Aruaques
![]() | Esta lista relacionada ao Projeto Etnia indígena foi marcada para revisão para o Grupo de trabalho de manutenção e revisão do projeto!
Motivo: Conteúdo pobre, parcial, com dados possivelmente confusos principalmente no quesito de perspectiva da colonização, já que outras fontes fornecem informações diferentes da forma de recepção Se você se interessa pelo assunto, visite o projeto para conhecer as tarefas e discussões em curso. Este artigo está para revisão desde julho de 2018. |

Aruaques |
---|
![]() Mulher arawak usando kweyou, espécie de tanga tecida com sementes, e adornos, destacando-se uma placa de prata no nariz (gravura de 1839, por P.J. Benoît). |
População total |
Regiões com população significativa |
América do Sul |
Línguas |
línguas aruaques, língua guarani, língua castelhana, língua portuguesa |
Religiões |
Aruaques, também conhecidos como aravaques e arauaques, são numerosos grupos indígenas da América cujas línguas pertencem à família linguística aruaque (de arawak, "comedor de farinha"). São encontrados em diferentes partes da América do Sul - Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Venezuela e Antilhas.[1]
No tronco linguístico arawak (arahuaco em espanhol; aportuguesado como "aruaque"), estão catalogadas 74 línguas de vários povos indígenas do Brasil, dentre as quais a língua tariana, a língua palicur, a língua baníua, a língua terena e a língua iaualapiti.
No fim do século XV, os arawaks encontravam-se dispersos pela Amazônia, nas Antilhas, Bahamas, na Flórida e nos contrafortes da Cordilheira dos Andes. Os grupos mais conhecidos são os Tainos, que viviam principalmente na ilha de Hispaniola, em Porto Rico e na parte oriental de Cuba. Os que povoavam as Bahamas foram chamados lucaianos (lukku-cairi ou "povo da ilha").
Trata-se de populações neolíticas praticantes da agricultura, da pesca e da coleta. Produziam também uma cerâmica extremamente rica em adornos e pinturas brancas, negras e amarelas. As populações ameríndias das Antilhas não conheciam a escrita.
Índice
Aruaques na Era Pré-Columbiana[editar | editar código-fonte]
As línguas arawakanas podem ter surgido no vale do rio Orinoco. Subseqüentemente, elas se espalharam amplamente, tornando-se de longe a família de idiomas mais extensa da América do Sul na época do contato europeu, com falantes localizados em várias áreas ao longo dos rios da bacia do Orinoco e dos Amazonas.
Michael Heckenberger, um antropólogo da Universidade da Flórida que ajudou a fundar o Projeto Amazônia Central, e sua equipe encontraram cerâmica elaborada, aldeias circunvizinhas, campos elevados, grandes montes e evidências de redes comerciais regionais que são todos indicadores de uma cultura complexa. Há também evidências de que eles modificaram o solo usando várias técnicas, como a queima deliberada de vegetação para transformá-lo em terra negra, que até hoje é famosa por sua produtividade agrícola. Segundo Heckenberger, a cerâmica e outros traços culturais mostram que essas pessoas pertenciam à família de línguas aruaques.[2]
Contato com os europeus e genocídio[editar | editar código-fonte]
Os arawak foram os primeiros ameríndios a ter contato com os europeus. Quando Cristóvão Colombo chegou às Bahamas, o navio atraiu a atenção dos nativos que, maravilhados, foram ao encontro dos visitantes, a nado. Quando Colombo e seus marinheiros desembarcaram, armados com suas espadas e falando uma língua estranha, os arawak lhes trouxeram comida, água e presentes. Mais tarde, Colombo escreverá em seu diário de bordo:
Eles nos trouxeram papagaios, trouxas de algodão, lanças e muitas outras coisas que trocaram por contas de vidro e guizos. Trocavam de bom coração tudo o que possuíam. Eram bem constituídos, com corpos harmoniosos e feições graciosas. [...] Não usavam armas, que não conheciam, pois quando lhes mostrei uma espada, tomaram-na pela lâmina e se cortaram, por ignorância. Não conheciam o ferro. As lanças são feitas de cana. Dariam bons criados. Com cinquenta homens, poder-se-ia submeter todos eles e fazer deles o que se quisesse.
Colombo, fascinado por essa gente tão hospitaleira, escreverá, ainda:
Desde que cheguei às Índias, na primeira ilha que encontrei, peguei alguns indígenas à força para que eles aprendam e possam me dar informações sobre tudo o que poderíamos encontrar nestas regiões.[3]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Jan Rogoziński, A brief history of the Caribbean : from the Arawak and the Carib to the present, New York, Facts on File, 1999, ISBN 0816038112(em inglês)
- Howard Zinn, Une histoire populaire des Etats-Unis : de 1492 à nos jours, Editions Agone, 2002.(em francês)
- Schmidt Max Os Aruaques. Uma contribuição ao estudo do problema da difusão cultural Disponível em.pdf (Dez. 2010)
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- 2.2.Distribuição da população ameríndia
- Caraibes / Arawaks Conférence de Benoît BERARD (Université des Antilles et de la Guyane) (em francês)
- Site du Musée de Fort de France (em francês)
- Photo d'un tambour tubulaire arawak
- Arawak - Joshua Project (em inglês)
- Les familles amérindiennes en Amérique du Sud (em francês)
- The Arawaks (em inglês)