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Polónia: diferenças entre revisões

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A mais importante missão da Forças Armadas Polacas é defender a soberania do governo sobre o território e defender os interesses da Polónia no exterior.<ref name="mil">''[http://www.wp.mil.pl/pliki/File/zalaczniki_do_stron/SBN_RP.pdf Strategia Bezpieczeństwa Narodowego RP]''. ''www.wp.mil.pl''. Página visitada em 2008-09-26.</ref> O objectivo das forças armadas é também ajudar as tropas da [[OTAN]] e na Defesa da Europa, seja na economia, seja nas instituições políticas, através da modernização e reorganização dos seus militares.<ref name="mil" /> A doutrina das Forças Armadas da Polónia tem a mesma natureza defensiva da de seus parceiros da [[OTAN]]. A Polónia passou a ter um papel cada vez mais relevante como uma potência de manutenção da paz, através de várias missões de paz com as forças das [[Nações Unidas]].<ref name="mil" />
A mais importante missão da Forças Armadas Polacas é defender a soberania do governo sobre o território e defender os interesses da Polónia no exterior.<ref name="mil">''[http://www.wp.mil.pl/pliki/File/zalaczniki_do_stron/SBN_RP.pdf Strategia Bezpieczeństwa Narodowego RP]''. ''www.wp.mil.pl''. Página visitada em 2008-09-26.</ref> O objectivo das forças armadas é também ajudar as tropas da [[OTAN]] e na Defesa da Europa, seja na economia, seja nas instituições políticas, através da modernização e reorganização dos seus militares.<ref name="mil" /> A doutrina das Forças Armadas da Polónia tem a mesma natureza defensiva da de seus parceiros da [[OTAN]]. A Polónia passou a ter um papel cada vez mais relevante como uma potência de manutenção da paz, através de várias missões de paz com as forças das [[Nações Unidas]].<ref name="mil" />


{{Cidades mais populosas da Polónia}}
{{Cidades mais populosas da Polônia}}


== Subdivisões ==
== Subdivisões ==

Revisão das 21h10min de 23 de agosto de 2011

República da Polónia
Rzeczpospolita Polska
Bandeira da Polónia
Bandeira da Polónia
Brasão de armas da Polónia
Brasão de armas da Polónia
Bandeira Brasão de armas
Hino nacional: Mazurek Dąbrowskiego
("Mazurca de Dąbrowski")
noicon
Gentílico: Polaco ou polonês

Localização da Polónia
Localização da Polónia

Localização da Polónia (em verde)
No continente europeu (em cinzento e verde-claro)
Na União Europeia (em verde-claro)
Capital Varsóvia
52°13′N 21°02′E
Língua oficial Polaco
Governo República parlamentarista
• Presidente Bronisław Komorowski
• Primeiro-ministro Donald Tusk
Formação
• Cristianização 14 de abril de 966
• Segunda República 11 de novembro de 1918
Entrada na UE 1 de maio de 2004
Área
  • Total 312 679 km² (69.º)
 • Água (%) 3,07
População
 • Estimativa para 2007 38 518 241 hab. (31.º)
 • Censo 2002 38 530 080 hab. 
 • Urbana 30.459.782 hab.
 • Densidade 122 hab./km² (83.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2005
 • Total US$ 721,31 bilhões(20.º)
 • Per capita US$ 18.837 (44.º)
IDH (2010) 0,795 (41.º) – muito alto[1]
Moeda Złoty (PLN)
Fuso horário CET (UTC+1)
 • Verão (DST) +2
Cód. ISO POL
Cód. Internet .pl
Cód. telef. +48
Website governamental www.poland.pl

A Polónia (português europeu) ou Polônia (português brasileiro) (em polaco Polska), oficialmente República da Polónia, é um país da Europa Central[2][3] que limita com a Alemanha a Oeste, com a República Checa e a Eslováquia ao Sul, com a Ucrânia e a Bielorrússia a Leste e com a Lituânia e o exclave russo de Kaliningrado ao Norte. É banhada pelo mar Báltico a Norte; ademais, possui uma fronteira marítima com a Dinamarca e a Suécia. A sua superfície total é de 312.683 km²,[4] o que a torna o 68º maior país do mundo. A sua população é de mais de 38,5 milhões de habitantes,[4] concentrados principalmente em grandes cidades como Cracóvia e a capital Varsóvia, o que o torna o 34º país mais populoso do mundo,[5] e um dos mais populosos Estados-membros da União Europeia.[4]

O primeiro estado polaco foi criado em 966, com um território muito semelhante ao da moderna Polónia. Tornou-se um reino em 1025 e, em 1569, fortaleceu uma longa associação com o Grão-Ducado da Lituânia para criar a Comunidade Polaco-Lituana; esta associação desmoronou em 1795, e o território polaco foi dividido entre o Reino da Prússia, o Império da Rússia e a Áustria. O país recuperou sua independência como a Segunda República Polaca em 1918 após a Primeira Guerra Mundial, mas foi ocupada pela Alemanha Nazi e pela União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Durante o período de invasão, o país perdeu cerca de 6 milhões de cidadãos, emergindo anos depois como a República Popular da Polónia, dentro do Bloco do Leste, sob forte influência soviética.

Em 1989, o governo comunista foi derrubado e a Polónia inaugurou a fase informalmente conhecida como "Terceira República Polaca". Actualmente, a Polónia é uma democracia liberal, membro da União Europeia, da OTAN, da OCDE e da OMC.[4]

História

Ver artigo principal: História da Polónia

Pré-história

Os historiadores postularam que ao longo da Antiguidade Tardia diversos grupos étnicos povoaram a região actualmente conhecida como Polónia. A exacta etnia e afiliação linguística destes grupos ainda é motivo de acalorados debates; a data e a rota tomada pelos colonizadores originais eslavos nestas regiões, em particular, desperta grande controvérsia.

O mais famoso achado arqueológico da pré-história da Polónia é a colónia fortificada de Biskupin (reconstruída actualmente como um museu), que remonta à cultura lusaciana (uma etnia que habitava perto do Rio Neisse) da Idade do Ferro, por volta de 700 a.C.

Fundação e Idade do Ouro

A Polónia foi fundada em meados do século X, pela dinastia Piast. O primeiro governante polaco historicamente verificado, Mieszko I, foi batizado em 966 e adoptou então o catolicismo como religião oficial do seu país. No século XII, a Polónia fragmentou-se em diversos Estados menores, que foram posteriormente devastados pelos exércitos mongóis da Horda Dourada em 1241, 1259 e 1287. Em 1320, Ladislau I tornou-se rei de uma Polónia reunificada. Seu filho, Casimiro III, é lembrado como um dos maiores reis polacos da história. A Peste Negra, que afectou grande parte da Europa de 1347 a 1351, não chegou à Polónia.[6]

Mapa da Europa Central com a localização da Comunidade Polaco-Lituana, em sua maior extensão.

Sob a dinastia Jaguelônica, a Polónia forjou uma aliança com seu vizinho, o Grão-Ducado da Lituânia. Começou então, após a União de Lublin, uma idade do ouro que se estendeu ao longo do século XVI e que deu origem à Comunidade Polaco-Lituana.[7] A szlachta (nobreza) da Polónia, muito mais numerosa do que nos países da Europa Ocidental, orgulhava-se de suas liberdades e de seu sistema parlamentar. Durante este período próspero, a Polónia expandiu as suas fronteiras de modo a tornar-se o maior país da Europa.[8]

As partilhas da Polónia

Em meados do século XVII, uma invasão sueca (o chamado "Dilúvio") e a revolta cossaca de Chmielnicki, que devastaram o país, marcaram o final da idade do ouro.[9] A gradual deterioração da Comunidade, que passou de potência europeia a uma situação de quase anarquia controlada pelos vizinhos, foi marcada por diversas guerras contra a Rússia e pela ineficiência governamental causada pelo Liberum Veto (segundo o qual cada um dos membros do parlamento tinha o direito de dissolvê-lo e de vetar projectos de lei). As tentativas de reformas foram frustradas pelas três partilhas da Polónia (1772, 1793 e 1795) que condenaram o país a desaparecer do mapa e seu território a ser dividido entre Rússia, Prússia e Áustria.

Os polacos ressentiram-se desta situação e rebelaram-se em diversas ocasiões contra as potências que partilharam o país, em especial no século XIX. Em 1807, Napoleão restabeleceu um Estado polaco, o Ducado de Varsóvia, mas em 1815, após as guerras napoleónicas, o Congresso de Viena tornou a partilhar o país. A porção oriental coube ao tsar russo, e era regida por uma constituição liberal. Entretanto, os tsares logo trataram de restringir as liberdades polacas e a Rússia terminou por anexar de facto o país. Posteriormente no século XIX, a Galícia (então governada pela Áustria) e, em particular, a Cidade Livre de Cracóvia, tornaram-se um centro da vida cultural polaca.

A reconstituição da Polónia

O território polaco foi movido na direcção Oeste ao término da Segunda Guerra Mundial: em rosa, o território cedido pela Polónia à União Soviética; em amarelo, o território cedido pela Alemanha à Polónia.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os Aliados concordaram em restabelecer a Polónia, conforme o ponto 13 dos Catorze Pontos do presidente norte-americano Woodrow Wilson. Pouco depois do armistício alemão de novembro de 1918, a Polónia recuperou sua independência, numa fase histórica conhecida como "Segunda República Polaca". A independência foi reafirmada após uma série de conflitos, em especial a Guerra Polaco-Soviética (1919-1921), quando a Polónia infligiu uma derrota acachapante ao Exército Vermelho.

O golpe de Maio de 1926, por Józef Piłsudski, entregou as rédeas da república polaca ao movimento Sanacja (uma coalizão em busca da "limpeza moral" da política do país). Este movimento controlou a Polónia até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, quando tropas nazis (em 1º de Setembro) e soviéticas (em 17 de Setembro) invadiram o país. Varsóvia capitulou em 28 de Setembro. Conforme o Pacto Ribbentrop-Molotov, a Polónia foi partilhada em duas zonas, uma ocupada pela Alemanha e outra, a leste, ocupada pela União Soviética.

De todos os países envolvidos na guerra, a Polónia foi o que mais perdeu em vidas, proporcionalmente à população total: mais de seis milhões de habitantes morreram, metade deles judeus. Foi da Polónia a quarta maior contribuição em tropas para o esforço de guerra aliado, após a URSS, o Reino Unido e os EUA. Ao final do conflito, as fronteiras do país foram movidas na direcção Oeste, de modo a levar a fronteira oriental para a linha Curzon. Entrementes, a fronteira ocidental passou a ser a linha Óder-Neisse. A nova Polónia emergiu 20% menor em território (menos 77.500 km²). O redesenho dos limites forçou a migração de milhões de pessoas, principalmente polacos, alemães, ucranianos e judeus. O país foi um dos que mais sofreram com o Holocausto nazi.

A Polónia do pós-guerra

Mapa cronológico mostrando o desenvolvimento territorial da Polônia de 1635 a 2009.

A União Soviética instituiu um novo governo comunista na Polónia, semelhante ao do restante do bloco soviético, o que levou a um alinhamento militar com o Pacto de Varsóvia ao longo da Guerra Fria.[10] Em 1948, instalou-se um regime totalitário de molde estalinista. A República Popular da Polónia (Polska Rzeczpospolita Ludowa) foi oficialmente proclamada em 1952. Em 1956, o regime de Władysław Gomułka tornou-se temporariamente mais liberal, ao libertar diversas pessoas da prisão e aumentar algumas liberdades individuais, situação que se repetiu nos anos 1970 com Edward Gierek, embora persistisse a perseguição contra a oposição aos comunistas.

As agitações trabalhistas de 1980 levaram à formação do sindicato independente "Solidariedade" (Solidarność) que, com o tempo, tornou-se uma força política. Em 1989, venceu as eleições parlamentares. Lech Wałęsa, um candidato do Solidariedade, venceu as eleições presidenciais em 1990. O movimento Solidariedade prenunciou o colapso do comunismo na Europa Oriental.

Dias atuais

Um programa económico de choque conduzido por Leszek Balcerowicz no início dos anos 1990 dotou o país de uma economia de mercado. Apesar de retrocessos temporários em índices sociais e económicos, a Polónia foi o primeiro país pós-comunista a atingir o seu nível de PIB pré-1989.[10] Os direitos individuais foram ampliados, como a liberdade de expressão. Em 1991, a Polónia tornou-se membro do Grupo de Visegrád; em 1999, da OTAN, juntamente com a República Checa e a Hungria. A Polónia aderiu à União Europeia em 1 de Maio de 2004.

Geografia

Imagem satélite da Polónia em Fevereiro de 2003.
Ver artigo principal: Geografia da Polónia

A paisagem da Polónia consiste quase inteiramente em terras baixas da planície da Europa do Norte, com uma altitude média de 173 metros, embora os Sudetos (incluindo o Karkonosze) e os Cárpatos (incluindo os montes Tatra, onde se encontra o ponto mais alto da Polónia, o Rysy, com 2 499 m de altitude) constituem a fronteira Sul. Vários grandes rios atravessam a planície, nomeadamente o Vístula (Wisła), o Oder (Odra), o Wadra, e o Bug Ocidental. A Polónia contém ainda mais de 9 300 lagos, especialmente no norte do país. A Masúria (Mazury) é a maior e mais visitada região lacustre da Polónia. Sobrevivem restos das antigas florestas: veja a lista de florestas na Polónia.

A Polónia tem um clima temperado, com invernos frios, encobertos e moderadamente severos, com precipitação frequente, e verões suaves, com aguaceiros e trovoadas frequentes.

Rios

Rio Vístula em Modlin, Polônia.

Os maiores rios são o Vístula (em polonês/polaco: Wisła), (1047 km ou 651 milhas); o Oder (em polonês/polaco: Odra)que forma parte da fronteira ocidental da Polónia, (854 km ou 531 milhas); seu afluente, o Warta, (808 km ou 502 milhas) ; e o Bug, um afluente do Vístula, (772 km) . O Vístula e o Oder desaguam no Mar Báltico, com muitos deltas na Pomerania. O rio Łyna e Angrapa desaguam pelo Rio Pregolya para o Báltico, e o Rio Czarna Hańcza desagua no Báltico pelo Neman. Embora a grande maioria dos rios na Polónia desaguam no Mar Báltico, os cursos d'água polacos têm origem no Orava, que desagua passando pelo Rio Váh e pelo Danúbio para o Mar Negro.Os rios orientais têm origem em alguns riachos que desaguam no Rio Dniestre para o Mar Negro.

Os rios polacos são usados desde muito tempo para navegação. Os Vikings, por exemplo, viajaram pelo Vístula e pelo Oder em seus Navios Dragão. Na Idade Média e na antigüidade moderna, quando a Polônia-Lituânia foi um dos grandes estados mercadores da Europa, o carregamento de grãos e outros produtos agrícolas viajando em direção ao Vístula (Gdańsk) e que seguia para a Europa Oriental teve grande importância.

Geologia

Pedras de Granito no Alto Tatra, Polônia.

A estrutura geológica da Polónia foi formada por uma colisão continental de Europa e África há mais de 60 milhões de anos, e de uma glaciação ocorrida na Europa no período quaternário, entre outros. Ambos os processos originaram os Sudetos e os Cárpatos. A paisagem Morena no norte da Polónia contém solos na maioria constituídos por areia ou marga, e os vales de rios da idade do gelo contém loess. O planalto de Cracow Częstochowa, a cadeia de montanhas "Pieniny", e a cadeia de montanhas "Tatras Ocidentais" consistem de calcário, e o Alto Tatras, os Montes Beskids, e os Montes Karkonosze são feitos de granito e basalto. Os montes Kraków-Częstochowa são uma das mais antigas cadeias de montanhas do mundo.

Montanhas e topografia

A Polónia tem 21 montanhas acima de 2000m, todas nas Montanhas Tatra. Os Tatras, que consistem no Alto Tatras e Tatras Ocidentais, é o grupo de montanhas mais altas da Polónia. Nos Tatras se localiza o ponto mais alto da Polónia, o pico de Rysy (2499). E no seu sopé se localiza um lago, o Morskie Oko. O segundo maior grupo de montanhas da Polónia são os montes Beskides, em que o mais alto pico é o Babia Góra (1725m). O terceiro maior grupo de montanhas é o Karkonosze, em que o pico mais alto é o Śnieżka (1602m).Entre as mais belas montanhas da Polónia são os Montes Bieszczady no sudeste da Polónia, que tem como ponto mais elevado em território polaco o Tarnica, com uma elevação de 1346m. Turistas também frequentam os Montes Gorce no Parque Nacional dos montes Gorce, com elevações médias de (1300m).

Demografia

Ver artigo principal: Demografia da Polónia
Evolução demográfica da Polónia de 1961-2003.

Desde o século XIV, a Polónia foi um estado multiétnico e multirreligioso. Em 1385 a Polónia e a Lituânia assinaram o pacto da união pessoal (O Grão Duque da Lituânia foi também o Rei da Polónia). No século XVI o rei Zygmunt II August unificou os dois países (união real em Lublin1569). Foi fundado o Estado Polaco–Lituano. Neste século habitavam na Polónia 9 milhões de pessoas (40% eram polacos). As outras nacionalidades eram: os bielorrussos, os ucranianos, os judeus, os arménios e os lituanos. No 1795 a Polónia foi invadida pela Rússia, a Áustria e a Prússia. Em 1918 recuperou a independência.

Antes da Segunda Guerra Mundial moravam no país 35 000 000 habitantes: polacos (69%) ucranianos (14%), judeus (8,4%) e bielorrussos (4%), alemães (2,3%) e lituanos. Depois de 1945 a Polónia tornou-se um pais monolítico (polacos 98%).

Cidadãos polacos 1000 - 2002
Ano/Século Área total Habitantes %
1000 250 000 km² 1,1 milhão polacos cerca 99%
1370 270 000 km² 2,5 milhões polacos 80%
século XV (união com a Lituânia) 900 000 km² 8 milhões polacos 40%
século XVI 1 milhão km² 9 milhões polacos 40%
1772 775 000 km² 14 milhões polacos 40%
1938 390 000 km² 35,1 milhões polacos 69%, ucranianos 14%, judeus 9%, bielorrussos 4%
1946 312 000 km² 26 milhões polacos cerca 85%
2002 312 000 km² 38,3 milhões polacos 97%

Religião

A população da Polónia é maioritariamente cristã com 91,4% dos polacos a seguirem o Cristianismo, na sua maioria católicos correspondendo a 89,8% da população (cerca de 75% dos quais são católicos praticantes) , seguem-se os ortodoxos que são 1,3% e os protestantes que são 0,3%. Outras religiões são praticadas por 0,3% da população e ainda a religião de 8,3% da população é desconhecida. A informação é de 2002 e é divulgada pelo CIA-The World Factbook.

Segundo o site www.catholic-hierarchy.org em 2004 o número de católicos na Polónia correspondia a 94,34% da população o que revela um aumento face a 2002.

Religiões na Polónia do século XVI ao século XX.
Anos Católicos Grecocatólicos Protestantes Ortodoxos
1596 40% 45% 8% A maioria aceita a união com a Igreja Católica
1923 64% - 19 milhões 11% - 3,1 milhões 3,2% - 0,9 milhões 11% - 3,2 milhões
2002 96% - 37 milhões 0,2% - 0,1 milhões 2,4% - 0,7 milhões 0,5% - 0,25 milhões

Política

Ver artigo principal: Política da Polónia
Lech Kaczyński, presidente da Polónia, morreu vítima de acidente áereo em 10 de abril de 2010

A Polónia é uma democracia liberal que adota o sistema parlamentarista de governo. O presidente é o chefe de Estado e o primeiro-ministro, chefe de governo. O governo compõe-se do conselho de ministros (gabinete). Incumbe ao presidente nomear o governo por proposta do primeiro-ministro, com base na maioria parlamentar (ou de coligação) da câmara baixa do parlamento (o Sejm). O presidente é eleito por voto directo a cada cinco anos. Os membros do Sejm são eleitos pelo menos a cada quatro anos por voto directo.

O parlamento polaco constitui-se por duas câmaras: o senado, com 100 cadeiras, e o Sejm, com 460 cadeiras. Este último é eleito por representação proporcional. Com excepção de partidos de minorias étnicas, apenas as agremiações que ultrapassem 5% dos votos nacionais podem ter deputados no Sejm. Quando em sessão conjunta, o senado e o Sejm formam a Assembléia Nacional (Zgromadzenie Narodowe), convocada quando o presidente assume o cargo, é indiciado pelo Tribunal de Estado ou é declarado incapaz devido a sua saúde.

O poder Judiciário inclui o Supremo Tribunal da Polónia (Sąd Najwyższy), o Supremo Tribunal Administrativo, o Tribunal Constitucional e o Tribunal de Estado.

Lech Kaczynski, presidente da Polônia entre 2005 e 2010, morreu na queda do avião em que viajava, no dia 10 de Abril de 2010 na região do aeroporto de Smolensk, no oeste da Rússia. Um porta-voz do governo informou que o país terá eleições presidenciais antecipadas, ainda sem data definida. Por enquanto, o governo foi assumido pelo presidente da Câmara Baixa do Parlamento, Bronisław Komorowski.[11]

O segundo turno das eleicoes presidenciais ocorreu no Domingo, 4 de julho de 2010. Na tarde da Segunda-Feira 05/Jul, a Comissao Eleitoral Nacional anunciou que Bronisław Komorowski venceu, com 53.01% dos votos (contra 46.99% para Jaroslaw Kaczynski). Bronisław Komorowski tornou-se o quarto presidente eleito da Polonia apos o fim do comunismo. [12]

Forças Armadas

Ver artigo principal: Forças Armadas da Polónia

As forças armadas polacas são divididas em quatro subdivisões: Exército (Wojska Lądowe), Marinha (Marynarka Wojenna), Força Aérea (Siły Powietrzne) e as Forças especiais(Wojska Specjalne).

A mais importante missão da Forças Armadas Polacas é defender a soberania do governo sobre o território e defender os interesses da Polónia no exterior.[13] O objectivo das forças armadas é também ajudar as tropas da OTAN e na Defesa da Europa, seja na economia, seja nas instituições políticas, através da modernização e reorganização dos seus militares.[13] A doutrina das Forças Armadas da Polónia tem a mesma natureza defensiva da de seus parceiros da OTAN. A Polónia passou a ter um papel cada vez mais relevante como uma potência de manutenção da paz, através de várias missões de paz com as forças das Nações Unidas.[13]


Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões da Polónia

As actuais dezesseis províncias da Polónia ("voivodias", polaco województwa, singular województwo) baseiam-se nas regiões históricas do país. As voivodias são governadas por "voivodas" (governadores) e seus órgãos legislativos chamam-se sejmiks. As voivodias subdividem-se em powiaty (singular powiat).

Mapa da Polónia com a divisão em voivodias.
Voivodia Capital ou capitais
em polaco
Cujávia-Pomerânia Kujawsko-Pomorskie Bydgoszcz / Toruń
Grande Polónia Wielkopolskie Poznań
Pequena Polónia Małopolskie Cracóvia
Łódź Łódzkie Łódź
Baixa Silésia Dolnośląskie Wrocław
Lublin Lubelskie Lublin
Lubúsquia Lubuskie Gorzów Wielkopolski / Zielona Góra
Mazóvia Mazowieckie Varsóvia (Capital nacional)
Opole Opolskie Opole
Podláquia Podlaskie Białystok
Pomerânia Pomorskie Gdańsk
Silésia Śląskie Katowice
Subcarpácia Podkarpackie Rzeszów
Santa Cruz Świętokrzyskie Kielce
Vármia-Masúria Warmińsko-Mazurskie Olsztyn
Pomerânia Ocidental Zachodniopomorskie Estetino

Economia

Ficheiro:Warsaw6vb.jpg
Centro financeiro de Varsóvia.
Ver artigo principal: Economia da Polónia

Apresenta uma economia diversificada, dividida entre as indústrias de construção naval, produção de carvão, aço e energia elétrica, embora a agricultura seja a actividade económica predominante.

O país é o sétimo produtor mundial de batata e o sexto de hulha. O lignito extraído na bacia de Turoszów proporciona 95% da energia consumida.

Depois de uma seca em 1994, a agricultura voltou a dinamizar-se e a fornecer produtos para exportação. A batata e a beterraba açucareira são os produtos agrícolas mais importantes, juntamente com o gado porcino.

Até ao início da década de 1990, a Polónia foi uma economia planificada. Após a instauração do regime democrático a economia sofreu profundas reformas e tornou-se numa economia de mercado.

Infra-estrutura

Transportes

A Polónia possui uma grande rede ferroviária, tanto de carga, quanto de passageiros, além de uma grande rede de rodovias. No transporte marítimo destaca-se o porto de Gdańsk. As maiores cidades polacas contam com redes de trams para o transporte urbano e a cidade de Varsóvia possui uma rede de metrô.

Cultura

Feriados
Data Nome em português Nome local Observações
1 de Janeiro Ano Novo Nowy Rok
Páscoa Święta Wielkanocne Domigo e Segunda de Páscoa
1 de Maio Dia do Trabalhador Święto Pracy
3 de Maio Święto Konstytucji 3 Maja Comemoração da Constituição de 3 de Maio de 1791
Corpus Christi (Corpo de Deus) Boże Ciało
15 de Agosto Assunção de Nossa Senhora e Dia das Forças Armadas Wniebowzięcie Najświętszej Marii Panny, Święto Wojska Polskiego O Dia das Forças Armadas serve como recordação da guerra com os bolcheviques em 1920
1 de Novembro Dia de Todos os Santos Dzień Wszystkich Świętych
11 de Novembro Dia da Independência Dzień Niepodległości Em 1918, após 123 anos de inexistência
25 e 26 de Dezembro Natal Boże Narodzenie

Desporto

Ver artigo principal: Esporte na Polônia

O desporto mais popular na Polónia é o futebol, cujas equipas mais populares são o Wisła Kraków e o Legia Warsaw, também conhecido por Légia de Varsóvia. A Polónia será sede do Euro 2012 juntamente com a Ucrânia. Será o primeiro grande evento de futebol a ter lugar no país.[14] Os outros desportos populares são o voleibol, andebol, speedway, rally e rugby.

Referências

  1. «Ranking do IDH 2010». PNUD. Consultado em 4 de novembro de 2010 
  2. http://unstats.un.org/unsd/geoinfo/gegn23wp48.pdf
  3. https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/pl.html
  4. a b c d «Concise Statistical Yearbook of Poland, 2008» (PDF) (em inglês). Stat.gov.pl. 28 de julho de 2008. Consultado em 1 de novembro de 2009 
  5. NationMaster.com 2003–2007, Poland, Facts and figures
  6. Teeple, J. B. (2002). Timelines of World History. Publicador: DK Adult.
  7. Davies. Warfare, State and Society on the Black Sea Steppe,1500–1700.
  8. The Crimean Tatars and their Russian-Captive Slaves. Eizo Matsuki, Mediterranean Studies Group at Hitotsubashi University.
  9. Poland – The 17th-century crisis. Britannica Online Encyclopedia.
  10. a b «Merkel honours Polish freedom struggle and Tiananmen victims» (em inglês). Thelocal.de. Consultado em 2 de novembro de 2009  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "merkel" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  11. Fonte: Agências de notícias EFE, France Presse e Reuters
  12. Fonte: Polskie Radio http://www.thenews.pl/national/?id=135002
  13. a b c Strategia Bezpieczeństwa Narodowego RP. www.wp.mil.pl. Página visitada em 2008-09-26.
  14. UEFA.com: Polónia e Ucrânia acolhem EURO, 18 de Abril de 2007

Ver também

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Polónia

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