Saltar para o conteúdo

Travesti (identidade de gênero): diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Repetição de caracteres
Linha 7: Linha 7:




== TRAVESTIS COM NOME MUNDIAL ==
== Definições ==
Dentro das ciências da [[medicina]] e da [[psicologia]] o travestismo frequentemente é subdividido em algumas categorias, entre elas: travestismo [[fetiche|fetichista]], travestismo exibicionista e travestismo [[transexualidade|transexual]].<ref name="MJSutter">{{citar livro | autor=Matilde Josefina Sutter | título=Determinação e mudança de sexo | subtítulo=Aspectos médico-legais | local=São Paulo | editora=Editora Revista dos Tribunais| ano=1993 | páginas=173 | id=85-203-1104-1}}</ref><ref name="PsiqWeb">{{citar web | titulo = Personalidade Ansiosa ou Esquiva - CID 10 | url = http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerClassificacoes&idZClassificacoes=34 | publicado = PsiqWeb | acessodata = 12/02/2010}}</ref><ref name="CIDFau">{{citar web | titulo = F65 Transtornos da preferência sexual | url = http://www.fau.com.br/cid/webhelp/f65.htm | publicado = UFPel/FAU | acessodata = 12/02/2010}}</ref>


Aqui a lista dos travestis mundialmente conhecidos:
O travestismo fetichista, enquanto uma [[parafilia]], caracteriza-se em vestir roupas do sexo oposto com o objetivo principal de obter [[excitação]] [[sexual]] e de criar a aparência de pessoa do sexo oposto. Nesse contexto é comum haver um certo arrependimento após o [[orgasmo]] caracterizado, por exemplo, pela necessidade de se remover as roupas do sexo oposto com o declínio da excitação sexual.<ref name="CIDFau"/> Em abordagem semelhante considera-se o travestismo fetichista como uma um transtorno de "Personalidade Ansiosa ou Esquiva" caracterizada, por exemplo, por uma certa angústia, tensão, apreensão, insegurança e inferioridade associado a um desejo permanente de ser amado e aceito.<ref name="PsiqWeb"/> Em comum nessas abordagens destaca-se um certo sofrimento associado ao ato de travestir-se, motivo que provavelmente justifica a visão de que o travestismo fetichista pode ser considerada uma [[patologia]] [[psiquiátrica]] de longa duração. Na [[Classificação Internacional de Doenças]] da [[OMS]] (CID) o termo travestismo é abordado em dois tópicos: “travestismo fetichista” (F65.1) e “transtornos múltiplos da preferência sexual” (F65.6)<ref>{{cite web
| title =ICD Version 2007: Mental and behavioural disorders
| url =http://www.who.int/classifications/apps/icd/icd10online/?gf60.htm+f65
| publisher =World Health Organization
| accessdate=2008-05-02}}</ref>.


- Lucas Pedrotti - BRASIL - RS - Profissão: Dar a toba
O travestismo transexual difere do travestismo fetichista principalmente por não se caracterizar como uma parafilia. O desejo de se vestir com roupas do sexo oposto está mais associada à sua [[identidade de gênero]], caracterizada pelo desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto; transexuais, travestis e alguns [[crossdresser]]s podem manifestar esse desejo, travestindo-se ocasionalmente ou no dia-a-dia e eventualmente assumir integralmente uma identidade do sexo oposto. O travestismo fetichista pode estar presente nas etapas iniciais do travestismo transexual.<ref name="PsiqWeb"/>

E só isso


== Denotações de senso comum ==
== Denotações de senso comum ==

Revisão das 20h41min de 21 de outubro de 2011

A travesti Yasmin Lee. [1]

O travestismo ou eonismo está associado ao ato ou efeito de travestir-se, ou seja, de vestir-se ou disfaçar-se com roupas do sexo oposto. O termo eonismo é utilizado de forma mais específica e associado ao travestismo masculino, inclusive com a adoção de maneiras femininas.

Famosos Travestis Um dos travestis mais famosos do Mundo encontrasse no Brasil, seu nome é Lucas Ped..... e vive no RS, não iremos mencionar seu nome para não termos problemas na justiça, ele da a toba todo dia, sempre esta com seus dentes que chupam paus para fora. Ele sofre bullying diariamente na escola, mas isso não interfere em sua boiolisse inteiror!!!


TRAVESTIS COM NOME MUNDIAL

Aqui a lista dos travestis mundialmente conhecidos:

- Lucas Pedrotti - BRASIL - RS - Profissão: Dar a toba

E só isso

Denotações de senso comum

Considerando que ato ou efeito de travestir-se, ou seja, de vestir-se ou disfaçar-se com roupas do sexo oposto, estão ligadas ao travestismo, seja ele um travestismo fetichista, travestismo transexual, travestismo exibicionista, etc, existe um conjunto de denotações de senso comum associadas ao travestismo:

Crossdresser

Crossdressers são pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por qualquer uma de muitas razões, desde vivenciar uma faceta feminina (para os homens), masculina (para as mulheres), motivos profissionais, para obter gratificação sexual, ou outras.

Ver artigo principal: Crossdressing

Drag Queen

Drag queens ou Drag kings são artistas performáticos que se travestem, fantasiando-se cômica ou exageradamente com o intuito geralmente profissional artístico.

Ver artigo principal: Drag Queen

Eonista

Eonistas são pessoas que valorizam o sentido de disfarçar-se, de "passar" como se fosse do sexo feminino. O termo eonismo ou eonista tem origem no agente secreto francês Chevalier d’Eon que durante muitos anos se fez passar por mulher. O sentido de disfarçar-se associado ao travestismo e eonismo (Éon+ismo) provavelmente deve-se a esse agente secreto.

Ver artigo principal: Eonismo

Transformista

Transformista é uma pessoa que veste roupas usualmente próprias do sexo oposto com intuitos essencialmente artístico-comerciais, sem que tal atitude interfira necessariamente em sua orientação sexual.

Ver artigo principal: Transformista

Transexual

Transexual é uma pessoa que possui uma identidade de gênero diferente a designado no nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto.

Ver artigo principal: Transexualidade

Travesti

Jovem travesti.

Travestis são pessoas que vivem uma parte significativa do dia ou mesmo o dia-a-dia como se fossem do sexo oposto. Além de se travestirem com roupas do sexo oposto é comum a utilização de um nome social, corte de cabelo, adoção de modos e de timbre de voz consoantes com o sexo almejado. O uso de hormônios e a realização de cirurgias estéticas, incluindo próteses de seios e aumento dos glúteos, são muitas vezes utilizados por travestis homem para mulher para aproximar o corpo a do sexo feminino, criando algo semelhante a uma "aura" erótica na visão de vários homens. O termo travesti, na raiz latina, tem origem na língua francesa como uma variante da Burlesque (um gênero artístico) fortemente associada ao erotismo, onde mulheres se apresentavam com roupas pequenas e provocantes a partir do século XV. Outro termo semelhante, transvestite, de origem alemã, foi cunhado a partir dos estudos do sexologista alemão, Magnus Hirschfeld, que publicou a obra Die Transvestiten em 1925.[2] Nessa obra o termo transvestite descreve pessoas que se vestiam voluntariamente com roupas do sexo oposto.

Aspectos históricos

Apesar de no senso comum muitas vezes se considerar que as travestis pertencem a um contexto da sociedade moderna, amparada pela visilibidade recente, incluindo o início dos estudos pela sociedade ocidental no século XX, considera-se informações sobre culturas milenares onde há relatos de pessoas vivendo uma identidade de gênero diferente do sexo biológico. O Kama Sutra, escrito em datas que apontam para um período entre 1500 a.C. e 600 d.C., mencionam relações masculinas e femininas de pessoas do "terceiro sexo" (tritiya prakriti). Hijras, Eunucos e uma variedade de termos podem se referir a pessoas de outras culturas milenares que viveram e vivem entre a travestibilidade e transexualidade de acordo com os termos ocidentais.

Estudos sobre o travestismo

Neste tópico são abordados alguns estudos conduzidos em relação ao travestismo e/ou transexualidade:

Prevalência

Os estudos mais antigos indicam a freqüência da travestilidade e transexualidade masculina em 1 em 37 000 homens e 1 em 107 000 mulheres. Em estudo mais recente, realizado nos Países Baixos, os dados apontam para a freqüência de 1 em 11 900 homens e 1 em 30 400 mulheres[3][4]. Há predominância no sexo biológico masculino. Em outro estudo, realizado na Escócia, em 1999, foi verificada uma prevalência de 8,18 em 100.000, com uma relação homem/mulher igual a 4/1[5]. Em crianças, num levantamento em uma clínica psiquiátrica canadense, de 1978 a 1995, encontraram-se 275 transexuais, com uma relação meninos/meninas igual a 6,1/1.

Escolaridade e emprego

A prostituição entra no cotidiano de muitos transgêneros em virtude do preconceito e do estigma imputado pela sociedade, que não lhes abre as portas, em virtude da incompreensão à sua condição, e os marginaliza, restringindo-os a guetos e ignorando que eles têm as mesmas necessidades sociais dos outros cidadãos. Com a intenção de mudar isso, a palavra travesti, já muito estigmatizada em virtude de estar relacionada à prática da prostituição e com forte apelo erótico e fetichista, vem paulatinamente sendo substituída por transgênero pelas entidades de defesa dos Direitos Humanos, que vêem nesse neologismo uma idéia politicamente correta de uma pessoa que está entre os gêneros, não sendo nem macho nem fêmea, tampouco tendo que necessariamente viver da prostituição. Em pesquisa realizada junto a 165 travestis de Fortaleza, contudo, os resultados apontam que 66% delas têm a pratica do sexo comercial como sua exclusiva fonte de renda, 90% fazem programas (mesmo que eventualmente) e 40% são arrimo de família, mantendo com seu trabalho seus familiares. Outra caraterística comum, embora não possa ser tomado como regra, é que, as travestis, de uma forma geral, possuem baixa escolaridade. A baixa escolaridade, de alguma forma, pode ser explicada através do processo de hormonização e/ou aplicação de silicone no corpo para torná-lo mais feminino, que muitas vezes inicia-se ainda na adolescência, sendo difícil suportar, portanto, as chacotas ou violências que este processo gera no ambiente escolar, ocasionando uma evasão precoce nos estudos e formação educacional[6]. A falta de formação educacional e profissional acaba por contribuir na dificuldade ingresso no emprego formal, num ambiente que a contratação de uma travesti já é dificil devido a preconceitos.

Políticas públicas do Brasil

Defensores dos direitos GLBT do Brasil estão sensíveis às dificuldades enfrentadas pelas travestis tanto na construção de uma cidadania que as aceite como no estudo e aconselhamento sobre os tratamentos hormonais e estéticos que elas almejam. Em audiência com o Ministro da Saúde José Gomes Temporão, realizada em 29 de janeiro de 2008, Dia da Visibilidade Travesti, foi entregue uma carta de reivindicações: entre elas estão a humanização do atendimento às travestis nos serviços de saúde públicos e a ampliação de pesquisas sobre uso de hormônios femininos nas travestis e as conseqüências para a saúde delas[7]. Várias políticas vem sendo adotadas pelo governo brasileiro, sejam elas na esfera federal, estadual ou municipal a fim de se criar uma cidadania para travestis, transexuais e trangêneros em geral:

Uso do nome social

O uso do nome social de travestis e transexuais, ou seja, aquele pelo qual essas pessoas se identificam e são identificadas pela sociedade[8] é uma antiga reivindicação que vem ganhando uma boa aceitação dentro das políticas públicas afetas aos direitos LGBT:

No sistema educacional

Considerando a dificuldade de vários transgêneros em concluir os estudos, o MEC passou a recomendar políticas específicas como o uso do nome social no ensino. Em julho de 2010, 12 estados brasileiros já possuíam diretrizes estaduais do uso do nome social no ensimo púlico: Tocantins, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Piauí, Paraíba, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Sul.[9]

No sistema de saúde

De forma semelhante o CREMESP aprovou a Resolução nº 208/2009, que garante o direito das pacientes transexuais e travestis serem atendidas pelo nome social, independente do nome e sexo do registro civil.[10] Em 2010 o Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos também esclareceu que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve adotar o nome social de travestis (como preferem ser chamados) nos prontuários médicos.[11]

No emprego

Os servidores públicos federais, travestis e transexuais, têm assegurado o direito de usar os seus nomes sociais no cadastro de dados e informações, nas comunicações internas, nas correspondências por email, crachá, lista de ramais e nome de usuário em sistemas de informática.[8]

Nos documentos

Em São Paulo o uso do nome social no Bilhete Único está assegurado através do decreto 51.181/2010.[12] Para alterar o nome civil nos registros de RG é necessário ingressar com uma ação judicial para a alteração do prenome.

Emprego

Existem poucas ações governamentais a fim de facilitar o ingresso no mercado formal do trabalho para travestis, transexuais e trangêneros em geral: o projeto mais conhecido é o "Projeto Damas" do Rio de Janeiro, coordenado pela ASTRA-Rio onde várias travestis e transexuais receberam cursos profissionalizantes;[13] outro projeto conhecido é o "Escola Jovem LGBT", coordenado pelo Grupo E-JOVEM, de Campinas, que também oferece cursos profissionalizantes.[14]

Saúde

Algumas políticas de saúde pública voltadas a travestis, transexuais e transgêneros em geral vem sendo implementadas: em 9 de junho de 2009, o primeiro ambulatório de saúde do Brasil dedicado exclusivamente a travestis e transexuais foi inaugurado pela Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo.[15] Em um ano de funcionamento mais de 4 mil atendimentos foram realizados pelo ambulatório.[16]

Referências

  1. (em inglês) IMDB Página visitada em 07/10/2010.
  2. «The Transsexual Phenomenos: Transvestism, Transsexualism, and Homosexuality». 21 de fevereiro de 2007. Consultado em 2 de maio de 2008 
  3. Meyer III W, Bockting WO, Cohen-Kettenis P, Coleman E, DiCeglie D, Devor H; et al. (2001). «Standards of Care for Gender Identity Disorders, Sixth Version» (PDF). International Journal of Transgenderism. The Harry Benjamin International Gender Dysphoria Association's. 2 (2). Consultado em 29 de setembro de 2007 
  4. Amanda V. Luna de Athayde (2001). «Transexualismo Masculino». International Journal of Transgenderism. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. 45 (4). Consultado em 29 de setembro de 2007 
  5. Wilson P, Sharp C, Carr S. (1999). «The prevalence of gender dysphoria in Scotland: a primary care study». Royal College of General Practitioners. British Journal of General Practice. 49: 991-2. Consultado em 17 de setembro de 2007 
  6. «Guia de Prevenção das DST/Aids e Cidadania para Homossexuais» (PDF). 1 de setembro de 2002. Consultado em 1 de janeiro de 2008 
  7. «Ministro da Saúde recebe ativistas no Dia da Visibilidade Travesti». 29 de janeiro de 2008. Consultado em 31 de janeiro de 2008 
  8. a b «PORTARIA Nº 233, DE 18 DE MAIO DE 2010». Imprensa Nacional. 19 de maio de 2010. Consultado em 14 de setembro de 2010 
  9. «RS: trans poderão usar nome social nas escolas». 7 de julho de 2010. Consultado em 11 de julho de 2010  Parâmetro desconhecido |pulicado= ignorado (ajuda)
  10. «Resolução permite que transexuais e travestis sejam atendidas pelo nome social». A Capa. 11 de novembro de 2009. Consultado em 11 de julho de 2010 
  11. «Campanha orienta travestis sobre uso de nome social no SUS». 28 de abril de 2010. Consultado em 11 de julho de 2010  Parâmetro desconhecido |pulicado= ignorado (ajuda)
  12. «Após humilhação, transexual consegue nome social em Bilhete Único». A Capa. 10 de fevereiro de 2010. Consultado em 14 de julho de 2010 
  13. «Em defesa dos direitos de travestis e transexuais». Agencia Fiocruz de Notícias. Consultado em 14 de setembro de 2010 
  14. «São Paulo terá Escola Jovem LGBT a partir de 2010». MixBrasil. 18 de dezembro de 2009. Consultado em 14 de julho de 2010 
  15. «SP ganha primeiro ambulatório para travestis e transexuais do país». Secretaria da Saúde. 9 de junho de 2009. Consultado em 6 de agosto de 2010 
  16. Ricardo Barbosa Martins. «Ambulatório garante cidadania e direitos humanos». Agência de Notícias da AIDS. Consultado em 6 de agosto de 2010 

Ver também

Ligações externas