Linha 15 do Metrô de São Paulo
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A Linha 15–Prata do Metropolitano de São Paulo é uma linha de monotrilho, a sexta Linha do Metrô de São Paulo a entrar em operação. Quando totalmente pronta, contará com 26,6 km de extensão e 18 estações, ligando os distritos do Ipiranga e Cidade Tiradentes, através dos bairros de Vila Prudente, Parque São Lucas, Sapopemba, São Mateus, Iguatemi, entre outros.
Com custo total de R$ 6,40 bilhões[1], atenderá uma demanda estimada em 550 mil passageiros por dia e integrará os Terminais de ônibus de Vila Prudente, Sapopemba, São Mateus e Cidade Tiradentes.[2]. O primeiro trecho, entre as estações Vila Prudente e Oratório, foi inaugurado em 30 de agosto de 2014. Durante 11 meses, a linha funcionou em horários reduzidos, em caráter de teste e sem cobrança de tarifa.[3] Em 10 de agosto de 2015 teve início a operação comercial da linha, e seu horário diário de funcionamento passou a ser das 7h às 19h.[4] Em 26 de outubro de 2016, a linha passou a funcionar no mesmo horário de funcionamento das demais linhas do metrô: das 4h40 até a meia-noite,[5]mas com testes frequentes e não funcionando aos domingos por quase todo o dia[6][7].
Mais quatro estações (São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói é Vila União) foram entregues em abril de 2018, enquanto outras estações (Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus) ainda estão em construção[8][9] O trecho entre as estações Jequiriçá e Cidade Tiradentes foi definido como "não prioritário", portanto a Linha 15–Prata deverá ser totalmente concluída no primeiro semestre de 2021, com a inauguração da Estação Jardim Colonial (no distrito do Iguatemi). Além disso, a linha será totalmente concedida à iniciativa privada até o fim de 2018.[10][11][12]
História
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fd/Cidade_Tiradentes_-_S%C3%A3o_Paulo_City.jpg/220px-Cidade_Tiradentes_-_S%C3%A3o_Paulo_City.jpg)
Essa região começou a ser povoada no final do século XIX e início do século XX, tendo sido a antiga Estrada de Sapopemba criada para ligar a Fazenda homônima à cidade de São Paulo. Às margens da Estrada, foram surgindo algumas fazendas e sítios, porém a ocupação maciça dessa região se daria apenas na metade do século XX. Na década de 1920, começaria a povoação do atual parque São Lucas. Vinte anos depois, e os primeiros núcleos urbanos seriam criados em Sapopemba. Nas décadas de 1950 e 1960, ocorre a progressiva ocupação da região de São Mateus. Conforme essa região foi sendo povoada, loteamentos são implantados, porém o sistema viário era implantado de forma lenta e irregular, e a distância entre o centro da capital e essa região dificultava seu povoamento.
A migração de nordestinos para São Paulo atingiu seu auge no início da década de 1970 e forçou a ocupação dessas áreas distantes do centro de São Paulo. Nos anos 1970 e 1980, a região do Iguatemi e Cidade Tiradentes eram ocupadas. Na década de 1980, a prefeitura de São Paulo investiu na construção de dezenas de conjuntos habitacionais na Cidade Tiradentes, ocupando cada vez mais essa região localizada a 32 km da Praça da Sé.
O povoamento desordenado dessa região aliado ao baixo desenvolvimento econômico tornaria grande parte da Zona Leste região dormitório e diversos problemas de infraestrutura começam a surgir, sendo o transporte o mais grave de todos. Por conta da grande distância dessa região do restante da cidade (onde se concentram os empregos), seus moradores perdem mais de 3 horas em longas viagens de ônibus, seja para trabalhar e ou estudar.
O crescimento da Zona Leste de São Paulo também traria complicações à Linha 3 do Metrô. Sendo a única linha de metrô da região, ela acabaria por receber a maior parte da demanda de passageiros da Zona Leste, o que contribuiu para que essa linha se tornasse superlotada, recebendo o título de linha mais cheia do mundo.[14] Para atender a demanda dessa região, em 2005 seria revisado o projeto do Fura Fila. Transformado em Expresso Tiradentes, seria um corredor de ônibus que ligaria a Cidade Tiradentes até o Parque Dom Pedro II, através das avenidas do Estado, Luís Inácio de Anhaia Melo, Sapopemba, Ragueb Chofi, Estrada do Iguatemi e Avenida dos Metalúrgicos.[15] Após ter seu primeiro trecho concluído entre o Parque Dom Pedro II e a Vila Prudente[16], a prefeitura decidiu, em 2009, substituir o projeto do corredor no trecho seguinte por um projeto de sistema monotrilho à ser implantado pelo estado. Essa substituição foi motivada por conta da grande demanda de passageiros existente no eixo de implantação do sistema (estimado em cerca de 500 mil passageiros /dia), que não conseguiria ser atendida com o corredor de ônibus proposto.[17]
Em 28 de abril de 2009, o prefeito Gilberto Kassab e o governador José Serra anunciaram convênio para alterar o projeto do corredor de ônibus Expresso Tiradentes, passando então a chamar-se Metrô Leve Expresso Tiradentes. No mês seguinte, uma comitiva conjunta da prefeitura de São Paulo e do governo paulista viajou para a Ásia e conheceu o monotrilho da cidade de Osaka.[18]
Implantação do sistema
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fc/Monotrilho_de_SP_%282%29.jpg/220px-Monotrilho_de_SP_%282%29.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fc/Interior_da_Esta%C3%A7%C3%A3o_Vila_Prudente_da_Linha_15_Prata.jpg/230px-Interior_da_Esta%C3%A7%C3%A3o_Vila_Prudente_da_Linha_15_Prata.jpg)
Para acelerar o processo de implantação do sistema monotrilho, o governo paulista utilizou-se de uma licitação antiga (datada de 1992) de construção da Linha 2 do Metrô entre a Vila Prudente e o Oratório. Esse plano foi contestado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que tentou, sem sucesso, suspender as obras.[19] Por conta do uso de licitação da Linha 2- Verde, o governo anunciou para a imprensa que a construção dessa linha era a expansão da Linha 2 Verde. Já o real projeto de expansão da Linha 2 (entre Vila Prudente e a rodovia Dutra) passaria a ser chamado de Linha 15 – Branca. Nos mapas mais recentes sobre a expansão do metrô, essa nomenclatura não está sendo utilizada, sendo a linha de monotrilho representada de forma independente à Linha 2 - Verde. Na segunda semana de setembro de 2012, o atual presidente da Companhia do Metropolitano, Peter Walker, conferiu nova denominação à linha, que agora é oficialmente conhecida como Linha 15 - Prata.[20]
O processo de implantação do sistema monotrilho foi dividido em três fases:
Trecho | Extensão (km) | Estações | Integrações | Inauguração | Observações |
---|---|---|---|---|---|
Vila Prudente ↔ Oratório | 2,9 | 2 | Linha 2-Verde do Metrô / Expresso Tiradentes | 30 de agosto de 2014 | Em operação |
Oratório ↔ São Mateus | 10,1 | 8 | Corredor Metropolitano EMTU | Março de 2018[21] | Trecho em obras desde 11 de junho de 2012[22] |
São Mateus ↔ Hospital Cidade Tiradentes | 11,5 | 7 | Corredor Metropolitano EMTU | Sem previsão | Trecho em desapropriação. |
Ipiranga ↔ Vila Prudente | 2,1 | 1 | Linha 10-Turquesa da CPTM | Sem previsão | Trecho em projeto. |
Demanda
Alguns especialistas criticariam a decisão de se utilizar o sistema monotrilho, por causa do seu uso em regiões menos povoadas, da degradação visual do sistema (sendo comparado ao Minhocão) e da baixa capacidade de transporte se comparados aos sistemas de metrô convencionais[23]. Além disso, alguns sistemas de monotrilho como os de Las Vegas, Dubai, Joanesburgo e Moscou se reveriam deficitários, levando as empresas que os operavam a falir ou contrair grandes prejuízos.[24] O estado rebateria essas críticas apresentado um projeto suficiente para atender a demanda da região, alegando ter um nível de degradação menor que o provocado pelo Minhocão e com implantação mais rápida, se comparado a um sistema de metrô convencional[25]. Também seriam apresentados modelos de sucesso do monotrilho, como o Tóquio (existente desde 1964) e o de Chonqqing, cidade chinesa com a maior rede de monotrilhos do mundo.
Embora atenda a demanda da região, o monotrilho terá uma demanda acima da já atendida pelos demais sistemas de monotrilhos no mundo, colocando o futuro sistema paulistano como o maior do mundo em número de passageiros transportados por hora (40 mil/hora)[26] e segundo maior por dia (Linha 3 de Chongqing sendo o primeiro). O grande número de passageiros à ser transportado diariamente pelo monotrilho também supera a demanda de outros sistemas de metrô, trem urbano, BRT e VLT.
Sistema | Demanda diária (x 1000) / Ano | Meio de transporte |
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550 (2016) [27][28] | Monotrilho |
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537 (2011)[29] | Metrô |
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430 (2011)[30] | Trem urbano |
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417 (2015)[28] | Monotrilho |
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383 (2009) | Monotrilho |
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379 (2012)[31] | Metrô |
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311 (2010) | Monotrilho |
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300 (2012)[32] | BRT |
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250 | Monotrilho |
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215 (2012)[33] | Metrô |
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125 (2016)[34] | Monotrilho |
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120 | Monotrilho |
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100 (2011)[35] | Monotrilho |
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87[36] | Monotrilho |
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82 (2012)[37] | BRT |
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57 (2011)[38][39] | Monotrilho |
Nota: sistemas em construção estão grifados em itálico.
Demanda por trecho
Trecho | Demanda diária (x 1000) |
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Vila Prudente ↔ São Mateus | 340 |
São Mateus ↔ Hospital Cidade Tiradentes | 210 |
Vila Prudente ↔ Hospital Cidade Tiradentes | 550 (Total) |
Arquitetura
Todas as estações do monotrilho serão elevadas, com alturas variando entre 12 e 15 metros, tendo estruturas pré-moldadas de concreto e cobertura metálica.
A implantação de vias elevadas na cidade gerou polêmica entre arquitetos. Alguns chegaram a comparar a estrutura elevada do monotrilho com as vias do Elevado Presidente Costa e Silva (Minhocão) e temem que a implantação do monotrilho causasse degradação similar. Dezenas de árvores estão sendo cortadas e ou transplantadas para outras áreas por conta das obras do monotrilho, o que desagradaria aos moradores do entorno da futura linha [40],embora o Metrô tenha assinado termo de compensação ambiental composto pelo plantio de 12 mil mudas na área lindeira ao monotrilho, a implantação de um parque linear de 20 mil m2 entre as estações Vila Prudente e Tamanduateí e a implantação de uma ciclovia no canteiro central das avenidas e sob as vias do monotrilho. [41] Para diminuir o impacto da implantação do monotrilho, o metrô projetaria a implantação de arborização e de uma ciclovia sob a linha.
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Elevado da Linha 1 do Metrô de São Paulo na Avenida Cruzeiro do Sul
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Monotrilho de Las Vegas
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Viaduto Tiradentes em Porto Alegre. Alguns arquitetos temiam que o monotrilho causasse degradação similar ao de viadutos como o Tiradentes em Porto Alegre e o Elevado Presidente João Goulart em São Paulo
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Pista do Expresso Tiradentes
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Aspecto de trecho do monotrilho de Kuala Lampur. A arborização no seu entorno diminuiu o impacto da estrutura elevada.
Especulação imobiliária
A expansão da rede de metrô/monotrilho despertou uma especulação imobiliária nos distritos de Vila Prudente e São Lucas, que se revela nos diversos empreendimentos recém lançados antes e durante as obras do sistema, sobretudo nas margens da Avenida Professor Luis Inácio Anhaia Melo.
Segundo a Embraesp, o monotrilho pode valorizar em até 30% os imóveis localizados até 1 km de distância das estações, devido à falta de transporte coletivo nessa região populosa, ao contrário da Linha 17-Ouro, onde o futuro sistema poderá eventualmente causar desvalorização de imóveis na região do Morumbi.[42]
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Prédios em construção nas proximidades da Avenida Professor Luis Inácio Anhaia Melo
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Vista dos arredores da estação Vila Prudente. Após a chegada do metrô, houv
Tabela
O monotrilho Vila Prudente - Cidade Tiradentes terá 17 estações, sendo todas elevadas. Cada plataforma terá 90 m de comprimento e portas de plataforma.[43] Por causa da pequena demanda (cerca de 5 mil passageiros por dia) que será atendida pelas estações Camilo Haddad, Iguatemi e Jequiriçá, elas seriam batizadas pela imprensa de mini estações.[44]
Estação | Sigla | Inauguração | Integração | Distrito |
---|---|---|---|---|
Ipiranga | IPM | Em projeto | ![]() |
Ipiranga |
Vila Prudente | VPM | 30 de agosto de 2014 | ![]() ( ![]() |
Vila Prudente |
Oratório | ORT | 30 de agosto de 2014 | São Lucas | |
São Lucas | SLU | 6 de abril de 2018[45] | São Lucas | |
Camilo Haddad | CAD | 6 de abril de 2018[45] | São Lucas | |
Vila Tolstói | VTL | 6 de abril de 2018[45] | São Lucas/Sapopemba | |
Vila União | VUN | 6 de abril de 2018[45] | Sapopemba | |
Jardim Planalto | JPL | agosto de 2018[45][46][47] | Sapopemba | |
Sapopemba | SAP | setembro de 2018[45][48][47] | ![]() |
Sapopemba |
Fazenda da Juta | FJT | setembro de 2018[45][48][47] | Sapopemba | |
São Mateus | MAT | setembro de 2018[45][48][47] | ![]()
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São Mateus |
Jardim Colonial | IGT | 2021[45] | São Mateus | |
Jequiriçá | JEQ | Sem previsão | Iguatemi | |
Jacú-Pêssego | JPS | Sem previsão | Iguatemi | |
Érico Semer | ESM | Sem previsão | Iguatemi | |
Márcio Beck | MBK | Sem previsão | Cidade Tiradentes | |
Cidade Tiradentes | CDT | Sem previsão | ![]() |
Cidade Tiradentes |
Hospital Cidade Tiradentes | HCT | Sem previsão | ![]() |
Cidade Tiradentes |
Obs: Siglas em negrito indicam estações em construção. Integrações (entre parênteses) indicam integrações futuras ou em construção, e integrações em itálico indicam integrações pagas.
Dados técnicos
Innovia 300 | |
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![]() Modelo utilizado em São Paulo ---- | |
Fabricante | Bombardier |
Fábrica | Kingston (Ontário)[50] / |
Família | Innovia |
Período de construção | 2011-2014 |
Entrada em serviço | 2014 |
Total construídos | 54 (previsto) |
Formação | 7 carros |
Capacidade | 1000 passageiros |
Operador | Metrô de São Paulo |
Depósitos | Oratório e Ragueb Chofi |
Linhas | Linha 15–Prata |
Especificações | |
Corpo | alumínio |
Comprimento Total | 85 m |
Largura | 3,14 m |
Altura | 4,04 m |
Portas | 4 por carro (2 de cada lado) |
Velocidade máxima | 80 km/h |
Peso | 14,400 kg (cada carro vazio) |
Aceleração | 1,0 m s² |
Desaceleração | 1,0 m s² |
Tipo de tração | elétrica |
Tipo de climatização | HVAC |
Alimentação | 750 VCC |
Captação de energia | trilho |
Freios | regenerativo/fricção |
Via
As vias do monotrilho são constituídas de vigas guia de concreto de 30 m de comprimento e 70 cm de largura, sendo sustentadas por colunas de concreto com altura entre 12 e 15 e diâmetro de 1m. A via terá rampa máxima de 6%.[25]
Pátios
A Linha 15–Prata terá dois pátios para abrigar seus 54 trens de 7 carros:
- Pátio Oratório: Localizado na Avenida do Orátorio, 1053, era uma planta industrial da empresa têxtil Coats Corrente, desativada em 1997 e vendida ao Grupo Zafari, que iniciaria obras de construção de um supermercado até as mesmas serem embargadas pela prefeitura, obrigando o grupo gaúcho a investir em outra área na Pompéia. Posteriormente a área seria desapropriada para a implantação do Pátio Oratório do Monotrilho. O pátio Oratório será o principal pátio da Linha 15 e terá capacidade para abrigar 54 trens em 5,6 mil metros de vias.[52][53]
- Pátio Ragueb Chofi: Com uma área de 55 mil metros quadrados, o pátio Ragueb Chofi servirá como pátio auxiliar.[25]
Trens
O Metrô de São Paulo realizou uma licitação internacional para a construção do sistema monotrilho, que necessita de 54 trens para atender a demanda de 550 mil passageiros por dia. Quatro consórcios se apresentaram para a disputa. Quatro empresas fabricantes de monotrilho integraram esses consórcios: Hitachi, Intamin, Scomi e Bombardier, sendo esta última a vencedora do certame.
A Bombardier utiliza a plataforma Innovia, já utilizada no monotrilho de Las Vegas, e desenvolveu o maior trem para monotrilho do mundo, com 85 m de comprimento, divididos em 7 vagões, tendo a composição a capacidade de transportar mais de 1 mil passageiros.
Esses trens estão sendo construídos na planta da Bombardier em Kingston (Ontário) e na nova planta da empresa localizada em Hortolândia. Em agosto de 2012 foi feita uma exposição de um mock-up em tamanho real do monotrilho. Em 30 de outubro de 2013 o primeiro trem foi apresentado ao público.[54]
Sistemas de sinalização
O monotrilho terá o sistema de sinalização CBTC, que proporcionará um intervalo entre trens mínimo de 75 segundos, embora o intervalo de operação seja de 90 segundos. O sistema de operação do trem é baseado no sistema driverless (sem operador humano a bordo), similar ao existente na Linha 4 Amarela. Esse sistema causaria grande polêmica por conta de dispensar o operador humano, alimentada pela colisão entre trens ocorrida em 16 de maio de 2012 na Linha 3–Vermelha, (causada por falha no sistema automático ATO) minimizada pela presença do operador de trens. O Sindicato dos Metroviários é contrário ao sistema por acreditar que o mesmo é inseguro e principalmente por conta da extinção da função de operador de trem[55]. Alguns especialistas em transporte rebateriam o argumento, afirmando que o CBTC/Driverless é utilizado em diversos sistemas do mundo, com altos índices de segurança operacional.[56]
Referências
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