Saltar para o conteúdo

Roma Antiga: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
Linha 283: Linha 283:


== Sociedade ==
== Sociedade ==
{{Artigo principal|Sociedade Romana}}
{{Artigo principal|Sociedade Romana|Cidadania romana}}
[[Imagem:Roman forum sketch up model.png|upright=1.3|thumb|O [[Fórum Romano]], o centro político, econômico, cultural e religioso da cidade durante a [[República Romana|República]] e, mais tarde, durante o [[Império Romano|Império]], está agora em [[ruína]]s.]]


Os principais grupos sociais que se construíram em Roma eram os [[patrício]]s, os [[clientela|clientes]], os [[plebeu]]s e os [[escravo]]s.
Os principais grupos sociais que se construíram em Roma eram os [[patrício]]s, os [[clientela|clientes]], os [[plebeu]]s e os [[escravo]]s:<ref name="classe">{{citar web |url= https://historiadomundo.uol.com.br/romana/sociedade-romana.htm |titulo=Sociedade romana |acessodata=5 de julho de 2018 |autor=Cláudio Fernandes |editor=História do Mundo}}</ref><ref name="classe2">{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/history/ancient/romans/social_structure_01.shtml |titulo=Social Pecking Order in the Roman World |editor=[[BBC]] |data=29 de março de 2011 |acessodata=5 de julho de 2018|autor=Valerie Hope}}</ref>


* ''Patrícios'': eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de [[cidadão|direitos políticos]] e podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os [[Cidadania romana|cidadãos romanos]].
* ''Patrícios'': eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de [[cidadão|direitos políticos]] e podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os [[Cidadania romana|cidadãos romanos]].<ref name="classe"/><ref name="classe2"/>
* ''Clientes'': eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.
* ''Clientes'': eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.<ref name="classe"/><ref name="classe2"/>
* ''Plebeus'': eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas. Apesar da [[conotação]] do nome, havia plebeus ricos.
* ''Plebeus'': eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas. Apesar da [[conotação]] do nome, havia plebeus ricos.<ref name="classe"/><ref name="classe2"/>
* ''Escravos'': Representavam uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castigá-los, de vendê-los ou de alugar seus serviços. Muitos escravos também eram eventualmente libertados.
* ''Escravos'': Representavam uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castigá-los, de vendê-los ou de alugar seus serviços. Muitos escravos também eram eventualmente libertados.<ref name="classe"/><ref name="classe2"/>


=== Casamento ===
=== Família ===
[[Imagem:Pompeii-couple.jpg|thumb|''Paquius Proculus e a sua esposa''. [[Fresco]] de [[Pompeia]], [[século I]], atualmente exposto no [[Museu de Capodimonte]].]]
{{AP|Casamento na Roma Antiga}}
{{AP|Casamento na Roma Antiga}}
[[Imagem:Galla Placidia (rechts) und ihre Kinder.jpg|thumb|esquerda|Retrato de uma família romana.]]
Nos primeiros séculos da [[República Romana]], existiam simultaneamente duas formas de casamento: a ''[[confarreatio]]'', própria dos patrícios, e a ''[[coemptio]]'', que era o casamento plebeu. A ''confarreatio'' consistia essencialmente numa cerimônia religiosa celebrada diante do altar doméstico: espalhava-se sobre a vítima imolada uma papa de farinha (feita de espelta, far) e dividia-se pelos noivos, que o comiam, um bolo, também feito de espelta. O caráter rústico e sem dúvida propriamente latino e muito arcaico deste rito é evidente. Constituía o momento solene das núpcias, mas era precedido e seguido de toda uma série de práticas pitorescas descritas pelos autores antigos. {{Carece de fontes|data=dezembro de 2012}}


As unidades básicas da sociedade romana eram os lares e as [[família]]s (ver ''[[gens]]''),<ref name="Duiker346">{{cite book|last1=Duiker|first1=William|last2=Spielvogel|first2=Jackson|title=World History|date=2001|publisher=Wadsworth|isbn=0-534-57168-9|page=146|edition=Third}}</ref> que incluíam a cabeça da casa (geralmente o pai), ''[[pater familias]]'' (pai da família), sua esposa, filhos e outros parentes. Nas classes superiores, escravos e servos também faziam parte do lar.<ref name="Duiker346"/> O poder do chefe da família era supremo (''[[patria potestas]]'', "poder do pai") dentro da casa: ele podia forçar o casamento (geralmente por dinheiro) e o divórcio de seus filhos, vendê-los à escravidão, reivindicar a propriedade de seus dependentes ou até punir ou matar membros da família (embora esse último direito aparentemente tenha deixado de ser exercido após o século I a.C.).<ref name="Cassonpageset1">{{cite book|last1=Casson|first1=Lionel|title=Everyday Life in Ancient Rome|date=1998|publisher=The Johns Hopkins University Press|location=Baltimore|isbn=0-8018-5992-1|pages=10–11}}</ref>
Na véspera do casamento, a jovem noiva oferecia as suas bonecas aos lares da casa paterna. No mesmo dia, vestia uma túnica branca (''tunica recta'') cujo pano fora tecido segundo um processo arcaico e que apertava na cintura com dois nós. Penteava o cabelo com a ajuda de um instrumento especial em ponta de lança (''hasta caelibaris''): o cabelo era dividido em seis madeixas atadas com pequenas fitas e reunidas num carrapito. Em seguida, sobre o cabelo assim penteado, dispunha-se um véu cor de laranja (''flamineum'') e por cima da túnica um manto (''palla''), espécie de xale largo que envolvia a parte superior do corpo. Por vezes, acrescentava-se uma coroa de flores e várias joias, um colar de ouro, pulseiras. A jovem noiva calçava sandálias da mesma cor que o ''flamineum''.{{Carece de fontes|data=dezembro de 2012}}


O ''patria potestas'' se estendia até a filhos adultos com seus próprios lares: um homem não era considerado um ''pater familias'' e nem podia verdadeiramente possuir bens, enquanto seu próprio pai estivesse vivo.<ref name="Cassonpageset1"/><ref>[http://fathom.lib.uchicago.edu/1/777777121908/ Family Values in Ancient Rome] by [[Richard Saller]]. The [[University of Chicago]] Library Digital Collections: Fathom Archive. Written 2001. Visited 14 April 2007.</ref> Durante o período inicial da história de Roma, uma filha, quando casava, caia sob o controle (''manus'') do ''pater familias'' da casa de seu marido, embora no final da República isto caído em desuso, visto que a mulher podia optar por continuar reconhecendo a família do pai como sua verdadeira família.<ref>{{cite book|last1=Adkins|first1=Lesley|last2=Adkins|first2=Roy|title=Handbook to Life in Ancient Rome|page=339|date=1998|publisher=Oxford University Press|location=Oxford|isbn=0-19-512332-8}}</ref> No entanto, como os romanos consideravam a descendência através da linhagem masculina, qualquer criança dela pertenceria à família de seu marido.<ref>{{cite book|last1=Adkins|first1=Lesley|last2=Adkins|first2=Roy|title=Handbook to Life in Ancient Rome|page=340|date=1998|publisher=Oxford University Press|location=Oxford|isbn=0-19-512332-8}}</ref>
=== Terra e propriedade ===
[[Imagem:Roman harvester, Trier.jpg|thumb|esquerda|upright=1.5|Gravura que mostra dois romanos fazendo a colheita na Roma Antiga: a [[agricultura]] era a atividade econômica fundamental da época.]]


Pouco carinho era mostrado às crianças de Roma. A mãe ou um parente idoso geralmente criava meninos e meninas. As crianças indesejadas eram frequentemente vendidas como escravas.<ref>{{Cite book|url=https://books.google.com/books?hl=en&lr=&id=85Gdul_43DEC&oi=fnd&pg=PP7&dq=children+of+ancient+rome&ots=GVBH8HaVC3&sig=TxP1CaxmIEhaQOuXbFlQj5cSGF0&redir_esc=y#v=onepage&q=children%20of%20ancient%20rome&f=false|title=The Family in Ancient Rome: New Perspectives|last=Rawson|first=Beryl|date=1987-01-01|publisher=Cornell University Press|year=|isbn=0801494605|location=|pages=2 of introduction|language=en|quote=|via=}}</ref> Em famílias nobres, uma enfermeira grega geralmente ensinava as crianças [[Latinos|latinas]] e [[Grécia Antiga|gregas]]. Seu pai ensinava os meninos a nadar e andar, embora às vezes ele contratasse um escravo para fazer isto. Aos sete anos, um menino começava a sua educação. Como não havia prédio da escola, as aulas eram realizadas em um telhado (se estivesse escuro, o menino teria que levar uma lamparina). Pranchas cobertas de [[cera]] eram usadas como papel, visto que [[papiro]] e [[pergaminho]] eram muito caros - ou ele podia apenas escrever na areia. Um pedaço de pão para ser comido também era levado.<ref>LifepacHistory&Geography, Grade6 Unidade 3, página 28.z</ref>
Na Roma antiga, a agricultura era a atividade econômica fundamental, diferente de outros povos da época, que preferiam dar maior importância ao comércio e ao artesanato. {{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}. Mas isso se deve, em parte, à geografia favorável da [[península Itálica]], que, diferentemente do que ocorria nas terras da [[Grécia]], permitia o trabalho agrícola em grande escala.{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}


===Educação===
Alguns especialistas recentes acreditam que Roma se tenha formado a partir de uma aldeia de agricultores e pastores. Inicialmente, a terra era utilizada de forma comunitária, com base em grupos de famílias chamados [[clã]]s ou [[gens]]. Mas essa situação começara a mudar com a expansão de territórios e o crescimento econômico e populacional. As famílias mais antigas e poderosas, que possuíam terras mais férteis, passaram a apropriar-se de terras que até então eram públicas.{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}
{{Artigo principal|Educação na Roma Antiga}}
[[Imagem:Busto_maschile.JPG|thumb|Retrato de jovem lendo um rolo de [[papiro]], [[Herculano]], século I.]]
No início da República, não havia escolas públicas, então os meninos eram ensinados a ler e escrever por seus pais, ou por escravos instruídos, chamados ''paedagogi'', geralmente de origem [[Grécia Antiga|grega]].<ref name="Lecture 13">[http://www.historyguide.org/ancient/lecture13b.html Lecture 13: A Brief Social History of the Roman Empire] by Steven Kreis. Written 11 October 2006. Retrieved 2 April 2007.</ref><ref name="adkins2">{{cite book|last1=Adkins|first1=Lesley|last2=Adkins|first2=Roy|title=Handbook to Life in Ancient Rome|date=1998|publisher=Oxford University Press|location=Oxford|isbn=0-19-512332-8|page=211}}</ref><ref name= werner31>{{cite book|last1=Werner|first1=Paul|title=Life in Rome in Ancient Times|date=1978|publisher=Editions Minerva S.A.|location=Geneva|page=31}}</ref> O principal objetivo da educação durante esse período era treinar jovens na agricultura, na guerra, nas tradições romanas e nos assuntos públicos.<ref name="Lecture 13" /> Os rapazes aprendiam muito sobre a vida cívica, acompanhando seus pais em funções religiosas e políticas, incluindo o Senado para os filhos dos nobres.<ref name="adkins2"/>


Os filhos dos nobres eram aprendizes de uma figura política proeminente aos 16 anos e faziam campanha com o exército a partir dos 17 anos (esse sistema ainda estava em uso entre algumas famílias nobres na era imperial).<ref name="adkins2"/> As práticas educacionais foram modificadas após a conquista dos reinos helenísticos no século III aC e a resultante influência grega, embora as práticas educacionais romanas ainda fossem muito diferentes das gregas.<ref name="adkins2"/><ref>{{cite book|last1=Duiker|first1=William|last2=Spielvogel|first2=Jackson|title=World History|date=2001|publisher=Wadsworth|isbn=0-534-57168-9|page=143|edition=Third}}</ref> Se seus pais pudessem pagar, meninos e algumas meninas com 7 anos de idade eram enviados para uma escola particular chamada ludus, onde um professor (chamado de litterator ou magister ludi, e muitas vezes de origem grega) lhes ensinava leitura, escrita, aritmética e, às vezes, grego, até a idade de 11 anos.<ref name="adkins2"/><ref name=werner31/><ref name="TexEd">[https://web.archive.org/web/20071225125840/http://www.txclassics.org/exceteducation.htm Roman Education]. Latin ExCET Preparation. Texas Classical Association. Written by Ginny Lindzey, Setembro de 1998. Acessado em 27 de março de 2007.</ref>
Num processo de ocupação de terras, os romanos chegaram numa situação em que, de um lado, havia os grandes latifundiários que concentravam todos os poderes políticos das regiões e, de outro, os pequenos proprietários que, sem direitos de manifestação e de representação, viam-se arruinados pela contínua perda de suas próprias terras. Isso causou desequilíbrios sociais e, durante vários séculos, conflitos. A [[sociedade romana]] da época tinha um nível de desigualdade social abaixo dos países industrializados dos dias atuais, mesmo considerando a [[escravidão]].<ref>{{citar web |url=http://persquaremile.com/2011/12/16/income-inequality-in-the-roman-empire/|título=Income inequality in the Roman Empire|acessodata=7 de dezembro de 2014|autor=Biker Jun|coautores= |data=16 de dezembro de 2011|formato=[[HTML]]|obra=Per Squale Mile|publicado=Per Squale Mile|páginas= |língua=en|citação=The U.S. is not faring well historically, either. Even the Roman Empire, a society built on conquest and slave labor, had a more equitable income distribution.}}</ref><ref>{{citar web |url=http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1299313|título=The size of the economy and the distribution of income in the Roman Empire|acessodata=7 de dezembro de 2014 |autor=Walter Scheidel|coautores=Steven J. Friesen|data=1 de janeiro de 2009|formato=[[PDF]]|obra=[[Universidade de Princeton]]|publicado=[[Universidade Stanford]]|páginas=34|língua=en|citação=This means that unless we are prepared to believe that average per capita income throughout the Roman Empire was as high as the mean for Austria, Belgium, Denmark, France, the Netherlands, Sweden, the United Kingdom and the United States in the early nineteenth century, Dutch economic performance around 1580/1600 – or that of England roughly a century later – does in fact represent a level of development that the Roman world as a whole could not possibly have hoped to reach.9}} *Nota: Fazer download do arquivo pelo link.</ref>


Aos 12 anos, os estudantes passavam a frequentar as escolas secundárias, onde o professor (agora chamado de ''grammaticus'') ensinava-lhes sobre a [[literatura grega]] e [[Literatura latina|romana]].<ref name="adkins2"/><ref name="TexEd"/> Aos 16 anos, alguns estudantes iam para a escola de retórica (onde o professor, geralmente grego, era chamado de ''retor'').<ref name="adkins2"/><ref name="TexEd"/> A educação nesse nível preparava os estudantes para carreiras jurídicas e exigia que os alunos memorizassem as leis de Roma.<ref name="adkins2"/>
=== Força militar ===
{{Artigo principal|História militar da Roma Antiga|Legião romana|Marinha romana}}
[[Imagem:Siege-alesia-vercingetorix-jules-cesar.jpg|thumb|[[Vercingetórix]] se rende a [[Júlio César]] durante as [[Guerras da Gália]]]]
[[Imagem:Roman legion at attack.jpg|thumb|[[Drama]]tização de uma [[legião romana]]]]


=== Forças armadas ===
Roma foi um [[Estado]] militarista cuja história e desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas militares, durante os seus doze séculos de existência. Então, o tema central a ser falado quando se discute a história militar da Roma Antiga é o sucesso conseguido pelos exércitos romanos em batalhas campais que garantiam sua hegemonia, desde a conquista da [[península Itálica]] às batalhas finais contra os [[bárbaros]].{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}
{{Artigo principal|História militar da Roma Antiga}}


==== Exército ====
A maior prova do sucesso militar do [[Império Romano]] foi sua expansão territorial, pela qual Roma passou de uma simples [[cidade-estado]] para um verdadeiro [[império]], que abrangia boa parte da atual [[Europa Ocidental]], boa parte do norte da [[África]] e uma parte da [[Ásia]]. Essas grandes conquistas militares do Império Romano se deram pelo avanço da ciência militar que ela desenvolveu, inovando cada vez mais na indústria bélica. Eles criaram armas que envolviam tática e força, como o [[Corvo (arma)|corvo]], o [[gládio]], o [[pilo]] e a [[catapulta]]; mas também deve-se ressaltar que as conquistas romanas se deram pela grande organização e empenho dos exércitos.{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}
{{AP|Legião romana|Exército romano}}
[[Imagem:Testudo formation.jpg|thumb|esquerda|Reencenação de soldados de uma [[legião romana]] em [[formação tartaruga]].]]


O antigo exército romano (c. 500 a.C.) era, como os de outras cidades-Estado contemporâneas influenciadas pela [[civilização grega]], uma ''[[milícia|militia]]'' cidadã que praticava táticas [[hoplitas]]. Era pequena (a população de homens livres em idade militar era então de cerca de 9.000 pessoas) e organizada em cinco classes (paralelamente à ''[[Assembleias romanas|comitia centuriata]]'', o corpo de cidadãos organizado politicamente), sendo que três forneciam hoplitas e duas forneciam [[infantaria]]. O exército romano primitivo era limitado taticamente e sua postura durante esse período era essencialmente defensiva.<ref name=keegan263>{{cite book|last1=Keegan|first1=John|title=A History of Warfare|date=1993|publisher=Alfred A. Knopf|location=New York|isbn=0-394-58801-0|pages=263–264}}</ref><ref name=potter>{{cite book|last1=Potter|first1=David|editor1-last=Flower|editor1-first=Harriet I.|title=The Cambridge Companion to the Roman Republic|date=2004|publisher=Cambridge University Press|location=Cambridge, U.K.|isbn=0-521-00390-3|pages=67–70|chapter=The Roman Army and Navy}}</ref><ref>For a discussion of hoplite tactics and their sociocultural setting, see Victor Davis Hanson, ''The Western Way of War: Infantry Battle in Classical Greece'', Alfred A. Knopf (New York 1989) {{ISBN|0-394-57188-6}}.</ref>
Podemos citar algumas guerras onde os Romanos tiveram grande êxito, como: As [[Guerras Samnitas]], as [[Guerras Púnicas]], a [[Guerra Lusitânica]], as [[Guerras macedônicas]], a [[Guerra de Jugurta|Guerra Jugurtina]], as [[Guerras Mitridáticas]], as [[Guerras da Gália]], as [[Guerras Cantábricas]], as Guerras Germânicas de [[Augusto]], as invasões romanas das ilhas britânicas, as Campanhas de [[Trajano]] na [[Dácia]] e as Campanhas de Trajano na [[Pártia]]. Mas os romanos não tiveram apenas guerras expansionistas, isto é, fora de seu território, também tiveram, assim como todos os impérios, revoltas e rebeliões internas. Dentre as quais, podemos citar: as revoltas do [[Ano dos quatro imperadores]], as Guerras civis Romanas (várias), a [[Guerra Social (91–88 a.C.)|Guerra Social]], os [[Motins de Nika]], a [[Revolta dos batavos]], as revoltas dos judeus (várias) e as [[Guerras Servis]]. E no contexto de guerras expansionistas, revoltas e rebeliões romanas, não poderíamos deixar de destacar alguns dos grandes líderes militares de Roma, os grandes generais: [[Júlio César]]; [[Pompeu, o Grande]]; [[Lúcio Cornélio Sula]]; [[Caio Mário]]; [[Cipião Africano]] e [[Fábio Máximo]].{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}


Por volta do século III a.C., os romanos abandonaram a formação de hoplitas em favor de um sistema mais flexível, no qual grupos menores de 120 (ou às vezes 60) homens chamados ''[[Manípulo (militar)|manipuli]]'' podiam manobrar mais independentemente no campo de batalha. Trinta ''manipuli'' dispostos em três linhas com tropas de apoio constituíam uma [[Legião romana|legião]], que totalizava entre 4.000 e 5.000 homens.<ref name=keegan263 /><ref name= potter/>
=== Engenharia, arquitetura e tecnologia ===
[[Imagem:Acueducto de Segovia - 12.jpg|thumb|[[Aqueduto de Segóvia]], [[Espanha]], um [[Lista de aquedutos de Roma|aqueduto romano]] construído durante os séculos I e II]]
[[Imagem:RomaViaAppiaAntica03.JPG|thumb|[[Via Ápia|''Via Appia'']]]]
{{Artigo principal|Arquitetura da Roma Antiga}}


A antiga legião republicana consistia em cinco seções, cada uma das quais era equipada de maneira diferente e tinha lugares distintos em formação: as três linhas de infantaria pesada manipular (''[[hastati]]'', ''[[principes]]'' e ''[[triarii]]''), uma força de infantaria leve (''[[velites]]'') e a cavalaria (''[[equites]]''). Com a nova organização surgiu uma nova orientação para a ofensiva e uma postura muito mais agressiva em relação às cidades-Estados adjacentes.<ref name=keegan263 /><ref name= potter/>
Além de construir [[estrada romana|estradas]] que ligavam todo o império, os romanos edificaram [[aqueduto]]s que levavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas.{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}


Em plena força nominal, uma legião republicana primitiva incluía 4.000 a 5.000 homens: 3.600 a 4.800 de infantaria pesada, várias centenas de infantaria leve e várias centenas de cavaleiros.<ref name=keegan263 /><ref>{{cite book|last1=Goldsworthy|first1=Adrian|title=The Roman Army at War 100BC-AD200|date=1996|publisher=Oxford University Press|location=Oxford|isbn=0-19-815057-1|page=33}}</ref><ref>Jo-Ann Shelton, ed., ''As the Romans Did: A Sourcebook in Roman Social History'', Oxford University Press (New York 1998){{ISBN|0-19-508974-X}}, pp. 245–249.</ref> As legiões eram significativamente insatisfatórias devido a falhas de recrutamento ou após períodos de serviço ativo devido a acidentes, vítimas de batalhas, doenças e deserções. Durante a Guerra Civil, as legiões de [[Pompeu]] no leste estavam em plena força, porque foram recrutadas recentemente, enquanto as legiões de [[Júlio César]] estavam frequentemente bem abaixo da força nominal após um longo serviço ativo na [[Gália]]. Esse padrão também se aplica a forças auxiliares.<ref>{{cite book|last1=Goldsworthy|first1=Adrian|title=The Complete Roman Army|date=2003|publisher=Thames and Hudson, Ltd.|location=London|isbn=0-500-05124-0|pages=22–24, 37–38}}</ref><ref>{{cite book|last1=Goldsworthy|first1=Adrian|title=Caesar: Life of a Colossus|date=2008|publisher=Yale University Press|location=U.K.|isbn=0300126891|pages=384, 410–411, 425–427}} Another important factor discussed by Goldsworthy was absence of legionaries on detached duty.</ref>
A arquitetura romana sofreu uma enorme influência da [[arquitetura grega]], porém, adquiriu algumas características próprias. Os romanos, por exemplo, modificaram a linguagem arquitetônica que receberam dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados ([[ordem dórica|dórico]], [[ordem jônica|jônico]] e [[ordem coríntia|coríntio]]) duas novas formas de construção: os estilos [[ordem toscana|toscano]] e [[ordem compósita|compósito]].{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}
[[Imagem:Column of Marcus Aurelius - detail3.jpg|thumb|[[Legionários romanos]] representados na [[Coluna de Marco Aurélio]].]]
[[Imagem:Roman army in nashville.jpg|thumb|Encenação histórica do [[exército romano]] em manobras.]]


No final da [[Última Guerra Civil da República Romana|Guerra Civil]], [[Augusto]] reorganizou as forças militares romanas, descarregando soldados e dispersando legiões. Ele manteve 28 legiões, distribuídas pelas províncias do Império.<ref>{{cite book|last1=Mackay|first1=Christopher S.|title=Ancient Rome: A Military and Political History|date=2004|publisher=Cambridge University Press|location=Cambridge, UK|isbn=0-521-80918-5|pages=249–250}}</ref> Durante o [[Principado romano|Principado]], a organização tática do exército continuou a evoluir. As ''auxilia'' continuaram [[coorte]]s independentes e as tropas legionárias frequentemente operavam grupos de coortes em vez de legiões completas. Um novo tipo de unidade versátil - as ''coortes equitatae'' - combinavam cavalaria e legionários em uma única formação. Elas poderiam ser estacionadas em [[Guarnição (força militar)|guarnições]] ou postos avançados e poderiam lutar em suas próprias forças ou combinar-se com outras unidades similares como uma força maior do tamanho de uma legião. Esse aumento na flexibilidade organizacional ajudou a garantir o sucesso de longo prazo das forças militares romanas.<ref>{{cite book|last1=Goldsworthy|first1=Adrian|title=The Roman Army at War 100BC-AD200|date=1996|publisher=Oxford University Press|location=Oxford|isbn=0-19-815057-1|pages=36–37}}</ref>
As características que abrangiam os traços arquitetônicos gregos e romanos foram chamadas de Arquitetura Clássica por muitos escritores. Alguns exemplos característicos deste estilo expandiram-se por toda a Europa, devido ao expansionismo do Império Romano, nomeadamente o aqueduto, a [[basílica]], a estrada romana, o [[Domus]], o [[Panteão]], o [[arco do triunfo]], o [[anfiteatro]], termas e edifícios comemorativos.{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}


O imperador [[Galiano]] (253-268 d.C.) iniciou uma reorganização que criou a última estrutura militar do Império tardio. Retirando alguns legionários das bases fixas na fronteira, ele criou forças móveis (os ''[[comitatenses]]'' ou exércitos de campo) e as estacionou atrás e a alguma distância das fronteiras como uma reserva estratégica. As tropas fronteiriças (''[[limitanei]]'') estacionadas em bases fixas continuaram a ser a primeira linha de defesa. A unidade básica do exército de campo era o "regimento", ''legiones'' ou ''auxilia'' de infantaria e ''vexellationes'' para cavalaria. Evidências sugerem que forças nominais podem ter sido 1.200 homens para regimentos de infantaria e 600 para cavalaria, embora muitos registros mostrem níveis reais de tropas menores (800 e 400).<ref name="Hugh Elton 1996 pp. 89-96">{{cite book|last1=Elton|first1=Hugh|title=Warfare in Roman Europe AD350-425|date=1996|publisher=Oxford University Press|location=Oxford|isbn=0-19-815241-8|pages=89–96}}</ref>
A evolução da [[arquitetura romana]] reflete-se fundamentalmente em dois âmbitos principais: o das obras públicas e o das particulares. No âmbito das obras públicas (templos, basílicas, anfiteatros, etc), elas apresentavam dimensões monumentais e quase sempre formavam um conglomerado desordenado em torno do fórum - ou praça pública - das cidades.{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}


Muitos regimentos de infantaria e cavalaria operavam em pares sob o comando de um ''[[comes]]''. Além das tropas romanas, os exércitos de campanha incluíam regimentos de "bárbaros" recrutados de tribos aliadas e conhecidos como ''[[foederati]]''. Por volta de 400 d.C., os regimentos ''foederati'' tornaram-se unidades permanentemente estabelecidas do exército romano, pagas e equipadas pelo Império, lideradas por um [[tribuno]] e usadas apenas como unidades romanas. Além do ''foederati'', o Império também usou grupos de bárbaros para lutar junto com as legiões como "aliados" sem integração nos exércitos de campo. Sob o comando do alto general romano presente, eles eram conduzidos em níveis mais baixos por seus próprios oficiais.<ref name="Hugh Elton 1996 pp. 89-96"/>
As obras particulares, como os palácios urbanos e as vilas de veraneio da classe patrícia, se desenvolveram em regiões privilegiadas das cidades e em seus arredores, com uma decoração deslumbrante e distribuídas em torno de um jardim.{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}


==== Marinha ====
A plebe vivia em construções de [[insula]]s muito parecidos com nossos atuais edifícios, com portas que davam acesso a sacadas e terraços, mas sem divisões de ambientes nesses recintos. Seus característicos tetos de telha de barro cozido ainda subsistem em pleno século XXI.{{carece de fontes|data=dezembro de 2014}}
{{AP|Marinha romana}}
Menos se sabe sobre a [[marinha romana]] do que sobre o [[exército romano]]. Antes de meados do século III a.C., oficiais conhecidos como ''duumviri navales'' comandavam uma frota de vinte navios usados ​​principalmente para controlar a [[pirataria]]. Esta frota foi abandonada em 278 d.C. e substituída por forças aliadas. A [[Primeira Guerra Púnica]] exigiu que Roma construísse grandes frotas, o que fez em grande parte com a assistência e financiamento de aliados. Essa dependência de aliados continuou até o fim da República Romana. O quinquereme era o principal [[navio de guerra]] em ambos os lados das [[Guerras Púnicas]] e permaneceu o esteio das forças navais romanas até ser substituído na era de [[César Augusto]] por embarcações mais leves e manobráveis.<ref name="Potter pp. 76-78">This paragraph is based upon Potter, pp. 76–78.</ref>
[[Imagem:Trireme_1.jpg|thumb|esquerda|[[Trirreme]] da [[Marinha romana]].]]

Em comparação com um [[trirreme]], o quinquereme permitia o uso de uma mistura de tripulantes experientes e inexperientes (uma vantagem para uma potência primariamente baseada em terra) e sua manobrabilidade menor permitia aos romanos adotar e aperfeiçoar [[Corvo (arma)|táticas de embarque]] usando uma tropa de cerca de 40 fuzileiros navais. Os navios eram comandados por um [[navarco]], uma patente igual a um [[centurião]], que geralmente não era cidadão. Potter sugere que, como a frota era dominada por não-romanos, a marinha era considerada não romana e atrofiava em tempos de paz.<ref name="Potter pp. 76-78"/>

Evidências sugerem que, na época do Império tardio (350 d.C.), a marinha romana compreendia várias frotas, incluindo navios de guerra e navios mercantes para transporte e abastecimento. Navios de guerra eram transportados por [[Galé|galeras]] com três a cinco bancos de remadores. As bases da frota incluíam portos como [[Ravena]], [[Arles]], [[Aquilea]], [[Misenum]] e a foz do [[rio Somme]], no oeste, e [[Alexandria]] e [[Rodes]], no leste. As flotilhas de pequenas embarcações fluviais (''classes'') faziam parte das ''[[limitanei]]'' (tropas fronteiriças) durante este período, baseadas em portos fluviais fortificados ao longo dos rios [[Rio Reno|Reno]] e [[Rio Danúbio|Danúbio]]. Os proeminentes generais que comandaram os exércitos e as frotas sugerem que as forças navais eram tratadas como auxiliares do exército e não como um serviço independente. Os detalhes da estrutura de comando e das forças da frota durante este período não são bem conhecidos, embora as frotas fossem comandadas por prefeitos.<ref>{{cite book|last1=Elton|first1=Hugh|title=Warfare in Roman Europe AD350-425|date=1996|publisher=Oxford University Press|location=Oxford|isbn=0-19-815241-8|pages=99–101}}</ref>

=== Tecnologia ===
{{Imagem múltipla
| align = right
| direction = vertical
| width = 220

| image1 = Aqueduct of Segovia 06.jpg
| caption1 = [[Aqueduto de Segóvia]], [[Hispânia]], um dos vários [[Lista de aquedutos de Roma|aquedutos romanos]].

| image2 = Baños Romanos, Bath, Inglaterra, 2014-08-12, DD 39-41 HDR.JPG
| caption2 = [[Termas romanas de Bath|Termas romanas]] em [[Bath (Somerset)|Aquae Sulis]], [[Britânia (província romana)|Britânia]].

| image3 = ViaAppia.jpg
| caption3 = Representação da [[Via Ápia]] em seu auge, uma estrada que liga a cidade de Roma às partes do sul da Itália e que permanece utilizável até hoje.

| image4 = Trier Porta Nigra BW 2.JPG
| caption4 = [[Porta Nigra]], parte de uma antiga [[muralha romana]], em [[Tréveris]], na [[Bélgica romana]]. Foi construída entre os anos 186 e 200.
}}
{{Artigo principal|Arquitetura da Roma Antiga|Engenharia romana}}
{{Vertambém|Estrada romana|Ponte romana|Aquedutos romanos|Termas romanas|Opus caementicium}}

A Roma Antiga ostentava impressionantes proezas tecnológicas, usando muitos avanços que foram perdidos na [[Idade Média]] e não foram superados até os séculos XIX e XX. Um exemplo disso é o [[vidro duplo]], que não foi reinventado até a década de 1930. Muitas inovações romanas práticas foram adotadas a partir de projetos gregos anteriores. Avanços foram frequentemente divididos e baseados em artesanato. Os artesãos guardavam as tecnologias como segredos comerciais.<ref>Ancient Roman laws protected against a person corrupting slaves to obtain secrets about the master's arts. {{cite book|last1=Zeidman|first1=Bob|title=The Software IP Detective's Handbook: : Measurement, Comparison, and Infringement Detection|date=2011|publisher=Prentice Hall|isbn=0137035330|page=103|edition=1st}}</ref>

A engenharia civil e a engenharia militar romanas constituíam grande parte da superioridade e do legado tecnológico de Roma e contribuíram para a construção de centenas de estradas, pontes, aquedutos, banhos, teatros e arenas. Muitos monumentos, como o [[Coliseu]], a [[Pont du Gard]] e o [[Panteão]], permanecem como testamentos da engenharia e da cultura romana. Os romanos eram famosos por sua arquitetura, que é agrupada com tradições gregas em "[[arquitetura clássica]]". Embora houvesse muitas diferenças em relação à [[arquitetura grega]], Roma foi fortemente influenciada pela Grécia ao aderir a projetos e proporções de construções rigorosas e estereotipadas. Além de duas novas encomendas de colunas, [[Ordem compósita|compósitas]] e [[Ordem toscana|toscanas]], e da [[cúpula]], derivada do [[arco]] [[Etruscos|etrusco]].<ref>{{citar web |url=http://brewminate.com/origin-and-evolution-of-the-roman-dome/ |titulo=
Origin and Evolution of the Roman Dome |editor=brewminate.com |autor= Dr. Stephen T. Muench e estudante J.P. Lehmer |data=2017 |acessodata=8 de julho de 2018}}</ref>

No século I a.C., os romanos começaram a usar amplamente o [[Opus caementicium|concreto]], que havia sido inventado no final do século III a.C.. Era um cimento poderoso derivado da [[pozolana]] e logo suplantou o [[mármore]] como o principal material de construção romano e permitiu muitas formas arquitetônicas ousadas.<ref>{{Cite journal|last=Nelson|first=Winter, Thomas|date=1979-01-01|title=ROMAN CONCRETE: THE ASCENT, SUMMIT, AND DECLINE OF AN ART|url=http://digitalcommons.unl.edu/classicsfacpub/1/}}</ref> Também no século I a.C., [[Vitrúvio]] escreveu ''[[De architectura]]'', possivelmente o primeiro tratado completo sobre [[arquitetura]] da história. No final do século I a.C., Roma também começou a usar o [[vidro soprado]] logo após sua invenção na Síria por volta de 50 aC.<ref name="Vosea">Vose, R.H. (1989). ''Glass''. Collins Archaeology: London. {{ISBN|0-85223-714-6}}</ref> Os [[mosaico]]s tomaram o Império depois que amostras foram recuperadas durante as campanhas de [[Lucius Cornelius Sulla]] na Grécia.{{sfn|Witts|2005}}

Com bases sólidas e boa drenagem, as [[estradas romanas]] eram conhecidas por sua durabilidade e muitos segmentos do sistema viário romano ainda estavam em uso mil anos após a queda de Roma. A construção de uma vasta e eficiente rede de viagens por todo o Império aumentou dramaticamente o poder e a influência de Roma. Elas permitiram que legiões romanas fossem implantadas rapidamente, com tempos de marcha previsíveis entre os principais pontos do império, não importando a estação do ano.<ref>{{cite book|last1=Keegan|first1=John|title=A History of Warfare|date=1993|publisher=Alfred A. Knopf|location=New York|isbn=0-394-58801-0|page=303}}</ref> Essas estradas também tinham enorme significado econômico, solidificando o papel de Roma como uma encruzilhada comercial - a origem do ditado "todos os caminhos levam a Roma". O governo romano mantinha um sistema de estações de caminho, conhecido como ''[[cursus publicus]]'', que fornecia alimentação para mensageiros em intervalos regulares ao longo das estradas e estabelecia um sistema de relés de cavalos, permitindo que um despacho viajasse até 80 km por dia.<ref>{{cite web|title=Roman road system|url=https://www.britannica.com/technology/Roman-road-system|website=Encyclopaedia Britannica|publisher=Encyclopaedia Britannica, Inc.|accessdate=19 August 2017}}</ref>

Os romanos construíram vários [[Aquedutos romanos|aquedutos]] para fornecer água para cidades, locais de manufatura e para a agricultura. No século III, a cidade de Roma era abastecida por 11 aquedutos com uma extensão combinada de 450 km. A maioria dos aquedutos foi construída abaixo da superfície, com apenas pequenas porções acima do solo suportadas por arcos.<ref name="HDCLA Aqueduct">{{cite encyclopedia |editor-last=Peck |editor-first=Harry Thurston |editor-link=Harry Thurston Peck |title=[[Harper's Dictionary of Classical Literature and Antiquities]] |date=1963 |entry=Aquae Ductus |pages=104–106 |location=New York |publisher=[[Rowman & Littlefield|Cooper Square Publishers, Inc.]] |access-date=29 de outubro de 2017}}</ref><ref name=EB11Aqueduct>{{cite encyclopedia |editor-last=Chisholm |editor-first=Hugh |author-last1=Murray |author-first1=Alexander Stuart |authorlink1=Alexander Stuart Murray |author-last2=Mitchell |author-first2=John Malcolm |authorlink2= |title=Encyclopædia Britannica |entry=Aqueduct |url=https://archive.org/stream/encyclopaediabri02chisrich#page/240/mode/2up/search/aqueduct |date=1911 |edition=11th |volume=2 |pages=240–244 |access-date=31 de outubro de 2017}}</ref> Às vezes, onde vales mais profundos que 500 m tinham que ser cruzados, [[sifões]] invertidos eram usados ​​para transportar água através do obstáculo natural.{{ref|waterhistory}}

Os romanos também fizeram grandes avanços no [[saneamento básico]] e eram particularmente famosos por seus [[Termas romanas|banhos públicos]], chamados ''thermae'', que eram usados ​​para fins higiênicos e sociais. Muitas casas romanas chegaram a ter [[vasos sanitários]] com [[descarga]] e água encanada. Além disso, um complexo sistema de esgoto, a ''[[Cloaca Maxima]]'', era usado para drenar os pântanos locais e transportar resíduos para o [[rio Tibre]].<ref>Aldrete, Gregory S. (2004). ''Daily life in the Roman city: Rome, Pompeii and Ostia''. Greenwood Publishing Group. {{ISBN|978-0-313-33174-9}}, pp.34-35.</ref>

Alguns historiadores especularam que os canos de [[chumbo]] nos sistemas de esgoto e encanamento levaram ao [[saturnismo]] generalizado, o que contribuiu para o declínio na [[taxa de natalidade]] e a decadência geral da sociedade romana, o que levou ao [[Queda do Império Romano do Ocidente|colapso do Império do Ocidente]]. No entanto, o teor de chumbo teria sido minimizado porque o fluxo de água dos aquedutos não era interrompido; a água corria continuamente através de sistemas públicos para os drenos e apenas algumas torneiras estavam em uso.<ref>''Roman Aqueducts and Water Supply'' by A.T. Hodge (1992)</ref> Outros autores levantaram objeções semelhantes a essa teoria, também apontando que os canos romanos eram densamente revestidos com depósitos que impediam que o chumbo penetrasse na água.<ref name=Grout2011>{{cite web|url=http://penelope.uchicago.edu/~grout/encyclopaedia_romana/wine/leadpoisoning.html |title=Lead Poisoning and Rome |first=James |last=Grout |publisher=University of Chicago |archiveurl=https://www.webcitation.org/60N6AQZTk?url=http://penelope.uchicago.edu/~grout/encyclopaedia_romana/wine/leadpoisoning.html |archivedate=22 de julho de 2011 |accessdate=22 de julho de 2011 |deadurl=no |df=dmy }}</ref>
{{panorama|Pont_du_Gard_BLS.jpg|700px|[[Pont du Gard]], perto na [[Nîmes]], na antiga [[Gália]].}}


== Cultura ==
== Cultura ==

Revisão das 02h15min de 9 de julho de 2018

Nota: Romano e romana redirecionam para este artigo. Para outros significados dos termos, veja Romanos e Romana (desambiguação).



Roma Antiga
753 a.C. – 476

Brasão de Roma Antiga

Brasão



Localização de Roma Antiga
Localização de Roma Antiga
Animação da evolução territorial do Estado romano.
Continente Eurásia e África
Capital Roma (753 a.C.-330)

Constantinopla (330-476)

Língua oficial Latim
Governo Reino (753 a.C.-509 a.C.)
República (509 a.C.- 27 a.C.)
Império (27 a.C.-476 d.C.)
Período histórico Antiguidade
 • 753 a.C. Fundação de Roma
 • 509 a.C. Queda de Tarquínio, o Soberbo
 • 27 a.C. Otaviano proclamado Augusto
 • 476 Queda do Império Romano

Roma Antiga foi uma civilização itálica que surgiu no século VIII a.C. Localizada ao longo do Mar Mediterrâneo e centrada na cidade de Roma, na Península Itálica, expandiu-se para se tornar um dos maiores impérios do mundo antigo,[1] com uma estimativa de 50 a 90 milhões de habitantes (cerca de 20% da população global na época[2][3]) e cobrindo 6,5 milhões de quilômetros quadrados no seu auge entre os séculos I e II.[4][5][6]

Em seus cerca de 12 séculos de existência, a civilização romana passou de uma monarquia para a república clássica e, em seguida, para um império cada vez mais autocrático. Através da conquista e da assimilação, ele passou a dominar a Europa Ocidental e Meridional, a Ásia Menor, o Norte da África e partes da Europa Setentrional e Oriental. Roma foi preponderante em toda a região do Mediterrâneo e foi uma das mais poderosas entidades políticas do mundo antigo. É muitas vezes agrupada na Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga e culturas e sociedades semelhantes, que são conhecidas como o mundo greco-romano.

A sociedade romana antiga contribuiu para o governo, o direito, a política, a engenharia, as artes, a literatura, a arquitetura, a tecnologia, a guerra, as religiões, as línguas e as sociedade modernas. Como uma civilização altamente desenvolvida, Roma profissionalizou e expandiu suas forças armadas e criou um sistema de governo chamado res publica, a inspiração para repúblicas modernas,[7][8][9] como os Estados Unidos e a França. Conseguiu feitos tecnológicos e arquitetônicos impressionantes, tais como a construção de um amplo sistema de aquedutos e estradas, bem como a construção de grandes monumentos, palácios e instalações públicas. Até o final da República (27 a.C.), Roma tinha conquistado as terras em torno do Mediterrâneo e além: seu domínio se estendia do Atlântico à Arábia e da boca do Reno ao norte da África. O Império Romano surgiu com o fim da República e da ditadura de Augusto César. Os 721 anos de Guerras Romano-Persas começaram em 92 a.C. com a sua primeira guerra contra o Império Parta. Este se tornaria o mais longo conflito da história humana e teve grandes efeitos e consequências duradouros para ambos os impérios. Sob Trajano, o Império atingiu o seu pico territorial. Os costumes e as tradições republicanas começaram a diminuir durante o período imperial, com guerras civis tornando-se um prelúdio comum para o surgimento de um novo imperador.[10][11][12]

Estados dissidentes, como o Império de Palmira, iriam dividir temporariamente o Império durante a crise do terceiro século. Atormentado pela instabilidade interna e atacado pelas invasões bárbaras, a parte ocidental do império fragmentou-se no século V, o que é visto como um marco pelos historiadores, que usam para dividir a Antiguidade Tardia da "Idade das Trevas" na Europa. A parte oriental do império permaneceu como uma potência durante toda a Idade Média, até a sua queda em 1453. Embora os cidadãos do império não fizessem tal distinção, o Império Oriental é mais comumente referido como "Império Bizantino" para diferenciá-lo do Estado da Antiguidade no qual ele nasceu.[13]

História

Ver artigo principal: História de Roma

Fundação

Ver artigo principal: Fundação de Roma
Loba capitolina: Segundo a lenda, o animal teria amamentado os gêmeos Rômulo e Remo

Os primeiros habitantes de Roma, os latinos e sabinos, integram o grupo de populações indo-europeias originárias da Europa Central que vieram para a península Itálica em ondas sucessivas em meados do milênio II a.C.; Velho Lácio (Latium Vetus) era o antigo território dos latinos, atualmente o sul do Lácio; em caso de perigo, as habitações latino-sabinas uniam-se em confederações para enfrentar seus inimigos.[b] As colinas de Roma começaram a ser ocupadas nos primórdios do milênio I a.C.; restos arqueológicos datados entre os séculos XIV-X a.C. são as primeiras evidências de habitação no Palatino.[14][15] Três recintos muralhados sucessivos sobrepostos foram datados no local, dois dos séculos VIII-VII a.C. e um dos séculos VII-VI a.C.[16]

Mito

Ver artigos principais: Eneias, Rômulo e Remo e Rômulo

Conforme a versão lendária da fundação de Roma, relatada em diversas obras literárias romanas, tais como a Ab Urbe condita libri (literalmente, "desde a fundação da Cidade"), de Tito Lívio, e a Eneida, do poeta Virgílio, Eneias, príncipe troiano filho de Vénus, fugindo de sua cidade, destruída pelos gregos, chegou ao Lácio e se casou com uma filha de um rei latino. Seus descendentes, Rómulo e Remo, filhos de Reia Sílvia, rainha da cidade de Alba Longa, com o deus Marte, foram jogados por Amúlio, rei da cidade, no rio Tibre. Mas foram salvos por uma loba que os amamentou, tendo sido, em seguida, encontrados por camponeses. Conta ainda a lenda que, quando adultos, os dois irmãos voltaram a Alba Longa, depuseram Amúlio e em seguida fundaram Roma, em [753 a.C. A data tradicional da fundação (21 de abril de 753 a.C.[17]) foi convencionada bem mais tarde por Públio Terêncio Varrão, atribuindo uma duração de 35 anos a cada uma das sete gerações correspondentes aos sete mitológicos reis. Segundo a lenda, Rômulo matou o irmão e se transformou no primeiro rei de Roma.[18]

Reino

Ver artigo principal: Reino de Roma
Afresco etrusco na Necrópole de Monterozzi, século V a.C.

A documentação do período monárquico de Roma encontrada até hoje é muito precária, o que torna este período menos conhecido que os períodos posteriores. Várias dessas anotações registram a sucessão de sete reis, começando com Rômulo em 753 a.C., como representado nas obras de Virgílio (Eneida) e Tito Lívio (História de Roma). A região do Lácio foi habitada por vários povos. Além dos latinos, os etruscos tiveram um papel importante na história da Monarquia de Roma, já que vários dos reis tinham origem etrusca.[19]

O último rei de Roma teria sido Tarquínio, o Soberbo (534 a.C.-509 a.C.) que, em razão de seu desejo de reduzir a importância do senado na vida política romana, acabou sendo expulso da cidade e também assassinado. Este foi o fim da monarquia em Roma. Durante esse período, o monarca (rei) acumulava os poderes executivo, judicial e religioso, e era auxiliado pelo senado, ou conselho de anciãos, que detinha o poder legislativo e de veto, decidindo aprovar, ou não, as leis criadas pelo rei.[19]

República

Busto associado a Lúcio Júnio Bruto, que liderou a revolta contra o último rei de Roma (Museus Capitolinos).

De acordo com a tradição e escritores posteriores como Tito Lívio, a República Romana foi fundada por volta de 509 aC,[20] quando o último dos sete reis de Roma, Tarquínio, o Soberbo, foi deposto por Lucius Junius Brutus e um sistema baseado em magistrados eleitos anualmente e em várias assembleias representativas foi estabelecido.[21] Uma constituição estabeleceu uma série de pesos e contrapesos e a separação de poderes. Os magistrados mais importantes eram os dois cônsules, que juntos exerciam autoridade executiva, como o imperium, ou o comando militar.[22] Os cônsules tiveram que trabalhar com o Senado, que inicialmente era um conselho consultivo da nobreza, ou patrícios, mas cresceu em tamanho e poder.[23]

Outros magistrados da República incluem tribunos, questores, edis, pretores e censores.[24] As magistraturas eram originalmente restritas a patrícios, mas depois foram abertas para pessoas comuns ou plebeus.[25] Assembleias republicanas de votação incluíam a comitia centuriata (assembléia do centuriado), que votava sobre assuntos de guerra e paz e elegia homens para os cargos mais importantes, e a comitia tributa (assembleia tribal), que elegia cargos menos importantes.[26]

No século IV aC, Roma havia sido atacada pelos gauleses, que agora estendiam seu poder na península italiana além do vale do Pó e através da Etrúria. Em 16 de julho de 390 aC, um exército gaulês sob a liderança de um chefe tribal chamado Breno encontrou os romanos às margens do rio Allia, a apenas 16 quilômetros ao norte de Roma. Breno derrotou os romanos e os gauleses marcharam diretamente para a cidade de Roma. A maioria dos romanos tinha fugido, mas alguns se trancaram no Capitólio para uma última resistência. Os gauleses saquearam e incendiaram a cidade, depois cercaram o monte Capitolino.[27]

Cícero denuncia Catilina, afresco que representa o senado romano reunido na Cúria Hostília. Palazzo Madama, Roma.

O cerco durou sete meses, os gauleses concordaram em dar paz aos romanos em troca de 1.000 libras de ouro. Segundo uma lenda posterior, os romanos que supervisionavam a pesagem notaram que os gauleses estavam usando falsas escamas. Os romanos pegaram em armas e derrotaram os gauleses; seu general vitorioso, Marco Fúrio Camilo, comentou: "Com ferro, não com ouro, Roma compra sua liberdade".[27]

Os romanos gradualmente subjugaram os outros povos na península italiana, incluindo os etruscos.[28] A última ameaça à hegemonia romana na Itália veio quando Tarentum, uma importante colônia grega, recrutou a ajuda de Pirro de Épiro em 281 aC, mas este esforço também fracassou.[29][28] Os romanos garantiram suas conquistas fundando colônias romanas em áreas estratégicas, estabelecendo assim um controle estável sobre a região da Itália que já haviam conquistado.[28]

Guerras Púnicas

Ver artigo principal: Guerras Púnicas
República Romana e Império Cartaginês (em azul) antes da Segunda Guerra Púnica.

No século III aC, Roma enfrentou um novo e formidável adversário: Cartago, uma rica e próspera cidade fenícia que pretendia dominar a região do Mediterrâneo. As duas cidades eram aliadas nos tempos de Pirro, que era uma ameaça para ambas, mas com a hegemonia de Roma na Itália continental e a talassocracia cartaginesa, essas cidades se tornaram as duas maiores potências no Mediterrâneo Ocidental e sua disputa pela região levou ao conflito. A Primeira Guerra Púnica começou em 264 aC, quando a cidade de Messana pediu a ajuda de Cartago em seus conflitos com Hierão II de Siracusa. Após a intercessão cartaginesa, Messana pediu a Roma para expulsar os cartagineses. Roma entrou nessa guerra porque Siracusa e Messana estavam muito próximas das recém-conquistadas cidades gregas do sul da Itália e Cartago agora podia fazer uma ofensiva através do território romano; junto com isto, Roma poderia estender seu domínio sobre a Sicília.[30] Embora os romanos tivessem experiência em batalhas terrestres, para derrotar este novo inimigo, batalhas navais eram necessárias. Cartago era uma potência marítima e a falta de navios de experiência naval entre os romanos tornariam o caminho da vitória longo e difícil para a República Romana. Apesar disto, depois de mais de 20 anos de guerra, Roma derrotou Cartago e um tratado de paz foi assinado. Entre as razões para a Segunda Guerra Púnica[31] estavam as reparações de guerra subsequentes em que Cartago aceitou no final da Primeira Guerra Púnica.[32]

Aníbal e seus homens cruzando os Alpes.

A Segunda Guerra Púnica começou com a audaciosa invasão da Hispânia por Aníbal, o general cartaginês que liderara as operações na Sicília na Primeira Guerra Púnica. Aníbal, filho de Amílcar Barca, rapidamente marchou através da Hispânia para os Alpes italianos, causando pânico entre os aliados italianos de Roma. A melhor maneira encontrada para derrotar o propósito de Aníbal de causar os italianos a abandonar Roma foi para atrasar os cartagineses com uma guerra de atrito, uma estratégia proposta por Quintus Fabius Maximus, que seria apelidado Cunctator ( "retardado", em latim). Devido a isso, o objetivo de Aníbal foi inalterado: ele não poderia fazer com que cidades italianas em número suficiente se revoltassem contra Roma e reabastecer seu exército cada vez menor, sendo assim, ele não tinha as máquinas e os recursos humanos para sitiar Roma. Ainda assim, a invasão de Aníbal durou mais de 16 anos, devastando a Itália. Finalmente, quando os romanos perceberam que os suprimentos de Aníbal estavam acabando, eles enviaram Cipião, que havia derrotado o irmão de Aníbal, Asdrúbal, na Hispânia, para invadir o interior cartaginês desprotegido e forçar Aníbal a voltar para defender Cartago. O resultado foi o final da Segunda Guerra Púnica pela famosa e decisiva Batalha de Zama, em outubro de 202 aC, que deu a Cipião seu agnomen Africanus. A grande custo, Roma obteve ganhos significativos: a conquista da Hispânia por Cipião e de Siracusa, o último reino grego na Sicília, por Marcelo.[33]

Quando em 151 aC, a Numídia, um Estado cliente de Roma, invadiu Cartago, a cidade pediu intercessão romana. Embaixadores foram enviados para Cartago, entre eles Marco Pórcio Catão, que depois de ver que Cartago poderia voltar a recuperar sua importância política e militar, passou a terminar todos os seus discursos, não importa qual assunto fosse, dizendo: "Ceterum censeo Carthaginem esse delendam" ("Além disso, acho que Cartago deve ser destruída"). Como Cartago lutou contra a Numídia sem o consentimento romano, a Terceira Guerra Púnica começou quando Roma declarou guerra em 149 aC. Cartago resistiu bem no primeiro ataque, com a participação de todos os habitantes da cidade. No entanto, ela não suportou ao ataque de Cipião Emiliano, que destruiu inteiramente a cidade e suas muralhas, escravizou e vendeu todos os cidadãos e ganhou o controle daquela região, que se tornou a província da África Proconsular. Todas essas guerras resultaram nas primeiras conquistas ultramarinas de Roma (Sicília, Hispânia e África) e a ascensão de Roma como uma potência imperial significativa, o que deu início ao fim da democracia.[34][35]

César e Primeiro Triuvirato

Ver artigos principais: Júlio César e Primeiro Triunvirato
Vercingetórix se rende a Júlio César durante as Guerras da Gália

Depois de derrotar os impérios Macedônio e Selêucida no século II aC, os romanos se tornaram o povo dominante do mar Mediterrâneo.[36][37] A conquista dos reinos helenísticos aproximou as culturas romana e grega e a elite romana, antes rural, tornou-se luxuosa e cosmopolita. Naquela época, Roma era um império consolidado - na visão militar - e não tinha grandes inimigos. O domínio estrangeiro levou a conflitos internos. Os senadores ficam ricos às custas das províncias; os soldados, na maioria agricultores de pequena escala, estavam fora de casa por mais tempo e não podiam manter suas terras; e o aumento da dependência de escravos estrangeiros e o crescimento dos latifúndios reduziram a disponibilidade de trabalho remunerado.[38][39]

A renda do espólio de guerra, o mercantilismo nas novas províncias e a criação de impostos criaram novas oportunidades econômicas para os ricos, formando uma nova classe de comerciantes, chamada de ordem equestre.[40] A lex Claudia proibiu os membros do Senado de se engajarem no comércio e, apesar dos equestres teoricamente poderem se juntar ao Senado, eles eram severamente restringidos do poder político.[40][41] Gangues violentas de desempregados urbanos, controladas por senadores rivais, intimidavam o eleitorado por meio da violência. A situação chegou ao auge no final do século II aC sob os irmãos Gracos, um par de tribunos que tentaram aprovar uma legislação de reforma agrária que redistribuiria as principais propriedades patrícias entre os plebeus. Ambos os irmãos foram mortos e o Senado aprovou reformas revertendo as ações deles.[42]

Cleópatra e César
Por Jean-Léon Gérôme, 1866

Em meados do século I aC, a política romana estava inquieta. As divisões políticas em Roma eram identificadas em dois grupos, populares (que esperavam o apoio do povo) e os optimates (os "melhores", que queriam manter o controle aristocrático exclusivo). Sula derrubou todos os líderes populistas e suas reformas constitucionais removeram poderes (como os do tribuno da plebe) que apoiaram abordagens populistas. Enquanto isso, os estresses social e econômico continuaram a crescer; Roma havia se tornado uma metrópole com uma aristocracia super-rica, aspirantes endividados e um grande proletariado, frequentemente de fazendeiros empobrecidos. Os últimos grupos apoiaram a Conspiração Catilinária - um fracasso retumbante, já que o cônsul Marcus Tullius Cicero rapidamente prendeu e executou os principais líderes da conspiração.[43]

Sobre esta cena turbulenta surgiu Caio Júlio César, de uma família aristocrática de riqueza limitada. Sua tia Júlia era a esposa de Marius[44] e César identificou-se com os populares. Para alcançar o poder, César reconciliou os dois homens mais poderosos de Roma: Marcus Licinius Crassus, que financiara grande parte de sua carreira anterior, e o rival de Crasso, Gnaeus Pompeius Magnus (ou Pompeu), com quem sua filha se casou. Ele os formou em uma nova aliança informal, que incluía ele mesmo e era chamada de Primeiro Triunvirato ("três homens"). Isso satisfez os interesses de todos os três: Crasso, o homem mais rico de Roma, tornou-se ainda mais rico e finalmente alcançou o alto comando militar; Pompeu passou a exercer mais influência no Senado; e César obteve o consulado e o comando militar na Gália. Enquanto pudessem concordar, os três eram os governantes de facto de Roma.[45]

A Morte de César, por Vincenzo Camuccini (1805).

Em 54 aC, a filha de César, esposa de Pompeu, morreu no parto, desvendando um elo da aliança. Em 53 aC, Crassus invadiu Pártia e foi morto na Batalha de Carras. O triunvirato desintegrou-se com a morte de Crasso, que atuava como mediador entre César e Pompeu. Sem ele, os dois generais passaram a atacar um ao outro pelo poder. César conquistou a Gália, obtendo imensa riqueza, respeito em Roma e a lealdade de legiões endurecidas pela batalha. Ele também se tornou uma clara ameaça para Pompeu e era detestado por muitos optimates. Confiante de que César poderia ser impedido por meios legais, o partido de Pompeu tentou tirar de César suas legiões, um prelúdio para o julgamento, o empobrecimento e o exílio de César.[46]

Para evitar esse destino, César atravessou o rio Rubicão e invadiu Roma em 49 aC. Pompeu e seu grupo fugiram da Itália, perseguidos por César. A Batalha de Farsalo foi uma brilhante vitória para César e nesta e em outras campanhas ele destruiu todos os líderes dos optimates: Metelo Cipião, Catão, o Jovem, e o filho de Pompeu, Cneu Pompeu. Pompeu foi assassinado no Egito em 48 aC. César era agora dominante sobre Roma, o que atraiu a amarga inimizade de muitos aristocratas. Ele recebeu muitos cargos e honras. Em apenas cinco anos, ele obteve quatro consulados, duas ditaduras comuns e duas ditaduras especiais: uma por dez anos e outra pela perpetuidade. Ele foi assassinado em 44 aC, nos idos de março pelos Liberatores.[47]

Otaviano e Segundo Triunvirato

A República Romana em 44 a.C.

O assassinato de César causou tumulto político e social em Roma; sem a liderança do ditador, a cidade era governada por seu amigo e colega, Marco Antônio. Logo depois, Otaviano, a quem César adotou por sua vontade, chegou a Roma. Otaviano (historiadores consideram Otávio como Octaviano devido às convenções de nomenclatura romana) tentou se alinhar com a facção cesariana. Em 43 aC, junto com Antônio e Marco Emílio Lépido, o melhor amigo de César,[48] ele estabeleceu legalmente o Segundo Triunvirato. Esta aliança duraria cinco anos. Após sua formação, 130 a 300 senadores foram executados e suas propriedade foram confiscadas, devido ao suposto apoio aos Liberatores.[49]

Em 42 aC, o Senado deificou César como Divus Iulius; Otaviano tornou-se assim Divi filius,[50] o filho do deificado. No mesmo ano, Otaviano e Antônio derrotaram os assassinos de César e os líderes dos Liberatores, Marcus Junius Brutus e Caio Cássio Longino, na Batalha de Filipos. O Segundo Triunvirato foi marcado pelas proibições de muitos senadores e equestres: depois de uma revolta liderada pelo irmão de Antônio, Lucius Antonius, mais de 300 senadores e equestres envolvidos foram executados no aniversário dos Idos de Março, embora Lúcio tenha sido poupado.[51] O triunvirato proscrevia vários homens importantes, incluindo Cícero, a quem Antônio odiava;[52] Quinto Túlio Cícero, o irmão mais novo do orador; e Lúcio Júlio César, primo e amigo do aclamado general, por seu apoio a Cícero. No entanto, Lúcio foi perdoado, talvez porque sua irmã Júlia tenha intervido por ele.[53]

A Batalha de Ácio (1672), por Lorenzo A. Castro, Museu Marítimo Nacional
Augusto, o primeiro Imperador Romano.
A família flaviana representada em Triunfo de Tito, por Lawrence Alma-Tadema, 1885

O Triunvirato dividiu o Império entre os triúnviros: Lépido foi encarregado da África, Antônio das províncias orientais e Otaviano permaneceu na Itália e controlava a Hispânia e a Gália. O Segundo Triunvirato expirou em 38 aC, mas foi renovado por mais cinco anos. No entanto, a relação entre Otaviano e Antônio se deteriorou e Lépido foi forçado a se aposentar em 36 aC, depois de trair Otaviano na Sicília. No final do Triunvirato, Antônio vivia no Egito ptolomaico, um reino independente e rico governado por sua amante, Cleópatra VII. O caso de Antônio com Cleópatra era visto como um ato de traição, já que ela era rainha de outro país. Além disso, Antônio adotou um estilo de vida considerado muito extravagante e helênico para um estadista romano.[54]

Após as Doações de Alexandria feitas por Antônio, que deram a Cleópatra o título de "Rainha dos Reis" e aos filhos de Antônio e Cleópatra os títulos régios dos recém-conquistados territórios orientais, eclodiu a guerra entre Otaviano e Antônio. Otaviano aniquilou as forças egípcias na Batalha de Ácio em 31 aC. Antônio e Cleópatra se suicidaram, o Egito havia sido conquistado pelo Império Romano e, para os romanos, uma nova era havia começado.

Império

Ver artigo principal: Império Romano

Em 27 a.C. e com a idade de 36 anos, Otaviano era o único líder romano. Naquele ano, ele tomou o nome de Augusto. Esse evento é geralmente considerado pelos historiadores como o início do Império Romano - embora Roma fosse um estado "imperial" desde 146 a.C., quando Cartago foi arrasada por Cipião Emiliano e a Grécia foi conquistada por Lúcio Múmio. Oficialmente, o governo era republicano, mas Augusto assumiu poderes absolutos.[55][56] Sua reforma do governo provocou um período de dois séculos coloquialmente referido pelos romanos como Pax Romana.[57]

Dinastia júlio-claudiana

Ver artigo principal: Dinastia júlio-claudiana

A dinastia julio-claudiana foi estabelecida por Augusto. Os imperadores desta dinastia foram: Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. A dinastia é assim chamada devido às gens Julia, a família de Augusto, e as gens Claudia, a família de Tibério. Os júlio-claudianos iniciaram a destruição dos valores republicanos, mas, por outro lado, impulsionaram o estatuto de Roma como a principal potência do mundo antigo.[58]

Enquanto Calígula e Nero são geralmente lembrados como imperadores disfuncionais na cultura popular, Augusto e Cláudio são lembrados como imperadores que tiveram sucesso na política e nas forças armadas. Esta dinastia instituiu a tradição imperial em Roma[59] e frustrou qualquer tentativa de restabelecer a República.[60]

Dinastia flaviana

Ver artigo principal: Dinastia flaviana

Os flavianos foram a segunda dinastia a governar Roma. Por volta do ano 68 d.C., ano da morte de Nero, não houve chance de retorno à antiga e tradicional República Romana, assim um novo imperador teve que se levantar. Após o tumulto no Ano dos Quatro Imperadores, Tito Flávio Vespasiano (ou Vespasiano) assumiu o controle do Império e estabeleceu uma nova dinastia. Sob o domínio dos flavianos, Roma continuou sua expansão e o Estado permaneceu seguro.[61][62]

Dinastia nerva-antonina

Império em seu auge sob Trajano em 117
Ver artigo principal: Dinastia nerva-antonina

A dinastia nerva-antonina, que governou entre 96 d.C. a 192 d.C., foi o domínio dos imperadores Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio, Marco Aurélio, Lúcio Vero e Cômodo. Durante seu governo, Roma atingiu seu apogeu territorial e econômico. Este foi um momento de paz para Roma. Os critérios para escolher um imperador eram as qualidades do candidato e não mais laços de parentesco; Além disso, não houve guerras civis ou derrotas militares neste período.[63]

Após o assassinato de Domiciano, o Senado rapidamente nomeou Nerva para manter a dignidade imperial. Esta foi a primeira vez que os senadores escolheram o imperador desde que Otaviano foi honrado com os títulos de princeps e Augustus. Nerva tinha uma ascendência nobre e servira como conselheiro de Nero e dos flavianos. Seu governo restaurou muitas das liberdades assumidas por Domiciano e iniciou a última era de ouro de Roma.[64]

Dinastia severa

Ver artigo principal: Dinastia severa
Caracala e Geta
Lawrence Alma-Tadema,1907

Cômodo foi morto por uma conspiração envolvendo Quintus Aemilius Laetus e sua esposa Marcia no final de 192 d.C. O ano seguinte é conhecido como o Ano dos Cinco Imperadores, durante o qual Públio Hélvio Pertinax, Dídio Juliano, Pescênio Níger, Clódio Albino e Septímio Severo mantiveram a dignidade imperial. Pertinax, um membro do Senado que havia sido um braço direito de Marco Aurélio, foi a escolha de Laetus e ele governou de forma vigorosa e judiciosa. Laetus logo ficou com ciúmes e instigou o assassinato de Pertinax pela Guarda Pretoriana, que então leiloou o império para o maior lance, Dídio Juliano, por 25.000 sestércios por homem.[65]

O povo de Roma ficou horrorizado e apelou às legiões de fronteira para salvá-lo. As legiões de três províncias fronteiriças - Britânia, Panônia Superior e Síria - ressentiam-se de serem excluídas do "donativo" e respondiam declarando que seus generais individuais eram imperadores. Lúcio Septímio Severo Geta, o comandante da Panônia, subornou as forças adversárias, perdoou os guardas pretorianos e instalou-se como imperador. Ele e seus sucessores governaram com o apoio das legiões. As mudanças nas cunhagens e nos gastos militares foram a raiz da crise financeira que marcou a crise do terceiro século.[65]

Crise do terceiro século

As divisões internas do Império Romano formaram o Império de Palmira (em amarelo) e o Império das Gálias (em verde).

Um cenário desastroso surgiu após a morte de Alexandre Severo: o Estado romano foi atormentado por guerras civis, invasões externas, caos político, pandemias e depressão econômica.[66][34] Os antigos valores romanos haviam entrado em decadência e o mitraísmo e o cristianismo começaram a se espalhar pela população. Os imperadores não eram mais homens ligados à nobreza; eles geralmente nasceram em classes baixas de partes distantes do Império. Esses homens alcançaram proeminência através das fileiras militares e tornaram-se imperadores através de guerras civis.[67]

Houve 26 imperadores em um período de 49 anos, um sinal de instabilidade política. Maximino Trácio foi o primeiro imperador da época e governou por apenas três anos. Outros governaram apenas por alguns meses, como Gordiano I, Gordiano II, Balbino e Hostiliano. A população e as fronteiras foram abandonadas, uma vez que os imperadores estavam mais preocupados em derrotar seus rivais e em estabelecer seu domínio. A economia também sofreu durante essa época. Os enormes gastos militares do Severo causaram uma desvalorização das moedas romanas. A hiperinflação veio também nesse momento. A Praga de Cipriano estourou em 250 e matou uma grande parte da população.[68][69]

Em 260 d.C., as províncias da Síria Palestina, Ásia Menor e Egito separaram-se do resto do Estado romano para formar o Império Palmirense, governado pela rainha Zenóbia e centrado na cidade de Palmira. Nesse mesmo ano, o Império Gálico foi criado por Postumus, mantendo controle sobre a Britânia e a Gália.[70] Estas regiões do império separaram-se de Roma depois da captura do imperador Valério pelos sassânidas da Pérsia, o primeiro governante romano a ser capturado por seus inimigos; foi um fato humilhante para os romanos.[68] A crise começou a retroceder durante os reinados de Cláudio Gótico (268-270), que derrotou os invasores godos, e Aureliano (271-275), que reconquistou os Impérios Gálico e Palmirensee.[71][72] A crise foi superada durante o reinado de Diocleciano.[67]

Dominato

Ver artigo principal: Dominato
Diocleciano
Um follis de Diocleciano.

Em 284 d.C., Diocleciano foi saudado como imperador pelo exército oriental. Diocleciano resolveu a crise através de mudanças políticas e econômicas. Uma nova forma de governo foi estabelecida: a Tetrarquia. O Império foi dividido entre quatro imperadores, dois no Ocidente e dois no Oriente. Os primeiros tetrarcas foram Diocleciano (no Oriente), Maximiano (no Ocidente) e dois imperadores júnior, Galério (no Oriente) e Flávio Constâncio (no Ocidente). Para ajustar a economia, Diocleciano fez várias reformas tributárias.[73]

Diocleciano expulsou os persas que saquearam a Síria e conquistaram algumas tribos bárbaras com Maximiano. Ele adotou muitos comportamentos de monarcas orientais, como usar pérolas, sandálias e vestes douradas. Qualquer um na presença do imperador tinha agora que se prostrar[74] - um ato comum no Oriente, mas nunca praticado em Roma antes. Diocleciano não usou uma forma disfarçada de República, como os outros imperadores desde Augusto fizeram.[75] Entre 290 e 330, meia dúzia de novas capitais haviam sido estabelecidas pelos membros da Tetrarquia, oficialmente ou não: Antioquia, Nicomédia, Tessalônica, Sirmium, Mediolano (atual Milão) e Trier.[76]

Diocleciano também foi responsável por uma significativa perseguição aos cristãos. Em 303, ele e Galério iniciaram a perseguição e ordenaram a destruição de todas as igrejas e proibiram o culto cristão.[77] Diocleciano abdicou em 305 d.C. juntamente com Maximiano, assim, ele foi o primeiro imperador romano a renunciar ao cargo. Seu reinado terminou a forma tradicional de governo imperial, o Principado (de princeps) e iniciou o Dominato (de Dominus, "Mestre").[78]

Constantino e Cristianismo
Maquete de Roma durante o reinado de Constantino (306-337)

Constantino assumiu o império como um tetrarca em 306. Ele conduziu muitas guerras contra os outros tetrarcas. Em primeiro lugar, ele derrotou Maxêncio em 312. Em 313, ele emitiu o Edito de Milão, que concedia liberdade para os cristãos professarem sua religião. Constantino foi convertido ao cristianismo, reforçando a fé cristã. Ele começou a cristianização do Império e da Europa - um processo concluído pela Igreja Católica durante a Idade Média.[79][80]

Ele foi derrotado pelos francos e pelos alamanos entre 306 e 308. Em 324, ele derrotou outro tetrarca, Licínio, e passou a controlar todo o império, como era antes de Diocleciano. Para celebrar suas vitórias e a relevância do cristianismo, ele reconstruiu Bizâncio e renomeou-a como a Nova Roma; mas a cidade logo ganhou o nome informal de Constantinopla ("Cidade de Constantino").[81][82]

Bizâncio serviu como uma nova capital para o Império, sendo que Roma havia perdido sua importância central desde a crise do terceiro século - Mediolano foi a capital ocidental de 286 a 330, até o reinado de Honório, quando Ravena foi transformada em capital, no século V.[83] As reformas administrativas e monetárias de Constantino, que reuniram o Império sob um imperador e reconstruíram a cidade de Bizâncio, mudaram o mundo antigo.[80]

Colapso

O Saque de Roma em 410, perpetrado pelos visigodos, foi a primeira vez em 800 anos que a capital romana caiu para um inimigo estrangeiro.

Sob os últimos imperadores da dinastia constantiniana e da dinastia valentiniana, Roma perdeu batalhas decisivas contra o Império Sassânida e os bárbaros germânicos: em 363, o imperador Juliano, o Apóstata, foi morto na Batalha de Samarra contra os persas e a desastrosa Batalha de Adrianópolis custou a vida do imperador Valente (364-378); os vitoriosos godos nunca foram expulsos nem assimilados pelo Império.[84] O imperador seguinte, Teodósio I (379-395), deu ainda mais força à fé cristã e, após sua morte, o Império foi dividido em Império Romano do Oriente, governado por Arcádio, e o Império Romano do Ocidente, comandado por Honório, ambos dos quais eram filhos de Teodósio. No final dos séculos IV e V, o Império Romano do Ocidente entrou em um estágio crítico que culminou em seu colapso.[85]

A situação tornou-se mais crítica em 408, após a morte de Estilicão, um general que tentou reunir o Império e repelir a invasão bárbara nos primeiros anos do século V. O exército profissional entrou em colapso. Em 410, a dinastia teodosiana viu os visigodos saquearem Roma.[86] Durante o século V, o Império do Ocidente experimentou uma redução significativa de seu território. Os vândalos conquistaram o norte da África, os visigodos reivindicaram a Gália, a Hispânia foi tomada pelos suevos, a Britânia foi abandonada pelo governo central e o Império sofreu ainda mais com as invasões de Átila, líder dos hunos.[87][88][89][90][91][92]

O general Orestes recusou-se a atender às exigências dos "aliados" bárbaros que agora formavam o exército e tentou expulsá-los da Itália. Infeliz com isso, seu chefe Odoacro derrotou e matou Orestes, invadiu Ravena e destronou Rômulo Augusto, filho de Orestes. Este evento, ocorrido em 476, geralmente marca o fim da Antiguidade Clássica e início da Idade Média na Europa.[93][94]

Após cerca de 1200 anos de independência e quase 700 anos como uma grande potência, o governo de Roma no Ocidente acabou.[95] Várias razões para a queda de Roma foram propostas desde então, incluindo o fim do republicanismo, a decadência moral, a tirania militar, a guerra de classes, a escravidão, a estagnação econômica, as mudanças ambientais, o surgimento de pandemias e o declínio do povo romano, assim como o inevitável fluxo e refluxo que todas as civilizações da história já experimentam. Na época, muitos pagãos argumentavam que o cristianismo e o declínio da religião romana tradicional eram os responsáveis pelo colapso do império; alguns pensadores racionalistas da era moderna atribuem a queda a uma mudança de uma religião marcial para uma religião mais pacifista, que diminuiu o número de soldados disponíveis; enquanto cristãos, como Agostinho de Hipona, argumentavam que a natureza pecaminosa da própria sociedade romana tinha sido a culpada pelo declínio.[96]

Império do Oriente (ou Bizantino)

Ver artigo principal: Império Bizantino
O Império Bizantino em seu auge no ano de 555, durante o período de Justiniano.

O Império do Oriente teve um destino diferente. Ele sobreviveu por quase 1000 anos após a queda de sua contraparte ocidental e se tornou o reino cristão mais estável da Idade Média. Durante o século VI, Justiniano reconquistou o norte da África e a península itálica. Mas poucos anos após a morte de Justiniano, as possessões bizantinas na Itália foram bastante reduzidas pelos lombardos, que se estabeleceram na região.[97]

No leste, parcialmente devido ao efeito enfraquecedor da Praga de Justiniano, os bizantinos foram ameaçados pela ascensão do islã. Seus seguidores rapidamente provocaram a conquista da Síria, a conquista da Armênia e a conquista do Egito durante as guerras bizantino-árabes, e logo representaram uma ameaça direta a Constantinopla.[98][99] No século seguinte, os árabes também capturaram o sul da Itália e a Sicília.[100]

Os bizantinos, no entanto, conseguiram impedir novas expansões islâmicas em suas terras durante o século VIII e, a partir do século IX, recuperaram partes das terras conquistadas.[98][101] Em 1000 d.C., o Império do Oriente estava no auge: Basílio II reconquistou a Bulgária e a Armênia, período em que a cultura e o comércio floresceram.[102]

O fogo grego foi usado pela primeira vez pela marinha bizantina durante as guerras bizantino-árabes. Escilitzes de Madri

No entanto, logo depois, esta expansão foi abruptamente interrompida em 1071 com a derrota bizantina na Batalha de Manzikert. As consequências dessa batalha levaram o império a um longo período de declínio.[98]

Colapso

Ver artigo principal: Queda de Constantinopla

Duas décadas de lutas internas e invasões turcas acabaram levando o imperador Aleixo I Comneno a enviar um pedido de ajuda aos reinos da Europa Ocidental em 1095.[98] O Ocidente respondeu com as Cruzadas, o que eventualmente resultou no saque de Constantinopla pelos participantes da Quarta Cruzada. A conquista de Constantinopla em 1204 fragmentou o que restou do Império em Estados sucessores; o vencedor final foi o Império de Niceia.[103] Após a reconquista de Constantinopla pelas forças imperiais, o Império Bizantino era pouco mais que um Estado grego confinado à costa do mar Egeu. O Império entrou em colapso quando Maomé II, o Conquistador, tomou a cidade Constantinopla em 29 de maio de 1453.[104]

Sociedade

Ver artigos principais: Sociedade Romana e Cidadania romana
O Fórum Romano, o centro político, econômico, cultural e religioso da cidade durante a República e, mais tarde, durante o Império, está agora em ruínas.

Os principais grupos sociais que se construíram em Roma eram os patrícios, os clientes, os plebeus e os escravos:[105][106]

  • Patrícios: eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos.[105][106]
  • Clientes: eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.[105][106]
  • Plebeus: eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas. Apesar da conotação do nome, havia plebeus ricos.[105][106]
  • Escravos: Representavam uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castigá-los, de vendê-los ou de alugar seus serviços. Muitos escravos também eram eventualmente libertados.[105][106]

Família

Ver artigo principal: Casamento na Roma Antiga
Retrato de uma família romana.

As unidades básicas da sociedade romana eram os lares e as famílias (ver gens),[107] que incluíam a cabeça da casa (geralmente o pai), pater familias (pai da família), sua esposa, filhos e outros parentes. Nas classes superiores, escravos e servos também faziam parte do lar.[107] O poder do chefe da família era supremo (patria potestas, "poder do pai") dentro da casa: ele podia forçar o casamento (geralmente por dinheiro) e o divórcio de seus filhos, vendê-los à escravidão, reivindicar a propriedade de seus dependentes ou até punir ou matar membros da família (embora esse último direito aparentemente tenha deixado de ser exercido após o século I a.C.).[108]

O patria potestas se estendia até a filhos adultos com seus próprios lares: um homem não era considerado um pater familias e nem podia verdadeiramente possuir bens, enquanto seu próprio pai estivesse vivo.[108][109] Durante o período inicial da história de Roma, uma filha, quando casava, caia sob o controle (manus) do pater familias da casa de seu marido, embora no final da República isto caído em desuso, visto que a mulher podia optar por continuar reconhecendo a família do pai como sua verdadeira família.[110] No entanto, como os romanos consideravam a descendência através da linhagem masculina, qualquer criança dela pertenceria à família de seu marido.[111]

Pouco carinho era mostrado às crianças de Roma. A mãe ou um parente idoso geralmente criava meninos e meninas. As crianças indesejadas eram frequentemente vendidas como escravas.[112] Em famílias nobres, uma enfermeira grega geralmente ensinava as crianças latinas e gregas. Seu pai ensinava os meninos a nadar e andar, embora às vezes ele contratasse um escravo para fazer isto. Aos sete anos, um menino começava a sua educação. Como não havia prédio da escola, as aulas eram realizadas em um telhado (se estivesse escuro, o menino teria que levar uma lamparina). Pranchas cobertas de cera eram usadas como papel, visto que papiro e pergaminho eram muito caros - ou ele podia apenas escrever na areia. Um pedaço de pão para ser comido também era levado.[113]

Educação

Ver artigo principal: Educação na Roma Antiga
Retrato de jovem lendo um rolo de papiro, Herculano, século I.

No início da República, não havia escolas públicas, então os meninos eram ensinados a ler e escrever por seus pais, ou por escravos instruídos, chamados paedagogi, geralmente de origem grega.[114][115][116] O principal objetivo da educação durante esse período era treinar jovens na agricultura, na guerra, nas tradições romanas e nos assuntos públicos.[114] Os rapazes aprendiam muito sobre a vida cívica, acompanhando seus pais em funções religiosas e políticas, incluindo o Senado para os filhos dos nobres.[115]

Os filhos dos nobres eram aprendizes de uma figura política proeminente aos 16 anos e faziam campanha com o exército a partir dos 17 anos (esse sistema ainda estava em uso entre algumas famílias nobres na era imperial).[115] As práticas educacionais foram modificadas após a conquista dos reinos helenísticos no século III aC e a resultante influência grega, embora as práticas educacionais romanas ainda fossem muito diferentes das gregas.[115][117] Se seus pais pudessem pagar, meninos e algumas meninas com 7 anos de idade eram enviados para uma escola particular chamada ludus, onde um professor (chamado de litterator ou magister ludi, e muitas vezes de origem grega) lhes ensinava leitura, escrita, aritmética e, às vezes, grego, até a idade de 11 anos.[115][116][118]

Aos 12 anos, os estudantes passavam a frequentar as escolas secundárias, onde o professor (agora chamado de grammaticus) ensinava-lhes sobre a literatura grega e romana.[115][118] Aos 16 anos, alguns estudantes iam para a escola de retórica (onde o professor, geralmente grego, era chamado de retor).[115][118] A educação nesse nível preparava os estudantes para carreiras jurídicas e exigia que os alunos memorizassem as leis de Roma.[115]

Forças armadas

Ver artigo principal: História militar da Roma Antiga

Exército

Ver artigos principais: Legião romana e Exército romano
Reencenação de soldados de uma legião romana em formação tartaruga.

O antigo exército romano (c. 500 a.C.) era, como os de outras cidades-Estado contemporâneas influenciadas pela civilização grega, uma militia cidadã que praticava táticas hoplitas. Era pequena (a população de homens livres em idade militar era então de cerca de 9.000 pessoas) e organizada em cinco classes (paralelamente à comitia centuriata, o corpo de cidadãos organizado politicamente), sendo que três forneciam hoplitas e duas forneciam infantaria. O exército romano primitivo era limitado taticamente e sua postura durante esse período era essencialmente defensiva.[119][120][121]

Por volta do século III a.C., os romanos abandonaram a formação de hoplitas em favor de um sistema mais flexível, no qual grupos menores de 120 (ou às vezes 60) homens chamados manipuli podiam manobrar mais independentemente no campo de batalha. Trinta manipuli dispostos em três linhas com tropas de apoio constituíam uma legião, que totalizava entre 4.000 e 5.000 homens.[119][120]

A antiga legião republicana consistia em cinco seções, cada uma das quais era equipada de maneira diferente e tinha lugares distintos em formação: as três linhas de infantaria pesada manipular (hastati, principes e triarii), uma força de infantaria leve (velites) e a cavalaria (equites). Com a nova organização surgiu uma nova orientação para a ofensiva e uma postura muito mais agressiva em relação às cidades-Estados adjacentes.[119][120]

Em plena força nominal, uma legião republicana primitiva incluía 4.000 a 5.000 homens: 3.600 a 4.800 de infantaria pesada, várias centenas de infantaria leve e várias centenas de cavaleiros.[119][122][123] As legiões eram significativamente insatisfatórias devido a falhas de recrutamento ou após períodos de serviço ativo devido a acidentes, vítimas de batalhas, doenças e deserções. Durante a Guerra Civil, as legiões de Pompeu no leste estavam em plena força, porque foram recrutadas recentemente, enquanto as legiões de Júlio César estavam frequentemente bem abaixo da força nominal após um longo serviço ativo na Gália. Esse padrão também se aplica a forças auxiliares.[124][125]

Legionários romanos representados na Coluna de Marco Aurélio.
Encenação histórica do exército romano em manobras.

No final da Guerra Civil, Augusto reorganizou as forças militares romanas, descarregando soldados e dispersando legiões. Ele manteve 28 legiões, distribuídas pelas províncias do Império.[126] Durante o Principado, a organização tática do exército continuou a evoluir. As auxilia continuaram coortes independentes e as tropas legionárias frequentemente operavam grupos de coortes em vez de legiões completas. Um novo tipo de unidade versátil - as coortes equitatae - combinavam cavalaria e legionários em uma única formação. Elas poderiam ser estacionadas em guarnições ou postos avançados e poderiam lutar em suas próprias forças ou combinar-se com outras unidades similares como uma força maior do tamanho de uma legião. Esse aumento na flexibilidade organizacional ajudou a garantir o sucesso de longo prazo das forças militares romanas.[127]

O imperador Galiano (253-268 d.C.) iniciou uma reorganização que criou a última estrutura militar do Império tardio. Retirando alguns legionários das bases fixas na fronteira, ele criou forças móveis (os comitatenses ou exércitos de campo) e as estacionou atrás e a alguma distância das fronteiras como uma reserva estratégica. As tropas fronteiriças (limitanei) estacionadas em bases fixas continuaram a ser a primeira linha de defesa. A unidade básica do exército de campo era o "regimento", legiones ou auxilia de infantaria e vexellationes para cavalaria. Evidências sugerem que forças nominais podem ter sido 1.200 homens para regimentos de infantaria e 600 para cavalaria, embora muitos registros mostrem níveis reais de tropas menores (800 e 400).[128]

Muitos regimentos de infantaria e cavalaria operavam em pares sob o comando de um comes. Além das tropas romanas, os exércitos de campanha incluíam regimentos de "bárbaros" recrutados de tribos aliadas e conhecidos como foederati. Por volta de 400 d.C., os regimentos foederati tornaram-se unidades permanentemente estabelecidas do exército romano, pagas e equipadas pelo Império, lideradas por um tribuno e usadas apenas como unidades romanas. Além do foederati, o Império também usou grupos de bárbaros para lutar junto com as legiões como "aliados" sem integração nos exércitos de campo. Sob o comando do alto general romano presente, eles eram conduzidos em níveis mais baixos por seus próprios oficiais.[128]

Marinha

Ver artigo principal: Marinha romana

Menos se sabe sobre a marinha romana do que sobre o exército romano. Antes de meados do século III a.C., oficiais conhecidos como duumviri navales comandavam uma frota de vinte navios usados ​​principalmente para controlar a pirataria. Esta frota foi abandonada em 278 d.C. e substituída por forças aliadas. A Primeira Guerra Púnica exigiu que Roma construísse grandes frotas, o que fez em grande parte com a assistência e financiamento de aliados. Essa dependência de aliados continuou até o fim da República Romana. O quinquereme era o principal navio de guerra em ambos os lados das Guerras Púnicas e permaneceu o esteio das forças navais romanas até ser substituído na era de César Augusto por embarcações mais leves e manobráveis.[129]

Trirreme da Marinha romana.

Em comparação com um trirreme, o quinquereme permitia o uso de uma mistura de tripulantes experientes e inexperientes (uma vantagem para uma potência primariamente baseada em terra) e sua manobrabilidade menor permitia aos romanos adotar e aperfeiçoar táticas de embarque usando uma tropa de cerca de 40 fuzileiros navais. Os navios eram comandados por um navarco, uma patente igual a um centurião, que geralmente não era cidadão. Potter sugere que, como a frota era dominada por não-romanos, a marinha era considerada não romana e atrofiava em tempos de paz.[129]

Evidências sugerem que, na época do Império tardio (350 d.C.), a marinha romana compreendia várias frotas, incluindo navios de guerra e navios mercantes para transporte e abastecimento. Navios de guerra eram transportados por galeras com três a cinco bancos de remadores. As bases da frota incluíam portos como Ravena, Arles, Aquilea, Misenum e a foz do rio Somme, no oeste, e Alexandria e Rodes, no leste. As flotilhas de pequenas embarcações fluviais (classes) faziam parte das limitanei (tropas fronteiriças) durante este período, baseadas em portos fluviais fortificados ao longo dos rios Reno e Danúbio. Os proeminentes generais que comandaram os exércitos e as frotas sugerem que as forças navais eram tratadas como auxiliares do exército e não como um serviço independente. Os detalhes da estrutura de comando e das forças da frota durante este período não são bem conhecidos, embora as frotas fossem comandadas por prefeitos.[130]

Tecnologia

Representação da Via Ápia em seu auge, uma estrada que liga a cidade de Roma às partes do sul da Itália e que permanece utilizável até hoje.
Porta Nigra, parte de uma antiga muralha romana, em Tréveris, na Bélgica romana. Foi construída entre os anos 186 e 200.

A Roma Antiga ostentava impressionantes proezas tecnológicas, usando muitos avanços que foram perdidos na Idade Média e não foram superados até os séculos XIX e XX. Um exemplo disso é o vidro duplo, que não foi reinventado até a década de 1930. Muitas inovações romanas práticas foram adotadas a partir de projetos gregos anteriores. Avanços foram frequentemente divididos e baseados em artesanato. Os artesãos guardavam as tecnologias como segredos comerciais.[131]

A engenharia civil e a engenharia militar romanas constituíam grande parte da superioridade e do legado tecnológico de Roma e contribuíram para a construção de centenas de estradas, pontes, aquedutos, banhos, teatros e arenas. Muitos monumentos, como o Coliseu, a Pont du Gard e o Panteão, permanecem como testamentos da engenharia e da cultura romana. Os romanos eram famosos por sua arquitetura, que é agrupada com tradições gregas em "arquitetura clássica". Embora houvesse muitas diferenças em relação à arquitetura grega, Roma foi fortemente influenciada pela Grécia ao aderir a projetos e proporções de construções rigorosas e estereotipadas. Além de duas novas encomendas de colunas, compósitas e toscanas, e da cúpula, derivada do arco etrusco.[132]

No século I a.C., os romanos começaram a usar amplamente o concreto, que havia sido inventado no final do século III a.C.. Era um cimento poderoso derivado da pozolana e logo suplantou o mármore como o principal material de construção romano e permitiu muitas formas arquitetônicas ousadas.[133] Também no século I a.C., Vitrúvio escreveu De architectura, possivelmente o primeiro tratado completo sobre arquitetura da história. No final do século I a.C., Roma também começou a usar o vidro soprado logo após sua invenção na Síria por volta de 50 aC.[134] Os mosaicos tomaram o Império depois que amostras foram recuperadas durante as campanhas de Lucius Cornelius Sulla na Grécia.[135]

Com bases sólidas e boa drenagem, as estradas romanas eram conhecidas por sua durabilidade e muitos segmentos do sistema viário romano ainda estavam em uso mil anos após a queda de Roma. A construção de uma vasta e eficiente rede de viagens por todo o Império aumentou dramaticamente o poder e a influência de Roma. Elas permitiram que legiões romanas fossem implantadas rapidamente, com tempos de marcha previsíveis entre os principais pontos do império, não importando a estação do ano.[136] Essas estradas também tinham enorme significado econômico, solidificando o papel de Roma como uma encruzilhada comercial - a origem do ditado "todos os caminhos levam a Roma". O governo romano mantinha um sistema de estações de caminho, conhecido como cursus publicus, que fornecia alimentação para mensageiros em intervalos regulares ao longo das estradas e estabelecia um sistema de relés de cavalos, permitindo que um despacho viajasse até 80 km por dia.[137]

Os romanos construíram vários aquedutos para fornecer água para cidades, locais de manufatura e para a agricultura. No século III, a cidade de Roma era abastecida por 11 aquedutos com uma extensão combinada de 450 km. A maioria dos aquedutos foi construída abaixo da superfície, com apenas pequenas porções acima do solo suportadas por arcos.[138][139] Às vezes, onde vales mais profundos que 500 m tinham que ser cruzados, sifões invertidos eram usados ​​para transportar água através do obstáculo natural.[19]

Os romanos também fizeram grandes avanços no saneamento básico e eram particularmente famosos por seus banhos públicos, chamados thermae, que eram usados ​​para fins higiênicos e sociais. Muitas casas romanas chegaram a ter vasos sanitários com descarga e água encanada. Além disso, um complexo sistema de esgoto, a Cloaca Maxima, era usado para drenar os pântanos locais e transportar resíduos para o rio Tibre.[140]

Alguns historiadores especularam que os canos de chumbo nos sistemas de esgoto e encanamento levaram ao saturnismo generalizado, o que contribuiu para o declínio na taxa de natalidade e a decadência geral da sociedade romana, o que levou ao colapso do Império do Ocidente. No entanto, o teor de chumbo teria sido minimizado porque o fluxo de água dos aquedutos não era interrompido; a água corria continuamente através de sistemas públicos para os drenos e apenas algumas torneiras estavam em uso.[141] Outros autores levantaram objeções semelhantes a essa teoria, também apontando que os canos romanos eram densamente revestidos com depósitos que impediam que o chumbo penetrasse na água.[142]

Pont du Gard, perto na Nîmes, na antiga Gália.

Cultura

Jovem romano com toga. A toga era o traje distintivo dos homens romanos, enquanto as mulheres usavam estolas. A túnica era usado sob a toga, embora os pobres, escravos e crianças pequenas usassem apenas túnicas.
Estátua de c. 20 - 30 d.C. Gliptoteca de Munique
Ver artigo principal: Cultura da Roma Antiga

Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.

A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem, na Idade Média, ao português, francês, italiano, romeno e espanhol (línguas neolatinas).[carece de fontes?]

A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar o mito da Fundação de Roma, com Rômulo e Remo e o Rapto das Sabinas.[carece de fontes?]

Língua

Mosaico satírico da primeira metade do século III encontrado em Tisdro (atual El Jem), no que era a África Proconsular, que faz lembrar um cartoon, onde nem sequer faltam os balões escritos em latim
Ver artigos principais: Línguas do Império Romano e Latim

A língua nativa dos romanos era o latim, uma língua itálica.[143] Seu alfabeto era baseado no alfabeto etrusco, que por sua vez era baseado no alfabeto grego.[144] Embora a maior parte da literatura latina sobrevivente seja composta quase inteiramente pelo latim clássico, uma língua literária e altamente estilizada, polida e artificial do século I a.C, a língua falada do Império Romano era o latim vulgar, que diferia significativamente do latim clássico em aspectos como gramática e vocabulário, e, eventualmente, na pronúncia.[145]

Enquanto o latim continuou a ser a principal língua escrita do Império Romano, o grego veio a ser a língua falada pela elite bem-educada, visto que a maioria da literatura estudada pelos romanos era escrita em grego. Na metade oriental do Império Romano, que mais tarde se tornou o Império Bizantino, o latim nunca foi capaz de substituir o grego e, após a morte de Justiniano I, o grego se tornou a língua oficial do governo bizantino.[146] A expansão do Império Romano espalhou o latim em toda a Europa e o latim vulgar evoluiu para dialetos em diferentes locais, mudando gradualmente e se tornando as muitas línguas românicas distintas atuais.

Educação

Ver artigo principal: Educação na Roma Antiga

A educação na Roma Antiga progrediu de um sistema informal, familiar de educação no início da república, para um sistema baseado em aulas pagas durante o dominato e o império.[147] O sistema de ensino romano foi baseado no sistema grego - e muitos dos professores particulares no sistema romano eram escravos ou libertos gregos.[carece de fontes?]

Devido à extensão do poder de Roma, a metodologia e o currículo utilizado na educação romana foram copiados em suas províncias, e, assim, estabeleceu a base para os sistemas de educação em toda a civilização ocidental mais tarde. A educação organizada permaneceu relativamente rara, e há poucas fontes primárias ou relatos do processo educativo romano até o século II.[carece de fontes?]

Em razão do extenso poder exercido pelo paterfamilias sobre famílias romanas, o nível e a qualidade da educação oferecida às crianças romanas variavam drasticamente de família para família. No entanto, a moralidade popular romana veio eventualmente a esperar que os pais tivessem seus filhos, mas não inicialmente filhas, educados e, até certo ponto, uma educação avançada e completa era esperada de qualquer romano que desejava entrar na política.[148]

As escolas eram nitidamente democráticas no fato de que estavam abertas a todas as classes, e que as taxas eram pouco mais que nominais. Considerando a disciplina e o tratamento dos alunos, não foi feita qualquer distinção entre os filhos dos mais humildes e aqueles das famílias mais suntuosas.[149]

Religião

Panteão de Roma
Ver artigos principais: Religião na Roma Antiga e Mitologia romana

Os romanos tendiam ao sincretismo, enxergando os mesmos deuses sob diferentes nomes e em diferentes lugares do Império, aceitando e assimilando outros deuses europeus, como dos helenos, germânicos e celtas, e semíticos e de outros grupos no Oriente Médio. Sob a autoridade romana, os vários mitos nacionais mais parecidos com os de Roma foram incorporados por analogia no mito romano geral, consolidando ainda mais o controle imperial. Consequentemente, os romanos eram geralmente bastante tolerantes e aceitavam novas divindades e as experiências religiosas de outros povos que faziam parte do seu Império.[150]

Ascensão do cristianismo

Pórtico do Templo de Antonino e Faustina, mais tarde transformado em uma igreja, San Lorenzo in Miranda.

Apegados ao monoteísmo, os cristãos não juravam o culto divino ao imperador, provocando reações violentas. As perseguições ocorreram em curtos períodos, embora violentos, na medida em que o culto divino ao imperador, estabelecido por Augusto mas formalizado por Domiciano, era aplicado nas províncias.[151] Muitos foram perseguidos, outros morreram nas arenas, devorados por feras. Ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas se convertiam ao cristianismo, especialmente pobres e escravos, que se voltavam para a Igreja por acreditarem na promessa de vida eterna no Paraíso.

No ano 313, o imperador Constantino I fez publicar o Édito de Milão, que instituía a tolerância religiosa no império, beneficiando principalmente os cristãos. Com isso, recebeu apoio em sua luta para se tornar o único imperador e extinguir a tetrarquia. Em 361, assumiu o trono Juliano, que tentou reerguer o paganismo, dando-lhe consistência ético-filosófica e reabrindo os templos. Três anos depois o imperador morreu e, com ele, as tentativas de retomar a antiga religião romana. Em 380, Teodósio I (imperador de 379 a 395) oficializou o cristianismo nos territórios romanos e perseguiu os dissidentes. Após seu reinado, o império foi dividido em duas partes. Os filhos de Teodósio assumiram o poder: Arcádio herdou o Império Romano do Oriente, cujo centro político era Constantinopla (antiga Bizâncio, rebatizada em homenagem ao imperador Constantino, localizava-se onde hoje é a cidade turca de Istambul); a Honório coube o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma.

Perseguições e fim do politeísmo

À época da conversão de Constantino I ao cristianismo, os pagãos ainda eram a imensa maioria da população de Roma e os cristãos perfaziam somente 10%, número bastante pequeno e incapaz de fazer do cristianismo uma prática comum e aceita.[152] Mesmo tendo uma maioria pagã, a conversão dos imperadores romanos ao cristianismo levou à perseguição da população pagã de Roma, até o completo aniquilamento das crenças ancestrais. As ações de Constâncio II, que reinou de 337 a 361, marcaram o início da era da perseguição formal contra o paganismo pelo Império Romano Cristão, com a emanação de leis e editos que puniam as práticas pagãs.[153][154]

A partir dos anos 350, novas leis impuseram a pena de morte para aqueles que realizassem ou participassem de sacrifícios pagãos e da adoração de ídolos,[155] os templos foram fechados[150][154] e o tradicional Altar da Vitória foi removido do Senado.[156] Houve também episódios frequentes de cristãos destruindo, saqueando, profanando e vandalizando muitos dos antigos templos pagãos, túmulos e monumentos.[157][158] Mas os rígidos editos imperiais tiveram que enfrentar o vasto seguimento do paganismo entre a população e a resistência passiva dos governadores e magistrados.[150][159][160][161]

Entre tempos de maior e de menor tolerância, a vida dos pagãos tornou-se cada vez mais difícil em Roma e a população foi sendo convertida ao cristianismo.[162] O triunfo do cristianismo no Ocidente sobre o paganismo romano, o arianismo e o paganismo dos bárbaros deveu-se, em grande medida, ao apoio que recebeu do Estado romano e das posteriores monarquias bárbaras convertidas.[163][164]

Arte

Ver artigo principal: Arte da Roma Antiga
Pintura de uma mulher tocando cítara.

A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos adotaram muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. Ao longo de sua história, a arte romana sofreu três grandes influências: a etrusca (na técnica), a grega (na decoração) e a oriental (na monumentalidade). É comum se dizer que Roma conquistara a Grécia militarmente, fora por ela conquistada culturalmente. No começo do período imperial, destacavam-se os romanos que dominavam a língua grega, vestiam-se como os gregos e conheciam as notícias sobre Atenas e Corinto. Em Roma, as casas da elite eram decoradas com estátuas e vasos gregos, originais ou réplicas. Roma tornara-se "a maior cidade grega do mundo".[carece de fontes?]

A arte romana desenvolveu-se principalmente a partir do século II a.C. Para os romanos, a arquitetura era uma arte prática por excelência. Construíram obras importantes, como pontes, viadutos, aquedutos, arcos e colunas triunfais, estradas, termas, teatros, anfiteatros e circos. Destacavam-se as técnicas do arco pleno ou de meia circunferência, que permitiam a construção de abóbadas e cúpulas, e da coluneta ou conjunto de colunas. Embora se valessem de estilos gregos - jônico e coríntio -, os romanos desenvolveram dois tipos de colunas: a toscano e o compósito (uma sobreposição dos dois estilos gregos mencionados). Desenvolvendo novas concepções de espaço, os arquitetos romanos souberam solucionar problemas de ventilação, iluminação e circulação. Utilizaram largamente pedras e tijolos bem cozidos para edificar e argamassas e mármore nos revestimentos.[carece de fontes?]

A arte cristã primitiva nasceu na fase da perseguição, o que provavelmente explica os poucos exemplares restantes. Perseguidos e impedidos de demonstrar sua fé entre os séculos I e IV, os cristãos desenhavam e pintavam símbolos nas paredes das catacumbas.[carece de fontes?]

Ver também

Referências

  1. Chris Scarre, The Penguin Historical Atlas of Ancient Rome (London: Penguin Books, 1995).
  2. McEvedy and Jones (1978).
  3. an average of figures from different sources as listed at the US Census Bureau's Historical Estimates of World Population; see also *Kremer, Michael (1993). "Population Growth and Technological Change: One Million B.C. to 1990" in The Quarterly Journal of Economics 108(3): 681–716.
  4. There are several different estimates for the Roman Empire. Scheidel (2006, p. 2) estimates 60. Goldsmith (1984, p. 263) estimates 55. Beloch (1886, p. 507) estimates 54. Maddison (2006, p. 51, 120) estimates 48. Roman Empire Population estimates 65 (while mentioning several other estimates between 55 and 120).
  5. Mclynn Frank "Marcus Aurelius" p. 4. Published by The Bodley Head 2009
  6. Taagepera, Rein (1979). «Size and Duration of Empires: Growth-Decline Curves, 600 B.C. to 600 A.D». Duke University Press. Social Science History. 3 (3/4): 125. JSTOR 1170959. doi:10.2307/1170959 
  7. A critical dictionary of the French Revolution By François Furet, Mona Ozouf. Pg 793.
  8. Democratization in the South: the jagged wave By Robin Luckham, Gordon White. Pg 11.
  9. American republicanism: Roman ideology in the United States Constitution By Mortimer N. S. Sellers. Pg. 90.
  10. The greatness and decline of Rome, Volume 2 By Guglielmo Ferrero, Sir Alfred Eckhard Zimmern, Henry John Chaytor. Pg. 215+.
  11. Shakespeare and republicanism By Andrew Hadfield. Pg. 68.
  12. The philosophy of law: an encyclopedia, Volume 1 By Christopher B. Gray. Pg. 741.
  13. «Byzantine Empire». Ancient History Encyclopedia. Consultado em 5 de setembro de 2017 
  14. Coarelli 2008, p. 127; 135-136.
  15. Peroni 2008, p. 11.
  16. Salles 2008, p. 113-114.
  17. JANNUZZI, Giovanni (2005). Breve historia de Italia. 1 1 ed. Buenos Aires: Letemendía. pp. 80 p. ISBN 987-21732-7-3 
  18. «Project Gutenberg - Roman History, Books I-III by Titus Livius» (em inglês). Consultado em 11 de abril de 2010 
  19. a b rome.net (ed.). «Ancient Roman Monarchy». Consultado em 4 de julho de 2018 
  20. Langley, Andrew and Souza, de Philip, "The Roman Times", Candle Wick Press, Massachusetts
  21. Matyszak, Philip (2003). Chronicle of the Roman Republic. London: Thames & Hudson. pp. 43–44. ISBN 0-500-05121-6 
  22. Adkins, Lesley; Adkins, Roy (1998). Handbook to Life in Ancient Rome. Oxford: Oxford University Press. pp. 41–42. ISBN 0-19-512332-8 
  23. Hooker, Richard (6 de junho de 1999). «Rome: The Roman Republic». Washington State University. Consultado em 24 de março de 2007. Cópia arquivada em 14 de maio de 2011 
  24. Magistratus by George Long, M.A. Appearing on pages 723–724 of A Dictionary of Greek and Roman Antiquities by William Smith, D.C.L., LL.D. Published by John Murray, London, 1875. Website written 8 December 2006. Retrieved 24 March 2007.
  25. Livius, Titus (Livy) (1998). «Book II». The Rise of Rome, Books 1–5. Traduzido por Luce, T.J. Oxford: Oxford World's Classics. ISBN 0-19-282296-9 
  26. Adkins, Lesley; Adkins, Roy (1998). Handbook to Life in Ancient Rome. Oxford: Oxford University Press. p. 39. ISBN 0-19-512332-8 
  27. a b [1] Plutarch, Parallel Lives, Life of Camillus, XXIX, 2.
  28. a b c Haywood, Richard (1971). The Ancient World. United States: David McKay Company, Inc. pp. 350–358 
  29. Pyrrhus of Epirus (2) and Pyrrhus of Epirus (3) by Jona Lendering. Livius.org. Retrieved 21 March 2007.
  30. [2] Cassius Dio, Roman History, XI, XLIII.
  31. New historical atlas and general history By Robert Henlopen Labberton. Page 35.
  32. Hugh Chisholm (1911). The Encyclopædia Britannica: A Dictionary of Arts, Sciences, Literature and General Information. [S.l.]: Encyclopædia Britannica Company. pp. 652–. Consultado em 31 de maio de 2012 
  33. Enciclopédia Britânica (ed.). «Second Punic War». Consultado em 24 de maio de 2018 
  34. a b Haywood, Richard (1971). The Ancient World. United States: David McKay Company, Inc. pp. 376–393 
  35. Rome: The Punic Wars by Richard Hooker. Washington State University. Written 6 June 1999. Retrieved 22 March 2007.
  36. Bury, John Bagnell (1889). History of the Later Roman Empire. Londres, New York: MacMillan and Co. 
  37. Rome: The Conquest of the Hellenistic Empires Arquivado em 2011-05-01 no Wayback Machine by Richard Hooker. Washington State University. Written 6 de junho de 1999. Acessado em 22 de março de 2007.
  38. Duiker, William; Spielvogel, Jackson (2001). World History Third ed. [S.l.]: Wadsworth. pp. 136–137. ISBN 0-534-57168-9 
  39. Fall of the Roman Republic, 133–27 BC. Purdue University. Acessado em 24 de março de 2007.
  40. a b Eques (Knight) by Jona Lendering. Livius.org. Acessado em 24 de março de 2007.
  41. Adkins, Lesley; Adkins, Roy (1998). Handbook to Life in Ancient Rome. Oxford: Oxford University Press. p. 38. ISBN 0-19-512332-8 
  42. Tuma, Elias H. (1965). Twenty-six Centuries of Agrarian Reform: A Comparative Analysis. [S.l.]: University of California Press. p. 34 
  43. Winningham, Brandon (19 de março de 2007) [2007]. Catiline. [S.l.]: iUniverse, Inc. ISBN 978-0-595-42416-0 
  44. Plutarch Parallel Lives, Life of Caesar, I,2
  45. Scullard, Howard Hayes (1982). From the Gracchi to Nero 5th ed. [S.l.]: Routledge. ISBN 0-415-02527-3 Chapters VI-VIII.
  46. Britânica (ed.). «Pompey the Great». Consultado em 25 de junho de 2018 
  47. Julius Caesar (100BC – 44BC). [3]. Acessado em 21 de março de 2007.
  48. [4] Plutarch, Life of Caesar. Retrieved 1 October 2011
  49. Augustus (31 BC – 14 AD) by Garrett G. Fagan. De Imperatoribus Romanis. Written 5 July 2004. Retrieved 21 March 2007.
  50. Coins of the Emperor Augustus Arquivado em 25 maio 2009 no Wayback Machine; examples are a coin of 38 BC inscribed "Divi Iuli filius", and another of 31 BC bearing the inscription "Divi filius" (Auguste vu par lui-même et par les autres by Juliette Reid Arquivado em 19 março 2009 no Wayback Machine).
  51. [5] Suetonius, The Twelve Caesars, Augustus, XV.
  52. [6] Plutarch, Parallel Lives, Life of Antony, II, 1.
  53. Ancient Library Arquivado em 2011-06-05 no Wayback Machine. Acessado em 9 de setembro de 2011
  54. [7] Plutarch, Parallel Lives, Life of Antony, LXXI, 3–5.
  55. Augustus (63 BC. – AD14) from bbc.co.uk. Retrieved 12 March 2007.
  56. Langley, Andrew and Souza, de Philip:"The Roman Times" pg.14, Candle Wick Press, 1996
  57. «Pax Romana». Britannica Online Encyclopedia 
  58. The Julio-Claudian Dynasty (27 BC −68 AD). pelo Departamento de Arte Romana e Grega, do Metropolitan Museum of Art. Outubro de 2000. Acessado em 18 de março de 2007.
  59. James Orr (1915). The International Standard Bible Encyclopaedia. [S.l.]: Howard-Severance Company. pp. 2598–. Consultado em 31 de maio de 2012 
  60. Charles Phineas Sherman (1917). Roman law in the modern world. [S.l.]: The Boston book company. pp. 50–. Consultado em 31 de maio de 2012 
  61. O'Connell, Robert (1989). Of Arms and Men: A History of War, Weapons, and Aggression. Oxford: Oxford University Press. p. 81. ISBN 0-19-505359-1 
  62. Kreis, Stephen. «Augustus Caesar and the Pax Romana». The History Guide. Consultado em 21 de março de 2007 
  63. Five Good Emperors from UNRV History. Acessado em 12 de março de 2007.
  64. [8] Cassius Dio, Roman History, LXVIII, 1.
  65. a b Metropolitan Museum of Art (ed.). «The Severan Dynasty (193–235)». Consultado em 3 de julho de 2018 
  66. Skip Knox, E.L. «Crisis of the Third Century (235–285)». History of Western Civilization. Boise State University. Consultado em 20 de março de 2007. Cópia arquivada em 3 de maio de 2007 
  67. a b Enciclopédia Britânica (ed.). «The Later Roman Empire». Consultado em 4 de julho de 2018 
  68. a b Gibbon, Edward (1906). «Chapter X». In: Bury, J.B. The History of the Decline and Fall of the Roman Empire (Online version) (em English). [S.l.]: Fred de Fau and Co. 
  69. Pôncio de Cartago, Vida de Cipriano. Transl. Ernest Wallis, c. 1885. Online at Christian Classics Ethereal Library.
  70. [9] Historia Augusta, The Lives of the Thirty Pretenders, III et XXX.
  71. [10] Historia Augusta, The Life of Aurelian, XXXII.
  72. [11] Historia Augusta, The Life of Claudius, I.
  73. [12] Lactantius, De Mortibus Persecutorum, VII.
  74. Joannes Zonaras, Epitome: From Diocletian to the death of Galerius.
  75. Diocletian (284–305 AD) by Ralph W. Mathisen. De Imperatoribus Romanis. 17 de março de 1997. Acessado em 20 de março de 2007.
  76. Ward-Perkins, John Bryan (1994). Roman Imperial Architecture. New Haven, CT: Yale University Press. ISBN 978-0-300-05292-3 
  77. [13] Lactantius, De Mortibus Persecutorum, X-XVI.
  78. Kuhoff, Wolfgang (2002). "Die diokletianische Tetrarchie als Epoche einer historischen Wende in antiker und moderner Sicht". International Journal of the Classical Tradition. 9 (2): 177–178. doi:10.1007/BF02898434 JSTOR 30224306
  79. Gibbon, Edward (1906). «Chapter XX». In: Bury, J.B. The History of the Decline and Fall of the Roman Empire (Online version) (em English). [S.l.]: Fred de Fau and Co. 
  80. a b Britânica (ed.). «Constantine I». Consultado em 4 de julho de 2018 
  81. Gibbon, Edward (1906). «Chapter XVII». In: Bury, J.B. The History of the Decline and Fall of the Roman Empire (Online version) (em English). [S.l.]: Fred de Fau and Co. 
  82. Constantine I (306 – 337 AD) by Hans A. Pohlsander. De Imperatoribus Romanis. 8 de janeiro de 2004. Acessado em 20 de março de 2007.
  83. Honorius (395–423 AD) by Ralph W. Mathisen. De Imperatoribus Romanis. 2 de junho de 1999. Acessado em 21 de março de 2007.
  84. Gibbon, Edward (1906). «Chapter XXVI». In: Bury, J.B. The History of the Decline and Fall of the Roman Empire (Online version) (em English). [S.l.]: Fred de Fau and Co. 
  85. Duiker, William; Spielvogel, Jackson (2001). World History Third ed. [S.l.]: Wadsworth. p. 155. ISBN 0-534-57168-9 
  86. Lapham, Lewis (1997). The End of the World. New York: Thomas Dunne Books. ISBN 0-312-25264-1. pages 47–50.
  87. [14] Bury, J.B.: History of the Later Roman Empire, 8, §2.
  88. [15] Bury, J.B.: History of the Later Roman Empire, 6, §4.
  89. [16] Bury, J.B.: History of the Later Roman Empire, 6, §3.
  90. [17] Bury, J.B.: History of the Later Roman Empire, 9.
  91. «The Germanic Invasions of Western Europe». Universidade de Calgary. Agosto de 1996. Consultado em 22 de março de 2007. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2013 
  92. Duiker, William; Spielvogel, Jackson (2001). World History Third ed. [S.l.]: Wadsworth. p. 157. ISBN 0-534-57168-9 
  93. «Roman Emperors – DIR Romulus Augustulus». www.roman-emperors.org 
  94. Romulus Augustulus (475–476 AD)--Two Views by Ralph W. Mathisen and Geoffrey S. Nathan. De Imperatoribus Romanis. 26 de agosto de 1997. Acessado em 22 de março de 2007.
  95. Durant, Will; Durant, Ariel (1944). The Story of Civilization – Volume III: Caesar and Christ. United States: Simon and Schuster, Inc. p. 670. ISBN 978-1567310238 
  96. Morris Bishop, The Middle Ages, 1996. p. 8
  97. Duiker, William; Spielvogel, Jackson (2001). World History Third ed. [S.l.]: Wadsworth. p. 347. ISBN 0-534-57168-9 
  98. a b c d Hooker, Richard (6 de junho de 1999). «The Byzantine Empire». Universidade do Estado de Washington. Consultado em 8 de abril de 2007. Cópia arquivada em 24 de fevereiro de 1999 
  99. Bray, R.S. (2004). Armies of Pestilence. Cambridge: James Clarke & Co. p. 26. ISBN 978-0-227-17240-7 
  100. Kreutz, Barbara M. (1996). Before the Normans: Southern Italy in the Ninth and Tenth Centuries. Philadelphia: Universidade da Pensilvânia. ISBN 978-0-8122-1587-8 
  101. Duiker, William; Spielvogel, Jackson (2001). World History Third ed. [S.l.]: Wadsworth. p. 349. ISBN 0-534-57168-9 
  102. Basil II (AD 976–1025) by Catherine Holmes. De Imperatoribus Romanis. 1 de abril de 2003. Acessado em 22 de março de 2007.
  103. Gibbon, Edward (1906). «Chapter LXI». In: Bury, J.B. The History of the Decline and Fall of the Roman Empire (Online version) (em English). [S.l.]: Fred de Fau and Co. 
  104. Mehmet II by Korkut Ozgen. Theottomans.org. Acessado em 3 de abril de 2007.
  105. a b c d e Cláudio Fernandes. História do Mundo, ed. «Sociedade romana». Consultado em 5 de julho de 2018 
  106. a b c d e Valerie Hope (29 de março de 2011). BBC, ed. «Social Pecking Order in the Roman World». Consultado em 5 de julho de 2018 
  107. a b Duiker, William; Spielvogel, Jackson (2001). World History Third ed. [S.l.]: Wadsworth. p. 146. ISBN 0-534-57168-9 
  108. a b Casson, Lionel (1998). Everyday Life in Ancient Rome. Baltimore: The Johns Hopkins University Press. pp. 10–11. ISBN 0-8018-5992-1 
  109. Family Values in Ancient Rome by Richard Saller. The University of Chicago Library Digital Collections: Fathom Archive. Written 2001. Visited 14 April 2007.
  110. Adkins, Lesley; Adkins, Roy (1998). Handbook to Life in Ancient Rome. Oxford: Oxford University Press. p. 339. ISBN 0-19-512332-8 
  111. Adkins, Lesley; Adkins, Roy (1998). Handbook to Life in Ancient Rome. Oxford: Oxford University Press. p. 340. ISBN 0-19-512332-8 
  112. Rawson, Beryl (1 de janeiro de 1987). The Family in Ancient Rome: New Perspectives (em inglês). [S.l.]: Cornell University Press. pp. 2 of introduction. ISBN 0801494605 
  113. LifepacHistory&Geography, Grade6 Unidade 3, página 28.z
  114. a b Lecture 13: A Brief Social History of the Roman Empire by Steven Kreis. Written 11 October 2006. Retrieved 2 April 2007.
  115. a b c d e f g h Adkins, Lesley; Adkins, Roy (1998). Handbook to Life in Ancient Rome. Oxford: Oxford University Press. p. 211. ISBN 0-19-512332-8 
  116. a b Werner, Paul (1978). Life in Rome in Ancient Times. Geneva: Editions Minerva S.A. p. 31 
  117. Duiker, William; Spielvogel, Jackson (2001). World History Third ed. [S.l.]: Wadsworth. p. 143. ISBN 0-534-57168-9 
  118. a b c Roman Education. Latin ExCET Preparation. Texas Classical Association. Written by Ginny Lindzey, Setembro de 1998. Acessado em 27 de março de 2007.
  119. a b c d Keegan, John (1993). A History of Warfare. New York: Alfred A. Knopf. pp. 263–264. ISBN 0-394-58801-0 
  120. a b c Potter, David (2004). «The Roman Army and Navy». In: Flower, Harriet I. The Cambridge Companion to the Roman Republic. Cambridge, U.K.: Cambridge University Press. pp. 67–70. ISBN 0-521-00390-3 
  121. For a discussion of hoplite tactics and their sociocultural setting, see Victor Davis Hanson, The Western Way of War: Infantry Battle in Classical Greece, Alfred A. Knopf (New York 1989) ISBN 0-394-57188-6.
  122. Goldsworthy, Adrian (1996). The Roman Army at War 100BC-AD200. Oxford: Oxford University Press. p. 33. ISBN 0-19-815057-1 
  123. Jo-Ann Shelton, ed., As the Romans Did: A Sourcebook in Roman Social History, Oxford University Press (New York 1998)ISBN 0-19-508974-X, pp. 245–249.
  124. Goldsworthy, Adrian (2003). The Complete Roman Army. London: Thames and Hudson, Ltd. pp. 22–24, 37–38. ISBN 0-500-05124-0 
  125. Goldsworthy, Adrian (2008). Caesar: Life of a Colossus. U.K.: Yale University Press. pp. 384, 410–411, 425–427. ISBN 0300126891  Another important factor discussed by Goldsworthy was absence of legionaries on detached duty.
  126. Mackay, Christopher S. (2004). Ancient Rome: A Military and Political History. Cambridge, UK: Cambridge University Press. pp. 249–250. ISBN 0-521-80918-5 
  127. Goldsworthy, Adrian (1996). The Roman Army at War 100BC-AD200. Oxford: Oxford University Press. pp. 36–37. ISBN 0-19-815057-1 
  128. a b Elton, Hugh (1996). Warfare in Roman Europe AD350-425. Oxford: Oxford University Press. pp. 89–96. ISBN 0-19-815241-8 
  129. a b This paragraph is based upon Potter, pp. 76–78.
  130. Elton, Hugh (1996). Warfare in Roman Europe AD350-425. Oxford: Oxford University Press. pp. 99–101. ISBN 0-19-815241-8 
  131. Ancient Roman laws protected against a person corrupting slaves to obtain secrets about the master's arts. Zeidman, Bob (2011). The Software IP Detective's Handbook: : Measurement, Comparison, and Infringement Detection 1st ed. [S.l.]: Prentice Hall. p. 103. ISBN 0137035330 
  132. Dr. Stephen T. Muench e estudante J.P. Lehmer (2017). brewminate.com, ed. «Origin and Evolution of the Roman Dome». Consultado em 8 de julho de 2018 
  133. Nelson, Winter, Thomas (1 de janeiro de 1979). «ROMAN CONCRETE: THE ASCENT, SUMMIT, AND DECLINE OF AN ART» 
  134. Vose, R.H. (1989). Glass. Collins Archaeology: London. ISBN 0-85223-714-6
  135. Witts 2005.
  136. Keegan, John (1993). A History of Warfare. New York: Alfred A. Knopf. p. 303. ISBN 0-394-58801-0 
  137. «Roman road system». Encyclopaedia Britannica. Encyclopaedia Britannica, Inc. Consultado em 19 August 2017  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  138. Peck, Harry Thurston, ed. (1963). «Aquae Ductus». Harper's Dictionary of Classical Literature and Antiquities. New York: Cooper Square Publishers, Inc. pp. 104–106 
  139. Murray, Alexander Stuart; Mitchell, John Malcolm (1911). «Aqueduct». In: Chisholm, Hugh. Encyclopædia Britannica. 2 11th ed. pp. 240–244. Consultado em 31 de outubro de 2017 
  140. Aldrete, Gregory S. (2004). Daily life in the Roman city: Rome, Pompeii and Ostia. Greenwood Publishing Group. ISBN 978-0-313-33174-9, pp.34-35.
  141. Roman Aqueducts and Water Supply by A.T. Hodge (1992)
  142. Grout, James. «Lead Poisoning and Rome». University of Chicago. Consultado em 22 de julho de 2011. Cópia arquivada em 22 de julho de 2011 
  143. Latin Online: Series Introduction by Winfred P. Lehmann and Jonathan Slocum. Linguistics Research Center. The University of Texas at Austin. Written 2007-2-15. Retrieved 2007-4-1.
  144. The Latin Alphabet by J. B. Calvert. University of Denver. Written 1999-8-8. Retrieved 2007-4-1.
  145. Classical Latin Supplement. page 2. Retrieved 2007-4-2.
  146. Adkins, 1998. page 203.
  147. Michael Chiappetta, “Historiography and Roman Education,” History of Education Journal 4, no. 4 (1953): 149-156.(em inglês)
  148. THE ROMAN REPUBLIC AND ROMAN LIFE - Structure of the Roman Family: Power of the Paterfamilias por Anita L. Fisher (2014) (em inglês)
  149. The Private Life of the Romans por Harold Whetstone Johnston "Capítulo 4: CRIANÇAS E EDUCAÇÃO" (1903)
  150. a b c "A History of the Church", Philip Hughes, Sheed & Ward, rev ed 1949, vol I chapter 6.[18]
  151. ATIENZA, Juan G. (1995). Santos pagãos. Deuses ontem, santos hoje. 1 1 ed. São Paulo: Ícone. 295 páginas. ISBN 85-274-0371-4 
  152. The Controversy of Constantine’s Conversion to Christianity
  153. Kirsch, J. (2004) God against the Gods, pp.200-1, Viking Compass
  154. a b "The Codex Theodosianus On Religion", XVI.x.4, 4 CE
  155. Theodosian Code 16.10.6
  156. Sheridan, J.J. (1966) The Altar of Victor – Paganism's Last Battle. in L'Antiquite Classique 35 : 186-187.
  157. Ammianus Marcellinus Res Gestae 22.4.3
  158. Sozomen Ecclesiastical History 3.18.
  159. Catholic Encyclopedia (1914) Flavius Julius Constantius
  160. Ammianus Marcellinus Res Gestae 9.10, 19.12. quote summary: Ammianus describes pagan sacrifices and worship taking place openly in Alexandria and Rome. The Roman Calendar of 354 cites many pagan festivals as though they were still being openly observed. See also the descriptions of pagan worship in the following works: Firmicius Maternus De Errore Profanorum Religionum; Vetus Orbis Descriptio Graeci Scriptoris sub Constantio.
  161. Bowder, D. (1978) The Age of Constantine and Julian
  162. Cameron, Alan.(2010) The Last Pagans of Rome
  163. R. Kirsch, "God Against the Gods," p. 278, Viking Compass, 1997.
  164. J.N Hillgarth, ed. "Christianity and Paganism 350-750,:The Conversion of Western Europe", rev. ed., University of Pennsylvania Press, 1986.

Bibliografia

  • Adkins, Lesley; Roy Adkins (1998). Handbook to Life in Ancient Rome. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-512332-8 
  • Cary, M. (1967). A History of Rome Down to the Reign of Constantine 2nd ed. New York: St. Martin's Press 
  • Casson, Lionel (1998). Everyday Life in Ancient Rome. Baltimore: The Johns Hopkins University Press. ISBN 0-8018-5992-1 
  • Dio, Cassius. «Dio's Rome, Volume V., Books 61–76 (AD 54–211)». Consultado em 17 de dezembro de 2006 
  • Duiker, William; Jackson Spielvogel (2001). World History Third ed. [S.l.]: Wadsworth. ISBN 0-534-57168-9 
  • Durant, Will (1944). The Story of Civilization, Volume III: Caesar and Christ. [S.l.]: Simon and Schuster, Inc. 
  • Elton, Hugh (1996). Warfare in Roman Europe AD350-425. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-815241-8 
  • Flower (editor), Harriet I. (2004). The Cambridge Companion to the Roman Republic. Cambridge, UK: Cambridge University Press. ISBN 0-521-00390-3 
  • Edward Gibbon, The History of the Decline and Fall of the Roman Empire
  • Goldsworthy, Adrian Keith (2008). Caesar: Life of a Colossus. Yale University Press
  • Goldsworthy, Adrian Keith (1996). The Roman Army at War 100BC-AD200. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-815057-1 
  • Goldsworthy, Adrian Keith (2003). The Complete Roman Army. London: Thames and Hudson, Ltd. ISBN 0-500-05124-0 
  • Grant, Michael (2005). Cities of Vesuvius: Pompeii and Herculaneum. London: Phoenix Press. ISBN 1-898800-45-6 
  • Haywood, Richard (1971). The Ancient World. [S.l.]: David McKay Company, Inc. 
  • Keegan, John (1993). A History of Warfare. New York: Alfred A. Knopf. ISBN 0-394-58801-0 
  • Livy. The Rise of Rome, Books 1–5, translated from Latin by T.J. Luce, 1998. Oxford World's Classics. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-282296-9.
  • Mackay, Christopher S. (2004). Ancient Rome: A Military and Political History. Cambridge, UK: Cambridge University Press. ISBN 0-521-80918-5 
  • Matyszak, Philip (2003). Chronicle of the Roman Republic. London: Thames & Hudson, Ltd. ISBN 0-500-05121-6 
  • O'Connell, Robert (1989). Of Arms and Men: A History of War, Weapons, and Aggression. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-505359-1 
  • Scarre, Chris (Setembro de 1995). The Penguin Historical Atlas of Ancient Rome. [S.l.]: Penguin Books. ISBN 0-14-051329-9 
  • Scullard, H. H. (1982). From the Gracchi to Nero. (5th edition). [S.l.]: Routledge. ISBN 0-415-02527-3 
  • Ward-Perkins, John Bryan (1994). Roman Imperial Architecture. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 978-0-300-05292-3 
  • Werner, Paul (1978). Life in Rome in Ancient Times. translated by David Macrae. Geneva: Editions Minerva S.A. 
  • Willis, Roy (2000). World Mythology: The Illustrated Guide. Collingwood, Victoria: Ken Fin Books. ISBN 1-86458-089-5 
  • Witts, Patricia (2005). Mosaics in Roman Britain: Stories in Stone. Stroud: History Press. ISBN 978-0752434216 

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Roma Antiga