto de vista feminino. A voz forte, porém controlada, aliada às batidas do hip hop agradou à crítica e aos fãs de música, que ergueram "One by One" às dez mais tocadas no Reino Unido. Fiel, Mas Nem Tanto (1996), seu primeiro filme desde o fiasco dos infomerciais, foi um fracasso. Apesar de sua atuação ter sido elogiada, ela se recusou a promover o filme por achá-lo um desastre. A volta por cima ainda estava por vir: em O Preço de uma Escolha (1996), uma saga de três atos sobre o aborto, Cher fez sua estreia como diretora de cinema e também atuou, ganhando uma indicação ao Globo de Ouro. O projeto, estrelado por Demi Moore, atraiu a maior audiência de um filme feito pela HBO.

Cher fez um discurso tocante no funeral de Sonny Bono, que morreu em um acidente de esqui em 1998. Apesar de estarem separados há mais de vinte anos, a cantora se mostrou profundamente abalada com a morte do ex-marido. Ela incluiu esse episódio como um capítulo à parte em seu livro de memórias The First Time (1998). Ela declarou não se importar com os críticos que a chamaram de oportunista por isso: "Eu não posso ignorar [a morte de Sonny]. Eu ignoraria se eu me importasse mais com o que as pessoas pensam do que com o que é certo." Sonny e Cher receberam uma estrela na Calçada da Fama por seu trabalho na televisão.

Em sua próxima reinvenção, Cher conquistou o inconquistável: um sucesso arrebatador aos 52 anos de idade. "Believe" introduziu a cantora à nova geração de clubbers, lançou a moda do auto-tune como efeito vocal e fez história: número um em mais de 25 países, 11 milhões de cópias vendidas, compacto mais vendido do mundo por dois anos seguidos (1998 e 1999, barrando o tema de Titanic "My Heart Will Go On") e single mais vendido por uma cantora solo na história do Reino Unido. Foi trilha sonora da novela Suave Veneno. Tamanho sucesso tornou inevitável o reconhecimento do Grammy, que a premiou pela primeira vez após quatro décadas de omissão e negligência à sua obra. Agora consagrada como diva da dance music, Cher teve seu catálogo revisitado à exaustão por pessoas de todas as idades que só agora descobriam nela um ícone camaleônico da cultura pop. Uma nova geração de fãs atônitos fizeram da Do You Believe? Tour um dos shows mais lucrativos de 1999, com todas as datas esgotadas. Homenageada por premiações do mundo todo, Cher viu a então promessa da música pop Britney Spears homenageá-la no World Music Awards de 1999, vestindo-se como ela nos anos 60 e cantando "The Beat Goes On", um de seus maiores clássicos. Seu adorável desempenho em Chá com Mussolini (1999) estendeu a grandiosidade de sua volta por cima às telas de cinema, colecionando críticas positivas.

Anos 2000[editar | editar código-fonte]

Cher se apresentando na Living Proof: The Farewell Tour em 2004

O sucessor do multi-platinado Believe não poderia ser mais arriscado: Not.com.mercial (2000) fora gravado seis anos antes e rejeitado pelas gravadoras por não ter apelo comercial. Preferida da geração internet ("Believe" esteve entre as dez músicas mais baixadas da rede por cinco anos consecutivos), Cher disponibilizou o projeto apenas em seu site. O álbum, composto pela própria, explora temas polêmicos como a Guerra do Vietnã, a morte de Kurt Cobain e a corrupção na Igreja Católica; insatisfeitos, líderes de igreja registraram denúncias. Inteiramente voltado para as pistas, o álbum Living Proof (2001) se diferenciou por suas letras socialmente conscientes; "Song for the Lonely" foi dedicada "às pessoas corajosas de Nova Iorque" após os ataques de 11 de setembro de 2001. Faixas do álbum ganharam os clubes do mundo todo em suas versões remixadas, e Cher foi premiada pelo Billboard Music Awards como a artista dance de 2002. Colhendo os louros do sucesso, sua fortuna foi estimada em 600 milhões de dólares.

Cher deu início à Living Proof: The Farewell Tour em 2002, anunciando-a como a última turnê de sua carreira, embora tenha prometido gravar novos álbuns e filmes. O show, uma grandiosa retrospectiva de sua história contada pela própria, apresentou a cantora de 56 anos de idade em plena forma, entoando seus maiores sucessos e encarnando cada persona que apresentou ao público em 40 anos de estrada. Prevista para 49 shows, a turnê foi prorrogada inúmeras vezes devido à grande demanda de ingressos. O especial de TV Cher - The Farewell Tour, exibido em 2003 pela NBC, foi o show mais visto do ano, atraindo 17 milhões de telespectadores, e deu a Cher seu primeiro Emmy após dezenas de indicações. A coletânea dupla The Very Best of Cher (2003) chegou à quarta posição na Billboard (um grande feito para um álbum sem músicas inéditas) e recebeu certificado duplo de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA). Cher não se importou em tirar sarro de si mesma no filme Ligado em Você (2003), com Matt Damon, aparecendo na cama com um namorado pré-adolescente. A Farewell Tour terminou em 2005 como a turnê mais lucrativa por uma cantora da história, recorde registrado na edição de 2007 do Guinness Book.

Após três anos longe dos holofotes, Cher retomou o posto de rainha de Las Vegas em 2008 com um contrato faraônico com o Caesars Palace. Recebendo mais de um milhão de dólares por semana ao longo de três anos, ela apresentou no teatro Colosseum o espetáculo mais tecnológico de sua carreira, contando com um holograma de si mesma, um dueto virtual com Sonny, um cenário diferente para cada música e 17 figurinos. Não se tratava apenas de um show, mas de um exercício de conhecimentos gerais da cultura pop, um luxuoso desfile de moda e uma amostra do que foi a música popular na última metade de século apresentada por um de seus maiores nomes.

Anos 2010[editar | editar código-fonte]

Cher retornou às telonas no musical Burlesque (2010), interpretando a dona de um clube burlesco a quem a personagem de Christina Aguilera tenta impressionar. A cantora interpretou duas das oito músicas presentes na trilha sonora do filme. Uma delas, "You Haven't Seen the Last of Me", ganhou a maioria dos prêmios relacionados ao longa, incluindo o Globo de Ouro de melhor canção original (dado à autora Diane Warren). Cher emprestou sua voz à animação O Zelador Animal em 2011. No ano seguinte, ela começou a trabalhar em seu primeiro álbum de estúdio em mais de uma década. Entre os anúncios que ela fez durante o ano estão uma turnê mundial, provisoriamente intitulada Never Can Say Goodbye Tour, e um musical da Broadway baseado em sua vida, no qual ela também pode atuar. Em 22 de novembro de 2012, Cher tornou pública a música "Woman's World", que estará presente em seu novo álbum de inéditas, anunciado para 2013.

Discografia[editar | editar código-fonte]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Cinema
Ano Título Título em português Papel Notas
1965 Wild on the Beach Ela mesma Participação especial
1967 Good Times Ela mesma
1969 Chastity Chastity
1982 Come Back to the Five and Dime, Jimmy Dean, Jimmy Dean br: James Dean, o Mito Sobrevive; pt: Volta Jimmy Dean, Volta para Nós Sissy Indicada — Globo de OuroMelhor atriz coadjuvante em cinema
Segundo lugar — Los Angeles Film Critics Association Award – Melhor atriz coadjuvante
1983 Silkwood br: Silkwood - O Retrato de uma Coragem; pt: Reacção em Cadeia Dolly Pelliker Globo de Ouro – Melhor atriz coadjuvante em cinema
Indicada — BAFTA – Melhor atriz coadjuvante
Indicada — OscarMelhor atriz coadjuvante
1985 Mask br: Marcas do Destino; pt: Máscara Florence 'Rusty' Dennis Festival de CannesPrêmio de interpretação feminina Empatado com Norma Aleandro por La Historia Oficial
Indicada — Globo de Ouro – Melhor atriz em filme dramático
1987 Suspect br/pt: Sob Suspeita Kathleen Riley
1987 Witches of Eastwick, TheThe Witches of Eastwick br/pt: As Bruxas de Eastwick Alexandra Medford
1987 Moonstruck br: Feitiço da Lua; pt: O Feitiço da Lua Loretta Castorini David di Donatello – Melhor atriz estrangeira
Globo de Ouro – Melhor atriz em cinema - comédia ou musical
Italian National Syndicate of Film Journalists – Melhor atriz em filme estrangeiro Empatado com Stéphane Audran por Babettes gæstebud
Kansas City Film Critics Circle Award – Melhor atriz
Oscar – Melhor atriz
Indicada — BAFTA – Melhor atriz
Indicada — Sant Jordi Award – Melhor atriz estrangeira
1990 Mermaids br: Minha Mãe É uma Sereia; pt: A Minha Mãe É uma Sereia Rachel Flax
1992 Player, TheThe Player br/pt: O Jogador Ela mesma Participação especial
1994 Prêt-à-Porter pt: Pronto-a-Vestir Ela mesma Participação especial
1996 Faithful br: Fiel, Mas Nem Tanto; pt: Fielmente Teu Margaret
1999 Tea with Mussolini br/pt: Chá com Mussolini Elsa Morganthal Strauss-Almerson
2003 Stuck on You br: Ligado em Você; pt: Agarrado a Ti Cher/Honey Garriet
2010 Burlesque Tess Satellite Award – Melhor canção original Dividido com Diane Warren (compositora) pela canção "You Haven't Seen the Last of Me"
Indicada — Critics' Choice Award – Melhor canção original Dividido com Diane Warren (compositora) pela canção "You Haven't Seen the Last of Me"
Indicada — Framboesa de Ouro – Pior atriz coadjuvante
Indicada — World Soundtrack Award – Melhor canção original escrita diretamente para um filme Dividido com Diane Warren (compositora) pela canção "You Haven't Seen the Last of Me"
2011 Zookeeper br: O Zelador Animal; pt: O Guarda do Zoo Janet, a Leoa Voz
Televisão
Ano Título Papel Notas
1967 Man from U.N.C.L.E., TheThe Man from U.N.C.L.E. Ramona Episódio "The Hot Number Affair"
1970 Sonny & Cher Nitty Gritty Hour, TheThe Sonny & Cher Nitty Gritty Hour Ela mesma
1971 Love, American Style Ela mesma Episódio "Love and the Sack"
1971–
1974
Sonny & Cher Comedy Hour, TheThe Sonny & Cher Comedy Hour Ela mesma (co-apresentadora)/
vários personagens
Globo de Ouro — Melhor atriz em televisão – comédia ou musical Empatado com Jean Stapleton por All in the Family
Indicada — Emmy Award – Melhor programa de variedades ou música (1972, 1973, 1974)
Indicada — Emmy Award – Melhor programa único de variedades ou música pelo episódio de 31 de janeiro de 1972
1972 The New Scooby-Doo Movies Ela mesma Episódio "The Secret of Shark Island" (voz)
1975–
1976
Cher Ela mesma (apresentadora)/
vários personagens
Indicada — Emmy Award – Melhor programa de variedades, música ou comédia
1976–
1977
Sonny and Cher Show, TheThe Sonny and Cher Show Ela mesma (co-apresentadora)/
vários personagens
1978 Cher… Special Ela mesma/vários personagens
1979 Cher and Other Fantasies Ela mesma
1983 Cher: A Celebration at Caesars Ela mesma CableACE Award – Atriz em um programa de variedades
1990 Cher at the Mirage Ela mesma
1996 If These Walls Could Talk Dra. Beth Thompson Título em português: O Preço de uma Escolha (br); Perseguidas (pt)
Também diretora (segmento "1996")
Indicada — Globo de Ouro – Melhor atriz coadjuvante em televisão
Indicada — Satellite Award – Melhor atriz coadjuvante em televisão
1998 Sonny & Me: Cher Remembers Ela mesma
1999 VH1 Divas Live 2 Ela mesma
1999 Cher: Live in Concert - From the MGM Grand in Las Vegas Ela mesma Indicada — Emmy Award – Melhor desempenho individual em um programa de variedades ou música
2000–
2002
Will & Grace Ela mesma Episódios "Gypsies, Tramps and Weed" e "A.I.: Artificial Insemination"
2002 VH1 Divas Las Vegas Ela mesma
2003 Cher - The Farewell Tour Ela mesma Emmy Award – Melhor especial de variedades, música ou comédia

Turnês e concertos[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. «Pronunciation of Cher». inogolo (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2010 
  2. http://www.goldminemag.com/blogs/rock-hall-of-fame-would-be-a-lot-sunnier-with-cher
  3. «Cher faz lembrar Michael Jackson». Jornal de Angola. SAPO. 12 de setembro de 2011. Consultado em 13 de janeiro de 2012 
  4. «Cher inks 3-year deal for Caesars Palace shows». MSNBC (em inglês). Associated Press. 7 de julho de 2008. Consultado em 13 de janeiro de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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